quinta-feira, 8 de abril de 2010

ESTÓRIAS INESQUECÍVEIS DA POLÍTICA ASSUENSE

1 - Francisco Luciano Marques conhecido popularnente como "Chico Galego" é veterano da política assuense. Foi vereador nos velhos tempos da ARENA - Aliança Renovadora Nacional. Nas eleições municipais de 1991 candidatou-se a vereador. Naquela eleição Lourinaldo Soares era o candidato a prefeito do Assu. Num certo comício realizado na Logoa do Piató (comunidade daquele município) o locutor eufórico anunciou: "Atenção minha gente, vai falar ao povo desta localidade, o seu líder "Chico Galêgo". E Chico ao pegar no microfone sem fio, assustou-se, dizendo: "Chega Lourinaldo, cadê a correia desse danado homem? Desse jeito ele não fala, não!" Para risos dos circunstantes.

2 - Diz o escritor Valério Mesquita que o Assu é campeão em matéria de folclore político. Pois bem, Ortêncio Ferreira de Lima foi vereador do Assu onde também exercia a profissão de enfermeiro. Certa vez, Zé Maria quando prefeito autorizou o seu chefe de gabinete convidar aquele nobre edil (de saudosa memória) para pedi-lo para ele aceitar ser o relator de um certo projeto de interesse do executivo. No que aceitou, conseguiu a aprovação porém, no plenário, votou contra. Um dos seus colegas sem entender o seu voto desfavorável perguntou a ele a razão daquela sua posição: Hortêncio em sua defesa, saiu-se com essa: "Como relator votei a favor para atender ao prefeito, porém como vereador votei contra".

3 - Chico Antão além de mestre de obra, foi também vereador do Assu. Chico em todas as reuniões da Câmara Municipal que comparecia (as sessões daquela casa legislativa sempre foram realizadas á noite como ainda hoje) dormia durante a sessão para gosações dos seus colegas. Por isso, resolveu fazer a seguinte proposta ao presidente da câmara: "Presidente eu já estou com setenta anos e as sessões a noite não dá pra mim, não! Quando dá oito horas me dá um sono danado! A minha filha não dá pra vim no meu lugar, não? As sessões de dia eu venho!" Padre Zé Luiz tinha razão quando dizia repetidas vezes: "Em assu acontece de tudo".

4 - "Chico Dias trabalhou para o deputado Arnóbio Abreu nas eleições de 1998. Logo após o pleito, Chico foi a casa de Zeca Abreu, irmão de Arnóbio para um entendimento político. Ao chegar, foi atendido pelo motorista de Zeca que lhe disse: "Chico, Zeca se encontra no banheiro com uma forte dor de barriga!" E Chico sem nem pestanejar, mandou chumbo grosso: "Eu não vim aqui comer o cedenho dele, não!"

5 - Abraão Ambrósio de Andrade era outra figura folclórica do Assu, analfabeto, desinibido. Trabalhava como servidor público da prefeitura daquele município fazendo obras de calçamento com João Pio. Pois bem, nas eleições de 1968 - Maria Olímpia Neves de Oliveira (Maroquinhas) era a prefeita do Assu -, candidatou-se a vereador. Dia de concentração pública Maroquinhas presente no palanque, o locutor anunciou que ele iria falar. E Abrão ao pegar no microfone abriu o verbo: "Meus amigos é pela primeira vez que eu boto a boca no "aparelho" (WC) de dona Maroquinhas!" E a galera vibrou.

Fernando Fanfa Caldas

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).