terça-feira, 15 de setembro de 2009

RENATO CALDAS, POETA PARA INGLÊS VER

Um fato importante que enriquece a biografia do poeta matuto Renato Caldas, veio a acontecer em 1991. Aquele bardo potiguar do Assu virou poeta para inglês ver, por intermédio do professor americano aposentado da Universidade da Flórida chamado Gerald Standley que na época da Segunda Grande Guerra morou em Natal trabalhando no Campo de Parnamirim (Base Aérea).

Standley já estando no seu país de origem, resolveu depois de mais de quarenta anos de ter conhecido a poesia renatocaldiana traduzir alguns poemas de Renato, para a língua inglesa, e remetê-los remetê-los para a revista cultural editada em Greensboro, Carolina do Norte, intitulada "Internacional Poetry review" (Poesia Internacional Revisitada, na tradução), que publicou as poesias intituladas "Arvorada Matuta" (Dawan in the backlands), "Juramento" e "Minha casinha", dentre outros, como  o célebre poema sob o título "Fulô do mato," que abre as páginas do seu afamado livro intitulado 'Fulô do Mato". Vejamos o original poema:

Sá dona, vossa mecê,
É a fulô mais cheirosa,
A fulô mais prefumosa
Qui o meu sertão já botô.
Podem fazê um cardume,
De tudo qui fô prefume
De tudo qui fô fulô
Qui nem um, nem uma só,
Tem o cheiro do suó
Qui o seu corpinho suô.
Tem cheiro de madrugada,
Fartum de areia muiáda,
Qui o uruváio inxombriô.
É cheiro bom, deferente,
Qui a gente sintindo, sente
Das outa coisa o fedô.
        
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M'am milady,
You are de most fragrat flower -
The most perfumed flower
Ever to bloom in my becloed backlands.
Make a collection
Of everytring that flowers -
Not one, not a single one
Wil have the delicious odor
Wil have the delicious odor
Of your sueet, sueet-little body.

Fernando Caldas

Um comentário:

  1. Olá Fernando, como vai. Estou visitando seu blog pela primeira vez e já me tornei um seguidor. Sou fascinado pela literatura potiguar e gosto imensamente de Renato Caldas. Tenho um projeto de contação de causos e poesias matutas, através do personagem Mané Beradeiro, que recita poesias de Renato, Zépraxedi, Antonio Francisco, Luiz Campos e outros, intercalando com contação de causos. Virei sempre aqui. Abraços

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