domingo, 18 de julho de 2010

POLÍTICA

O peso da Grande Natal nas eleições Cidades ganham atenção redobrada dos candidatos por concentrarem quase metade dos eleitores

Erta Souza // ertasouza.rn@dabr.com.br

Nos últimos anos o processo eleitoral mudou significativamente. Primeiro a implantação das urnas eletrônicas que possibilitaram maior segurança e celeridade ao processo de apuração de votos. Segundo o rigor da Justiça Eleitoral que modificou as normas da propaganda eleitoral e da campanha que proibiu a distribuição de brindes e realização de showmícios. Entretanto, uma das maiores mudanças ocorreu em relação à conscientização do eleitor, seja da Região Metropolitana de Natal ou do interior do estado.

João Emanuel diz que eleitorado da região é mais consciente e independente Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press

A modificação já foi constatada pelos três candidatos que lideram as pesquisas eleitorais para o governo do estado: Carlos Eduardo Alves (PDT), Iberê Ferreira de Souza (PSB) e Rosalba Ciarlini (DEM). Os coordenadores de campanha dos candidatos afirmam estar conscientes dessa mudança e, por isso, estão elaborando estratégias diferenciadas para conquistar o eleitor.

O eleitorado atual com mais anos de estudo e maior contato diário com a mídia passou a se interessar pelas propostas apresentadas pelos candidatos e, por isso, exigem mais preparação daqueles que disputam uma vaga nas eleições deste ano. Apesar dessa melhor qualificação profissional e contato com a mídia seja televisiva, da internet, ou ainda de rádios e jornais, a população de muitas comunidades são manipuladas por alguns políticos que costumam "trocar" votos por um "favor" no qual é sua obrigação fazer.

Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o Rio Grande do Norte tem atualmente 2.246.691 eleitores. A Região Metropolitana de Natal concentra 857.386 pessoas aptas a votar. A distribuição por cidade ficou da seguinte

forma: Natal (524.497), Parnamirim (96.406), Macaíba (44.923), Ceará-Mirim (48.101), São José de Mipibú (23.628), Extremoz (13.851), Goianinha (16.793), Monte Alegre (15.057), São Gonçalo do Amarante (60.087) e Nísia Floresta (14.043).

Grande parte dos candidatos optou por lançar suas candidaturas e movimentações de rua nas cidades com maior número de eleitores. Mas para se eleger, eles têm quepercorrer o maior número de cidades durante quase três meses de campanha, apresentando suas propostas dos mais desenvolvidos municípios aos menores e mais distantes.

Na avaliação do professor e cientista político, João Emanuel Evangelista, os municípios maiores por concentrar as principais atividades econômicas do Rio Grande do Norte, especialmente nas regiões metropolitana de Natal e Mossoró, o controle político já não pode ser exercido da mesma maneira do que nas cidades pequenas onde a economia do município gira em torno do poder executivo.

Para o professor João Emanuel como as cidades maiores concentram um expressivo contingente de trabalhadores com carteira assinada com algum nível de qualificação profissional, que trabalham em empresas que não estão subordinadas diretamente aos grupos políticos no poder, as cidades maiores têm uma maior "liberdade e autonomia política para alguns segmentos da população, sobretudo para as diversas categorias profissionais compõem a chamada classe média e para os setorespopulares mais organizados".

Fonte: Diário de Natal, 18.7.010

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