quarta-feira, 28 de julho de 2010

UM POEMA CANÇÃO DE RENATO CALDAS

FULÔ MORENA

Dentro dessa casa habita,
A morena mais bonita,
A fulô do meu sertão.
Pru via dela, é q'eu canto,
Pra vê se omeno espanto
A dô do meu coração,
E a lua de marvada,
Num alumia a morada,
Onde drome o meu amô...
Lua, seja mais amiga,
Pru favô num faça intriga,
Num omente a minha dô.

A minha vóz, é o lamento,
O meu grande sofrimento,
Da minha doida paixão.
Eu ofereço a minha arma,
Cheia de dô e sem carma,
Nesta corósa canção.
Tú qui és, fermosa e belaa,
Pú favô abre a jinela
Vem ouvi o meu cantá...
E a lua qui tá de ronda,
De raiva tarvez se esconda,
Para nunca mais vortá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).