sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Soneto



SEGREDOS

(Gilmar Rodrigues de Lima*)

Ah se pudesse desvendar o peito,
Abrir os olhos, descrever a mente,
Tudo o que faz, que fala e que sente,
Fosse escrito do modo mais perfeito.

Sim, um jeito, quem me dera um jeito,
De transformar num todo convergente,
A insensatez, hipócrita indolente,
Apenas uma ilusão que eu tenha direito.

Sei, no amor seria o pior dos réus,
Sentir o tempo parar o meu desejo,
Sentir o tempo jogando-me ao espaço.

Erguer os olhos alcançando os céus,
Lábios vazios implorando um beijo,
Braços abertos mendigando um abraço.


* Gilmar faz parte do cenário humano do Assu.

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