terça-feira, 5 de agosto de 2014

Recordações
No espelho da vida
revi mil rostos,
velhos, cansados, perdidos 
em passado já distante.
Em meu espanto percebi
quem fui, pois,
na luz que refletia
finalmente eu via
o tempo que passara:
rápido, irônico, implacável.
Pedaços de mim
eram outras fisionomias,
que não eram mais
como um dia foram.
Lutei por descobrir
vestígios de outrora:
em vão!
pois eram apenas traços,
fugazes traços.
Lembranças de rostos,
sorrisos, abraços,
carinhos, beijos.
tempos passados,
passadas vidas,
uma palavra, um adeus.
Pensamentos decompostos
de imagens tão queridas.
são presentes
são feridas
que ficaram
na alma.

*Victor Motta

(Da linha do tempo de YD)

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