quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

LAGOA DO PIATÓ!


Ao amanhecer da aurora ti via resplandecer, 
banhada pelo Rio Açu de um vento frio à me aquecer. 
O canto dos passarinhos eu ouvi, era lindo o sabiá,
como podes tu lagoa, na secura te afogar?

Eis a seca braba, câncer lento a te matar, 
toda é a nossa culpa  queira nós crime pagar. 
Ao sujar te poluímos, sem medida e cumprimento
e da chuva privação esse é o merecimento.

Quem eras tu e quem tu és minha lagoa? 
Do verde e de ramados, carnaubais te assinalava. 
Tu que alimentastes tantos quantos pescadores. 
E hoje deixa a mendigar a quem padecem  em suas dores.


Mais do céu fazei chover, Jesus Cristo e São João. 
Ver a dor deste teu povo, que não tem água e nem pão, 
Pois o que era o seu sustento se tornou foi um tormento, 
Só brasa, poeira e carvão.




AUTOR: 
Tállison F. da Silva
                          
 http://talfilomusipoesia.blogspot.com.br/                  

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).