quarta-feira, 25 de março de 2015

Herói da 2ª Guerra relembra campanha do Brasil na Itália

Aeronáutica

Força Aérea Brasileira participou da guerra com as potências aliadas para lutar contra o nazifacismo
por Portal BrasilPublicado25/03/2015 16h03Última modificação25/03/2015 16h03
Especialista em aviões hoje com 92 anos, o Major João Rodrigues Filho ingressou na Escola de Especialistas aos 18 anos. Formou-se Terceiro Sargento com 19 e já no mês seguinte estava viajando para a campanha brasileira na Segunda Guerra Mundial. 
Mecânico do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1° GAVCA), ele e outros 120 especialistas foram fundamentais para a campanha de sucesso do Brasil ao lado dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
A Força Aérea Brasileira participou da guerra com as potências aliadas para lutar contra o nazifacismo. O Primeiro Grupo de Aviação de Caça, subordinado ao 350° Fighter Group da Força Aérea Americana, levou 25 aeronaves de caça P-47 Thunderbolt para a Itália. Segundo o militar, o avião era uma "máquina".
“O P-47 era um avião fantástico. Era um avião extremamente forte. A aeronave decolava com duas bombas de 500 libras nas asas e uma embaixo do trem de pouso, além de oito metralhadoras com 500 tiros cada uma.”
Major João conta que o esquadrão atingia regularmente um feito operacional: mais de 90% de disponibilidade das aeronaves nos céus, ou seja, os especialistas sempre deixavam a grande maioria dos aviões em condições de voar. “A importância desses militares para a guerra foi manter os aviões disponíveis. Na aeronave de caça só quem voa é o piloto, então nós não voávamos, mas deixávamos o avião pronto para decolar”, afirmou.
O trabalho apresentou resultados. No último mês de guerra, um relatório do 350° Fighter Group demonstrou a importância do esquadrão brasileiro. No período de 6 a 29 de abril de 1945, os brasileiros realizaram 5% das missões feitas pelo comando aerotático dos aliados, mas foram responsáveis por um total de 15% de veículos e 28% de pontes destruídos, além de 36% dos depósitos de combustíveis e 85% dos depósitos de munição danificados.
De acordo com o major, os sargentos foram fundamentais para a guerra, especialmente os mecânicos, os especialistas em lanternagem e os especialistas em rádio. “Muitas vezes o avião chegava avariado. Nesses casos, o mecânico e o especialista em lanternagem tinham que fazer os reparos, colocar remendos na aeronave. Tinha avião que era cheio de marquinha de buraco”, lembra.
Paixão por aviões 
Desde menino apaixonado por aviões, o Major João mantém uma coleção de pequenas aeronaves em casa. Ele é grato à Força Aérea por ter realizado seu sonho. “Eu tinha muito orgulho de ser o que eu era: Sargento Especialista da Força Aérea Brasileira e de ter servido na guerra”, conta.
Durante a época na Itália, os militares eram responsáveis por determinada aeronave e criavam uma relação especial com ela. “Eu tinha 54 quilos, era muito magro, mas tinha um avião. Para mim, isso possuía uma importância muito grande. A relação que nós tínhamos com a máquina era: eu, o avião e o piloto”, concluiu.

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