segunda-feira, 13 de julho de 2015

TRANSPORTES NO ASSU

TRANSPORTES PRIMITIVOS 

Antes do surgimento dos automóveis movidos a motor, historiadores contam que: 

Quando a nossa região foi ocupada pelos Colonizadores portugueses, em 1696, aqueles que aqui ficaram para desbravarem nossas terras, trouxeram carros de bois, muitos utilizados no transporte de gêneros alimentícios como carne de charque e sal.

Outro meio de transporte utilizado, rio acima e rio abaixo neste período, foram os botes e balsas movidos à vara, servindo para a pesca e condução de alimentos.

A construção da nossa Matriz, iniciada em 15 de julho de 1760, teve suas pedras transportadas nos carros de bois. Até a primeira década do século XX, o jumento, o burro mulo, o cavalo e o touro, fizeram parte da história dos transportes em nosso Vale. Por exemplo, se alguém da zona rural ou de outros municípios necessitasse dos préstimos do vigário da paróquia para uma confissão ou extrema unção, o portador que vinha buscar o padre, trazia um animal selado para ser utilizado pelo vigário.

Os animais vindos da zona rural ou dos municípios vizinhos, conduzindo os fazendeiros com seus produtos para serem comercializados na feira livre do Assu ficavam amarrados nos fícus plantados por trás da Matriz.

O jumento, a exemplo de todo o Nordeste, foi responsável por parte do desenvolvimento econômico do Assu uma vez que este animal foi utilizado desde a época de povoação para o transporte de algodão, água, capim, gêneros alimentícios, no corte de terra, e sobretudo nos cortes de carnaubais, atividade que até hoje são insubstituíveis, apesar de toda a evolução tecnológica. O jumento é indispensável nesta atividade, uma vez que é ele quem transporta as palhas para o estaleiro depois de cortadas. A carga de palha é tanta que do pobre animal vê-se apenas os olhos para que o mesmo possa driblar as centenas de carnaúbas em seu caminho, tendo que desenvolver habilidades num ziguezague que somente o jumento tem capacidade para tal.

No ano de 1909, o Dr. Pedro Amorim, casou-se com D. Beatriz Montenegro. Residindo em Macau, eles se transferiram para o Assu em charrete puxada a cavalo.

Em 1914, a mãe do Dr. Pedro Amorim, veio de Lajes, onde terminava a linha férrea de Natal, até Assu, carregada em uma liteira conduzida por dois burros mulos. A partir daí, começou, a surgir em Assu os primeiros veículos a motor. 

Ilustração retirado do www.onordeste.com 

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).