segunda-feira, 16 de novembro de 2015



Há momentos que nada sei, que nada sou.
Que nada quero, nada espero.
Parece que tudo se perde dentro de mim, e não me encontro.
Olho-me no espelho, não me vejo.
Imagem inversa do meu eu, não me sinto.
Nem sei se é tristeza, é estranho,
tudo fica quieto, calado dentro de mim .
Talvez não tenha todas as respostas que preciso.
Mas nunca vou desistir de as procurar.
Meus pensamentos voam pra longe, procuram respostas.
Não tenho certeza de muitas coisas.
E os dias passam e tudo parece estranho.
Sinto uma tempestade no meu peito
como uma história de amor que se perde, sem que termine.
E de repente vem essa coisa esquisita.
Nostalgia, saudade, ou apenas vontade de voltar no tempo.
Vontade de um silêncio que não entendo.
Uma desculpa que já não encontro.
Um movimento distraído do vento
como um sonho que não chega ao fim.
Como se as verdades partissem
e eu perdida no tempo ficasse.
Chamo por ti, vem cá, chega mais perto
encosta a tua alma ao meu peito, silenciosamente.
Silêncio que espero, que procuro.
Presságio doce
caindo dos teus lábios como prece.
Como manhãs de flores e céu azul
como saudades que se encontrão,na pele,
no instante do cheiro, no momento do corpo.
Descansa os teus medos no meu colo
deixa-me sussurrar ao teu ouvido qualquer verdade.
Ou talvez quem sabe
algo que nos dê sentido à vida.
Que nos faça acreditar
que o sonho ainda existe e resiste ao tempo.
Que a essência prevaleça
e que o amor não seja desfeito, ao contrário, cresça!
E eu possa continuar a ver flores em ti.

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).