segunda-feira, 20 de junho de 2016

NO DESENLACE GALOPANTE
O FRUTO É DE XIQUE-XIQUE
É lindo o alvorecer no meu torrão
As 'oiças' atentas ao canto da nambu
A água é de cacimba
E tem até sapo cururu
O cheiro é forte de carcaça
Aparece até urubu,
De cima da serra
Avisto meu torrão, minha cidade
Ainda tem sertanejo humilde
Cheio de felicidade
Lembro das brincadeiras e das festas
No tempo da minha mocidade.
Choveu na cabeceira do rio
Ouvi o ronco do trovão
Tem 'relampo' e tem chuva
O fruto é de sodoro com emoção
Asa branca cantou na catingueira
Tem fartura e viva Gonzagão.
Bebi na fonte da poesia
Na literatura do meu torrão
Para contar tudo que aprendi
Numa casa de taipa ou num casarão
Um dia eu quero voltar
Para o meu tórrido sertão.

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).