quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

ASSU

Minha terra natal, revendo o teu passado
De glórias, tradições e gestos imortais,
Sinto orgulho de ter o teu seio emanado
Ouvindo o farfalhar dos verdes carnaubais.

De Ulisses Caldas és o berço idolatrado,
Ninho de aspirações, gleba de ideais,
Teu  solo se assemelha ao sonho de El-dourado
Onde brotam chovendo os lírios e algodoais.

Tudo é grande em ti. As várzeas, as lagoas,
O rio a se estender em messes aos lavradores,
Do poeta a melodia, os violões e as lôas.

À noite, quando o luar do céu pede um poema
E a terra a adormecer desperta os sonhadores
Grita na serra ao longe a triste Seriema.

FRANCISCO Algusto Caldas de AMORIM
Em, Seriema e Outros Versos, 1962

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).