segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Por João Lins Caldas

Eu sou aquele que acordou chorando,
E das horas amargas, imprudentes.
Vim num negro país de velhas gentes
E deixei o mais duro, já por brando.

Meu coração foi lágrima rolando
E deturpado corpo entre os mais dentes...
Vejo os dias de fogo, reluzentes,
E tudo as garras para o negro bando.

Gemendo no gemente deturpado,
A alma alastrada e para si ferida,
Toda a estrada a crescer e sempre abrolhos.

Vi-me no mundo e pelo mundo entrado
- Coração com pavor dentro da vida,
- Mocidade... com lágrimas nos olhos.

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).