sábado, 30 de maio de 2020

Ontem à tarde, ao desmaiar do dia
As estrelas inquietas e medrosas,
Procuravam nas plagas luminosas
Uma outra estrela que fulgido havia

Elas todas choravam silenciosas
Cheias de medo e cheias de agonia
E o claro pranto das estrelas ia
Cair no seio das nevadas rosas.

Porém, mais tarde, quando a lua algente
Transpôs a curva triunfal do oriente
Noiva do sol, pela amplidão vagando...

Elas viram, do espaço interminável
A meiga estrela, pálida, adorável
Na doce luz do teu olhar brilhando.

Ana Lima, poetisa sonetista do Assu.

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).