sexta-feira, 25 de março de 2016

MENSAGENS ALUSIVAS À PÁSCOA-IV

Cristãos devem usar a Páscoa “para redimir o verdadeiro sentido” da festa e afirma que cultura popular é cheia de “crendices”.

Nesta época do ano celebra-se a Páscoa em toda a cristandade, ocasião que só perde em popularidade para o Natal. Apesar disto, há muitas concepções errôneas e equivocadas sobre a data.
A Páscoa é uma festa judaica. Seu nome, “páscoa”, vem da palavra hebraica pessach que significa “passar por cima”, uma referência ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento quando o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. A razão foi que os israelitas haviam sacrificado um cordeiro, por ordem de Moisés, e espargido o sangue dele nos umbrais e soleiras das portas. Ao ver o sangue, o anjo da morte “passou” aquela casa. Naquela mesma noite os judeus saíram livres do Egito, após mais de 400 anos de escravidão. Moisés então instituiu a festa da “páscoa” como memorial do evento. Nesta festa, que tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.
Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração de uma delas em Jerusalém. Sua ressurreição ocorreu no domingo de manhã cedo, após o sábado pascoal. Como sua morte quase que certamente aconteceu na sexta-feira (há quem defenda a quarta-feira), a “sexta da paixão” entrou no calendário litúrgico cristão durante a idade média como dia santo.
Na quinta-feira à noite, antes de ser traído, enquanto Jesus, como todos os demais judeus, comia o cordeiro pascoal com seus discípulos em Jerusalém, determinou que os discípulos passassem a comer, não mais a páscoa, mas a comer pão e tomar vinho em memória dele. Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz.
Portanto, cristãos não celebram a páscoa, que é uma festa judaica. Para nós, era simbólica do sacrifício de Jesus, o cordeiro de Deus, cujo sangue impede que o anjo da morte nos destrua eternamente. Os cristãos comem pão e bebem vinho em memória de Cristo, e isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo.
A Páscoa, também, não é dia santo para nós. Para os cristãos há apenas um dia que poderia ser chamado de santo – o domingo, pois foi num domingo que Jesus ressuscitou de entre os mortos. O foco dos eventos acontecidos com Jesus durante a semana da Páscoa em Jerusalém é sua ressurreição no domingo de manhã. Se ele não tivesse ressuscitado sua morte teria sido em vão. Seu resgate de entre os mortos comprova que Ele era o Filho de Deus e que sua morte tem poder para perdoar os pecados dos que nele creem.
Por fim, coelhos, ovos e outros apetrechos populares foram acrescentados ao evento da Páscoa pela crendice e superstição populares. Nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.
Em termos práticos, os cristãos podem tomar as seguintes atitudes para com as celebrações da Páscoa tão populares em nosso país: (1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião; (2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira; (3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.
Eu opto por esta última.

Rev. Augustus Nicodemus Lopes - Pastor da Igreja Presbiteriana de Goiânia, GO

Da linha do tempo/Faceboo de 
Clenio Caldas

quinta-feira, 24 de março de 2016

ASSU


Assu, ditoso vale. Expressão, harmonia
Para um hino vibrante, um poema superior!
Obra-prima, que o artista, arrebatado, cria
Cantando a formosura, a natureza e o amor!
Terra fértil. Visão que o habitante extasia,
Terna mãe lhe estendendo o seio acolhedor,
Onde ele achou a paz, a esperança, a alegria
A abundância da seara e o perfume da flor.
Jardim da inspiração. Retiro doce e brando.
Cercanias que tem rebanho e têm zagais.
Várzea onde o rio vai – claro, se debruçando,
A distância a vencer com as águas musicais
E onde se escuta a voz dos pássaros – louvando
A seiva e a ostentação dos verdes carnaubais.
Edinor Avelino
(Poeta potiguar do Assu e macauense por adoção e escolha).
Imagem de carnaubeira ou carnaúba. Árvore nativa, bela e rica, então abundante na região do Asssu.

Fernando Caldas

“Quem somos nós para NÃO fazer Direito?” – um discurso jurídico em versos

“Quem garante a livre convicção e o senso de justiça perfeito? Se toda regra induz uma exceção, quem somos nós para fazer Direito?
Estudamos, a princípio, a Ciência Jurídica como uma unidade sistemática, robusta e coerente. Porém, nossos pensamentos e ideologias são flexíveis, não são como normas aplicadas em superfície carente.
Chame o legislador, o doutrinador, o professor… quem tem razão quando o mundo é controverso? Onde está a corrente majoritária ao nosso favor? Qual a solução para o contraditório inverso?
A nossa causa de pedir fundamenta-se no saber ilimitado, quem é aprendiz não se convence com o trânsito em julgado. Nós somos a prova principal do mais importante inquérito, pois temos no princípio da dignidade o nosso mérito.
A cada instância da vida, agravamos nossa vontade de sorrir. E diga-nos: qual legitimado não tem esse interesse de agir? A certeza não é o julgado procedente à argumentação, a única certeza é a dúvida que nos leva à reflexão.
Com base nas cláusulas pétreas fortalecemos a boa-fé e de ofício alcançamos voo além da previsão legal. Toda a ética profissional entregamos sem contrafé, pois não vivemos pelo litígio, e sim pelo convívio com a paz social.
Quem garante a livre convicção e o senso de justiça perfeito? Se toda regra induz uma exceção, quem somos nós para fazer Direito? Ou melhor, quem somos nós para NÃO fazer Direito?
Somos vários cidadãos e uma sociedade, somos todos intérpretes da solidariedade, somos os direitos e deveres da legislação, somos pura assistência, a sábia proteção.
Nós somos pedaços de um ‘Vade Mecum’ sem final, nós somos os capítulos da Doutrina atual, nós somos a prudência da sentença judicial, nós somos a esperança do que for constitucional!”
Rafael Clodomiro
Poeta formado em Direito
(Autor da "Poerídica, a poesia jurídica" (fb.com/poeridica). Realizou o I Sarau Jurídico no Congresso JusBrasil Conecta em Maceió-AL. Vencedor do Prêmio Nacional UFF de Literatura 2009 e do IV Prêmio Moledo Sartori de Monografia Jurídica 2012. Servidor Público e pós-graduando em Gestão Pública...)
Fonte: Jusbrasil
A Minha Dor
A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal …
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias …
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve … ninguém vê … ninguém …
Florbela Espanca

O Pewaisntw da Acadenia Assebse de Letras tem contos publicados em livro nacional

ALCUNHAS DE GENTE DO ASSU

Se não nos falta a memória, foi o folclorista Veríssimo de Melo o primeiro a escrever sobre o assunto em nosso Estado. 

O escritor Raimundo Nonato também ventilou-o em seu livro “Província Literária”, emprestando humor e peculiaridades aos portadores dos apelidos.

Um norte-rio-grandense ilustre, de quem não lembramos o nome, residente em Teresina, publicou algumas alcunhas no boletim da Biblioteca Municipal de Mossoró.

Agora o signatário destas linhas entra com as suas achegas para quando alguém quiser, juntar tudo num só volume, ou quem sabe? – Aproveitar os apelidos menos comuns, assim fazendo um trabalho mais completo, sem muita repetição de alcunhas.

Mas, o que é muito curioso é que há famílias no Assu, por cuja alcunha todos os seus membros atendem. 

É o caso dos TRAÍRA, que não são pescadores e têm acentuada inclinação para a música. 

Os PEBAS são agricultores e conhecidos valentões. 

Os CANGALHAS, ao contrário do que o nome indica, são profissionais do volante, parentes próximos dos NIQUINHAS, proprietários de caminhões. 

João, Chico, Oscar e José PACARÉ, comerciantes. 

Os QUIÓS são agricultores. 

Os TRIBUZANAS são muito numerosos. 

Os fabricantes de calçados conhecidos por FURÉS.

Os GAXEIROS, são numerosíssimos, e bons operários. 

Os CARCARÁS são uma família de marchantes onde não há um só que não tenha abatido uma rês. 

Os CHIMBINHAS, os BOIS, os PERICOS, os PIABAS distribuem-se em diversas atividades. 

Os CHORA EM PÉ são, tradicionalmente, cabras machos. 

Os CURINGAS, os MINÓRAS, os TUBIBAS e os CARROÇAS podem fazer parte deste rol. 

Chico, Zé, João, Manuel, Maria TÓCA etc., constituem, talvez, a maior família do Assu, com alcunha.

Ainda anotamos os BALAIOS, os MAXIXES, os PANONS, Os PADRESe os GÊS, todos muito conhecidos do autor destas notas e do município onde desenvolvem suas atividades profissionais. 

Vimos quão numerosa são as famílias do Assu conhecidas pela alcunha. Na segunda postagem da série, teremos oportunidade de conhecer, isoladamente, diversos apelidos, uns motivados, outros sem nexo algum.

NOTA: Primeira parte Do artigo “Alcunhas de gente do Assu”, do historiador Celso da Silveira, publicado no Jornal “ADVERTÊNCIA” nos anos de 1954/55.

domingo, 20 de março de 2016

BIBLIOTECA DE FERNANDO PESSOA COM MAIS DE 1100 LIVROS ESTÁ DISPONÍVEL ONLINE

fernando

26 de janeiro de 2016


Antes, a biblioteca pessoal do poeta podia apenas ser consultada na Casa Fernando Pessoa mas, agora, já podemos encontrar todo o acervo online, constituído por 1142 livros. Está disponível desde 2010.
As obras podem ser pesquisadas por ano, ordem alfabética e por categorias temáticas e é também possível encontrar algumas páginas com manuscritos do próprio Pessoa.
Todas as páginas dos volumes e manuscritos foram digitalizados e podem ser consultados página a página ou após o download completo de uma obra.
Esta iniciativa reuniu uma equipa de investigadores, incluindo Jerónimo Pizarro, e o apoio da Fundação Vodafone Portugal que possibilitaram a digitalização integral e publicação online da biblioteca. Segundo Pizarro, neste repositório podemos encontrar várias “anotações, comentários, traduções e outros diversos tipos de textos em prosa e em verso, para além de desenhos, horóscopos e exercícios caligráficos” do poeta.
Uma forma de eternizar e louvar todo o trabalho do maior poeta da língua portuguesa.
Para acessar o acervo, clique aqui.
Fonte: Shifter.
De: https://curadoriacolunastortas.wordpress.com

sábado, 19 de março de 2016

Continuam abertas as inscrições do concurso literário JOVENS CONTISTAS, GRANDES ESCRITORES

Com o objetivo de promover, valorizar, estimular a criatividade e a expressividade dos jovens escritores norte-rio-grandenses é que a Academia Assuense de Letras lançou o concurso de Contos destinado aos escritores do estado do Rio Grande do Norte, por nascimento ou residência.

O concurso Jovens Contistas, Grandes Escritores: Contos Potiguares tem temática livre e poderão participar maiores de 12 anos de idade que residam e/ou sejam potiguares natos.

Cada concorrente pode participar com mais de um conto, desde que utilize diferentes pseudônimos para cada obra.

O concurso premiará o primeiro colocado com R$ 1.000,00 (Hum mil) Reais, o segundo colocado com R$ 500,00 (quinhentos ) reais e o terceiro colocado com R$ 300,00 (trezentos) Reais. Os primeiros colocados receberão além da premiação em dinheiro, um diploma, um troféu e 10 exemplares do livro JOVENS CONTISTAS, GRANDES ESCRITORES: Contos Potiguares.

Também farão parte da obra, os participantes que receberem Menção Honrosa da Comissão Julgadora.

Todos os participantes terão seus nomes, e cidades, divulgados no livro JOVENS CONTISTAS, GRANDES ESCRITORES: Contos Potiguares.

O prazo para postagens se estenderá até o dia 29 de abril de 2016. 

Os trabalhos só serão recebidos por via postal endereçados para: CAIXA POSTAL - 069 - CEP 59.650-000 - Assu - RN.

Recomendo !!!
Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante/RN
Bom dia São-gonçalenses, que tal comer um delicioso prato com camarão hoje no almoço?
O Polo Gastronômico de Pajuçara, localizado na Zona Rural do município, reúne alguns dos mais tradicionais e rústicos restaurantes da Grande Natal, cuja especialidade é o camarão. Pajuçara é referência para os moradores da região quando o assunto é comer bem e com um preço justo. Emoticon wink ‪#‎SGARN‬ ‪#‎SGA‬ ‪#‎BomDia‬‪#‎SãoGonçaloDoAmarante‬ ‪#‎RN‬ ‪#‎Gastronomia‬
Fonte: Wagner Rocha 

sexta-feira, 18 de março de 2016

Aqui o meu segredo...
Somente com o coração que se pode ver totalmente...
O que e essencial e invisível aos olhos
Pequeno Principe Saint Exupéry
Here is my secret...
Only with the heart one can see rightly
What is essential is invisible to the eye.
The Little Prince Saint Exupery


quinta-feira, 17 de março de 2016

quarta-feira, 16 de março de 2016

O LOBISOMEM


Por: Celso da Silveira

Enquanto vou lendo o último livro de Raimundo Nonato da Silva, recomponho, mentalmente, palmo a palmo, o "beco de Donana" onde, dizem, costumava aparecer às sextas feiras, na força da lua, um lobisomem.

Entre os meninos da Rua das Flores corria a estória de que o lobisomem era um mendigo de longas barbas, ancião, sujo, que morava na rua dos Sete Pecados, lá para as bandas do Cemitério, e que havia feito trato com o diabo para enriquecer, dando uma gota de sangue de criança ao capiroto até que se cumprisse sua sina, que era andar feito bicho por sete adros de igreja e sete cemitérios, quando então voltaria à forma humana e ficaria rico.

Dizem que o lobisomem toda sexta-feira, depois das dezoito horas, espojava-se numa "cama" de jumento e virava a fera, de mãos compridas, unhas grandes, couro grosso, peludo e valente. 

Só tinha uma parte vulnerável: o umbigo. Se atingido naquela região do corpo disforme, bamboleante, urrava e desencantava.

Não sei se esse lobisomem da Rua dos Sete Pecados foi desencantado, ou se cumpriu a sua sina. Posso garantir, porém, que a lenda de sua existência nos retinha em casa à noite, ouvindo Estórias de Trancoso contadas por Cinana, uma velha ama, mãe de Raimundinho, cujo cabelo pixaim meu irmão Emílio achava igualzinho a cocô de rolinha, mas que nós amávamos como a um irmão.

Noutras épocas circularam na cidade, notícias de que estava aparecendo uma "Negra Ensebada" nas ruas de cima. Era uma preta, diziam, que penetrava nas casas audaciosamente. 

Algumas pessoas tentaram pegá-la, mas ao topá-la frente à frente, ela escapulia, escorregadia, como se estivesse untada de sebo. Daí o seu cognome de "Nega Ensebada".

Suas aparições eram sempre à noite, depois de nove horas.
 
Fonte: Salvados do Assu - Boágua Editora - Natal - 1996.
Foto ilustrativa: mundodolobisomem.blogspot.com

Lula aceita convite de Dilma e assumirá Casa Civil

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou nesta quarta-feira (16) o convite da presidente Dilma Rousseff e assumirá a Casa Civil.
O acerto foi fechado em reunião no Palácio da Alvorada, que teve as presenças também dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Jaques Wagner, que deixará o comando da Casa Civil e será chefe de gabinete de Dilma. Com isso, o petista comandará o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, chamado de Conselhão.
A Folha antecipou a informação de que o ex-presidente deveria aceitar um cargo no governo.
O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), afirmou que a ida de Lula pra Casa Civil tem o objetivo de ajudar o Brasil a sair da crise e de evitar o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.
"Temos um ministro chefe da Casa Civil com larga experiência para ajudar o Brasil. A decisão de Lula na Casa Civil decorre do compromisso com o país, única e exclusivamente imbuído do propósito de ajudar o país a sair da crise", afirmou o deputado, em entrevista no Salão Verde da Câmara.
Segundo o petista, a ida de Lula para o ministério não atrapalhará as investigações da Lava Jato. "Foi no mandato de Lula que a Procuradoria-Geral da República ganhou autonomia."
GUINADA
Na tentativa de convencer seu antecessor a assumir um ministério, a presidente Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta quarta-feira (16) com o seu antecessor, em um esforço que é considerado a última cartada da petista para evitar a abertura do processo de impeachment.
Na noite da terça-feira (15), após mais de quatro horas de jantar, o petistahavia pedido à presidente mais tempo para analisar o convite.
Para assumir um ministério, o petista impôs como condição autonomia na articulação política com a base aliada e mudanças na política econômica para garantir a retomada do crescimento.
Esta última condição preocupa não só o mercado como interlocutores do ex-presidente no empresariado, pelo receio de demandar medidas como venda de reservas internacionais, queda forçada dos juros e liberação de mais crédito na economia.
Segundo petistas e integrantes do governo, sua nomeação poderá ser acompanhada da entrada de um time no governo Dilma.
Entre os nomes que Lula gostaria de levar para o governo está o de Celso Amorim para Relações Exteriores. Não está descartada a substituição deAloizio Mercadante, na Educação. Outros nomes, como o de Ciro Gomes, são ventilados por petistas.
As mudanças na condução da política econômica podem provocar a saída do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Segundo a Folha apurou, Tombini tem dito a interlocutores que não ficará no comando do banco se o governo optar por uma guinada na política econômica, que passaria por uma redução forçada na taxa de juros e venda de parte das reservas internacionais.
Por outro lado, dentro do Palácio do Planalto há insatisfação em relação a Alexandre Tombini, que não estaria, na avaliação palaciana, adotando os remédios mais corretos neste momento para evitar uma recessão profunda no país.
LAVA JATO
Uma guinada na condução política do país justificaria sua presença na Esplanada dos Ministérios e afastaria a tese de que só pretenda escapar da prisão. Investigado na Operação Lava Jato, Lula, sendo ministro, terá foro privilegiado e sua prisão teria que ser autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A decretação de prisões cautelares é mais fácil na primeira instância.
É provável que os filhos do ex-presidente, que também são alvos do Ministério Público Federal, continuem com suas investigações a cargo da Justiça de primeira instância, a exemplo do que ficou decidido nesta terçasobre os casos da mulher e filha do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Réu na Lava Jato, Cunha tem foro privilegiado e é julgado no STF. As apurações sobre contas no exterior ligadas a jornalista Claudia Cruz e a Danielle Dytz da Cunha, mulher e filha do deputado, serão enviadas ao juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná.
ALIADOS
Integrantes de partidos aliados ao governo ainda não têm uma avaliação uniforme sobre a ida de Lula para a Esplanada dos Ministérios.
Um deles afirmou que "agora começa o terceiro mandato de Lula", em referência à possível divisão de poder entre Dilma e o ex-presidente.
Outro afirmou ver poucas chances de que a nomeação consiga barrar o impeachment de Dilma: "Ele vem para organizar o último baile da Ilha Fiscal", ironizou, lembrando a solenidade símbolo da queda da monarquia no Brasil.
A oposição já afirmou que irá ingressar na Justiça para tentar derrubar a nomeação do ex-presidente. Segundo o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), a nomeação é um tapa na cara da sociedade. Eles irão argumentar na Justiça que a nomeação não passa de uma tentativa de burlar investigações da Lava Jato. 

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