segunda-feira, 20 de junho de 2016


Cristina Costa 

Os rostos são esculturas vivas.
As mais reais e precisas
talhadas pelas almas que os animam
avaliadas pelos corações que os examinam.
Os rostos falam.E como falam.
Basta olhar para o rosto dos enamorados!
(Carmen Vervloet)

domingo, 19 de junho de 2016

(...)

E há, desguarnecido, um Brasil doloroso, angustiado,
Olho por todos os lados,
Olhos lado a lado,
A espera do milagre.

João Lins Caldas


ASSU – TERRA DOS POETAS


Por *Ivan Pinheiro Bezerra

“Em tempos que já vão distantes, o Assu primou pelo amor às letras e pela sua dedicação às artes. Seu povo tinha em alta conta o desenvolvimento da inteligência e o apogeu da cultura. A sensibilidade era a sua constância.


         Dotados de um acentuado senso artístico, os seus filhos alinhavam os seus propósitos e as suas tendências no sentido do aperfeiçoamento e do evoluir cultural. Enamorados do belo tinham a percepção do seu encantamento, do seu êxtase e do seu predomínio na estrutura espiritual.


Tamanha era essa desenvoltura, esse apego, esse apaixonamento, que, em última análise, se poderia pensar serem esses atributos um sentimentalismo congênito ou então seria uma predestinação atávica ou uma determinação biológica. A espontaneidade das revelações no domínio das belas artes surpreendia.


A disputa na conquista de uma escalada maior no aprimoramento do espírito, como que despertavam as energias telúricas, os entendimentos nativos, convergindo as idéias para o ponto centralizador que outro não era senão a ganância do saber.


Havia, nessas épocas que já descambam para o esquecimento, uma sintonização mental criando uma mentalidade propiciatória aos elevados empreendimentos sociais e recreativos: velhos e moços se aglutinavam, se harmonizavam e se entendiam na promoção de tertúlias literárias destinadas a acelerar, a desenvolver e a intelectualizar o meio ambiente.


Daí em nossa terra, ter tido a Imprensa, o teatro e a Poesia o seu habitat e a sua soberania. O povo assuense, na exuberância dos seus ardores poéticos e jornalísticos, nos seus arrebatamentos imaginários, elevou e engrandeceu a gleba que lhe serviu de berço.


Há na geração nova um fenômeno assustador. É o alheamento ao passado. É tão acentuado, que difícil se torna ao pesquisador concatenar acontecimentos, às vezes não muito remotos, se tiver que confiar na veracidade dos depoimentos. Acreditamos que não por mistificações. Porém, por desapego, desinteresse às cousas do passado”.


Este relato, em fragmentos, foi retirado da apresentação do livro História do Teatro no Assu, de autoria do historiador assuense Francisco Amorim, publicado no ano de 1972

É bom que se diga que o município do Assu, desde o ano de 1922, que blasona e tenta sustentar dois epítetos culturais difíceis de serem mantidos, que são: “Assu - Terra dos Poetas” e “Assu – A Atenas Norte Rio Grandense”.

O Assu recebeu estes dois apelidos em pleno ano de efervescência na cultural brasileira (1922), momento em que surgia o movimento modernista culminando com a I Bienal de São Paulo.

A juventude da época foi tocada, como por encanto por uma onda de ânimo artístico cultural, proporcionando um refino na cultura até hoje inquestionável, no que concerne a sua contribuição para o alento cultural brasileiro.


Pois bem, neste ano, o poeta, cronista e dramaturgo Ezequiel Wanderley pesquisou, planejou e publicou uma obra que mereceu integral apoio de intelectuais e governo. Publicou o livroPOETAS DO RIO GRANDE DO NORTE com 108 poetas nascidos em território Potiguar. Reuniu poetas líricos, simbolistas, clássicos, naturalistas, parnasianos, decadistas, satíricos e humoristas.

Destes 108 poetas, 29 eram assuenses sendo que, 12 destes assuenses, faziam parte da Academia Norteriograndense de Letras.


A partir desta realidade e levando em consideração o tradicional destaque do povo assuense na literatura, poesia, música, teatro e, sobretudo na imprensa escrita, contribuindo de forma decisiva na vida cultural do Estado, o Assu foi comparado, em nível de Rio Grande do Norte, com a capital Atenas - berço de intelectuais da antiga Grécia.


Depois deste, vieram outros livros: Panorama da Poesia Norte-Rio-Grandense, de Rômulo Chaves Wanderley, publicado em 1965; A Poesia e o Poema do Rio grande do Norte, de Moacyr Cirne, publicado em 1979; Novos Poetas no Rio Grande do Norte, organizado pelo Núcleo de Literatura da Fundação José Augusto, entre outros.

Em todas estas coletâneas os poetas assuenses detiveram significativos percentuais, mostrando que o tempo não tinha apagado a verve literária da Terra dos Poetas.


Em 1984 o assuense Ezequiel Fonseca Filho publicou o livro “Poetas e Boêmios do Assu” onde selecionou 36 poetas assuenses, considerados por ele, os melhores de todos os tempos.

Diversas outras obras, reunindo poetas do Assu, foram publicadas. Entre estas destacamos: Vertente Poética – publicado em 1985; Antologia Poética – 500 Anos – publicado no ano de 2000, em homenagem aos 500 anos do Brasil onde o poeta assuense, Fernando de Sá Leitão, representou o Assu em nível nacional e o livro Vertentes – Reunião com 25 poetas assuenses contemporâneos – publicado no ano de 2002 pela Coleção Assuense - criada pela Prefeitura Municipal do Assu e que até o ano de 2008, tinha lançado 14 livros.


Muitas outras obras individuais foram publicadas, algumas bancadas pelos próprios poetas. Podemos citar um deles como exemplo: o poeta Francisco Diassis (Diá da Cerâmica) que sempre publicou seus trabalhos sem parcerias.


O importante de tudo isso é que Assu conta com muitos adeptos da arte de escrever em versos. Poderemos até arriscar que dificilmente perderá o epíteto de “Terra dos Poetas”.

No entanto, haveremos de reconhecer que a produção nos últimos anos tem sido ínfima. Há de se admitir que o Assu possua muitos produtores culturais, inclusive no anonimato e, no que se refere à poesia, poderia contar com um número de poetas e poetisas bem maior, se, efetivamente, existisse incentivo.          


Resta a esperança de que cada artista possa valorizar o que faz. Ser poeta, por exemplo, não é para qualquer um. Rimar São João com balão não significa que essa pessoa seja necessariamente um poeta ou um exímio conhecedor de rima e métrica. Para ser poeta é preciso inspiração, saber transmitir em versos este dom divino ofertado por Deus. Diga-se de passagem, de singular raridade. Ser poeta é fazer com que as pessoas viagem e vejam, através dos versos, o infinito do seu pensamento. Para a inspiração de um poeta o céu é o limite.

É tempo de revermos nossos valores. As expressões artísticas dos assuenses como estão? É chegado o momento de valorizarmos os epítetos culturais. O Assu precisa continuar sendo a Terra dos Verdes Carnaubais; A Terra dos Poetas e a Atenas Norte-rio-grandense. Vamos à luta!


*Presidente da Academia Assuense de Letras

sábado, 18 de junho de 2016

  • Prefeitura do Assú
    hares de pessoas dançaram e cantaram ao som de Rogerio do Acordeom, Dorgival Dantas e Tony Farra.
    Nesta sexta (17), o São João do Assú tem prosseguimento com destaque, na parte religiosa, para as novenas. Na parte sociocultural, às 21 horas, tem banda Forró Bacana na Tenda do Forró. A partir das 22 horas iniciam os shows no palco principal, na sequência de apresentações: Almir dos Teclados, Lucas Santos e Mano Walter.
    Veja matéria completa: http://4et.us/4IH3WP
"Velho Adormecido". Assim está batizado uma pedra que fica ao redor da Lagoa do Piató, no município do Assu/RN, porque se assemelha a um homem que dorme.

sexta-feira, 17 de junho de 2016


EM 17 DE JUNHO DE 1927 – Acontecia o fuzilamento de Jararaca (José Alves de Santana) no cemitério público da cidade. Era um dos companheiros de Lampião no ataque a esta cidade a 13 de junho, quando foi baleado nas adjacências da Praça de São Vicente. Mesmo ferido, conseguiu atravessar a ponte da estrada de ferro, nas imediações do Alto da Conceição, escondendo-se no mato, às margens daquela ponte sobre o rio Mossoró. Descoberto o esconderijo, foi a policia informada e conduzida à cadeia pública, de onde saiu na noite tenebrosa deste dia, para ser morto a golpes de peixeira e cutilada de fuzil, sendo sepultado ainda vivo na cova aberta antecipadamente naquele cemitério.
FONTE: RelembrandoMossoró

quinta-feira, 16 de junho de 2016

A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição.

Aristóteles

quarta-feira, 15 de junho de 2016

A Porta Santa da misericórdia que será aberta hoje, na cidade do Assu, por ocasião da primeira noite de Novena em honra do glorioso São João

IMAGENS DA PÁSCOA DA COLÔNIA ASSUENSE EM NATAL

Na igreja São João, da Paróquia de Natal. Páscoa dos assuenses radicados em Natal, sábado (4) de Junho.Na primeira fotografia: Gustavo Montenegro Soares e a minha esquerda uma amiga e conterrânea chamada Liege Fonseca cuja figura não via há bastante tempo. Nas outras fotos abaixo podemos conferir as pessoa como Eduardo Macha (secretário municipal de esportes de Natal), Ira Machado, Cristina Dantas Nogueira, Fátima Machado, Osman Alves Cabral, Helder Alves, Arnóbio Júnor, Conceição Machado, Lúcia Fonseca, Riza Montenegro Lira, George Soares, Dadá Caldas, Ivan Pinheiro, Gustavo Pimentel, Jacira Dantas, Sandra Alves, Aida de Sá Leitão, Francisco Pimentel, dente outras figuras da terra assuense.






"Tal qual Muçulmanos que visita Meca, uma vez na vida todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo. No Beco da Quarentena não tem lama, mas no Beco da Lama ninguém fica quarenta dias sem vê-lo, atravessá-lo, atuando por sua estreiteza, espremido que é entre calçadas e platibandas.". O beco de saudosos chorinhos, sambas e bandas localiza-se no Centro Histórico de Natal.

Da linha do tempo/Face de: José De Lima Barros
Foto: José Adail Barros

Primeira parcela do 13º da União sai na folha de junho

O DIA
Os mais de 1,3 milhão de servidores federais vão receber metade do décimo terceiro junto com o salário do mês que vem. O Ministério do Planejamento confirmou ontem à coluna o calendário de pagamento antecipado de 50% da gratificação natalina na folha de junho. O crédito da primeira parcela será feito no mesmo dia em que os salários de junho entram nas contas em 1º e 4 de julho. Serão beneficiados servidores ativos, aposentados e pensionistas da União.
Como em anos anteriores, a primeira parte do décimo terceiro virá sem descontos legais. Os abatimentos serão feitos quando a União pagar a segunda parcela. Pelo calendário, a segunda parte sairá juntamente com a folha do mês de novembro, com crédito em dezembro.


Marmore Ltda
L A U F E N • I L B A G N O A L E S S I • O N E
Caracterizada por uma forma atemporal, que estimula o imaginário e possui uma pitada de excentricidade, este premiado projeto é criação do designer italiano Stefano Giovannoni.

PESQUISADORA DA LAGOA DO PIATÓ E PROFESSORA DA UFRN LANÇA LIVRO NA PUC - SÃO PAULO


A professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Maria da Conceição de Almeida - cidadã muito conhecida nas comunidades que compõem o entorno da Lagoa do Piató pelo seu trabalho de pesquisa que vem desenvolvendo há quase 30 anos -, lançará na próxima sexta-feira, 10 de junho, às 18h30, o livro Quase Nua - meias verdades, mentiras sinceras.   

Deste espaço, nós que conhecemos a sua dedicação ao trabalho e o amor que tem ao Assu, externamos nossas alegrias por esse momento tão importante na vida da amiga Conceição Almeida. Desejamos muito sucesso.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é.

Lenin

Cerveja: o transgênico que você bebe?

Acontece que, em 2012, pesquisadores brasileiros ganharam o mundo com a publicação de um artigo científico no Journal of Food Composition and Analysis, indicando que as cervejas mais vendidas por aqui, ao invés de malte de cevada, são feitas de milho.

Publicado por Carla


Sem informar consumidores, Ambev, Itaipava, Kaiser e outras marcas trocam cevada pelo milho e podem estar levando à ingestão inconsciente de OGMs
Por Flavio Siqueira Júnior* e Ana Paula Bortoletto*
Vamos falar sobre cerveja. Vamos falar sobre o Brasil, que é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, com 86,7 bilhões de litros vendidos ao ano e que transformou um simples ato de consumo num ritual presente nos corações e mentes de quem quer deixar os problemas de lado ou, simplesmente, socializar.

São se sabe muito bem onde a cerveja surgiu, mas sua cultura remete a povos antigos. Até mesmo Platão já criou uma máxima, enquanto degustava uma cerveja nos arredores do Partenon quando disse: “era um homem sábio aquele que inventou a cerveja”.
E o que mudou de lá pra cá? Jesus Cristo, grandes navegações, revolução industrial, segunda guerra mundial, expansão do capitalismo… Muita coisa aconteceu e as mudanças foram vistas em todo lugar, inclusive dentro do copo. Hoje a cerveja é muito diferente daquela imaginada pelo duque Guilherme VI, que em 1516, antecipando uma calamidade pública, decretou na Bavieira que cerveja era somente, e tão somente, água, malte e lúpulo.
Acontece que em 2012, pesquisadores brasileiros ganharam o mundo com a publicação de um artigo científico no Journal of Food Composition and Analysis, indicando que as cervejas mais vendidas por aqui, ao invés de malte de cevada, são feitas de milho.


Antarctica, Bohemia, Brahma, Itaipava, Kaiser, Skol e todas aquelas em que consta como ingrediente “cereais não maltados”, não são tão puras como as da Baviera, mas estão de acordo com a legislação brasileira, que permite a substituição de até 45% do malte de cevada por outra fonte de carboidratos mais barata.

Agora pense na quantidade de cerveja que você já tomou e na quantidade de milho que ela continha, principalmente a partir de 16 de maio de 2007.
Foi nessa data que a CNTBio inaugurou a liberação da comercialização do milho transgênico no Brasil. Hoje já temos 18 espécies desses milhos mutantes produzidos por Monsanto, Syngenta, Basf, Bayer, Dow Agrosciences eDupont, cujo faturamento somado é maior que o PIB de países como Chile, Portugal e Irlanda.

Tudo bem, mas e daí?
E daí que ainda não há estudos que assegurem que esse milho criado em laboratório seja saudável para o consumo humano e para o equilíbrio do meio ambiente. Aliás, no ano passado um grupo de cientistas independentes liderados pelo professor de biologia molecular da Universidade de Caen,Gilles-Éric Séralini, balançou os lobistas dessas multinacionais com o teste do milho transgênico NK603 em ratos: se fossem alimentados com esse milho em um período maior que três meses, tumores cancerígenos horrendossurgiam rapidamente nas pobres cobaias. O pior é que o poder dessas multinacionais é tão grande, que o estudo foidesclassificado pela editora da revista por pressões de um novo diretor editorial, que tinha a Monsanto como seu empregador anterior.

Além disso, há um movimento mundial contra os transgênicos e o Brasil é um de seus maiores alvos. Não é para menos, nós somos o segundo maior produtor de transgênicos do mundo, mais da metade do território brasileiro destinado à agricultura é ocupada por essa controversa tecnologia. Na safra de 2013 do total de milho produzido no país, 89,9% era transgênico. (Todos esses dados são divulgados pelas próprias empresas para mostrar como o seu negócio está crescendo)

Enquanto isso as cervejarias vão “adequando seu produto ao paladar do brasileiro” pedindo para bebermos a cerveja somente quando um desenho impresso na latinha estiver colorido, disfarçando a baixa qualidade que, segundo elas, nós exigimos. O que seria isso se não adaptar o nosso paladar à presença crescente do milho?
Da próxima vez que você tomar uma cervejinha e passar o dia seguinte reinando no banheiro, já tem mais uma justificativa: “foi o milho”.
Dá um frio na barriga, não? Pois então tente questionar a Ambev, quem sabe eles não estão usando os 10,1% de milho não transgênico? O atendimento do SAC pode ser mais atencioso do que a informação do rótulo, que se resume a dizer: “ingredientes: água, cereais não maltados, lúpulo e antioxidante INS 316.”
Vai uma, bem gelada?
Ana Paula Bortoletto é nutricionista e doutora em Nutrição em Saúde Pública

Flavio Siqueira Júnior é advogado e ativista de direitos humanos.


http://csalignac.jusbrasil.com.br/

UM POUCO SOBRE MEUS ANTEPASSADOS

Meus bisavós chamados Manoel Cavalcante de Queiroz e Vigorvina Fontes Fernandes de Queiroz (Fotografias abaixo) nasceram na então Vila de Lu...