terça-feira, 16 de agosto de 2016

( B O R B O L E T A )

Sou borboleta que saiu do casulo
Sentindo -se insegura não sabe voar....
Que a vida me ensine .......
Me mostre o caminho
De um lindo jardim que busco
Encontrar.


Autoria : Sara Camara
17/08/2014/
 

5 coisas interessantes sobre o primeiro museu indígena do Rio Grande do Norte

Publicado por às 10 de agosto de 2016 em Curiosidade, História | 3 Comentários
Isso mesmo, existe um museu totalmente indígena em terras potiguares, que é inclusive o primeiro museu indígena do Rio Grande do Norte.

Ele fica localizado na cidade de Apodi

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Que por sua vez fica na mesorregião Oeste Potiguar.

O museu é uma homenagem a uma guerreira indígena que foi brutalmente assassinada

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A apodiense Luiza Cantofa, assassinada na cidade de Portalegre/RN, no dia 03 de novembro de 1825.

Atualmente ele funciona provisoriamente na casa desta mulher

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Uma pesquisadora apodiense chamada Lucia Maria Tavares, que é a Presidente do Centro Histórico-Cultural Tapuias Paiacus da Lagoa do Apodi (CHCTPLA), entidade mantenedora do Museu Luíza Cantofa.

Entre os seus principais objetivos, o museu quer resgatar a cultura indígena de Apodi

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Dança dos índios Tapuias Paiacus, primeiros habitantes de terras apodienses (Foto: Ecoarte.info)
E não só isso:
  • Resgatar e preservar a cultura indígena dos Tapuias Paiacus, porque eles foram um marco histórico na formação do município de Apodi;
  • Promover e apoiar ações que contribuam para o resgate, divulgação e valorização da arte e da cultura indígena;
  • Estimular a parceria, o diálogo local e solidariedade entre os diferentes segmentos sociais, participando junto a outras entidades de atividades que visem interesses comuns;
  • Apoiar, bem como promover, ações sustentáveis que contribuam para a preservação ambiental, de modo especial, da Lagoa do Apodi, que em suas margens foram realizadas atividades como plantação, pescaria, dentre outras pelos referidos nativos, de onde veio as surgir a cidade.

Ele abriga várias peças e artefatos feitos pelos índios primeiros donos da terra

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Os Tapuias Paiacus foram os primeiros habitantes das terras apodienses.
Que trabalho excelente, hein? Parabéns. E para visitar o Museu do Índio Luíza Cantofa, agende a sua visita pelo número (84) 99914-2282.

De: Curioso
Enviado pelo galadinho Francisco Veríssimo de Sousa Neto .
O sopro do tempo não paga
a chama do nosso amor
 
Na vida, aquilo que afaga
se faz profunda emoção,
as coisas do coração
O SOPRO DO TEMPO NÃO APAGA.
E é mesmo bom que não traga
algo que cause rancor
ou que nos lembre uma dor,
melhor louvar bons momentos
como aquece os sentimentos
A CHAMA DO NOSSO AMOR
 
João Celso Neto



domingo, 14 de agosto de 2016


 
GLOSA

O SOPRO DO TEMPO NÃO APAGA
A CHAMA DO NOSSO AMOR

  
MOTE

Os olhares se cruzaram
já famintos de paixão
senti pular meu tesão
as carnes se agitaram
os sentidos aguçaram
me veio um certo temor,
não sei se medo ou rancor...
Uma certeza me afaga:
o sopro do tempo não apaga
A chama do nosso amor.

Autor: Ivan Pinheiro - Assu.
Ilustração colhida do mariaeunicesousa.com

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Ter ou não ter namorado?

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia.

Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar..

Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada, quando fala junto ou descobre a meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beiras d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar,, quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar,- quem namora sem brincar,- quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado quem confunde solidão com o ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pensando duzentos quilos de grilos e de medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela.

Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.

Enlou-cresça.

Autoria de Carlos Drumond Andrade

Do Facebook  de Yara Darin



Morte da Flora e da Fauna
 
 
                                                             Foto ilustrativa: longah.
 
 
Por Francisco Agripino de Alcaniz - Chico Traíra
 
Mataram a flora e a fauna
Riquezas da região
Na cruel devastação
Morreu também a beleza,
Não sei se a humanidade
O crime está percebendo
Pois sempre está recebendo
Castigos da natureza.

Oiticicas seculares
Mutambas, Umarizeiros,
Quixabeiras, Juazeiros,
Umburanas, Mulungus,
Jucá, Jurema, Paud’arco,
Catingueira, Catanduba,
Não escapou da derruba
Os cheirosos Cumarús.

Calumbís e tira-fogo
Que ornamentavam as barreiras
Canafístulas, Ingazeiras,
A fúria não esqueceu,
João-mole, Genipapeiro,
Pau-branco, Angico, Aroeira,
Tudo desapareceu.

Mataram o Marmeleral,
Já não há mais espinheiros,
Barrigudas, Cajueiros,
Castanholas, Gameleiras,
Por fim para completarem
O extermínio da flora
Estão derrubando agora
As nossas Carnaubeiras.

A fauna já não existe
Nem de Urubus um só bando,
Não se vê garças voando
Marrecas nem Patorís,
Carcarás e Gaviões
São aves que não existem,
Não se ouve o canto triste
Das saudosas juritis.

Quanto eram belas as tardes
Que os passarinhos cantavam,
Em revoadas passavam,
Em divertidos folguedos.
Depois voavam felizes
Antes da noite chegar,
Procuravam se abrigar
Nas copas dos arvoredos.

Graúnas, Corrupiões, 

Sabiás e Bentivis,
Canários e colibris,
Sanhaçus e Caboclinhos,
Pombinha, Galo de Campina,
Papa-arroz, Concriz, Anum,
Não acham em lugar nenhum
Para construírem ninhos.
Asa branca, Papagaio,
Periquito e Azulão,

De João de Barro e Cancão
Agora só resta o nome,
Porque a floresta deles
Está um campo esquisito,
Apenas se ouve o grito
De uma coruja com fome.

A Caatinga tornou-se
Numa capoeira feia,
Nem mesmo um Peba passeia,
Não há rastros de Tatus,
De Bola e Maritacaca
Não se vê nem os sinais,
Também não existe mais
Preá nem Tijuaçus.

Não há mais tamanduá,
Punaré, Camaleão,
A ave de arribação
Também desapareceu
Até os belos veados
Já fugiram, foram embora,
Com a extinção da flora
A fauna também morreu.

A poesia é do grande ipanguaçuense Chico Traíra, que por quase toda a vida residiu em Assu. Publicado em seu livro de poesias denominado de Versos do Verde Vale – editado no ano de 1984, pelo então prefeito Ronaldo Soares. 

O poema de fato foi escrito há vários anos, no entanto, permanece atualizadíssimo. Na verdade um recado a todos  nós que degradamos  a natureza.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

MOTE:

ME LEMBRO DAS FESTAS DO MUNICIPAL, COM O AFINADO CROONER MANOEL RAPOSA.

GLOSA:

DA MINHA ADOLESCENCIA MUSICAL
NOS BAILES DOS CLUBES DO ASSU
TOMANDO UMAS LAPADAS DE PITÚ
ME LEMBRO DAS FESTAS DO MINICIPAL.
PRA RECORDAR AS TERTULIAS, O SÃO JOÃO OU O NATAL,
QUERO HOMENAGEAR NESSA GLOSA
AQUELE QUE TINHA EM RAIMUNDA SUA ESPOSA
A SUA FOLCLORICA E FIEL COMPANHEIRA
CURTI MUITAS E MUITAS DOMINGUEIRAS
COM O AFINADO CROONER MANOEL RAPOSA.

Chagas Matias
Assu/RN.

Manoel Raposa
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e close-up

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Campeão do Mundo pelo Flamengo, ex-jogador vê time atual "sem feras"

Zico afirma que Neymar “não tem condições de ser capitão” da Seleção Brasileira

Craque criticou equipe canarinha, mas vê chances de medalha de ouro; jogo contra a Dinamarca será disputado nesta quarta-feira, em Salvador

Por: Redação

RIO – O comportamento de Neymar atrai críticas em momento decisivo da participação brasileira na Olimpíada do Rio. Nesta terça-feira, em evento realizado em um shopping localizado perto do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Zico disse acreditar na classificação do Brasil, mas também fez uma observação sobre o principal jogador do país. Ele disse não ver Neymar pronto para usar a braçadeira de capitão.

– O capitão do nosso time não tinha a menor condição de ser capitão. Ele tinha que se preocupar só com futebol – critica Zico, fazendo outra observação sobre a postura brasileira no jogo com Iraque. – Os caras reclamarem que o Iraque fazia cera. Veja se tem que se preocupar com isso? Joga bola, pô – completa.

Mesmo assim, o ex-craque disse ver na seleção olímpica um time com qualidade técnica. E capaz de ganhar a medalha de ouro. Ele destacou que o tempo reduzido de formação da equipe e de preparação prejudicam muito o Brasil.

– Acho que ganha da Dinamarca e pode levar o ouro. Não tem nenhum bicho papão – afirmou. – Ninguém é mágico para fazer time em duas semanas, fazer magia. O futebol brasileiro é formado sempre em cima da hora. Não tem conjunto e posicionamento. E não temos aquelas feras todas que decidiam – conclui.

O Brasil decide a classificação contra a Dinamarca nesta quarta-feira, às 22h, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

Com informações do jornalista Carlos Eduardo Mansur, do portal O Globo
 

 

Peritos do INSS vão fiscalizar vida pessoal de segurados por meio das redes sociais

O pente-fino que a Previdência Social pretende passar nas concessões de auxílio-doença e aposentadorias por invalidez pode ultrapassar as barreiras do real e chegar ao mundo virtual. Para detectar indícios de fraude nos benefícios, peritos poderão pesquisar e analisar postagens nas redes sociais para concluir se a pessoa tem condições ou não de trabalhar.

Segundo portaria publicada pelo governo no Diário Oficial da União, a revisão vai alcançar os segurados que recebem os benefícios há, pelo menos, dois anos. Quem tem mais de 60 anos não precisará passar por perícia. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) despende anualmente R$ 27,5 bilhões por ano com os benefícios que serão revisados — R$ 20 bilhões com auxílio-doença e R$ 7,5 bilhões com aposentadorias por invalidez. A expectativa é de reaver cerca de R$ 6,3 bilhões com o cancelamento de pagamentos indevidos.

O governo pretende realizar mutirões de perícias até aos sábados. Ao todo, serão chamados 1,1 milhão de aposentados por invalidez com menos de 60 anos e 530 mil pessoas que recebem auxílio-doença. A forma como os segurados serão convocados ainda está sendo definida pelo INSS. Os segurados não precisam procurar as agências da Previdência antes de receber a convocação.


Bônus

Fiscais do INSS poderão pesquisar informações dos beneficiários nas redes sociais para verificar se o segurado tem condições ou não de voltar ao mercado de trabalho. Serão analisadas, por exemplo, postagens no Facebook que envolvam fotos em festas, viagens, passeios em cachoeiras e manifestações populares.

É facultativo ao perito médico aderir às revisões. Na próxima segunda-feira, o INSS deve divulgar o número de peritos que irão participar dos mutirões em todo o Brasil. Estima-se uma adesão de 70% do quadro de médicos. Para cada revisão, eles receberão um Bônus Especial de Desempenho Institucional por Perícia Médica em Benefícios por Incapacidade (Besp-PMBI).

O diretor sindical da Associação Nacional dos Médicos e Peritos da Previdência Social (ANMP), Luiz Argolo, explica que as perícias devem começar no final de agosto ou começo de setembro, já que o INSS ainda vai regulamentar a portaria. Serão avaliados benefícios concedidos administrativamente, pela Previdência, e judiciais, contemplados por decisões da Justiça. “Faremos a vistoria e, caso haja irregularidades, recomendaremos ao juiz a suspensão do benefício”, informa.

A Lei prevê que as revisões devem ser feitas a cada dois anos. Porém, isso não é feito desde 1992. “Ficamos carente de gestão no âmbito do INSS durante aproximadamente 10 anos. É importante frisar que a revisão não serve para retirar direitos dos segurados, mas, sim, fazer uma radiografia da realidade dos benefícios”, diz Argolo.

Com 37 anos na função, Argolo destaca que foram dados auxílios-doença e aposentadorias por invalidez a pessoas que não passaram por perícia. “Imaginava-se que o prazo de um beneficio fosse de até dois anos, inicialmente, mas há casos que perduram por mais de cinco, seis, sete e até oito anos. Há situações mais graves em que o segurado não tem condições de se restabelecer nesse período, já que carece de um tratamento mais prolongado. Mas essas seriam as exceções”, aponta.


Fonte: Correio Braziliense, em 06/08/2016

domingo, 7 de agosto de 2016

UMA NOITE DE ESTRELAS

        


ALEJURN MESA COM DIÓ EETC DSC07155 (1)O jurista Odúlio Botelho Medeiros
Odúlio Botelho
IHGRN – UBERN – ALEJURN – OABRN
(Discurso proferido por Odúlio Botelho Medeiros na solenidade de posse de novos sócios efetivos do IHGRN realizada no dia 14 de julho de 2016)
“Várias são as linguagens do aprendizado existencial. E algumas frases trazem o efeito dessa ilustração: ‘A história é a mestra da vida’ (Cícero); ‘A filosofia é uma preparação para a morte’ (Sócrates); ‘A arte justifica o sofrimento da vida’ (Schopenhauer)” – Poeta Horacio Paiva, em seu discurso de posse em 29.03.2016 no IHGRN – publicado na Revista nº 93- ano 2016 – página 79.
 “Esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé” (1 JO 5.4).
“É melhor a sabedoria do que a força” (Eclo. 9,16).
“Mais vale o bom nome do que muitas riquezas; acima do ouro e da prata, está o bom acolhimento” (Pr 22,1).
“A memória guardará o que vale a pena. A memória sabe de mim mais do que eu; e ela não perde o que merece ser salvo” (Eduardo Galeano – escritor e pensador uruguaio, falecido em 14 de abriu de 2015).
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Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN, fundado em 29 de março de 1902 – Fonte – ormuzsimonetti.blogspot.com
Após os pensamentos acima transcritos, que merecem de todos nós algumas reflexões, eis um pouco da longa vida deste Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Como é público e notório sempre existiram os “loucos geniais”, como disse certa vez o inesgotável Câmara Cascudo. E é puramente verdadeira essa máxima do velho Mestre. O Des. Vicente Simões Pereira de Lemos ao lado de 25 outros pioneiros fundaram este instituto. Registre-se que dentre esses sócios-fundadores, cinco se destacaram como ex-governadores do Estado: Alberto Maranhão, Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, Joaquim Ferreira Chaves, Augusto Tavares de Lyra e Antônio José de Melo e Souza. A ata de instalação do IHGRN ocorreu precisamente aos 29 dias do mês de março do ano de 1902, décimo quarto da Republica, no salão do Atheneu Norte-rio-grandense, tendo sido aclamada a Diretoria Provisória, com a seguinte formação – Presidente: Dr. Olympío Vital; Vice-presidente: Dr. Alberto Maranhão; Primeiro secretário: Dr. Pinto de Abreu; Segundo secretário: Dr. Luiz Fernandes; Orador: Des. Meira e Sá; Tesoureiro: Veríssimo de Toledo. Nesta oportunidade o Presidente declarou instalado o instituto, cujos fins e objetivos estão contidos no art. 1º do Estatuto da entidade, assegurando que trata-se de uma associação civil sem fins econômicos, com sede e foro na cidade de Natal capital do Estado.
Para não importunar a eminente plateia afirmamos, de viva voz, que os institutos pertencem ao gênero academia, conforme o entendimento do historiador gaúcho Paulo de Azeredo:
“O termo Academia tem sua origem na Grécia, em torno do século III AC, quando Platão passou a reunir pensadores que discutiam questões filosóficas em um local chamado Jardins de Akademus (herói Ateniense). O grupo passou a ser conhecido por Akademia. Com o tempo, a reunião de pessoas especializadas em uma determinada área também passou a receber a mesma denominação. Mais tarde o termo passou a ser usado também para designar estabelecimentos de ensino superior e posteriormente escolas onde se ministram práticas desportivas, artísticas e outras. Sociedades de caráter científico, artístico ou literário também passaram a ser denominadas de academia. Atualmente, quando nos referimos genericamente à ACADEMIA, estamos nos referindo ao sistema educacional e ao meio intelectual como um todo.”
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Outra parte da sede do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN – Fonte – ihgrn.blogspot.com
O eminente Presidente Honorário Vitalício, Jurandyr Navarro, em trabalho ainda inédito também descreve o nosso instituto da seguinte forma:
“Essa entidade secular guarda, em seu acervo, obras raras, separadas pelo seu valor em depósito selecionado, podendo enumerar algumas delas: o livro de Barleus, encontrado somente um exemplar no Rio de Janeiro, segundo alguns; a obra do Padre Luiz Monte ‘Fundamentos Biológicos da Castidade’ (primeira edição), escrita no início da década de 1930, redigida por um sacerdote católico, a única sobre o assunto, analisada sob o ângulo científico e não, apenas, sob o aspecto moral por outros já debatidos; uma Bíblia escrita em idioma estrangeiro; a obra do Cônego Jorge O’Grady de Paiva, ‘Dicionário de Astronomia e Astronáutica’, o primeiro escrito na América Latina sobre o assunto. Assim como objetos, considerados relíquias, tais a Estola do Padre Miguelinho; as vestes sacras do primeiro Bispo Dom Antônio de Almeida, etc.”.
Em verdade convivemos com as dificuldades que são próprias de entidades culturais públicas e privadas, especialmente em relação aos poderes constituídos. Entretanto, esses óbices vêm sendo paulatinamente ultrapassados, mercê da vontade de todos os que se envolvem nos campos da intelectualidade. Com a máxima sinceridade não poderemos somente admirar e contemplar. Os tempos são outros exigem muito esforço e a necessidade de fazer e de produzir. Precisamos, assim, interagir com os seus dirigentes para que a chama idealística dos mais antigos, não se limite, apenas a quimeras e sonhos idos e vividos. A Casa da Memória precisa somar o seu passado aos dias que virão, porque o Instituto Histórico pertence aos mais novos, ou seja, as futuras gerações. Assim, estamos aqui para aprender, colaborar, unir e produzir visando, primordialmente, o desenvolvimento cultural do Estado.
IHGRN 1902
Convite para discussão dos estatutos do IHGRN em 1902, ano de sua criação.
Mas, minhas senhoras e meus senhores que abrilhantam esta reluzente noite, chega de saudade, como diria o poeta. Vamos falar de forma direta sobre os novos valores que passam a compor o quadro de sócios efetivos da instituição que são nomes importantes da magistratura, da advocacia privada ou institucional, do Ministério Público, do magistério universitário e, por que não dizer, da própria cultura norte-rio-grandense. São eles: Dr. Francisco Eduardo Guimarães Farias – Juiz Federal; Dr. Marcelo Alves Dias de Souza – Procurador da República; e Dr. Washington Alves de Fontes – brilhante advogado, atualmente exercendo o cargo de Procurador-Chefe da Assembleia Legislativa do RN.
Como se vê, o quadro do instituto recebe de braços abertos os seus novos membros que com certeza muito contribuirão para o aperfeiçoamento desta entidade cultural.
Lembro a todos os presentes, que por aqui já passaram muitos valores intelectuais ao longo dos 114 Anos de existência da gloriosa Casa da Memória. Dentre esses destacamos, nesta oportunidade, o mestre Câmara Cascudo, Manoel Rodrigues de Melo, Oswaldo de Souza, Hélio Dantas, Nestor dos Santos Lima, João Medeiros Filho, Enélio de Lima Petrovich, Otto de Brito Guerra e Olavo de Medeiros. Hodiernamente contamos com a experiência e o inestimável apoio dos ex-presidentes Jurandyr Navarro, Valério Mesquita e do atual Presidente Ormuz Barbalho Simonetti. 
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Foto da década de 1920, mostrando a sede do IHGRN, ao lado da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, na Praça André de Albuquerque, centro de Natal.
Falemos agora sobre a nossa estrela maior – Glorinha Oliveira que recebe nesta solenidade o merecido título de Sócia Honorária, por tudo que vem fazendo pela música popular brasileira, especialmente neste Estado. Seus dons artísticos são múltiplos: canto, rádio teatro, declamação, arte cênica, sendo, também, uma grande contadora de estórias. Valério Mesquita que se cuide! Bem, Presidente Ormuz, declaro que cumpri com muito prazer a missão de bem receber os novos sócios efetivos e a sócia honorária Glorinha Oliveira que vem nos brindando há muito tempo. Desta forma, os confrades ora empossados passam a fazer parte do acervo cultural deste Instituto.
Resta lembrar a máxima popular de que “a união faz a força”. Assim, estamos evidentemente agrupados para projetar o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte para a frente e para o alto. Castro Alves já dizia: “sou pequeno, mas só fito os andes”.
Muito obrigado!
E para fechar o domingo com as recordações de menino que morava no beco do Colégio, gostava muito de ver os ensaios do primeiro vocalista de Assu que cantou Inglês(do jeito que ele entendia) e que fazia muito sucesso nos bailes da nossa cidade. Falo do saudoso Manoel Raposa, ídolo do conjunto musical do também saudoso maestro Cristovão Dantas. Tem uma geração que ia as festas e que vai gostar muito da lembrança.

Lucílio Filho.

Aquarela com café. Arte de Lúcia Caldas.
Nenhum texto alternativo automático disponível.
 
 
O corpo nada mais é
que um mero casulo
para a alma borboleta.

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