quarta-feira, 14 de março de 2018

14 de março - Dia Nacional da Poesia.
Poema da poetisa assuense de Lavras, Maria Eugênia
A Passageira
Eu vou espalhar rosas em seus caminhos
E retirar todos os espinhos pra você passar.
Um tapete de pétalas perfumará seus pés,
Que sabem pisar qualquer chão,
Em qualquer lugar.
É uma forma sutil de beijá-los,
De agradecer de coração,
De dizer que seus pés foram feitos
De duas grandes naus,
Que sempre procurando um porto novo,
Navegam em altos mares,
Levando alento e alegria a todos os lugares.
Açu, 23/4/71.
[Da linha do tempo de Assu de Outrora, de Pedro Otávio Oliveira]

Em tempo: Conheci e convivi com Maria Eugênia Maceira Montenegro, minha prima afim, por ser casada com Nelson Borges Montenegro, também descendente da família Lins Caldas, do Assu/Ipanguaçu [RN].


E agora?---------------- Amelia Freire

Agora que depositava alegria em ti
agora que me fazias sorrir
agora que a cumplicidade se esguia
o vento como um assovio
não te deixa partir
Agora que o coração se inibiu,
as flores perderam a cor
a ciranda não canta, não dança, não roda
a voz, aquela voz se calou
Agora que o espelho partiu ao meio
metade da metade não há
agora que tudo é espera sem espera
sem som, a melodia não vinga
a hora já passa, o tempo já foi
Agora tu e eu nos perdemos
agora me encontro em mim
com aquela dúvidas de palavras frias
não fui, nem eras. 03/10/2012.
Coração malsinado das torturas,
Coração de mulher sem amor ter,
Goza um pouco a ventura de querer
Que este gozo é maior que outras venturas.
Tens, como as dores que hoje tens seguras,
Do amor a porta sem poder se erguer.
Ah! Que ventura se ilusões, das puras.
Hoje pudesse coração, conter!
Mas não! Que o gelo que dá vida à morte
É o mesmo gelo que campeia forte
Nesse teu seio onde batalha a dor...
És para o tédio e para o mal nascido...
Muda essa sorte, coração ferido,
Abra essa porta para o meu amor!...

João Lins Caldas [n. Goianinha/RN,1888, m. Assu/RN, 1967.
Poema escrito em Natal, 1909.

segunda-feira, 12 de março de 2018

O advogado Ismael Wanderley Gomes Filho, eleito deputado federal constituinte do Rio Grande do Norte, com 44.852 votos, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB) nas eleições gerais de 1986.
Do blog: Isael Wanderley  morreu hoje, 12, será crenado no ceitério Morada da Paz, e Natal.

domingo, 11 de março de 2018

Roberto Carlos vai lançar prédio de luxo em formato de rosas

Dody Sirena, Roberto Carlos, Ubirajara Guimarães e Jaime Sirena (Foto: Divulgação)

A empresa da qual Roberto Carlos faz parte do time de sócios, a Emoções Incorporadora, anunciou uma novidade prevista para maio deste ano: Um residencial em homenagem ao cantor, o Horizonte Parque Flamboyant, com design inspirado nas flores que o rei distribui para as fãs nos shows. Serão 152 apartamentos entre 177 e 204 m² e quatro coberturas, que vão variar de 444 a 507,55 m², em Goiânia.
Leia mais:
“Assim como outros empreendimentos que já entregamos, o nome do prédio é inspirado na música Além do Horizonte, de Roberto e de Erasmo Carlos. A ideia é imprimir um pouco da personalidade dele, no nome da torre, no uso da cor azul e agora com esse desenho em formato de rosa, criado pelo arquiteto Alexandre Leite”, afirma Jaime Sirena,  também sócio da Emoções.
Focado na sustentabilidade, com sistemas de reaproveitamento de água e uso de energia solar, empreendimento do cantor, em Goiânia, contará com serviço de concierge e com alta tecnologia de automação de iluminação e som.

Foto: Divulgação

A TRISTE SITUAÇÃO DO RICO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

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Rostand Medeiros – Escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN

Desde 2005 que eu frequento o nosso Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Norte e desde essa época ele está localizado na antiga sede do extinto supermercado “Superete Queiroz”, na esquina da Avenida Coronel Estevam, antiga Avenida “9”, com a Rua Dr. Alfredo Lyra, no Alecrim.
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Também desde 2005 existe a promessa de mudança do Arquivo para uma sede definitiva, mas nada até o presente momento foi feito. Acompanhei nesta época o trabalho árduo, mas infelizmente infrutífero, do Promotor de Justiça João Batista Machado na busca de uma solução para o local.
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Em agosto de 2017 eu solicitei ao então Diretor da casa, o Professor Claudio Augusto Pinto Galvão, para fotografar alguns exemplares do jornal “A República” para uma pesquisa que atualmente realizo. Durante este trabalho eu testemunhei o esforço do Professor Claudio e dos abnegados funcionários da casa solicitando apoio a Secretaria da Administração do Estado para a solução dos problemas ali existentes. Mas nada vi de solução durante o período que lá estive.
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E que problemas são estes?
Muito mofo, estrutura deficiente, o gesso do teto prestes a cair, falta de pessoal, de material, muitas goteiras que formavam poças na parte interna e outros mais! 
Os problemas são tantos e tão visíveis, que prefiro lhes trazer as fotos que fiz no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Norte em setembro passado.
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Recentemente o Sobre o Professor Claudio Galvão me enviou um vídeo de uma verdadeira “cachoeira” dentro do Arquivo. A gravação foi realizada recentemente, neste último período de chuvas mais fortes que atingiram Natal agora em fevereiro. 
Veja o vídeo neste link

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Se nada for realmente feito, tudo ali corre perigo.
Às vezes penso que o atual estado do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Norte é uma ação deliberada de grande parte da classe política do nosso estado. 
Bem eu acredito que todos no Rio Grande do Norte sabem que grande parte da estrutura política potiguar é tradicionalmente formada por oligarquias. Sendo assim, penso que no intuito de evitar que  pesquisadores mostrem através de suas pesquisas históricas os erros dos membros mais velhos destas oligarquias ao longo de sua trajetória política, o melhor era que o Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Norte e seu acervo fossem totalmente destruídos.
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Grande parte da memoria estadual, inclusive do judiciário, repousa naquele local. A quantidade de tesouros ali existentes é fenomenal. Creio que a perda deste patrimônio será um duro golpe na memória e na formação do pensamento do povo potiguar sobre sua própria existência.
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Enfim não podemos esquecer que para muitos políticos a melhor maneira de conduzir seus eleitores como se fosse gado, ocorre quando esse povo não tem nenhuma noção sobre a História e a formação do seu lugar, nem como essas pessoas se enquadram no contexto histórico de sua região. Como resultado desse desconhecimento o povo dessa terra acaba por não ter muito orgulho do seu lugar, de suas tradições e de sua herança cultural.
No final esse povo acaba sem saber quem ele realmente é, de onde veio e a razão do porque está aqui.

sábado, 10 de março de 2018

quinta-feira, 8 de março de 2018

Mote
Peço a Deus felicidades
Para as mulheres que amei.
Glosa
Pra vocês lindas mulheres,
Que passaram em minha vida,
Cada uma a mais querida,
Sempre agi como um alferes(1)
Dei festas de mil talheres
De vocês todas gostei
Meu carinho eu lhes dei
Hoje eu sinto saudades
Peço a Deus felicidades
Para as mulheres que amei.
Natal (RN), 08 de março de 2018,
Dedé de Dedeca.

Novo Jesus da Paixão de Cristo chora por cancelamento da peça: 'Lamentável'

Tradicional espetáculo gratuito foi realizado durante 21 anos, no Marco Zero


Hemerson passou por uma seleção entre vários atores. Foto: Shilton Araujo/Esp.DP
Hemerson passou por uma seleção entre vários atores. Foto: Shilton Araujo/Esp.DP


A semana santa da capital pernambucana vai sofrer com uma lacuna importante em 2018. A Paixão de Cristo do Recife, maior evento público e gratuito do período, foi cancelada após 21 anos ininterruptos por conta de problemas com captação de recursos e pelo pouco tempo para recuperar o figurino e o cenário. A edição deste ano estava cercada de expectativa por ser a primeira vez na qual o ator, diretor e produtor José Pimentel cederia o papel de Jesus Cristo - que interpretou por 40 anos - a  Hemerson Moura. Mesmo com esse revés, a intenção dos realizadores é fazer o evento retornar em 2019.


De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe) e um dos produtores do espetáculo, Paulo de Castro, a decisão foi tomada na quinta-feira passada. "O orçamento mínimo para realizar a Paixão de Cristo do Recife é de R$ 700 mil. Mesmo tendo R$ 250 mil da Prefeitura do Recife e R$ 150 mil do Governo do Estado, não conseguimos os R$ 300 mil restantes com a iniciativa privada. Agora, mesmo se conseguíssemos o dinheiro restante, não teríamos tempo de levantar a peça".

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A dificuldade crescente em manter o espetáculo já o havia colocado em xeque em anos anteriores. No ano passado, por exemplo, a peça estava para não acontecer e foi anunciada quase de última hora. Em 2018, a situação finalmente se tornou insustentável. "Tínhamos a consciência da necessidade de mudar o cenários e os figurinos, os mesmos desde o início, em 1997. Para completar, o material de cena, guardado em um armazém em Peixinhos, foi destruído por cupins. Só a mesa da Santa Ceia se salvou. Além disso, com a saída de Pimentel do papel de Cristo, houve várias mudanças no elenco. Precisávamos fazer uma nova trilha e isso não estava no nosso custo".

José Pimentel, por sua vez, está esperançoso com o retorno da montagem no próximo ano. "Eu estou bem, a vida continua. Este ano, vou ver a paixão de Cristo dos outros. Não quero ficar parado de jeito nenhum. Em julho, vou dirigir o espetáculo O massacre de Angico: A morte de Lampião e esperar outras propostas. Não tive culpa nesse cancelamento. Me disseram que estou velho para fazer o papel e achavam que bastava mudar o Cristo para o povo prestigiar, mas não foi assim. Você tem que ser um bom ator e acabou. Pretendo voltar em 2019, talvez não como Jesus Cristo, mas como outro personagem".

Pimentel não escondeu sua contrariedade no anúncio, em dezembro passado, do ator que o substituiria como personagem principal. Os ensaios para a edição deste ano começaram em janeiro, mas segundo o veterano, as arestas foram aparadas. "Hemerson estava praticamente pronto para fazer o Cristo. Para mim era difícil, pois vinha a minha marca na cabeça. Estávamos ensaiando apenas a voz, mas o processo estava tranquilo. Dei plena liberdade a ele como diretor".

Já Hemerson Moura, de 39 anos, vencedor da seleção para ser o novo protagonista da Paixão de Cristo do Recife, afirma que a situação já era esperada e se emociona ao falar da sua relação com a peça. Na Semana Santa, ele voltará a participar do Auto da Via Dolorosa, montagem musical realizada em igrejas do Estado pelo Coletivo Ditirambos, do qual ele faz parte. "É lamentável, pois quem perdeu foi a população. Havia um público fiel para a montagem, ela gerava empregos, reunia famílias. É uma tradição que se rompe", disse ele, durante ligação telefônica na qual chorou. Mesmo frustrado com a não realização do espetáculo neste ano, Hemerson diz ter ganho mais visibilidade como ator e aproveitado a oportunidade de conviver com Pimentel. "Ele é um artista de extrema gentileza, sempre foi generoso comigo. Se depender de mim, certamente estaremos no Marco Zero no ano que vem".

HISTÓRICO
Paixão de Cristo do Recife teve sua primeira edição em 1997, imediatamente após José Pimentel sair da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, na qual intepretou o protagonista por 19 anos. Em seus primeiros cinco anos, a peça foi montada no Estádio do Arruda. Depois, passou para o Marco Zero, de onde só saiu no ano de 2006, quando foi encenada em frente ao Forte do Brum. Em sua última edição, contou com cerca de cem atores e quase 300 figurantes. De acordo com Paulo de Castro, mais de 18, milhão de pessoas viram a produção ao longo de sua existência.

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quarta-feira, 7 de março de 2018

Persigam-te meus beijos e carinhos.
A benção do amor e o coração da vida,
Sejam de flores teus lindos caminhos,
Estação da luz e estação florida...
Que te comova o gozar dos ninhos,
E, a cada nota da ilusão sentida,
Longe da mágoa e livre dos espinhos,
Palpite a tua alma reflorida...
Que cantem em as noites luminosas,
Dentro em teu seio, o teu sonho, vindo
D'alma das flores do íntimo das rosas...
E que teu nome só de luz imerso,
Um dia seja no meu verso, lindo,
A rica chave do meu triste verso
[João Lins Caldas]
Natal, 1909.

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Arte de Gilvan Lopes. Muro do Colégio Estadual JK. Assu-RN.

Imagens da web.


Da solidão por Redação Tribuna do Norte  3 de abril de 2024     Vicente Serejo serejo@terra.com.br O ser humano, desde a caverna, tem medo d...