terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
REVISTA CARETA
"Careta", importante revista humoristica brasileira que circulou entre 1908 a 1960. Entre as distantes décadas de dez., vinte e até o começo da de trinta, o poeta assuense João Lins Caldas no tempo em que ele morava entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, colaborou com seus escritos literários.
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IPANGUAÇU NAS LETRAS POTIGUARES
Ipanguaçu está nas letras potiguares através do seu poeta maior chamado José Coriolano Ribeiro. Ele está antologiado por Rômulo Wanderley, na sua antologia intitulada "Panorama da Poesia Norte-Rio-grandense", 1965. Breve vou postar neste blog um pouco da sua obra, das produções daquele bardo boêmio, já falecido. Mas em Ipanguaçu existe outros poetas como, por exemplo, Wiliame Lins Caldas que um dia, numa feliz inspiração, escreveu o soneto intitulado Assim eu te vejo:
Te vejo como um pássaro que voa
Tão alto que não posso alcançar.
E fico te olhando, assim a toa
E como é lindo o teu voar.
Te acompanho com o pensamento
Meu coração, se tivesse asas, poderia voar.
Você passa tão depressa. levada pelo vento
Levando também o meu olhar...
Como uma planta que nasce
E precisa ser regada, cuidada...
Assim eu te vejo.
E como uma flor que abre
E o beija-flor, cedinho vem beijá-la
Pra matar o seu desejo...
Te vejo como um pássaro que voa
Tão alto que não posso alcançar.
E fico te olhando, assim a toa
E como é lindo o teu voar.
Te acompanho com o pensamento
Meu coração, se tivesse asas, poderia voar.
Você passa tão depressa. levada pelo vento
Levando também o meu olhar...
Como uma planta que nasce
E precisa ser regada, cuidada...
Assim eu te vejo.
E como uma flor que abre
E o beija-flor, cedinho vem beijá-la
Pra matar o seu desejo...
sábado, 7 de novembro de 2009
NOTA
Em 2010 quero ser deputado federal! Ora, não tem um Maia, um Alves na Câmara Federal representando o Rio Grande do Norte? Por que não pode ter um da Silva, um Caldas naquele parlamento? O importante é ter sobretudo espírito público. Afinal, conheço os problemas do meu estado e do meu país. O Vale do Assu é uma região importante, não pode ficar somente sob a sombra das antigas glórias, não! É preciso se fortalecer, ter prestígio político e retomar o desenvolvimento do Vale do Assu. Para isso, basta ter representantes filhos daquela própria região na Assembleia Estadual e na baixa Câmara do País. Afinal "Vale ou não vale, o Vale"?
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CAFÉ FILHO EM MOSSORÓ
Clique na imagem para ampliar.
Em 1945, o deputado federal Café Filho esteve em Mossoró em campanha para deputado federal. A fotografia fora tirada por ocasião de um comício realizado naquela terra do oeste potiguar. Ao lado direito de Café (discursando), o comerciante assuense Fernando Tavares (Vem-Vem) que tinha amizade com aquele parlamentar natalense, através de Dix-Sept Rosado e do também comerciante em Natal, o assuense Bilé Soares que, através de Café chegou a assumir a superintendência da Caixa Econômica de Natal, na década de cinquenta.
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CAFÉ FILHO
"Sem saber, em pleno sono, tornara-me eu presidente da República, dentro de um drama sem precedente no país."
Café filho, único potiguar a assumir a presidência da República entre 1954-55, em razão da vacância do cargo, antes ocupado por Getúlio Vargas.
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Café filho, único potiguar a assumir a presidência da República entre 1954-55, em razão da vacância do cargo, antes ocupado por Getúlio Vargas.
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009
ASSU ANTIGO
Sobrado da antiga praça Pedro Velho conhecido como Sobrado de Manuel Cabral, ainda hoje existente. Atualmente (no térreo) funciona a casa comercial denominada Bethes Boutique (de propriedade do casal Elizabethe e Astênio Tinôco). No alto daquela centenária edificação era instalado a Prefeitura Municipal. Serviu também de clube social na década de cinquenta. No térreo era instalado também a Casa Nova, de propriedade de Manuel Clemente. A foto é provavelmente do final da décade de cinquenta. Clique na fotografia para melhor visualizar. A foto é acervo de Juldenir Varela.
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ASSU ANTIGO
Antigo Matadouro Municipal. Clique na imagem para ampliar.
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009
DE LOURINALDO
Lourinaldo Soares foi prefeito do Assu no início da década de noventa. Gosta de tomar "umas e outras" que niguém é de ferro. Pois bem, certa vez, bebendo num restaurante da cidade de Assu, já muito "alto" foi ao banheiro. Ao se aproximar do toalete femenino uma "bicha" escandalosa integrante do movimento "gay" daquela terra pluralista, que se encontrava naquele recinto. advirtiu o ex-prefeito: "Seu Lourinaldo, esse aí é pra mulher!" Lourinaldo foi rápido no gatilho, virou-se e apontou com o dedo indicador para "as partes", dizendo: "Aqui também é!"
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009
GATO NO POTE
É uma tradição muita antiga que ainda se pratica no interior do Nordeste. A meninada é presença certa naquela brincadeira, alguns para participar e outros par assistir como podemos conferir na fotografia acima.Pois bem, coloca-se um gato dentro de um pote de barro pendurado numa espécie de trave de futebol (ver foto acima). Naquele que participar é colocado uma venda, entregue um pedaço de pau e, no participante se dar várias rodadas no seu corpo para desnorteá-lo. Quebrado o poeta. o gato corre em disparada com "uma notona de dinheiro e todos correm atrás do pobre bicho para tirá-lhe este prêmio". E a risadeira é geral.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
TROVINHA POPULAR
"Adão foi feito de barro
Distinto me dê um cigarro"
E o outro se desculpa assim:
"De barro foi feito Adão
Amigo, não tenho não".
(Autor desconhecido).
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Distinto me dê um cigarro"
E o outro se desculpa assim:
"De barro foi feito Adão
Amigo, não tenho não".
(Autor desconhecido).
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
RICARDO CHAVES LANÇOU NOVO DVD
O cantor baiano Ricardo Chaves lançou no último dia 29, no Natal Shopping, o DVD intitulado "Um Estado de Espírito". O referenciado DVD é uma homenagem ao Carnatal, evento que segundo aquele artífice da canção popular brasileira (que pucha o bloco "O Bicho") é a sua festa preferida para se apresentar. Na fotografia, Ricardo Chaves autografando o DVD para a estudante, sua fã Mariana Caldas, filha do organizador deste blog.
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domingo, 1 de novembro de 2009
CEARÁ MIRIM
Fotografia do Blog de Jadson Queirós.
Ceará Mirim verdejante,
Disse alguém: maré montante
Dos verdes canaviais,
Sinto daquela cidade
Uma amargosa saudade,
Que até é doce demais.
Renato Caldas
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Ceará Mirim verdejante,
Disse alguém: maré montante
Dos verdes canaviais,
Sinto daquela cidade
Uma amargosa saudade,
Que até é doce demais.
Renato Caldas
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sábado, 31 de outubro de 2009
ATA DO MONUMENTO CRISTO REDENTOR
A uma hora da manhã do dia primeiro de janeiro de mil e novecentos e hum, anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo e treze da república, no antigo "alto do Império", reunindo grande número de povo de todas as classes, entre o qual sobresahiam duas alas de excellentíssimas senhoras, para assistir ao acto da inauguração do monumento commemorativo erigido por uma distincta pleiade de assuenses, em homenagem à Jesus Christo Redentor, no fim do século que se utima e no princípio do que vae começar, e sendo acclamado Presidente o Reverendíssimo Vigário da freguesia, ilustre Conego Estevam José Dantas, este chamou para servir de secretário dos respectivos trabalhos o cidadão Afonso Soares de Macedo. Constituído assim a mesa, o aludido Presidente declarou achar-se aberta a sessão, depois do que discorreu lucida e satisfatoriamente sobre os fins da presente reunião, enaltecendo os sentimentos religiosos do povo assuense, que acabava provar seu sincero apoio às públicas e fervorosas demonstrações de reconhecimento e de amor filial, de gratidão e respeito, em homenagem ao Chefe invisível da nossa regeneração - Jesus Christo, - feitas em todo o orbe catholico; e terminou por acrescentar que a comissão encarregada da erecção do Monumento, que se acaba de inaugurar, pelo pouco tempo de que dispoes para empregar os meios necessários, aguardava-se com a pretenção de, em oportuna secução da imagem de Christo Redenptor, afim de ser collocada no alto do mesmo monumento para maior realce do seu objetivo; manifestando que, para realização da referida ideia, elle mesmo prestaria a sua mais franca e sincera adesão, o seu mais vivo interesse.
Foi unanimamente aplaudido em sua allocução do hymno nacional. Tomou, em seguida, a palavra o orador official, representado na pessoa do digno Juiz de Direito da Comarca, Doutor Luiz de Oliveira, que proferiu um agradável discurso, no qual teve de levantar merecidos elogios aos factores e realizadores da grandiosa idea, Enéas Caldas, João de Macedo e Palmério Filho, que, a custa de penosos sacrifícios, conseguiram que fosse legado à posteridade um testemunho solene dos sentimentos religiosos e do genio progressista dos assuenses. Fallou mais sobre o desenvolvimento patente de diversos ramos de progressos no decurso de século dezenove, fazendo, por último, apresentação do ancião de nome Felipe Barbosa da Fonseca, que tendo visto o raiar do século que findou, ainda esperto e no goso de todas as suas faculdades, achava-se entre nós presenciando também o surgir do que vai começar, pelo que a commissão, acima alludida lembrara-se de, em nome do ancião, offerecer o presente Monumento ao religioso e patriotico povo assuense. As suas últimas palavras, seguiram-se os applausos do auditório. Foi neste interim distribuida à mesa o hebdomadário "A Semana" que se publica nesta cidade, sob o hábil e criteriosa redacção do nosso sympathico conterrâneo Palmério Filho. Pelo cidadão Antonio Soares de Macedo foram calorosamente erguidos diversos vivas, nos quases o auditorio com enthusiasmo o acompanhou. Ocuparam ainda a tribuna o ilustre cidadão Doutor Angelo Caetano de Souza Cousseiro, que, em breves mas significativa phrases, satisfez os assistentes sobre o assunto em questão, e os moços Américo de Macedo, Palmerio Filho, Abdon Soares de Macedo, João Gomes de Amorim, e Affonso Soares de Macedo, servindo de secretario, a presente acta, que fica pelo Presidente, por mim e por diversos assistente assignada.
Conego Estevam José Dantas
Affonso Soares de Macedo
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009
REUNIÕES SOCIAIS EM ASSU
Mesmo com os constantes assaltos que vem ocorrendo na cidade de Assu, as reuniões sociais nas calçadas daquela cidade do interior potiguar, ainda é praticado por muitas pessoas como, por exemplo, na casa da senhora Anita Caldas (membro da tradicional família Caldas e Soares Filgueira) que fica na praça Getúlio Vargas. A escritora imortal da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras Maria Eugênia Montenegro era uma das assíduas frequentadoras daquela residência para uma boa prosa, onde se conversa de tudo, principalmente da vida política e social da cidade.
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quinta-feira, 29 de outubro de 2009
POESIA
Rio piranhas/Assu-Rn.
O Rio
Um rio sonha, vive, ama,
tem seu nascimento e morte
de rio
e é consciente disso.
O homem não sabe isso.
Um rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
A diferença é grande
O Homem é que não sabe saber
essa diferença.
Quem já viu um rio
fútil, hipócrita, venal,
tomado de respeitos humanos,
acomodado em seu leito de lama?
É fácil também saber-se
quando um rio ama
e é amado.
Basta ver-se
como as flores se debruçam
sobre as suas margens,
esteja cristalino
o rio,
ou humanamente
sombrio.
Por que não falamos, também,
sobre os peixes,
diletos filhos dos rios?
Eles sabem, mas do que nós
o que seja um rio.
Sabem, por exemplo,
que um rio
não explora outro rio.
O rio é simples como um rio.
O homem é que é complicado
como um homem.
Chega a pensar-se que o homem
jamais poderá ser
afluente do rio.
O rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
Um rio é sábio sem segredos
para os náufragos.
Os náufragos conhecem
O segredo dos rios.
Só os náufragos conhecem
O silencioso e antigo segredo
dos rios...
Luiz Rabelo
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O Rio
Um rio sonha, vive, ama,
tem seu nascimento e morte
de rio
e é consciente disso.
O homem não sabe isso.
Um rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
A diferença é grande
O Homem é que não sabe saber
essa diferença.
Quem já viu um rio
fútil, hipócrita, venal,
tomado de respeitos humanos,
acomodado em seu leito de lama?
É fácil também saber-se
quando um rio ama
e é amado.
Basta ver-se
como as flores se debruçam
sobre as suas margens,
esteja cristalino
o rio,
ou humanamente
sombrio.
Por que não falamos, também,
sobre os peixes,
diletos filhos dos rios?
Eles sabem, mas do que nós
o que seja um rio.
Sabem, por exemplo,
que um rio
não explora outro rio.
O rio é simples como um rio.
O homem é que é complicado
como um homem.
Chega a pensar-se que o homem
jamais poderá ser
afluente do rio.
O rio canta por entre pedras,
o homem chora por entre flores
Um rio é sábio sem segredos
para os náufragos.
Os náufragos conhecem
O segredo dos rios.
Só os náufragos conhecem
O silencioso e antigo segredo
dos rios...
Luiz Rabelo
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POESIA MATUTA
CUNVERSA FIADA
Meu patrão, essa é a verdade:
O véio num tem vontade...
Nem faz tudo quanto qué!
Os fio é quem manda nele.
Inté nas coisa que é dele,
Quem manda mais é a muié.
- Quando aperta a cruviana
E o frio véio se dana,
A muié toma o lençó;
Adespois, só de marvada
num dá nem uma beirada...
E o véio, qui druma só.
O véio fica gemendo,
grunindo, se mardizendo
Sem uma garra de lençó.
Com uma dô nas canela!
Grunindo qui nem cadela,
Inté o saí do Só.
Se tem baile, o véio vai.
Tem qui i - pruque é pai
E tem qui se apresentá.
Chega lá, fica assentado...
É o papé mais safado
Qui o home pode chegá.
Cada fia, um namorado
Num nogento xixinado!
A dança? Num é dança não.
É aquela esfregadeira,
Num se dança uma rancheira,
Uma varsa, um xóte ou baião.
Num se vê um engravatado.
É um bando de Pé rapado
Qui só sabe arrufiá.
A burundanga é tão feia!
Nem o salão tem candeia
Pru forró alumiá.
- Orilo Danta é quem diz:
"Ah! tempo véio feliz
Dos namorados no bêco...
Aproveitando a rebarba...
E os véio, sujando a barba
Cum a goma do dôce sêco."
Hoje é sujando a vergonha.
In vez de cana é maconha...
Home faz vez de muié!
Usa cabelo cumprido
E pu riba o atrevido
Inda confessa o qui é.
Deus é Pai, num é padrasto!
- Nem sempre a luz de um astro
Clareia a lama do chão...
Morrendo o respeito humano,
Nem mesmo por um engano
Se pode têr sarvação.
A cunversinha tá boa!
Porém, um vento de prôa
Pode nos atrapaiá.
Quem cunversa, muito erra
E a água que imbebe a terra
É a mesma qui vai pro Má.
Tudo quanto hoje recramo:
É fulô, é fruita é ramo!
Nasceu da mesma raiz.
Para falá a verdade:
São coisas da mocidade...
Tudo isso eu também fiz.
Renato Caldas
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Meu patrão, essa é a verdade:
O véio num tem vontade...
Nem faz tudo quanto qué!
Os fio é quem manda nele.
Inté nas coisa que é dele,
Quem manda mais é a muié.
- Quando aperta a cruviana
E o frio véio se dana,
A muié toma o lençó;
Adespois, só de marvada
num dá nem uma beirada...
E o véio, qui druma só.
O véio fica gemendo,
grunindo, se mardizendo
Sem uma garra de lençó.
Com uma dô nas canela!
Grunindo qui nem cadela,
Inté o saí do Só.
Se tem baile, o véio vai.
Tem qui i - pruque é pai
E tem qui se apresentá.
Chega lá, fica assentado...
É o papé mais safado
Qui o home pode chegá.
Cada fia, um namorado
Num nogento xixinado!
A dança? Num é dança não.
É aquela esfregadeira,
Num se dança uma rancheira,
Uma varsa, um xóte ou baião.
Num se vê um engravatado.
É um bando de Pé rapado
Qui só sabe arrufiá.
A burundanga é tão feia!
Nem o salão tem candeia
Pru forró alumiá.
- Orilo Danta é quem diz:
"Ah! tempo véio feliz
Dos namorados no bêco...
Aproveitando a rebarba...
E os véio, sujando a barba
Cum a goma do dôce sêco."
Hoje é sujando a vergonha.
In vez de cana é maconha...
Home faz vez de muié!
Usa cabelo cumprido
E pu riba o atrevido
Inda confessa o qui é.
Deus é Pai, num é padrasto!
- Nem sempre a luz de um astro
Clareia a lama do chão...
Morrendo o respeito humano,
Nem mesmo por um engano
Se pode têr sarvação.
A cunversinha tá boa!
Porém, um vento de prôa
Pode nos atrapaiá.
Quem cunversa, muito erra
E a água que imbebe a terra
É a mesma qui vai pro Má.
Tudo quanto hoje recramo:
É fulô, é fruita é ramo!
Nasceu da mesma raiz.
Para falá a verdade:
São coisas da mocidade...
Tudo isso eu também fiz.
Renato Caldas
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sábado, 24 de outubro de 2009
BALÃO DE SÃO JOÃO
Igreja Matriz de São João Batista em noite de novena, de festa do seu padroeiro São João.
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POESIA FESCENINA
TUDO É MERDA
O mundo é simplesmente merda pura
E a própria vida é merda engarrafada;
Em tudo vive a merda derramada,
Quer seja misturada ou sem mistura.
É merda o mal e o bem merda em tintura,
A glória é merda apenas e mais nada.
A honra é merda e merda bem cagada;
É merda o amor, é merda a formosura.
É merda e merda rala a inteligência!
De merda viva é feita a consciência,
É merda o coração, merda o saber.
Feita de merda é toda a humanidade,
E tanta merda a pobre terra invade,
Que um soneto de merda eu quis fazer...
Damasceno Bezerra
(Poeta natalense).
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O mundo é simplesmente merda pura
E a própria vida é merda engarrafada;
Em tudo vive a merda derramada,
Quer seja misturada ou sem mistura.
É merda o mal e o bem merda em tintura,
A glória é merda apenas e mais nada.
A honra é merda e merda bem cagada;
É merda o amor, é merda a formosura.
É merda e merda rala a inteligência!
De merda viva é feita a consciência,
É merda o coração, merda o saber.
Feita de merda é toda a humanidade,
E tanta merda a pobre terra invade,
Que um soneto de merda eu quis fazer...
Damasceno Bezerra
(Poeta natalense).
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009
RELEMBRANDO ARNÓBIO ABREU
Anóbio Abreu era assuense de boa cepa. Foi deputado estadual e presidiu a Assembleía Estadual Constituinte do Rio Grande do Norte, de 1889. A ssembléia Legislativa na sessão comemorativa pelos 20 anos da prumulgação daquela constituinte, o presidente daquela casa legislativa Robson Faria dedicou a memória de Arnóbio. Ele empresta o seu nome uma uma importante adutora construida no governo Garibaldo Alves, no Médio Oeste do Estado potiguar. O seu nome honra e dignifica o município do Assu. Arnóbio antes de ingressar na vida pública exerseu o cargo de diretor do Hospital Walfredo Gurgel no governo Geraldo Melo e fundou junto com demais colegas o hospital ITORN (de ortopedia e traumatologia) na cidade do Natal. Muito se tem ainda a se comentar sobre a sua fantástica trajetória. Fica o Registro e a saudade
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RELEMBRANDO COSTA LEITÃO
terça-feira, 20 de outubro de 2009
PROPAGANDA ANTIGA
Do blog: NATALDEONTEM. E quem se lembra do sabonete lifebuoy?
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segunda-feira, 19 de outubro de 2009
ASSU FESTEIRA, INCÍO DA DÉCADAD DE SESSENTA
Esquerda para direita: Maria Olímpia Neves de Oliveira (que foi prefeita do Assu), Douglas Leitão, Arcelino Costa Leitão e Francisco Amorim. Esses dois últimos também foram prefeitos da terra assuense. Daquelas figuras se encontra ainda viva e em plena lucidez, residindo em Brasília, capita federal, a minha querida conterrânea que engradece e diginifica o Assu, chamada Maria Olímpia a quem este blog presta mais uma homenagem a primeira mulher a se eleger pelo voto popular prefeita do Assu nas eleições de 1962, ganhando a eleição para Walter de Sá Leitão. Ela foi prefeita de 1963 a 1968. A fotografia acima fora tirada numa noite de festa no Clube Municipal de muitas histórias e estória da vida social daquela cidade dos verdes carnaubais.
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sábado, 17 de outubro de 2009
RELEMBRANDO
Por José Luiz Silva
OS ALVES E OS ROSADO JUNTOS
Não precisa ser futurólogo, nem profeta. Basta ter um pouco de capacidade analítica. Basta conviver com os arquivos das insinuações. Basta ser atento às contradições.
Como irá ser o quadro político do Rio Grande do Norte em 1982? Quem está com quem nos palanques; quem apoiará quem na última decisão?
Antes, bem antes do Palácio Potengi se chamar Palácio da Esperança, o povo do Rio Grande do Norte cantava em todos os caminhos:
"DIX-SEPT-ROSADO MAIA ESPERANÇA DO POVO POTIGUAR"
E como se chama a fazenda de Dix-huit não é terra da esperança?
A esperança portanto, no sentido de expectativa do poder é o tempo forte da caminhada dos Rosado.
Entre os Alves e os Rosado há um ponto de vista comum. O que os separa é menor do que a grande arma do exercício do mando; a retomada do Executivo.
Não será necessária uma bola de cristal, para se ver a aproximação gradativa dos Rosado e dos Alves. Serão eles que irão mobilizar o povo para colocar Aluízio novamente no Palácio (de novo) da Esperança. João Newton será Vice-Governador, Dix-huiit Senador, Vingt (de novo) Deputado Federal. Carlos Augusto, prefeito de Mossoró.
Para dizer a verdade, em todo o Estado, as duias famílias estruturalmente políticas se chamam Alves e Rosado. Somente elas possuem instrumentos de comunicação, destinados para mantê-los politicamente.
Onde estão os filhos dos Alves, os sobrinhos dos Alves? Trabalhando. Onde? Na TV ou na Cabugi. Nas coisas que lhe dizem respeito, culminando com as empresas de Igapó. Assim são os Rosado. Eles estão na Assembléia Estadual, na Câmara dos Deputados, nas bases.
Já escutei na CALÇADA DO CAFÉ SÃO LUIZ, que os Alves e os Rosado são como azeite e a água. Imisturáveis.
Que "estória" é essa? E em 58, quem andava rua acima rua abaixo junto; um candidato a senador outro a deputado federal? Não eram Dix-huit e Aluízio? Ou estamos esquecidos da memorável campanha "um amigo em cada rua"?"
E quando Governador, quem jogou flores nos pés de Dix-sept e mandou celebrar missa na catedral de Santa Luzia? Não foi Aluízio?
Isso vem provar que nem sempre o azeite e a água forçosamente serão incompatíveis.
Em 1976 passei dois meses em Mossoró na campanha de Leodécio para prefeito. Não sou mossoró-logo, mas se deu para observar muita coisa. Certa vez com dois vereadores do finado MDB visitei os cabarés da terra de Santa Luzia. Num deles, bati um longo papo com a proprietrária. E terminei provando que Leodécio seria o melhor candidato. "Tá certo, respondeu ela, mas eu não posso fazer isso com Doutor Vingt".
Ela não falou em João Newton. Votar contra doutor Vingt seria uma traição. Aí eu compreendi a liderança dos Rosado. Compreendi e comecei a respeitar. Porque o cabaré é sempre um termometro.
E Dinarte? Me perguntarão. Ele continuará com o PDS e no Estado inevitavelmente com os Maia (Tarcísio-Lavasier-Zé Agripino). Com ele, a grande maioria das prefeituras, o poder em exercício. E só existe um poder. Quando ele está exercendo. Lateralmente o PTB com argumentos esparsos, sem estrutura definida. Novamente seremos bipartidos: de um lado o governo, do outro os Rosado/Alves. E Agenor? Qual Agenor? O senador ou o feirante? Se aquele ainda fosse este, vá lá... Pois o povo vive nas feiras. Nela é que vive o trabalhador. Mas agora, o comandante e o Zepellin conseguiram aterrisar nas terras de São Vicente. E povo que é bom, quase não existe mais nos seus ex-gemidos.
Mas afinal, isso é ficção? Não sei. Sei apenas que hoje é carnaval. E no carnaval não ofende que também a nossa imaginação se encha de fantasias. Afinal entre o carnaval e a política há mil semelhanças. Em ambos há mil palhaços no salão. E ambos, há máscaras e travestis; e blocos que vez por outra se encorajaram e se chamaram: "bloco do sujo".
Hoje é carnaval. E se nada do que eu disse der certo, hoje não é carnaval?
(Artigo transcrito do Jornal O Poti, de Natal, 17.02.1980).
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009
DAMASCENO BEZERRA
Antônio Damasceno Bezerra (1902-1947) era fuincionário público do jornal "A República", de Natal. Orgão Oficial do Governo Potiguar. Farreando pelas ruas de Natal em companhia de outros poetas e amigos, deu vários tiros na iluminação pública da cidade do Natal. Como consequência teve de ser demitido por justa causa. Trabalhou depois no Diário de Natal e na revista "Cigarra", daquela capital. O seu livro sob o título "Dias de Sol", continua ainda inédito. Vejamos o seu soneto intitulado "Felicidades", que diz assim:
Procurei-a, durante muitos anos,
Sobre a terra, no anseio de encontrá-la...
E entre os seres humanos
Jamais pude avistá-la.
Uma noite, volvi meu pensamento
Para os astros: "Quem sabe
Se algum deles, na paz do firmamento,
Abriga a que na terra já não cabe?"
Responderam-me, então, lá das auturas:
"Dessa que em vão procuras
Nós nunca vimos os rastros".
Vê que contrastes o universo encerra:
- Os astros julgam que ela está na terra
E a terra julga que ela está nos astros!
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Procurei-a, durante muitos anos,
Sobre a terra, no anseio de encontrá-la...
E entre os seres humanos
Jamais pude avistá-la.
Uma noite, volvi meu pensamento
Para os astros: "Quem sabe
Se algum deles, na paz do firmamento,
Abriga a que na terra já não cabe?"
Responderam-me, então, lá das auturas:
"Dessa que em vão procuras
Nós nunca vimos os rastros".
Vê que contrastes o universo encerra:
- Os astros julgam que ela está na terra
E a terra julga que ela está nos astros!
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DINARTE MARIZ NO ASSU
Visita de Dinarte Mariz ao Assu quando senador da República. Direita para esquerda vejamos: (?), (?), (?), (?), (?), (?) Majó Montenegro, Edgard Montenegro, senador Dinarte Mariz, prefeito do Assu Maria Olímpía Neves de Oliveira e o ex-prefeito Arcelino Costa Leitão.
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ASSU, 164 ANOS
Direita para esquerda: Prédio da antiga Cadeia Pública (hoje prefeitura), sobrado da família Soares de Macedo. A fotografia é da década de 20.
A minha querida cidade de Assu de antigas glórias, hoje aniversaria. Arraial de Santa Margarida, de 20 de julho de 1687, Presídio de Nossa Senhora dos Prazeres, de 20 de abril de 1696, Povoação de São João Batista, Comarca, de 18 de março de 1733, Vila do Açu, Vila Nova da Princesa, de 11 de agosto de 1788, Cidade do Açu, de 16 de outubro de 1845. São, portanto, 164 anos que aquele importante município potiguar, passou de predicado de vila a município, através do deputado assuense João Carlos Wanderley, autor da lei que elevou aquela vila a cidade de Assú.
O poeta João Natanael de Macedo no Centenário daquele município escreveu um soneto que se tornou célebre conforme transcrito adiante:
Terra natal! É belo quando esplende
O azul de tua abobada infinita
Torrão, no qual tanata beleza habita
Onde o Piranhas plácido se estende
Sertaneja cidade, em ti npalpita
Um seio amigo e bom que a todos prende;
Teu campo é um ninho alegre que recende
Aos raios tropicais que o sol vomita
Nordestino rincão, valor genérico
De um povo, a resistir a intensidade
Do terrível flagelo climatérico
Ao vir do inverno, em vez do mal profundo
Pode-se comparar tua bondade
A um pedaço do céu dentro do mundo.
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ZELITO CORINGA, DE CARNAUBAIS
O município de Carnaubais, no Vale do Assu (RN), além de Núbia Lafaite tem outro filho que está brilhando país a fora chamado Zelito Coringa, com suas canções sendo divulagadas na Europa. Em 1999 estreou na Música Potiguar se apresentando no Teatro Alberto Maranhão, em Natal. Alé de poeta, Zelito é ator. O seu primeiro CD se intitula Passo de Hippie. Participou de muitos festivais como Forraço. Neste festival se apresentou interpretando a canção Arrumação (A Mulher e o Amor) sobre um poema do poeta matuto Renato Caldas. Deste grande artifice da canção potiguar tem muito ainda a se contar. É o Vale do Assu talentoso!
NOTA: Zelito Coringa "está em Floripa para uma série de apresentações. Hoje às 16h. dará entrevista ao Programa Estúdio 36 - TV COM afiliada da Rede Globo - SC. No finalzinho da tarde visitrará os estúdios da FM Campestre 98,3 e participará de um bate papo ao vivo. Esse artista potiguar é natural da cidade de Carnaubais, e trouxe para o CD Bendita Companhia - a canção Xote Lindo - em parceria com Marcaliva e Rafael Colegari, divide ainda com o guitarrista Joubert Narciso, Caio Muniz uma penca de canções inéditas. Zelito coringa faz show no Espaço Corijó de Artes - dia 24 (sábado) ás 21h. Vale a pena conferir."
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009
CARNAVAL DE ASSU, 1964
Direita para esquerda: Edmilson Caldas, Maria Auxiliadora, Edgard Montenegro, Dilina de Sá Leitão e Francisca Ximenes.
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009
UM POUCO DO GENERAL JOSÉ CORREIA TELES
O assuense Correia Teles foi recruta na Guerra do Paraguay (1864-1870) considerado o maior conflito armado da América do Sul. Ele nasceu em 1838 no tempo em que o Assu era Vila Nova da Princesa. Pouco se sabe da trajetória deste veterano potiguar que engrandese a História do Assu. O escritor Ezequiel Fonseca Filho que muitos escritos deixou sobre os filhos e a História da terra assuense depôe que "as notícias a seu respeito são lacônicas, imprecisas, dúbias, deixando antever a falta de documentação comprobatória".
Correia Teles foi reformado por invalidez como General de Brigada do Exército, em 1897. O jornalista Palmério Filho contou a Ezequiel que Teles teria saído do Assu algemado, no fundo de uma canoa rumo ao Porto de Macau (RN) para de lá partir com mais dezenas de assuenses para campos paraguaios. Teles faleceu no Rio de Janeiro em 1897.
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009
PRIMEIRA DEPUTADA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Currais Novos é um importante município da terra potiguar. Naquela terra seridoense nasceu Maria do Céu Pereira Fernandes (1910), a primeira mulher a se eleger através do voto popular, pelo Partido Popular, deputada estadual constituinte, em 1935, obtendo 12.058 votos. Foi a primeira eleição realizada no Rio Grande do Norte "sob a égide da Justiça Eleitoral".Aquela parlamentar fundou jornais, foi professora de francês, morou em Natal e no Rio de Janeiro quando capital federal. Maria do Céu era esposa do deputado federal Arsitofenes Fernandes um dos importantes nomes da política norte-riograndense.
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domingo, 11 de outubro de 2009
POESIA
Ilustração de Lúcia Caldas
AQUELE
O filho de Deus tinha tudo de todas as plenitudes
Fazia suavemente os milagres todo de Sua graça.
Viam os cegos, os mortos ressuscitavam, curavam-se todos os enfermos.
E os passos sobre as águas, à Sua vóz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades.
Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas.
Mas, o filho de Deus não tinha onde repousar a cabeça.
João Lins Caldas
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AQUELE
O filho de Deus tinha tudo de todas as plenitudes
Fazia suavemente os milagres todo de Sua graça.
Viam os cegos, os mortos ressuscitavam, curavam-se todos os enfermos.
E os passos sobre as águas, à Sua vóz o domínio de todas as ondas e de todas as tempestades.
Dobravam-se todos os ventos, sossegadas e mansas todas as águas.
Mas, o filho de Deus não tinha onde repousar a cabeça.
João Lins Caldas
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RENATO CALDAS
O poeta matuto Renato Caldas na sua modesta casa da praça Pedro Velho, 74, da cidade de Assu-RN.
Cuma o tempo tá mudado!
Quem fui eu, quem hoje sô?!
Cuma tô dispilorado...
Tô qui nem carro quebrado,
Sem boiáda e tangedô.
Renato Caldas
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Cuma o tempo tá mudado!
Quem fui eu, quem hoje sô?!
Cuma tô dispilorado...
Tô qui nem carro quebrado,
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ASSUFOLIA
ASSUFOLIA é o mair evento (carnaval fora de época) do interior do Estado potiguar. Nasceu da coragem e do espírito festeiro de dois assuenses chamados Astênio e Elizabhet Tinôco (meus amigos). Aquela festa popular se inicia no dia do aniversário de emancipação daquele município polo de muita importância na economia e nas letras e na vida social do Rio Grande do Norte. São três dias de festa mesmo, 16, 17 e dezoito de outubro. Este ano o Assufolia apresenta três famosas bandas baianas como JAMMIL, BABADO NOVO E ARAKETU. Que cidade festeira. É como já disse o ex-governador Geraldo Melo: "Quer festa? Vá pro Assu que lá tem todo dia!"
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