terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

PORQUE AMO A NATUREZA

Eu amo o mar,
O vento, as estrelas, o sol,
As noites de luar,
As serras, o arrebol!
Amo a torrente do Rio,
Que, em louco desvario
Se despeja no mar...
O gorjeio sutil da passarada!
Eu amo a solidão,
O imprevisto, a incerteza,
A imensidão
Azul do firmamento,
As flores, as campinas verdejantes...
Eu adoro o lamento
Das vagas arquejantes,
O silêncio, a tristeza...
Enfim, eu amo a natureza!
Porque,
Tudo me traz uma lembrança,
Uma saudade louca de você.


Renato Caldas

BEBER CERVEJA É MELHOR PARA OSSOS DO QUE BEBER LEITE, DIZ ESTUDO.


A cerveja é melhor que o leite para os ossos das mulheres, segundo estudo.

A cerveja parece que foi feita para as mulheres, porque pode ajudar ainda mais do que leite ou cálcio em comprimidos de acordo com um estudo pelo Centro Nacional de Avaliação de Risco de Osteoporose publicada na página muhimu.


Não é novidade que, à medida que envelhecemos, é cada vez mais difícil preservar a densidade óssea. A cerveja tem vários benefícios para a saúde e até ajuda na recuperação após o treinamento físico.

Isto significa que se você é uma mulher e bebe um copo de cerveja regularmente, em princípio, é menos provável que sofra uma fratura de quadril. E não é uma coisa pequena, porque esse tipo de fratura está associado a uma queda muito grande na expectativa de vida das mulheres.

Somado a isso, o New England Journal of Medicine, que acompanhou 12.000 mulheres mais velhas e concluiu que: ”

Mulheres que normalmente tomam entre meio copo por dia de cerveja têm menos deficiências cognitivas, assim como menos degeneração em sua função cognitiva em comparação com mulheres que não bebem cerveja. ”explica o estudo.

Graças ao lúpulo incluído em sua receita, fora de seu uso para fabricação de cerveja, suas propriedades medicinais e cosméticas tornaram-no uma planta interessante para os seres humanos desde os tempos antigos.

O que é o lúpulo?

O site direto ao paladar explica que, o lúpulo é um ingrediente essencial para a fabricação de cerveja. Da família de cânhamo e canabinoides esta:

Atua como um hormônio de substituição natural, o que poderia reduzir síndromes pré-menopáusicas.

Na antiguidade, eles usaram para seus efeitos sedativos e anti-sépticos, a sua ação contra as bactérias sendo avaliadas.

Também na Europa pelas suas propriedades antioxidantes e antidepressivas. Devido aos seus componentes psicoativos por ser uma planta canabinóide. Claro, você não deve beber excessivamente! Vale ressaltar que, para obter esses benefícios, a recomendação é meio copo por dia! O abuso de álcool, não é bom para suas funções cognitivas.

Texto originalmente publicado no El Manana, livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Bem Mais Mulher.

De>https://coruja-prof.blogspot.com





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Natal Antiga
Zona Norte de Natal. Outubro de 1970.
Foto: Jaeci
Incrível Milão- Itália (by Ricardo)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A noite pode ser longa; a noite pode ser negra. Por mais longa e negra que seja ela caminha sempre inevitavelmente para a aurora.
Jacques Maritain, filósofo francês
SALINA PORTO DO MANGUE - RN

WALFLAN DE QUEIROZ, O POETA MÍSTICO

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O poeta Walflan de Queiroz pintado por Newton Navarro

Walflan Furtado de Queiroz (1930-1995) era natural de São Miguel, cidade localizada na região do alto oeste do Rio Grande do Norte. Eilho de Letício Fernandes de Queiroz e Raimunda Furtado de Queiroz (por sinal, Letício ou doutor Letício como era mais conhecido, era farmacêutico em Natal, irmão de minha avó paterna Odete Fernandes de Queiroz Caldas que residia na cidade de Assu, meu primo em segundo grau).

Walflan formou-se pela famosa Faculdade de Direito do Recife mas nunca exerceu a profissão. Se tivesse exercido certamente teria advogado com brilhantismo e notável saber saber jurídico.. 

Tipo baixo, guestos nervosos, Walflar fumava inveteradamente; Ele teve uma juventude boêmia. Intelectual, poeta dos melhores. Conheci aquela figura que engrandece as letras potiguares, nos idos de setenta, na calçada do Café São Luiz, em Natal declamando exaltado um poema de Rimbaud. Apresentei-me a ele que me tratou com certa distância. Logo entendi. A última vez que estive com ele foi na clínica Santa Maria (quando ele estava em tratamento psiquiátrico). Eis o seu poema intitulado 'Autobiografia', corniforme adiante


Nasci sob o signo de São Bento José de Labre. 
Pedi esmola na porta de Notre Dame.
E fui encontrado morto numa rua de Madrid.
O primeiro hino foi meu, o primeiro canto
Que comoveu a alma de Francesca de Rimini. 
Fui monge, amei a virgem.
Fui marinheiro, estive no oriente.
Mais tarde, pertenci ao grupo dos poetas malditos 
E escrevi o meu último poema para uma menina espanhola.

Walflan publicou oito livros intitulados O Tempo da Salvação, 1960, O Livro de Tânia, 1963, O Testamento de Jó, 1967, A Colina de Deus, 1968, Nas Fontes da Salvação, 1970, Aos Pés do Senhor, 1972 e A Porta de Zeus, 1974. 

Walflan viveu grande parte da sua vida na solidão, porém apaixonadamente. Vejamos o poema adiante: 

Três amores 
E uma solidão. 
Irene, Tânia 
E Herna  
Vi Abraão  
No monte moriá  
Três amores 
E uma solidão, 
Irene Azul 
Tânia amarga 
E Herna triste.

Há informações que Walflan "conhecia vários idiomas. Lia, escrevia e falava em latim. Era fluente em Francês e inglês". 

Ele era da Marinha Mercante e percorreu o mundo. O produtor cultural Eduardo Gosson, depõe que Walflan nas suas andanças "apaixonou-se por uma bailarina cubana, gostou das noites da Martinica e quase casou-se com uma colegial de Buenos Aires". 

É o seu poema "Auto Retrato",é comovente. Vejamos: 

Não tenho a beleza de Rimbaud,
nem o rosto torturado de Baudelaire.
Tenho sim, olhos negros, Como os olhos de Poe. 
Meus cabelos são soltos, em desalinho como os de algum Anjo ou demônio.
Minha pele, queimada eternamente pelo sol, tem sal do mar e a cor morena dos que são náufragos. 
Minhas mãos são pequenas, tristes embora como mãos de alguém que só as estendeu para o Adeus!

Fernando Caldas
DUNAS DO ROSADO - RN
O Rio? É doce
A Vale? Amarga

(Drumon de Andrade)


domingo, 3 de fevereiro de 2019

GEORGE SOARES É EMPOSSADO DEPUTADO PELA TERCEIRA VEZ E ELEITO 1º VICE PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RN


Aconteceu nessa sexta-feira (01), a posse dos deputados estaduais que farão parte da 62º legislatura da Assembleia Legislativa do RN. O deputado estadual George Soares (PR) foi empossado e eleito para o cargo de 1º vice-presidente no biênio 2019 /2021, compondo a chapa em que o deputado Ezequiel Ferreira (PSDB) foi reeleito presidente da Casa. Também houve a eleição para a mesa diretora no biênio 2021/2023, onde o deputado George foi eleito 1 º secretário da Assembleia do Estado.
“Estou muito feliz com esse momento, onde assumiremos mais responsabilidades dentro da nossa Casa Legislativa e reafirmamos nosso compromisso com a população do nosso estado. Vamos trabalhar ainda mais nesse nosso terceiro mandato, para corresponder à confiança em nós depositada pelos eleitores e pelos nossos pares, que nos deram, a unanimidade os votos para os cargos da mesa diretora que assumiremos daqui em diante, ” afirmou George Soares.
Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares 

LEMBRANDO EPIFÂNIO BARBOSA

Era eu ainda menino de calças curtas quando tive o privilégio de ter conhecido Epifânio Barbosa. Tipo baixo, garboso, esperto, morenão, jeitão sertanejo. Fazendeiro, negociante de gado. Amigo leal de meu avô materno Fernando Tavares (Vemvem) que foi também fazendeiro na região do Assu e amigo de Epifânio. Lembro-me de Epifânio frequentando assiduamente as reuniões sociais na calçada do rico e antigo casarão do casal Maria Eugênia e Nelson Montenegro. Ele era proprietário da famosa Fazenda Cruzeiro, localizada no caminho do Riacho (distrito do Assu).

Epifânio tinha um mundo de amigos e era admirado por todos daquela região sertaneja. Homem de poucas letras, porém sabido nos negócios de gado, sábio na maneira de viver e ver a vida, espirituoso como ninguém. O governador Dix-sept Rosado de quem ele era amigo íntimo, que o conheceu através de meu avô Vemvem, também com amizade estreita com Dix-sept, deliciava-se com as suas tiradas de espíritos, as suas estórias pitorescas,os seus repentes. Nas festas políticas, não perdia uma oportunidade para discursar. A sua oração com aquele seu linguajar matuto, estapafúrdio, que tinha um sentido filosófico e lhe fazia gracioso, encantava e agradava a leigos e eruditos.

Epifânio não tinha inibição, era despachado, desenrolado, grosseirão (no bom sentido). Certa vez, a deputada federal Ivete Vargas, visitava a cidade de Mossoró (RN). Epifânio, Getulista, resolveu ir até aquela cidade conhecer aquela parlamentar petebista. Ao chegar no aeroporto daquela terra do oeste potiguar, uma multidão incalculável se encontrava presente naquele local, prestigiando a filha do presidente Vargas. Epifânio usando da habilidade que lhe era peculiar, "como um relâmpago inesperado", meteu-se no meio daquele povão e chegou próximo a Ivete, batendo forte com uma das mãos no "bumbum" daquela parlamentar que assustou-se, virou-se e ficou olho no olho com Epifânio que apresentou a si mesmo de forma graciosa, dizendo assim: "Muita prazer, deputada. Epifânio Barbosa do Assu. Nunca bati na bunda de uma mulher, pra ela não olhar pra trás!"

Epifânio imortalizou-se na "pena fulgurante e adestrada", da escritora assuense de Lavras (MG), Maria Eugênia, no romance intitulado "O Sertanejo". do qual é o seu protagonista. Aquela mulher de letras, começa a narrativa do seu belo e original romance dizendo que "na aridez das caatingas, Lourenço viu-se jogado no mundo. De estatura mediana, saudável, inteligente, rosto largo e moreno, era figura popular no Vale do Açu, a rica região onde as carnaubeiras, com seus leques entreabertos, emolduravam de verde os longínquos horizontes, ao abano constante dos ventos.

Herdara dos ancestrais a tenacidade na luta pela vida. Corpo rajido, espírito forte, aceitava com a alegria ou sem amargor, tudo o que a vida lhe oferecia em suas variadas contingências.

Ali nascera e se fizera homem. Integrado à terra, como os verdes juazeiros, que heroicamente resistem a todos os ventos. Lourenço, ali possuía raízes como as agigantadas árvores que não poderiam ser transplantadas. Não se aclimataria jamais em qualquer lugar."

Fica este artigo que tem , sobretudo o sentido de resgatar, relembrar, apresentar aos mais jovens, Epifânio Barbosa, o que ele representou para o folclore regional, a pecuária das  das várzeas e dos sertões do Assu. E, finalmente, nas palavras do poeta cordelista (desconheço o autor), homenageio e reverencio a  memória de Epifânio Barbosa.:

Muito gado na fazenda,
Vacas, bezerros, garrotes.
Diversos reprodutores,
Novilhas e novilhotes,
Muitas cabras e cabritos,
Pulando pelos serrotes.

Postado por Fernando Caldas
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  UMA VEZ Por Virgínia Victorino (1898/ 1967) Ama-se uma vez só. Mais de um amor de nada serve e nada o justifica. Um só amor absolve, santi...