sábado, 28 de novembro de 2020

Assu. Terra de tradição pioneira

 De: Francisco Irochima

PARA QUEM ME PERGUNTA COM QUEM APRENDI A SER CRIATIVO...
Na década de 70, meu pai já alardeava aos quatro cantos que as energias renováveis eram a saída para um problema energético futuro. E como todo bom gênio, ao subir a ladeira da avenida Rio Branco em Natal-RN teve um insight inventivo e criou o ANEMOINHO. Não foi compreendido na época, pois seu pensamento já era muito a frente do seu tempo. Hoje aos 82 anos e com uma lucidez de fazer inveja a qualquer pessoa mais jovem, continua compartilhando suas ideias incríveis e seus novos projetos inovadores. Pai, obrigado por ter me ensinado: “Não se preocupe se lhe chamarem de louco! Passe a se preocurar quando acherem você normal, pois, aí, você estará fazendo o mais do mesmo!! Te amo, pai!




sexta-feira, 27 de novembro de 2020

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

 

Wellington Medeiros


26/06/17
"Majó, o Resistente Quem conheceu o Majó Andière Abreu nos anos 70, quando se submeteu a cirurgia de safena em São Paulo - e nesse tempo a previsão era de que o paciente viveria “ainda uns 10 anos” - há de reconhecer que ele foi um resistente. E esta resistência deveu-se certamente ao cidadão sempre bem-humorado e irrequieto que se revelou nesses últimos 30 anos mais um dos grandes poetas nascidos no Assu. Foi na resistência que deixou uma obra que o coloca entre os principais nomes da terra dos poetas como Chisquito Amorim, João Celso Filho, Palmério Filho, João Lins Caldas e Celso da Silveira. “Uma grosa de glosas”, 1992; “Motes Di-Versos”, 1997; “Minha Terra, minha gente”, 2001 e “Enxurrada de Versos”, 2012. Participei da edição – o editor era ele mesmo – do segundo livro “Motes Di-Versos”, lançado no dia 10 de julho de 1997, na Capitania das Artes. Meu compadre – Andière e Walda Abreu foram padrinhos de um dos meus filhos – foi líder de um grupo de pessoas durante um inesquecível ciclo de vida nas décadas de 80 e 90 – Gurilândia, Candelária, Praia de Pitangui -  marcado para sempre. É de autoria do Majó, após receber de outro poeta o mote  Quero apenas um minuto/Para mostrar minhas penas: Se de um poeta escuto Recebo um mote sofrido Para atender seu pedido Quero apenas um minuto Contra a tristeza eu luto Parto em busca de outras cenas Pois detesto as Madalenas Gosto de riso e alegria. Jamais farei poesia Para mostrar minhas penas.                                                   Adeus Majó, Wellington Medeiros "https://www.grupovila.com.br/


 

Ana Lima, poeta soneetista assuense. Imagem do blog Literatura Potiguar, de Mayara Pinheiro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Geraldo Vieira: Território humano

VIEIRA, José Geraldo. Território humano. 2ª edição – texto reestruturado.  São Paulo: Martins, 1972. 421 pp.

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Tinha um nome longo:  José Geraldo Manuel Germano Correia Vieira Drummond Machado da Costa Fortuna. Mas o chamemos José Geraldo ou José Germano.

Nascido em uma família de açorianos que fizeram a vida no Brasil, José foi um órfão criado com seus tios afluentes. Durante os estudos em um colégio de padres foi marcante a visita de índios bororos trazido por missionários para a Exposição Universal da Praia Vermelha. Cresceu familiarizado com o Rio e sua educação cosmopolita se completou em Paris. Tornou-se médico e escritor. Travou uma amizade com um poeta pobre, excêntrico e marginal.

Os apontamentos biográficos acima retratam a vida de José, tanto o autor José Geraldo Vieira quanto o personagem José Germano do romance Território Humano. Em um romance autobiográfico como esse é comum incorrer o risco de superinterpretação atribuindo coisas do personagem ao autor e vice-versa. E José Geraldo Vieira provocava com essa ficcionalização da realidade. Até Álvaro Lins, Gilberto Freyre, Octávio Tarquínio e José Lins do Rêgo fazem um cameo no livro.

A Primeira Parte é esse Bildungsroman acerca de José Germano. Na Segunda Parte, a relação com o poeta marginal domina a narrativa. Esse poeta, Cássio Murtinho, incrementalmente mais paranoico temendo que o amigo o plagie, também foi inspirado em uma pessoa: o poeta potiguar João Lins Caldas (1888 — 1967).

Em Território humano o conceito de Bildungsroman — romance de formação desdobrando o aprendizado, a construção da personalidade e da moral do personagem — confunde com Bildungsbürgertum — a valorização pelas classes médias altas da erudição, gosto e valores do cânone ocidental.

Como a Noite de Santa Valburga Clássica de Fausto e o Círculo 1 do Canto 4 do Inferno, o grand tour de José Germano pela Europa no final da Primeira Parte é um catálogo de cultura geral. Alude a Rilke, Hesse, Peer Gynt, os retábulos da Scuola di San Rocco, a Assunção de Ticiano, o mausoléu do doge Vendramini, o Canon de Avicena, o Colliget de Averróis, o Breviário de Alarico, De Universitati Mundi de Silvestre, o Institutio Oratoria de Quintiliano, Decameron, Savonarola, Miguel Angelo, Cimabue, Brunellesco, o Capitólio e a Ara Coeli, o Coliseu e a Basílica de São Pedro, Piazza di Spagna, o Caffè Grecco, Goethe, Gogol, Stendhal, Byron, Shelley, Goldoni, Chateaubriand, Taine, Leopardi, Thackeray, Schopenhauer, Henry James, Baudelaire, Gounod, Liszt, Wagner, Toscanini, Dante, Boccacio, Doctrinale de Villedieu, Institutio Gramatica de Prisciano, Megalogicon de Salisbury, Tratado de Ortografia de Cassiodoro, a Consolação pela filosofia de Boécio, Virgílio, Petrarca. Sem contar referências de leitura de Flaubert, Anatole, Tolstoi, Dostoiévski, a Bíblia, a Antologia de Fausto Barreto e Carlos de Laet usada durante a preparação aos exames de admissão à Faculdade de Medicina. Aqui e acolá menciona música e cinema; bem como visitas a cafés, livrarias e butiques. Fazendo jus ao termo “encyclopedic novel” do crítico Edward Mendelson, as referências à cultura erudita são copiosas através do livro. Mas nada que intimide ou que obscureça o texto: são reminiscências de quando a familiaridade com esses gênios dava o status de letrado.

Na Segunda Parte o protagonista José Germano volta ao Brasil, casa com a prima Norma, reata com os amigos. Em uma viagem encontra uma jovem senhora leitora de Rimbaud. Uma profecia irônica: como o poeta decadente Verlaine disparou contra o amante Rimbaud, o livro também termina em uma tragédia similar (bem, chega de spoilers). Conhece por meio de amigos comuns a tal jovem senhora, Maria Adriana, e começam uma relação platônica.

O Bildungsroman tipicamente seria uma abordagem histórica, ou seja, diacrônica; mas José Geraldo inova em fazê-lo também geográfico, ou seja, sincrônico. A humanidade é mapeada em Território humano: os vários personagens cuidadosamente trabalhados retratam as facetas possíveis das pessoas. Sendo sincrônico, o romance é tramado essencialmente a partir da alteridade. A relação com o Outro — parentes, colegas de classe ou de viagem, amigos e amores — definem José.

A alternância entre descrição, diálogos e ações faz do texto uma leitura fluida. Os diferentes cenários e registros de linguagem extirpam qualquer possibilidade de narrativa entediante em um enredo até singelo.

A geografia é importante na narrativa. O autor tem a mesma tranquilidade de citar as ruas do Rio como lugares de Paris ou cidades do interior paulista. Às vezes, a alusão é condescendente e pernóstica, como quando explica a toponímia da Villa Halifax:

— Bem, primeiro que tudo não é bangalô nem vilino. É um solar de estilo medieval. E o nome Villa Halifax decorre do fato do proprietário ser canadense.

— Que tem uma coisa com outra?

—Ora, ora! Halifax é a capital da Nova Escócia. (p.408)

José Geraldo Vieira (1897 — 1977), médico tornado escritor e tradutor, publicaria ainda mais romances, contos, poemas e ensaios. Seu aclamado livro Território Humano foi impresso somente duas vezes, uma em 1936 e outra em 1972. Talvez seu cosmopolitismo estivera em contramão aos temas regionais e nacionais dos modernistas, consequentemente sendo com o tempo esquecido. Desde os anos 2000 renasceu o interesse acadêmico pelo autor. Há de se esperar um merecido retorno da leitura da obra. A Editora Descaminhos publicou em 2014 uma versão digital do Território humano e outros livros do autor.

OUTRAS OBRAS DE JOSÉ GERALDO VIEIRA

  • O Triste Epigrama. Poema em prosa.  1920.
  • A Ronda do Deslumbramento. Contos. 1922.
  • A Mulher que Fugiu de Sodoma. Romance.1931. (Edição espanhola: 1947)
  • Território Humano. Romance. 1936. 2ª edição 1972.
  • A Quadragésima Porta. Romance. 1943.
  • Carta a Minha Filha em Prantos.  “Romance verdade”. 1946.
  • A Túnica e os Dados. Romance.  1947.
  • A Ladeira da Memória. Romance. 1950.
  • O Albatroz. Romance. 1952.
  • Terreno Baldio. Romance. 1961.
  • Djanira. Ensaio crítico. 1961.
  • A Pintura de Sopp Baendereck. Ensaio crítico. 1965.
  • Paralelo 16: Brasília. Romance. 1966.
  • Minha Mãe Morrendo. Poema para a Série Trágica, de Flávio de Carvalho. 1967.
  • Mansarda Acesa. Poemas. 1974.
  • A Mais que Branca. Romance. 1974

sábado, 21 de novembro de 2020

 A cada minuto alguém deixa esse mundo para trás.

Estamos todos na "fila" sem nem sabermos.
Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente.
Não dá para voltar para o "fim da fila". Não dá para sair da fila.
Nem evitar essa fila.
Então, enquanto esperamos na fila.
Faça os momentos valerem a pena.
Tenha prioridades.
Tenha tempo para você.
Faça com que seus talentos sejam reconhecidos.
Faça um ninguém se sentir como alguém.
Faça sua voz ser ouvida.
Faça as coisas pequenas serem grandes.
Faça alguém sorrir.
Faça a diferença.
Faça amor.
Espalhe amor.
Faça as pazes.
Faça com que as pessoas se sintam amadas.
Faça com que você não tenha nenhum arrependimento.
Esteja preparado.... ninguém sabe em que lugar está na da fila...

Cristina Costa



 

De: Laurita Silveira/Facebook

 O amor não é assim!

Não pede renúncia
Não pede tempo
Não perde a hora!
O amor não é assim!
Não tem sofrimento
Não tem dor
Não tem solidão!
O amor não é assim!
Não precisa de perdão
Não precisa de brigas
Não precisa de multidão!
O amor não é assim!
Não pede licença
Não pede pudor
Não pede silêncio
Não mede distância!
***
Tu partiste
Seguiu buscando o melhor.
Vendo-te partir
Fiquei algemado
Ao que tu tinhas de pior!
Tu nem te lembras mais...
As lembranças ficaram aqui!
Guardo na minha pele
Todas as marcas de recordações!
Teus erros
Tuas falhas
Tuas faltas
Desmantelos e despropósitos!
As lágrimas secaram
As lembranças murcharam...
Das recordações somente ficaram
As dores do amor
Que por desventura
Eu teimei em te dar.
J. A. Simonetti


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

 

EXCELENTE INFORMAÇÃO

 

Devido ao colapso no _Sistema de Saúde do Brasil nós - profissionais da saúde - preparamos esta mensagem para a população, caso você não queira logo arriscar ir a um hospital;
*______________________________◉ Os sintomas aparecem á partir do *dia depois do contágio(sintomas de virose).
➙ *1ª fase;
◉ Dor no corpo
◉ Dor nos Olhos
◉ Dor de cabeça
◉ Diarréia
◉ Vômito
◉ Coriza ou congestão nasal
◉ Moleza ◉ Ardor nos Olhos
◉ Garganta arranhada
◉ Ardor ao urinar ◉ Sensação febril

➙ Importantíssimo contar os dias de sintomas: * * *
➙ *Medicação:
Azitromicina tomar *1por dia á partir do *3ºdia - para diminuir o contágio, diminuir os sintomas e prevenir pneumonia - .
Também pode-se usar - para ser mais rápido na cura - o *Ivermectinaou *Anitta
◉ É necessário agir antes da febre aparecer.
◉ *Nãoesperar a febre chegar para tomar o *antibiótico.
◉ Atenção, é muito importante a ingestão de *bastante líquido em especial a água purificada. Beba bastante água para não deixar a garganta seca e para ajudar a limpar os Pulmões.
*______________________________➙ *2ª fase;(do *ao *dia) *inflamatória
◉ Perda do paladar e/ou olfato
◉ Cansaço aos mínimos esforços
◉ Aperto no peito
◉ Dor no tórax(caixa torácica)
*______________________________➙ O vírus ataca as terminações nervosas;
◉ Dor na região lombar(na região dos Rins)
◉ A diferença entre _cansaçoe _falta de ar
• __Falta de ar é quando a pessoa está sentada - sem fazer nenhum esforço - e lhe falta ar;
• _Cansaço é quando a pessoa se movimenta pra fazer algo simples e se sente cansada.
*______________________________➙ Precisa-se de muita hidratação e *vitamina C
*______________________________➙ O *Covid-19se liga ao Oxigênio - portanto - a qualidade do sangue fica ruim, com menos oxigênio.
Se você tiver com tosse, tome algum Xarope para tosse [recomendo o *AcetilcisteínaXarope e envelope] .
*______________________________ ➙ *3ª fase - cura;◉ No *dia entra a _fase de cura que pode ir até o *14ºdia(convalescência).
◉ Não atrasar o tratamento, quanto mais cedo, melhor!
*______________________________➙ Boa sorte á todos!
Melhor guardarmos estas recomendações, prevenir nunca é demais!
*______________________________➙ Conselho de _hospitais de isolamento podemos fazer em casa.
◉ Medicamentos que são tomados em _hospitais de isolamento
• Vitamina C-1000
• Vitamina E (E)
• De 10:00am á 11:00am, sente-se ao Sol por 15 á 20 minutos
• Refeição de Ovo uma vez • Descansar e dormir - no mínimo - de 7 á 8 horas
• Todas as refeições devem ser quentes (não frias). Isto é tudo o que fazemos nos hospitais para fortalecer o _sistema imunológico
• Beber 1 litro e meio de água, diariamente
*______________________________➙ Observe que o pH do Coronavírus varia de 5,5 á 8,5.
Portanto - tudo o que precisamos fazer - para eliminar o vírus é consumirmos mais alimentos *alcalinos acima do nível de acidez do vírus.
*Tais como;◉ Bananas Limão verde → 9,9 pH
◉ Limão Amarelo → 8,2 pH
◉ Alho - 13,2 pH
◉ Abacate - 15,6 pH ◉ Manga - 8,7 pH
◉ Agrião - 22,7 pH
◉ Tangerina - 8,5 pH ◉ Abacaxi - 12,7 pH
*______________________________➙ Como saber que você está com o *Covid-19!
◉ Laranjas - 9,2 pH
◉ Comichão na garganta
◉ Garganta seca.
◉ Alta temperatura
◉ Tosse seca ◉ Falta de ar
*__◉ Perda do olfato e paladar
____________________________ ◦ *
NÃO guarde essas informações apenas para si mesmo, forneça à toda sua família e amigos.
🙏🌷

Jornal da Cidade: periódico mensal é distribuído de graça nas regiões Salineira e Vale do Açu

Já curculando com entrega grátis em municípios das regiões Salineira e Vale do Açu, o periódico mensal “Jornal da Cidade”, editado pelo jornalista Celso Amâncio com colaboração de Max Almeida.

A segunda edição que está sendo diatribuída traz análises dos resultados das eleições.

O jornal também pode ser consultado em sua versão digital e nas plataformas sociais.

https://www.thaisagalvao.com.br/

 



Quando nasci, era preto.
Quando cresci, era preto.
Quando pego sol, fico preto.
Quando sinto frio, continuo preto.
Quando estou assustado, também fico preto.
Quando estou doente, preto.
E, quando eu morrer continuarei preto!
E tu, cara branco.
Quando nasce, é rosa.
Quando cresce, é branco.
Quando pega sol, fica vermelho.
Quando sente frio, fica roxo.
Quando se assusta, fica amarelo.
Quando está doente, fica verde.
Quando morrer, ficará cinzento.
E vem me chamar de homem de cor?
(Escrito por uma criança Angolana)

 Pelo dia da Consciência Negra no Brasil:

Se Guilherme de Almeida escreveu “Raça”, em 1925, uma obra “que tem como tema a gênese da nação e da formação múltipla da raça brasileira”, João Lins Caldas nascido no Rio Grande do Norte em 1888, ano da abolição da escravatura no Brasil), já teria produzido em 1921, noe Rio de Janeiro,,o poema patriótico e de exaltação ao Brasil intitulado “Negra”, A propósito, o poeta carioca Augusto Frederico Shimidt (1906-1965), , depõe que o refrenciado poema João Lins Caldas, “vale por toda Uma Raça, de Guilherme de Almeida”.
Eis o citado poema, para o nosso deleite:
O teu avô Costa d’África, filhinha,
Bárbaro, de uma ne negra irremediabilidade,
O teu avô, de tanga, acostumado ao Brasil.
Noites que despertou sob o chão do chicote!
O chão... tudo era um chão de látegos rangendo,
E ao longe o cafezal, a mata enorme se desbravando...
Hoje tem sangue turco em cada veia,
Um sangue português, a gemer gargalhada.
Um índio chegou, de solto, as tuas velas que se brilharam...
És muitos continentes, na verdade,
Quase negra, nos olhos,
Deixa ver-te os cabelos, enroscados,
Vamos, meu timbre louro,
Tu morrestes nas raças, diluída,
E nas raças do teu corpo eu que adoro a verdade.
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Clea Miriam

Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).