segunda-feira, 18 de maio de 2009

POESIA

GARIMPEIRO DA ILUSÃO

Tal qual, os garimpeiros,
aventureiros,
mergulhado, nas águas
turvas dos ribeiros,
a procura do ouro!...
Eu, em vão procuro
no caudal das minhas máguas
um oculto tesouro.
Trabalho noite e dia,
a cata de ilusões...
necessito apenas de alegria,
pra amenizar
minhas decepções!
E, quanto mais procuro,
mais escuro
parece ficar
o corrente das minhas fantasias.
Na ansiedade
de encontrar
me aprofundo nás águas...
Ao retornar,
trago nas mãos
lavadas e vazias...
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .
E a razão
me diz: -
Garimpeiro infeliz
da ilusão,
Por que?... e para que
tanto labor?!
Jamais terás a palma
de encontrares no fundo
da tu'alma,
outra coisa a não ser,
a SAUDADE e a DOR.

Renato Caldas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  UMA VEZ Por Virgínia Victorino (1898/ 1967) Ama-se uma vez só. Mais de um amor de nada serve e nada o justifica. Um só amor absolve, santi...