sexta-feira, 30 de abril de 2021

 Mar de infância, mar sereno

De espumas brancas e ondas verdes,
Levemente tocadas pelo sol
E que se quebravam contra a praia.
Muitas vezes, deitado na praia,
Escutava o murmúrio misterioso,
De tua música implacável e doce,
Qual harpa de Davi ao meu ouvido.
Mar de infância, de sargaços
E de silenciosos barcos distantes,
Que iam e vinham não sei pra onde.
Mar de infância, tranquilo
De estrelas e de búzios,
Silente, primitivo e imenso.
Walflan de Queiroz, poeta potiguar
____________________Em, Nas Fontes da Salvação
Pode ser uma imagem de céu, oceano, natureza, crepúsculo e praia

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Como era a Praia dos Artistas em Natal na década de 70

 

A Praia dos Artistas, praia que divide popularidade com a famosa Praia do Meio em Natal, era um grande “point da moçada” em meados da década de 70 – e durante grande parte da década de 80.

Muito se especula porque esse trecho da praia recebeu o nome de “Praia dos Artistas”. Para uns deve-se ao fato desse recanto ter sido muito frequentado, no início da década de 70, por pessoas ligadas ao teatro, artes plásticas e música. Para outros, pela fama de hospedar grandes artistas quando visitavam Natal. O certo é que essa praia já marcou a vida de muita gente.

Na década de 70 haviam muitos barzinhos na orla, o calçadão era repleto de mesas, e na areia muita azaração. As barracas disputavam espaço entre si, a maior delas ficava logo abaixo do Salva Vidas, e era ponto de referência pra muitos encontros.

Durante o dia as “cocotas” desciam pra praia pra pegarem um bronze. Naquela época já havia muito bíquini pequeno e fio dental, e isso “incendiava” a cabeça dos marmanjos, que desciam para baterem uma pelada ou assistirem um jogo de vôlei. A noite era a hora da paquera, principalmente às sextas-feiras e sábados.

Existia também o tal do “Boy da Praia”, uma figurinha carimbada que andava perturbando as meninas – acompanhadas ou não – lhes pedindo cerveja e cigarros.

Na época, nessa mesma praia, o natalense já pegava as suas primeiras ondas no Surf na modalidade bodyboard, com suas pequenas pranchas de isopor, como já falamos aqui. Em 1974 os praticantes aprenderam a ficar de pé nas ondas usando pranchas maiores.

Na mesma época também aconteceu o Primeiro Campeonato de Surf do Rio Grande do Norte.

Os bares existentes eram: Katikero, Castanhola Bar, Chapéu de Couro, Reizinho Praia Chopp, Postinho, Bar do Bolívia (no pé da ladeira do sol), BANDERN Clube, Qualquer Coisa, Marulho e Casa Velha; esses quatro últimos nas praias vizinhas.

As bebidas? Muita caipirinha e cervejas das marcas Brahma e Antarctica. Para os mais “caretas”: Coca-cola e água de coco.

Para os mais farristas tinha a casa de shows “Casa da MPB” na praia ao lado (Praia do Meio), ou as boates mais badaladas da cidade, a O Chaplin (Praia dos Artistas) e a Apple (Ponta Negra).

Quem subisse mais a Av. Getúlio Vargas encontrava o Bar e Restaurante Liberté, mas era preciso ter bastante “bufunfa” (dinheiro) porque eram locais de gente “paluda” (rica).

Pra quem já tava cansado e faminto no fim da farra, o bacana era tomar um Caldo à Cavala lá na bar “A Tenda”, ao lado do famoso Hotel Reais Magos.

O fim da década de 80 foi também o fim da época áurea da praia. A maioria dos frequentadores, já na maturidade, foram se distanciando do lugar, cedendo espaço para a chegada da prostituição e o uso de drogas, principalmente com o crescimento do turismo internacional. Além disso, a falta de segurança afastava ainda mais as pessoas.

E você? Queria ter vivido ou viveu essa época? Comente aí embaixo como foi!

Fonte: poeta e escritor João Brito em Jabá com Jerimum (Blog de um Natalense), Rostand Medeiros @ TOK de História, Arilza Soares @ Vento Nordeste

De: https://curiozzzo.com/

 "Mercado Volante COBAL"

Uma carreta que trazia esperança de abastecer as despensas dos trabalhadores do DF e de todo o Brasil, em lugares distantes.
Geralmente uma vez por semana, encostava em alguma cidade.
A Companhia Brasileira de Alimentos--COBAL, foi criada pelo governo João Goulart em 1962.




https://www.facebook.com/groups/publicidadeantiga




 


Uniforme da Escola Doméstica no início do século XX

    


Esses vestidos brancos da fotografia acima eram um sinal de que eram as alunas da Escola Doméstica, antigo colégio destinado às mulheres. A imagem é do ano de 1914, quando a escola funcionara na Praça Augusto Severo, na Ribeira. Faz parte do acervo de Manoel Dantas, um importante educador no Rio Grande do Norte.

Essas imagens estão no livro “Do Passado ao Presente“, do arquiteto João Maurício Fernandes de Miranda. A obra analisa a capital potiguar em três momentos e décadas diferentes.

O colégio surgiu no dia 1 de setembro de 1914 pelo poeta Henrique Castriciano, irmão da também poeta Auta de Souza, que já falamos do blog. Ou seja, a fotografia mostra as primeiras alunas e como era a escola no século XX.  Castriciano se inspirou em fazer o colégio após uma viagem na Suíça. Ele conheceu uma instituição de ensino para meninas, mas que não tinha ligação com a igreja.

Na época, a atividade doméstica da mulher deveria ser ressaltada. Além da atividade doméstica da mulher, as alunas aprendiam o desempenho no lar, a preparação para o Magistério e o ingresso em escolas de Ensino Superior. Ou seja, ensinava ser dona de casa, mas também estimulava as mulheres a ingressarem em outras carreiras.

Apesar das mudanças, o uniforme branco da Escola Doméstica virou uma marca da instituição educacional, no qual foi se reestruturando a medida que avançavam as décadas.

Uniforme da Doméstica anos depois

Na década de 50, a Doméstica transferiu para Avenida Hermes da Fonseca quando o Governo do Estado cedeu um terreno para a construção de uma unidade própria.  Foi extinta em 2019, quando o colégio Henrique Castriciano, unidade mista do colégio que surgiu na década de 80, e a Doméstica se tornaram um espaço só. Agora, o colégio se chama Noilde Ramalho.

De: https://brechando.com/

quarta-feira, 28 de abril de 2021

 


 


 

1 d 
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Hoje na historia – Há 24 anos falecia prematuro aos 41 anos vitima do acidente – Jesse - Cantor
José Florentino dos Santos
Data de nascimento: 25/04/1952, Niterói - RJ
Morte: 29/03/1993 Ourinhos - PR
Pseudônimos:
I - Christie Burgh (1976)
II - Tony Stvens (1976 - 1977)
III - Reginaldo Veloso (1978 - 1979)
IV - Jessé (1980 - 1993) Carreira Sol
Cantor de voz muito potente, sendo considerado um estouro no início da década de 80, o cantor Jessé nasceu no estado do Rio de Janeiro, porém foi criado em Brasília. Em 1967, aprendeu a tocar musica, servindo como base um violão de seu irmão Cleofás que estava a dois anos no guarda-roupa. Começou a tocar em casamentos, onde seu irmão Cleofas ficou impressionado quando estava presente no casamento e viu Jessé a tocar no piano. Logo depois, Jessé começou a cantar em bailes noturnos músicas de sucesso como por exemplo algumas músicas do Michael Jackson durante o início dos anos de 1970, até que começou a participar do conjunto Corrente de Força em 1975 e Placa Luminosa no vocal de 1976 até o ano de 1978, onde gravou a música "Velho Demais" que foi utilizada pela Rede Globo na novela Sem Lenço Sem Documento em 1976. Ao mesmo tempo, começou a cantar com pseudônimos, entre eles o mais conhecido, o Tony Stevens, lançando singles de muito sucesso, sendo tema de novela do horário nobre da Rede Globo. Um de seus maiores sucessos como Tony Stevens foi "If You Could Remember" que foi gravado para uma novela da extinta Rede Tupi e "Flying High" . Em 1978, foi aplaudido em pé por Toquinho e Vinicius numa casa noturna quando ele se apresentou com o "Concerto Para Uma Só Voz". Logo depois disso foi convidado para se apresentar em um aniversário, que seria no caso do Roberto Carlos. Gravou dois discos de músicas evangélicas com o pseudônimo de Reginaldo Veloso, onde grava música com crítica a Igreja Católica.
Em 1980, escolheu a musica Porto Solidão para participar do MPB 80, a musica Porto Solidão já tinha sido escrita antes e tinha sido oferecida para cantores de frente de classe popular entre eles Gilliard e Fábio Jr., porém eles a rejeitaram a letra, posterior a esse acontecimento, a RGE a ofereceu a letra para o Jessé e ele a aceitou, sendo considerado o single de maior sucesso, vendendo 1 milhão de cópias. Jessé participou e venceu o MPB SHELL, como melhor intérpete. Nesse mesmo ano, se apresentou no fantástico num clipe com a musica Voa Liberdade, musica que estourou nas paradas musicais no ano de 1980, sendo incluída no seu disco do ano, junto com Porto Solidão.
Em 1981, ganhou novamente o MPB SHELL como melhor intérprete com a música Estrela Reticente, outro de seus maiores sucessos. Em 1983 gravou seu primeiro disco ao vivo, o disco "Sorriso ao Pé da Escada" disco onde ele faz tributo a saudosa Elis Regina. Nesse mesmo ano Jessé participou do XII Festival da OTI, e ganhou com a música Estrelas de Papel, um tributo a Charles Chaplin, como melhor canção, melhor intérprete e melhor arranjos, porém o Presidente da República dos Estados Unidos Ronald Reagan, o enviou um telegrama pensando que a música tivesse sido feita em homenagem a ele, porém Jessé o esclareceu que a música não era feita a ele mas sim a Charles Chaplin. Estrelas de Papel foi lançada no seu disco de mesmo título no em novembro de 1983.
Em 1984, gravou o disco "Sobre Todas As Coisas", seu segundo álbum ao vivo, sendo um de seus maiores discos. Mesmo com reconhecimento artístico Jessé era muito criticado por críticos musicais, o que ocorreu em 1983 onde chegaram a criticar que seus agudos eram muito escandalosos e enfeitadores de timbres. Em 1986, ao lado de grandes nomes da MPB na primeira edição do Prêmio Da Música Popular Brasileira, ganha o prêmio de 1° Lugar na Musica Popular, ao lado de Milton Nascimento como 1° na categoria MPB na noite do festival, notório que não fizeram questão de enquadrar Jessé de MPB nesse festival, com o propósito ou de dar ao prêmio de primeiro lugar propósitalmente ou por desconsiderar um cantor Brega, como já tinha ocorrido desde o início da carreira, críticos falarem mal de seus discos e catalogar de cantor Brega ou de Galã de Mulheres, sendo que em seus shows eram vendido ingressos para a maioria Mulheres jovens, Idosos e Crianças.
Em 1989, Jessé foi aos Estados Unidos gravar o disco Jessé In Nashville, deste disco se destaca as faixas "América" e "Novo Amanhecer". Neste disco Jessé apresenta nas primeiras faixa um repertório mais Pop, com cinco das onze canções gravadas em inglês. Porém o disco não teve repercussão no Brasil, e acabou passando desapercebido pela maioria do público.
No início dos anos 90, Jessé se desentendeu com a RGE, que começou a impor muito que gravasse com o repertório de sertanejo, assim recusando isso , ele mesmo financiou e montou sua própria gravadora, o selo Luz, onde estava disposto a receber outros artistas que não tinham seu espaço pelas gravadoras na época. Com o selo luz gravou em 1992 o disco Raízes, voltando para os programas de televisão da época. Deste disco se destaca a musica "Raízes", "Tudo Que Se Quer" gravado junto com sua filha Vanessa e "Canto Porque Tenho Vida" uma manifestação sobre as gravadoras que impõem aos artistas gravarem o que agrada aos mesmos. Em 1990, Jessé capota de uma moto e quase morre, devido estar em alta velocidade (190km/h), fica internado e se recupera, morrendo 3 anos depois de um segundo acidente automobilístico, Jessé gostava de dirigir em alta velocidade como seus parentes comentavam nas revistas veiculadas na mídia pouco depois de sua morte.
Em 29 de Março de 1993, quando se dirigia ao um show no estado do Paraná, Jessé estava com sua esposa grávida no carro a 190 Km/h na terceira via opcional, quando uma curva fechada passa desapercebida por ele. Jessé perdeu o controle do carro e o carro capotou jogando a sua esposa pra fora do carro e assim sofrendo um traumatismo craniano. Jessé e sua esposa foram levados para Ourinhos, e Jessé acabou morrendo poucos dias depois e sua esposa acabou perdendo seu filho porém a sobrevivendo. Jessé morreu aos 40 anos e no total gravou 11 discos em sua carreira solo, e preparando mais um novo disco com até musicas gravadas que permaneceram inéditas desde então, sua gravadora recém lançada, a Luz, faliu, e seu desejo de contratar artistas da Mpb para gravar em seu estúdio foi-se nunca a ser concretizado.
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Hoje na Historia Agostinho dos SantosNasceu num 25/04 -considerado o dono de uma das mais belas voz masculina da MPB surgidas nos anos 50 faleceu num acidente de avião, em 1973, aos 41 anos de idade, e acabou tendo sua memória atropelada pela música engajada que se fazia no Brasil de então, longe do romantismo e da delicadeza de seu estilo.
Com uma voz suave, muito bem colocada e de boa potência, o cantor paulista começou gravando - como todos os seus contemporâneos - um repertório eclético. Mas sua veia romântica era mesmo a mais forte e mais pertinente ao seu timbre.
A coletânea Pérolas, que a Som Livre lançou em 2000, resgata sua fase RGE (de 1958 a meados dos anos 60), na qual gravou seis preciosos LPs.
A seleção privilegia temas mais chegados ao universo bossanovístico em que o cantor pegou carona e que traçou com maestria.
Que ninguém estranhe sua aproximação com autores da bossa, pois quando Tom Jobim ainda não era muito conhecido, o cantor Agostinho já havia sido o pioneiro a dedicar um LP na Polydor às composições do maestro (dividindo-o com as do então mais famoso Fernando César, que colecionava sucessos nas vozes dos maiores cantores do rádio da época, como Doris Monteiro e Angela Maria).
Essa familiaridade com a bossa provinha também de ter sido o intérprete escolhido para defender as sofisticadas "A Felicidade" (Tom e Vinicius) e "Manhã de Carnaval" (Antonio Maria e Luiz Bonfá) - que se tornariam alguns dos maiores sucessos do cantor -, na trilha do filme Orfeu Negro.
Portanto, Tom, Vinicius de Moraes, Roberto Menescal, Bôscoli, Carlos Lyra, Newton Mendonça, Oscar Castro Neves e Baden Powell são alguns dos autores que ganham as sempre agradáveis inflexões vocais de Agostinho na compilação.
Mesmo depois de tantas regravações, Eu Sei que Vou Te Amar, Dindi, Desafinado, Chega de Saudade, Primavera, Samba de uma Nota Só, O Barquinho e Chora Tua Tristeza... ainda soam interessantes nas versões do cantor Agostinho, um dos primeiros a gravá-las.
De quebra, há três sambas-canções clássicos: Fim de Caso e A Noite do Meu Bem (Dolores Duran) e outro de seus grandes sucessos, Balada Triste (Dalton Vogeler/ Esdras da Silva), que disputou com a versão de Angela Maria em 58 a preferência dos ouvintes.
É ouvir para crer que grande cantor tínhamos e a que quase não demos importância. Uma voz para se ouvir à noite, só ou a dois, ou mesmo como pano de fundo, ao receber amigos em casa.
O compositor e cantor brasileiro Agostinho dos Santos nasceu em São Paulo, no dia 25 de abril de 1932 ? e faleceu em Paris, no dia 12 de julho de 1973.
O maior sucesso de Agostinho foi cantando músicas da peça e depois do filme Orfeu Negro, como "Manhã de Carnaval" e "Felicidade".
Agostinho participou da apresentação de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova Iorque em 1962.
O cantor Agostinho faleceu, em 1973, em trágico desastre aéreo nas imediações do Aeroporto de Orly em Paris, no Vôo Varig 820.
Natural de São Paulo, Agostinho foi crooner de orquestra, trabalhou nas rádios América e Nacional. Em 1955 foi para o Rio de Janeiro cantar com Ângela Maria e Sílvia Teles na Rádio Mairynk Veiga e gravou, no ano seguinte, o LP "Uma Voz e seus Sucessos", com músicas de Tom Jobim e Dolores Duran.
Agostinho foi intérprete no filme "Orfeu do Carnaval", de Marcel Camus, com trilha sonora de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que lhe rendeu dois grandes sucessos: "Manhã de Carnaval" (L. Bonfá/ Moraes) e "A Felicidade" (Jobim/ Moraes).
Nos anos 50 e 60 Agostinho ganhou prêmios e atuou como compositor, além de cantor.
Agostinho também participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York (1962) com o conjunto de Oscar Castro Neves.
O cantor Agostinho teve uma rápida passagem pelo rock'n'roll nos anos 50, gravando "Até Logo, Jacaré", versão de Julio Nagib para "See You Later, Alligator", de Bill Halley & His Comets. Excursionou pela Europa e morreu num acidente aéreo em Paris.

  UMA VEZ Por Virgínia Victorino (1898/ 1967) Ama-se uma vez só. Mais de um amor de nada serve e nada o justifica. Um só amor absolve, santi...