quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Hoje que seja esta ou aquela, 
pouco me importa. 
Quero apenas parecer bela, 
pois, seja qual for, estou morta.
Já fui loura, já fui morena, 
já fui Margarida e Beatriz. 
Já fui Maria e Madalena. 
Só não pude ser como quis.
Que mal faz, esta cor fingida 
do meu cabelo, e do meu rosto, 
se tudo é tinta: o mundo, a vida, 
o contentamento, o desgosto?
*/trecho da poesia Mulher ao Espelho
de Cecília Meireles

Da linha do tempo/face de Yara Darin

Nenhum comentário:

Postar um comentário

  UMA VEZ Por Virgínia Victorino (1898/ 1967) Ama-se uma vez só. Mais de um amor de nada serve e nada o justifica. Um só amor absolve, santi...