segunda-feira, 14 de março de 2016

PELO DIA NACIONAL DA POESIA


Foto de Fernando Caldas.

Hoje, Dia Nacional da Poesia, é preciso  saudar todos os poetas, relembrar um grande bardo potiguar chamado João Lins Caldas (n. Goianinha/RN, 18 de agosto de1888, m. Assu/RN, 18 de maio de 1967), que viveu entre 1912-33 no Rio de Janeiro convivendo na livraria Garnier, com grandes nomes das letras nacionais. (A Garnier, além de livraria era um reduto de intelectuais “que mais se assemelhava a um centro de estudo, além de uma editora de expressão na efervescência cultural do começo do século XX, na Rua do Ouvidor, cidade do Rio de Janeiro. Era o tempo das casacas, das modinhas e namoros à sacadas das janelas, dos jornais e livrarias” ) E lá estava o Caldas, apresentando a sua poesia clássica e modernista,colaborando em jornais e em revistas de destaques, da capital carioca. Em 1917, Caldas começou a escrever anonimamente versos livres, emancipados de métrica. Há registro  de grandes críticos e conhecedores de arte moderno no Brasil, que ele foi o primeiro a cantar no verso livre.

Poeta de temas diversificados, de versificação profunda. Ele tinha a sua própria forma de construção gramatical e a sua poesia não exerceu nenhuma influência.
Por fim, se Caldas “amou as letras como a mais bela das mulheres”, o seu diálogo poético, reforça esta afirmação: Senão vejamos:

- De todas as glórias?
- A literária.
- Das literárias?
- A poética.

Fotografia acima. Da esquerda: João Lins Caldas e o romancista José Geraldo Vieira (um dos mestres e precursores da "moderna prosa brasileira", falecido em 1977, autor do romance intitulado  A mulher que fugiu de Sodoma. O escritor Vieira fez João Lins Caldas personagem do  romance urbano de ficção intitulado Território Humano, 1936, encarnado no personagem Cássio Murtinho. 

Fernando Caldas

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