quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NOTA - COLAÇÃO DE GRAU


 Hoje é a Colação de Grau, Bacharel em Direto pela UNP - Universidade Potiguar, de Gustavo Ezequiel Pacheco da Fonseca. Gustavo é neto do açuense Ezequiel Fonseca Filho, que foi médico, prefeito do Açu, além de deputado estadual prsidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. O mais novo advogado é filho do amigo e conterrâneo Nilo Fonsêca, que eu o considero um apaixonado pelo Açu, sua terra natal amada. Parabéns Gustavo extensivo a todos seus familiares e amigos.

 Fernando Caldas

Aptos a colar Grau – 10NC – Direito/RF
Matrícula
Nome do aluno
Histórico
AC
TCC
Requerimento
200623903
AFONSO DE LIGORIO MARQUES DE ARAUJO
OK
OK
OK
OK
200622291
ANA FLÁVIA FLORÊNCIO CALIFE DA SILVA
OK
OK
OK
OK
200625620
ANTONIO GUEDES DE QUEIROZ
OK
OK
OK
OK
200520685
AURI DANTAS DE LIMA
OK
OK
OK
OK
200625362
BRUNA BELLUSCI
OK
OK
OK
OK
200627252
CARINA CRISTINA OLIVEIRA ROBERTO DA SILVA
OK
ok
OK
OK
200622363
CARLOS AURELIO CAVALCANTI
OK
OK
OK
OK
200625610
CÉSAR AUGUSTO MEDEIROS FERNANDES DE MACEDO
OK
OK
OK
OK
200624003
DANIELE MOZANE CORTEZ FERREIRA
OK
OK
OK
OK
200625597
DOMINGOS SÁVIO DIAS CAMPOS




200622637
EDILSON DE OLIVEIRA JUNIOR
OK
OK
OK
OK
200625107
EDUARDO COSTA WANDERLEY CARVALHO
OK
OK
OK
OK
200628094
FELIPE LOPES DA SILVEIRA JUNIOR
OK
OK
OK
OK
200624317
GIULIANO RODRIGUES DE ARAUJO
OK
OK
OK
OK
200621797
GUSTAVO EZEQUIEL PACHECO DA FONSECA
OK
OK
OK
OK
200626242
IGOR RANIER BARBOSA DA SILVA
OK
OK
OK
OK
200628085
JANAÍNA KEILA PEREIRA DA CÂMARA
OK
OK
OK
OK
200630323
JANAYNA MARIA ALVES BEZERRA
OK
OK
OK
OK
200630257
JANIELE DA SILVA
OK
OK
OK
OK
200625475
JEAN KARLLOS PONTES VARELA
OK
OK
OK
OK
201013090
JOSANEIDE SILVA MATIAS
OK
OK
OK
OK
200628530
JULIANA FIRMINO DA SILVA
OK
OK
OK
OK
200630327
JULIENE KLEBERLANIA NOGUEIRA TORRES
OK
OK
OK
OK
200622221
LEONARDO VASCONCELOS LINS FONSECA
OK
OK
OK
OK
200801167
LETICIO PEDROSA DE FIGUEIREDO CRUZ
OK
OK
OK
OK
200628925
LORENBERG  VILAR DE QUEIRÓZ SOARES
OK
OK
OK
OK
200630116
MARCELO GOMES DE AZEVEDO MONTENEGRO
OK
OK
OK
OK
201013096
MARIA LORENA DE OLIVEIRA
OK
OK
OK
OK
200630055
NICIANA ALICE COSTA REBOUÇAS FERNANDES DOS SANTOS
OK
OK
OK
OK
200515105
OSEAS ALVES DE SOUZA JUNIOR
OK
OK
OK
OK
200625179
REGINALDO BELO DA SILVA FILHO
OK
OK
OK
OK
200622057
ROBERTO DA SILVA LIMA JÚNIOR
OK
OK
OK
OK
200630056
ROSILENE RIBEIRO DE SOUSA
OK
OK
OK
OK
200624401
SHANASES CAMPOS FERNANDES
OK
OK
OK
OK
200622130
STEFANES DA SILVA SANTOS
OK
OK
OK
OK
200521041
TAZIA MARIA CRUZ DA SILVA
OK
OK
OK
OK
200630259
VALÉRIA DE SOUZA SOARES
OK
OK
OK
OK
200516660
MARCELA ANTUNES POUSA FARIA
OK
OK
OK
OK
200801167
LETICIO PEDROSA DE FIGUEIREDO CRUZ
OK
OK
OK
OK
200628925
LORENBERG  VILAR DE QUEIRÓZ SOARES
OK
OK
OK
OK
200630116
MARCELO GOMES DE AZEVEDO MONTENEGRO
OK
OK
OK
OK
201013096
MARIA LORENA DE OLIVEIRA
OK
OK
OK
OK
200630055
NICIANA ALICE COSTA REBOUÇAS FERNANDES DOS SANTOS
OK
OK
OK
OK
200515105
OSEAS ALVES DE SOUZA JUNIOR
OK
OK
OK
OK
200625179
REGINALDO BELO DA SILVA FILHO
OK
OK
OK
OK
200622057
ROBERTO DA SILVA LIMA JÚNIOR
OK
OK
OK
OK
200630056
ROSILENE RIBEIRO DE SOUSA
OK
OK
OK
OK
200624401
SHANASES CAMPOS FERNANDES
OK
OK
OK
OK
200622130
STEFANES DA SILVA SANTOS
OK
OK
OK
OK
200521041
TAZIA MARIA CRUZ DA SILVA
OK
OK
OK
OK
200630259
VALÉRIA DE SOUZA SOARES
OK
OK
OK
OK
200516660
MARCELA ANTUNES POUSA FARIA
OK
OK
OK
OK

GARIBALDI ANIVERSARIA DIA 4 DE FEVEREIRO



Escrito por aluiziolacerda às 00h22

GARIBALDI ANIVERSARIA DIA 4 DE FEVEREIRO

GARIBALDI ANIVERSARIA DIA 4 DE FEVEREIRO





Do BlogdeAluizioLacerda

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

ENTREVISTA COM FÁBIO DE OJUARA (*)

(Ilustração no anexo)

(Diário de Natal, 14 de Março de 1996)

VVV - Ojuara, chifre pesa em cabeça de corno?

Ojuara - No princípio, sim. É claro que antes de casar, as experiências anteriores sempre são um bom aprendizado. Até que você escolhe a mulher ideal, a mais pura, a mais honesta, a que promete fidelidade para sempre, e aí você cai na conversa, certo de que será feliz num casamento duradouro. Quando os amigos começam a rir por trás de você, sem que você saiba bem porque, é aí que começam as desconfianças, e você passa a sentir-se incomodado. Aquela estória do melhor amigo, quase sempre é batata, é ele o primeiro a usufruir de sua mulher. Ele chega para uma cervejinha e você não está, ficou trabalhando até mais tarde, e aí a coisa acontece. Conversa vai, conversa vem, e a mulher termina por confessar a insatisfação sexual do casamento. "No melhor da festa, ele goza e dorme, e eu fico o resto da noite a ver navios, esperando pela noite seguinte que vai ser do mesmo jeito", começa ela provocante, oferecendo uma bebida mais quente, uísque, conhaque, até que o car a não mais agüenta tanta provocação e termina por trair o amigo, certo de que ele jamais saberá do ocorrido. Ele freqüenta mais algumas vezes a sua casa, fica meio acanhado de sua companhia, até que a amizade vai azinhavrando e ele passa a encontrar-se com ela em motéis de segunda categoria. Depois de um certo tempo, a insatisfação dela continua, agora com ele, já sem o pique inicial da traição, parceiro já conhecido, tudo explorado e novidade nenhuma a experimentar. Aí a cama do marido ganha tesão novamente e ela passa a demonstrar maior carinho com o lar. Mas vem a recaída e ela procura outro alguém, agora já fora do ciclo de amizade, alguém do trabalho ou mesmo um desconhecido que lhe passa uma cantada na rua, oferece-lhe um sorvete, e pronto, a desgraça mais uma vez acontece. De parceiro em parceiro, a notícia vai se espalhando. O seu irmão chega e diz que ouviu a conversa numa mesa de bar, você não acredita, pergunta ao seu melhor amigo se el e sabe de algo e ele nunca sabe, até que as conversas são tantas que você começa a desconfiar mesmo de que aquelas estórias têm fundamento. É aí que o chifre pesa. Você fica capiongo, entristecido, louco para saber onde você errou, já não mais se achando o mais vigoroso varão.

VVV - E aí, o que você faz?

Ojuara - A primeira coisa são as insinuações. Morto de vergonha, você passa a inquirir a mulher disso e daquilo. Onde você andou, por que demorou tanto, onde está gastando tanto dinheiro. A mulher sempre tem resposta convincente, e, na cama, tira qualquer dúvida do pobre do corno. Presenteia-o com uma noite das mais maravilhosas, insinua coisas que ele jamais ousou e o relacionamento sexual vai ficando cada vez mais gostoso, a mulher a demonstrar uma tesão insuspeita em você, inebriado pelos seus suspiros e arquejos, cada vez mais langorosos. Mas as chacotas continuam e você volta a ficar murcho, andando pelos bares, decaindo, decaindo, até amanhecer na sarjeta, depois de uma noite a ouvir Reginaldo Rossi.

VVV - E o cara não toma nenhuma providência, Ojuara?

Ojuara - Ele pensa logo em contratar detetive, mas morre de vergonha. Aí passa a procurar raparigas nas ruas e vinga-se da mulher corneando-a também. Isso até que ajuda um pouco e ele até retoma uma felicidade aparente. Mas a notícia já está no mundo e as insinuações tornam-se cada vez mais freqüentes, os amigos cantando "lá vem ele, com a cabeça enfeitada"... e você passa a nem mais dar-se a respeito. E cai na dor de cotovelo de novo, volta a sarjeta enquanto a mulher está a vadiar nos motéis da cidade. É um inferno esse período. Aí você toma uma decisão. Parte para uma conversa franca com a mulher, diz que vai deixá-la, que não suporta mais ser chamado de corno pelos amigos, pelos inimigos, até pelas mulheres. Mas ela volta a premiá-lo na cama, mostra novos segredos e é aí que você passa a desconfiar mesmo dela. Onde diabos ela aprendeu isso que eu nunca fiz com ela? E aí você passa a experimentá-la, cada noite mais excitado, a mulher a inventar posições e práticas inusitadas, deixando o marido morto na cama, sem agüentar mais nenhuma.

VVV - Ele passa a gostar da situação?

Ojuara - Em parte, sim. Ele desconfia, mas ainda não tem certeza de que é corno, e essa dúvida atormenta-o. Aí ele toma a decisão de seguir a mulher. Diz que vai trabalhar até mais tarde e fica na esquina esperando. Ela toma um ônibus, ele toma um táxi e segue, dizendo para o motorista que é da polícia civil e está espreitando perigoso trombadinha, suspeito de um crime de morte. Ele perde a mulher de vista e adia a descoberta, até que um belo dia ele flagra a mulher entrando num motel com um conhecido seu, de farra. Aí você fica desesperado, tem vontade de matar, de morrer, mas não tem coragem de surpreender a mulher na cama com o outro, conhecido seu, a notícia a se espalhar de vez entre todos. Você fica atordoado, passa uns dias sem querer voltar em casa, até que a mulher o procura com conversas de "o que foi que aconteceu?", "por que você não vai mais dormir em casa, filhinho?" E você, já desprovido de qualquer orgulho ou auto-estima, há dias sem ver mulher, parte disposto a tirar o atraso, e dá todas, certo de que está enganando a companheira com seu silêncio. No dia seguinte, tem vontade de lhe dar umas porradas, dizer que sabe de tudo, mas vai para o trabalho caladinho, doido para que chegue a noite, para pegar a mulher de novo, certo de que ela o traiu, mas sem demonstrar qualquer desconfiança, tornando ainda mais prazerosa aquela noite, a mulher cansada, sem mais nada querer, e você em cima, a exigir os prazeres que ela vem proporcionando fora de casa, você agora a inventar coisas que ela nem sequer jamais insinuou. Aí você fica nesse jogo de gato e rato por algum tempo, até que diz conhecer toda a estória da traição, citando nomes, lugares, toda a safadeza que ela vem fazendo esse tempo todo.

VVV - E aí?

Ojuara - Aí ela queda-se derrotada. Termina por confessar tudo e pede perdão, diz ser uma coisa compulsiva, que precisa de ajuda para não mais cair em tentação, chora, diz que lhe ama, e você vai para o trabalho como um rei, arranja umas putas, passa novas noites na rua, certo de que a mulher está em casa, arrependida, sem nada fazer. E está mesmo. Agora é você quem está por cima, a mulher acabrunhada, com medo de cair de novo em tentação, e você a corneá-la todas as noites, tomando fôlego, refazendo-se das dores sofridas durante tanto tempo.

VVV - E aí a mulher se regenera e o casal é feliz para sempre?

Ojuara - Que nada. Mulher que trai, trai. É só uma questão de tempo. Mais dia, menos dia, ela volta ao paraíso, só que agora você sabe que ela o está corneando mesmo e passa a nem ligar. Ela lhe corneia de um lado, você corneia ela de outro, fica tudo um a um e a vida melhora para ambos.

VVV - Quer dizer que o corno passa a gostar da situação?

Ojuara - Tanto que a melhor noite para ele é quando ele sabe que a mulher o traiu. Aí ele pega, e sente-se no direito de todos os prazeres. Mata a mulher de cansaço, dá três, dá quatro, na frente, atrás, emborca, faz o que quer, e a mulher ali, pronta pra tudo, sem nada dizer. A melhor noite do corno é quando ele tem certeza de que naquela tarde, a mulher o traiu.

VVV - Ojuara, como a cidade do Ceará Mirim recebeu a idéia de criação da Associação dos Cornos que vocês fundaram por lá?

Ojuara - Não muito bem. Eles pensaram que era provocação, já que a cidade tinha fama, mas logo perceberam que os cornos estavam se assumindo, associando-se, e hoje já não causa mas nenhuma polêmica. Depois daquele programa do "Você Decide" que tratou do assunto e eu fui entrevistado ao vivo para todo o Brasil, o pessoal da cidade viu que havia outras associações no país e me deixou mais de mão. A paz voltou a reinar na cidade.

VVV - Se você voltasse a se casar, teria medo de chifre?

Ojuara - Com certeza, não. Até ia incentivar a mulher, para que nossas noites se tornassem mais gostosas.

VVV - Quer dizer que você não mais se importa em ser corneado?

Ojuara - De jeito algum.

VVV - Você é adepto da troca de casais?

Ojuara - Como assim?

VVV - Tem casais que só se satisfazem quando trocam os parceiros. O marido fica com a mulher do amigo, e este com a sua mulher. Vão para um motel e lá se divertem como gostam. Ojuara - Não. Aí eu não topo. É diferente. Isso é pouca vergonha. Sou daqueles que admitem o chifre, mas daí a levar a mulher para outro cara transar e eu transar com a dele, isso não. Ela que vá a luta, procure com quem também se realizar, que eu faço o mesmo. Eu sou corno do tipo tradicional, não sou chegado a essas modernidades sexuais de hoje, não.

VVV - Você é favorável a sexo grupal?

R - De jeito nenhum. Não confunda. O fato de ser corno não quer dizer que eu seja permissivo. Eu dou liberdade a mulher. Se ela quiser, que use. O bom é quando você não tem certeza de que houve a traição. Só desconfia. O ciúme é que não deve existir. Ele acaba qualquer casamento.

(*) Fábio de Ojuara é artista plástico e filósofo do Ceará-Mirim-RN. Presidente perpétuo da Associação dos Cornos Potiguares, autor do manual Sabendo Usar… Chifre Não É Problema edição esgotada. Sua máxima mais apreciada é TODA MERDA AGORA É ARTE!

 Do face de  Fernando Caldas Somente no amor o homem está de joelhos; porque o amor é a única escravidão que não desonra. Vargas Vila, poeta...