sábado, 27 de outubro de 2012


Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector
Dul 
EU NÃO DIGO, ELA NÃO DIZ
QUEM É QUE PODE SABER?

Certa coisa que já fiz
com uma jovem em segredo,
revelar até faz medo.
Eu não digo, ela não diz.
É que eu quis e ela quis,
só podia acontecer.
Mas o bom é não dizer
com quem isto aconteceu.
Ela não diz e nem eu,
Quem é que pode saber?

Décima de Luiz Lucas Lins Caldas - Luizinho Caldas. Ele era meu avô paterno e, como bom asuense dava-se o prazer de escrever versos.

" ALMA DO POETA " Vinicius.C: Antes dos olhos

" ALMA DO POETA " Vinicius.C: Antes dos olhos: O que trazes nas mãos além de um peito avesso? Sinto como se inacabado, como vela acesa que não arde, ou mar que insiste em ser ...

SABOR SAUDADE: ALFENIM - UM DOCE BRINQUEDO!




Alfenim. Que saudade que eu tenho desse doce! Pra mim era muito mais que um doce, era um doce brinquedo! Lembro quando ia para a feira das Rocas com o meu pai, e ficava encantada com a banca que vendia alfenins: doces branquinhos em forma de bonecos, flores, cachimbos, chupetas...todos contornados de vermelho. Eu tinha uma coleção deles, mas a coleção durava pouco pois criança alguma resiste muito tempo diante de um alfenim - o doce crocante que desmancha na boca! Infelizmente as gerações mais novas não conhecem o alfenim, que praticamente  deixou de fazer parte da nossa gastronomia e da infância de muitos jovens de hoje em dia.



Herança do tradicional doce de tabuleiro do Brasil colônia, o alfenim é um doce delicado e frágil, de cor branca, que se apresenta em formas esculpidas de bonecos, animais, flores e tudo mais que a imaginação criar. A história do Alfenim começa com os árabes, passa pelos portugueses e chega ao Brasil onde adquire forte significado cultural no nordeste brasileiro.  
Em 1939 Gilberto Freyre, escrevia no seu livro Açúcar "... Os doces com feitio de homem e de animal, sempre muito encontrados nas feiras portuguesas, e dos quais Leite de Vasconcelos já escreveu que parecem "relacionar-se com antigas formas cultuais" comunicaram-se ao Brasil, sobrevivendo nos mata-fomes de tabuleiro e nos alfenins. Os mata-fomes em forma de cavalo, camelo, camaleão, homem ou mané-gostoso; os alfenins, em formas também de homem, menina, galinha, galinha chocando, pombinhos, cavalo. Doces hoje raros mas que ainda se encontram no Nordeste..."


                                                  
Para Câmara Cascudo "Alfenim: alfenie, do árabe, valendo o alvo, o branco. Massa de açúcar branco, uma das  gulodices orientais. Em Portugal, já era popularíssima em fins do século XV e princípios de XVI. Citado em Gil Vicente, Jorge Ferreira e Antônio Prestes. Era um doce fino, sem as complicações portuguesas e brasileiras, onde tomou formas humanas, de animais, flores, objetos de uso, vasos, cachimbos, estrelas. Sempre com pequenos desenhos vermelhos. É açúcar e água, apenas. Passa-se goma nas mãos na hora de puxar o fio no ponto do alfenim. De sua fragilidade e mimo restou a comparação melindroso como alfenim. Pertenceu a doçaria dos conventos, ofertado nos outeiros e nas festas de recebimento nas grades nos abadessados portugueses no século XVIII".


                                                                                  

                           RECEITA DE ALFENIM
                                                                                                                                                                                                                   
"Desde a madrugada estava acordada, mexendo a calda de açúcar, acrescentando-lhe dedal de vinagre da receita. Agora os alfenins, já prontos, secavam em seu tabuleiro, no parapeito da janela da cozinha. Fui ver aquelas cândidas figurinhas: lírios de pétalas frágeis, pombinhos unidos pelo bico, corações entrelaçados.... Loucos por doces, João sentava num tamborete ao lado do fogão e ajudava a fazer o puxa-puxa. Os fios brancos se esticavam entre suas mãos, de uma palma a outra - clara sanfona.  Ele mesmo ficava com cheiro de calda queimada"!
                                 ( Heloneida Studart no livro "O pardal é um pássaro azul!")                                    
                          INGREDIENTES 


5 kilos de açúcar

                                          1 litro de água

                      1 colher de café de clara em neve

                                          1 colher de chá de limão


                                   MODO DE FAZER
                                      
                             Primeira Etapa: Calda Base

Misturar bem o açúcar, a água e a clara. Levar ao fogo sem mexer e quando começar a ferver retirar a espuma para limpar a calda. Acrescentar o limão, ferver mais um minuto, borrifar um pouco de água pela superfície da calda, desligar o fogo e reservar.
                                          
                   Segunda Etapa: Testar o Ponto de Moldagem

Quando esfriar, retirar a crosta de açúcar que se formou na superfície da calda. Em seguida, vai tirando porções de calda aos poucos e levando ao fogo para dar o ponto de moldagem, que se testa na água fria. Estende-se a calda no mármore molhado, espera esfriar uns poucos segundos, solta as bordas com uma espátula.
                                          
                         Terceira Etapa: Puxa-Puxa


Quando a calda chegar ao ponto de temperatura possível para ser manuseada, ela é puxada e repuxada, até o ponto ideal para moldagem.  
                                         
                          Última Etapa: Moldar as Figuras

A última etapa é a moldagem das figuras, usando goma para refrescar a mão e evitar queimaduras. Nesta fase a imaginação e a habilidade para moldar é que fazem toda a diferença.                                                                            
                                                                                
                                                                                    
                                                                             
Projeto Resgate do Alfenim
 no Rio Grande do Norte


Os chefes Graça França e Ângelo Medeiros quando  estudantes de gastronomia na UNP, caíram em campo para fazer um trabalho de faculdade a fim de resgatar o delicioso doce feito de açúcar. O trabalho acabou se tornando um projeto sobre "a extinção e o resgate do alfenim”. Segundo Graça, que também é jornalista, foi preciso um árduo trabalho de garimpagem e pesquisa in loco para saber por onde anda o alfenim no estado. A dupla tentou trazer o doce novamente às vitrines natalenses, mas os problemas práticos de fornecimento não deixaram a coisa ir pra frente. Mesmo assim o projeto repercutiu fora do estado, com a participação dos dois no "Mesa Tendências" um Congresso Internacional de Gastronomia organizado pelo SENAC/SP e a revista Prazeres da mesa. 

                                                                                                                                                            
                            Alfenins de Dona Terezinha - Assu - RN


Na fase de pesquisa do projeto, Graça localizou na cidade de Assu, a única doceira da cidade ainda em plena atividade no ramo. Dona Terezinha ou Tetê dos alfenins ainda trabalha  preservando a receita original, utilizando polvilho nas mãos, na hora da modelagem. Faz isso desde criança. Sua produção é toda caseira, que ela comanda junto às mulheres da família. Ultimamente Terezinha produz apenas sob encomenda, por ocasiões de quermesses, festas juninas e eventos religiosos no interior do estado. Seus alfenins podem ser encontrados em Natal durante a Festa do Boi.


                                            Enviado ao You tube por  diegocinaco7 em 16/12/2010

Vídeo sobre a produção do Alfenim na cidade do Assu-RN, durante a realização do projeto para o resgate do doce no estado.

FONTES:                      

  • Gilberto Freyre - "Açúcar, uma sociologia do doce com receitas de bolos e doces    do Brasil"
  • Luis da Câmara Cascudo -"Superstição no Brasil- Cap. Doces de Tabuleiro".
  • Maria Marluce Gomes -"História da gastronomia do Rio Grande do Norte"
  • Jornal Tribuna do Norte-Natal/RN -Caderno Fim de Semana -Matéria super especial sobre sabores em extinção "Ausentes na Mesa"
  • Diário de Natal -Muito-Edição de Domingo:Gastronomia: Sabor doce e delicado, por Jussara Freire.
  • Graça França e Ângelo Medeiros -Projeto resgate do Alfenim no RN  
FOTOS: Imagens Google 
                 Jornal Tribuna do Norte 
                 Jornal Diário de Natal 
                 Arquivos do   Projeto de Resgate do Alfenim  de 
                 Graça França e Ângelo Medeiros.







sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Poema

O poema
Não é a criação do poeta
Espécie de canção inventada
O poema é a descoberta
De um grito silenciado
Quando a mão desperta
Inventa um novo fado
Na ferida aberta
Do pensamento…

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

"PROJETO MINHA CASA MINHA VIDA"


Prefeitura do Assú paga folha de funcionários nos dias 30 e 31


A prefeitura municipal do Assú começa a pagar na próxima terça-feira (30) a folha do funcionalismo relativa ao mês de outubro.
No primeiro dia o desembolso ocorre para os servidores com exceção dos lotados nas secretarias de Saúde e Educação e Cultura. O desembolso para os funcionários destas pastas ocorrerá na quarta-feira, dia 31.
A atual gestão municipal do Assú tem estabelecido desde o início do mandato ampla prioridade ao pagamento da folha do seu quadro de funcionários de forma que tem quitado com o pagamento do funcionalismo sempre dentro do mês trabalhado, ainda que tenha existido nos últimos tempos constantes quedas nas receitas de todos os municípios brasileiros, o que não deixou de ocorrer também no âmbito da prefeitura do Assú.
A secretaria municipal de Administração e Recursos Humanos da prefeitura do Assú já trabalha também na organização do pagamento do 13º sálario no mês de dezembro, conforme estabelece o calendário.
AD Comunicação





quinta-feira, 25 de outubro de 2012


  • Não és o modelo, mas a obra…
    Não és a inspiração, mas o poema…

    (Simples-mente)
    [Emílio Miranda]

De: Moysés Sesyom


Imagem do artista plástico, pintor assuense Wagner Oliveira.

O pé-de-rabo de Ana
Por gosto se pode olhar. 
Meti-me na carraspana, 
Alexandre acompanhou 
E comigo analisou 
O pé-de-rabo de Ana. 
Alguém dirá que é chicana. 
Porém eu posso provar. 
A puta é de arrebatar, 
Da Urtiga, eu tiro aquela, 
Pois o pé-de-rabo dela, 
Por gosto se pode olhar.

Moysés Sesyom, poeta glosador potiguar assuense

Coelho Fatos e Notícias: VEJA TRECHOS EM VÍDEO DO CORTEJO DE IRMÃ ERNESTINA...

Coelho Fatos e Notícias: VEJA TRECHOS EM VÍDEO DO CORTEJO DE IRMÃ ERNESTINA...

  • Dá cada um dos teus beijos como se fosse o último
    Ama como se fosse a última vez
    Sem desespero, mas com entrega!

    (Simples-mente)
    [Emílio Miranda]
    Dá cada um dos teus beijos como se fosse o último
Ama como se fosse a última vez
Sem desespero, mas com entrega!

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Vereador Didi foi prejudicado por cassação antecipada do atual mandato.

O vereador Erivaldo Oliveira (Didi) pode ter sido prejudicado pela cassação extemporânea do seu mandato na atual legislatura assuense. 

O vereador que havia trocado o PSB pelo PMDB teve seu mandato cassado por determinação do TRE que julgou ilicito a mudança de sigla, punindo o edil assuense por infidelidade partidária.

 O julgamento do vereador foi revisto no TSE, tendo ganho de causa e adquirido de volta seu mandato que se expira em 31 de dezembro de 2.012.

Didi que estava na disputa pela reeleição foi as urnas sacrificado com  a decisão colegiada do TRE, a sentença antecipada, antes da realização do pleito, pode ter sido o motivo principal da sua derrota, tirando-lhe a chance de voltar na próxima legislatura.

A presidente Dilma Rousseff e o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) se encontram nesta quarta-feira (24) durante visita ao 27° Salão do Automóvel, realizado no Anhembi, zona norte de São Paulo William Volcov/Brazil Photo Press

Do Bol

UERN realiza curso de inovação e de propriedade intelectual

Lançamentos

São Paulo 2012: Novo Clio e Fluence GT são as apostas da Renault

24/10/2012 15:00  - Fotos: Rodrigo Machado/CZN e Divulgação
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São Paulo 2012: Novo Clio e Fluence GT são as apostas da Renault
Hatch é reestilizado para o mercado brasileiro e sedã ganha motor turbo

por Raphael Panaro
MotorDream


A 27ª edição do Salão Internacional do Automóvel em São Paulo abre nesta quarta-feira (24) ao público. E o grande destaque da Renault é o Clio 2013. Já que o Brasil não receberá a quarta geração do hatch que foi apresentada no Salão de Paris recentemente, os brasileiros terão que se contentar apenas com uma reestilização. O carro visto como popular para a marca francesa, teve a frente modificada, com adoção de novos faróis, para-choques, capô e entradas de ar. Uma grade estreita liga um farol a outro e converge para o centro. Abaixo, uma grande tomada de ar em formato trapezoidal dá um toque de agressividade ao modelo. Na traseira, foi incorporado um aerofólio com brake-light. As lanternas, no formato ligeiramente triangular têm as luzes com nova disposição. A tampa do porta-malas ganhou dois vincos horizontais, que partem das lanternas em direção ao centro. O motor 1.0 de 80 cavalos ganhou etiqueta A do Inmetro em economia de combustível.
No interior, o quadro de instrumentos é novo, com marcadores de nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento digitais, além do computador de bordo. Um dos diferenciais da linha 2013 do Novo Clio é que o veículo pode ser personalizado interna e externamente para ficar ao estilo do proprietário. São quatro kits de personalização disponíveis, sendo três para o exterior: Sport, Look e Adesivos (com faixas esportivas ou desenho geométrico); e um para o interior: Kit Estilo. 


Outro destaque presente no estande da marca é o Fluence GT, que traz a assinatura Renault Sport – divisão responsável pela preparação de modelos esportivos da marca –, tem motor 2.0 16V de 180 cv de potência. Graças ao turbo “twin-scroll”, compacto e de última geração, quase 80% da força já está disponível a partir de 1.500 rpm. E o torque máximo de 30,6 kgfm aparece logo aos 2.250 rpm. Assim, o Fluence GT é o modelo com maior torque da categoria. A aceleração de 0 a 100 km/h leva 8,0 segundos e a velocidade máxima é de 220 km/h. O visual é quase o mesmo do sedã convencional. Os diferenciais da versão turbo ficam por conta das rodas de 17 polegadas com design exclusivo, aerofólio, saias dianteira, traseira e laterais, além de retrovisores e maçanetas na cor “Dark Metal”.
Por dentro, painel digital, pedaleiras de alumínio, soleiras nas portas com a inscrição “Renault Sport”, novo interior na cor preta com detalhes em preto brilhante, além de costuras em vermelho nos bancos esportivos, volante e manopla são os diferenciais no acabamento interno do Fluence GT.


Além das duas novidades, a Renault expõe também a série especial do Duster, chamada de "Tech Road" com um sistema multimídia Media Nav integrado ao painel com tela de sete polegadas e GPS, rádio e Bluetooth. O Sandero e o Logan que tem o mesmo Media Nav como inovação também marcam presença, além do Sandero GT Line, recentemente lançado. A Renault mostra ainda para o público brasileiro dois modelos elétricos: o Fluence Z.E. e o Twizy. Os dois já são vendidos na Europa e fazem parte da estratégia mundial da marca de veículos com zero emissão de poluentes e já foram mostrados por aqui na Convenção sobre Sustentabilidade, a Rio+20. Um carro de Fórmula 1 da Red Bull Racing, que usa motores Renault, também é destaque no evento paulista.

Ainda na área dos esportivos, está o lendário Willys Interlagos, primeiro carro esportivo fabricado no País, que despertou a cobiça de quem era jovem na década de 60 e hoje arranca suspiros dos admiradores de automóveis antigos. Este modelo foi fabricado a partir de 1961 pela Willys Overland – que obteve na época a licença da Renault – inspirado no Renault Alpine, comercializado na Europa.

Veja mais: Salão de São Paulo vai refletir o bom momento do mercado brasileiro
Veja também: Novo Sandero será o carro mais barato vendido no Reino Unido
 



Fonte: Bol

No mesmo instante em que recebemos pedras em nosso caminho, flores estão sendo plantadas mais longe.
Quem desiste não as vê.

William Shakespeare
De: Doce Mistério
.·´✿
No mesmo instante em que recebemos pedras em nosso caminho, flores estão sendo plantadas mais longe.
Quem desiste não as vê." .·´✿

William Shakespeare
Liduxa .·´✿

"O barbeiro"

"Zé de Dora era um barbeiro da cidade de Timbaúba dos Batistas, cidadezinha do interior do Rio Grande do Norte. 

Um dia, logo após comprar o seu primeiro carro, resolveu logo ir a Natal dar um passeio.

Chegando em Natal, não tendo conhecimento de semáforos, saiu cortando tudo que era de sinal verde, amarelo e vermelho.

Ao ultrapassar os sinais em vermelho, os outros motoristas se dirigiam ao Zé de Dora com "..BARBEIRO".

Quanto mais chamavam o Zé de "Barbeiro", mas o Zé de Dora ficava orgulhoso.

Ao retornar a Timbaúba, sua mulher foi logo perguntando:

-- E aí, Zé, como se foi na capital?

Zé respondeu:

-- Maria eu não de conto!! Tu sabe que em Natal eu sou mais conhecido do que aqui em Timbaúba? Vamos comigo para eu te mostrar.

Assim, saíram Zé de Dora e a mulher para passear em Natal.

Aqui chegando, lá vai Zé cruzando os semáforos sem se preocupar se estavam verde, amarelo ou vermelho.

Ao cruzar o primeiro semáforo vermelho, um motorista que quase batia no Zé gritou. "CORNO!!!!!!!".

Nessa hora Maria gritou: 

-- ZÉ, VAMOS VOLTAR PARA TIMBAÚBA PORQUE AQUI O POVO ME CONHECE TAMBÉM."

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...