sexta-feira, 23 de agosto de 2013

PSA - CÂNCER DE PRÓSTATA


Câncer de Próstata
Só existe um modo seguro de se curar o câncer da próstata: descobrindo-o precocemente, ou seja, submetendo-se ao exame preventivo. EXAME DE SANGUE (PSA) E TOQUE RETAL. O exame preventivo deve ser realizado por urologista, anualmente, a partir dos 45 anos. Dessa forma, consegue-se detectar tanto a Hiperplasia prostática benigna (HPB) quanto o câncer em fase inicial e ainda curável.

Próstata
A próstata é um órgão pequeno, do tamanho de uma castanha, com peso aproximado de 20 gramas, localizada logo abaixo da bexiga do homem (vide figura). A função da próstata é produzir parte do líquido que forma o sêmen.

Principais doenças da próstata
As doenças da próstata são comuns e atingem desde o homem jovem até o idoso, predominando a partir dos 50 anos.

1) Hiperplasia prostática benigna (HPB)
2) Prostatite (inflamação da próstata)
3)Câncer de próstata

1) Hiperplasia prostática benigna (HPB)
É o aumento do volume da próstata. É um crescimento benigno que ocorre após os 40-45 anos em diante, sendo mais comum a partir dos 60 anos. As causas deste aumento ainda não são bem determinadas. O crescimento da próstata comprime a uretra prostática determinando uma série de sintomas obstrutivos do trato urinário.
São sintomas comuns da HBP: ardência ao urinar, levantar várias vezes a noite para urinar, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar, aumento do número de micções, gotejamento acentuado no final da micção.

2) Prostatite
Prostatite é um termo usado para designar inflamações da glândula prostática. Uma próstata inflamada pode causar uma grande variedade de sintomas, sendo os mais comuns: dor e queimação à micção, necessidade freqüente e urgente de urinar, dor testicular ou dor nas costas. A prostatite pode ser bacteriana aguda, crônica ou não bacteriana.

3) Câncer de próstata
É a terceira causa de morte por câncer em homens, só sendo superado pelo câncer de pulmão e de pele. O câncer de próstata atinge principalmente homens acima de 50 anos de idade. Estatísticas afirmam que, aos 50 anos, 1 em cada 4 homens apresentam células cancerígenas na próstata. Aos 80 anos, esta relação cresce para 1 em cada 2 homens. Enquanto você envelhece, o seu risco de desenvolver câncer de próstata aumenta. Apesar do homem ter uma chance de 30% de desenvolver câncer de próstata ao longo da sua vida, somente 3% destes morrerão por causa da doença.
Não se sabe ao certo o que causa o câncer de próstata, porém sabe-se que alguns fatores, tais como transmissão genética e hormônios podem estar implicados.

SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA

Nem sempre o homem apresenta sintomas evidentes logo no início da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os principais sintomas do câncer de próstata são o hábito de levantar várias vezes à noite para urinar, dificuldades no ato de urinar e dor para urinar. Normalmente, o homem percebe uma alteração na micção, com dor ou mesmo queimação ao urinar. Muitas vezes o paciente se queixa de dificuldade, tanto no início como para parar de urinar. O fluxo de urina nem sempre sai completamente, urinando aos poucos. Outras vezes, pode-se queixar de constante dor na região pélvica, nas costas ou mesmo na parte superior da coxa. Outros pacientes podem apresentar dor ao ejacular.

 O QUE É PSA, E COMO NÓS MEDIMOS?

PSA quer dizer Antígeno Prostático Específico (em inglês Prostate Specific Antigen). É um exame de sangue usado como ferramenta para o diagnóstico da presença de câncer de próstata. O PSA é uma proteína encontrada no sangue que é única ou específica para a próstata. Os níveis (valores quantificados) de PSA podem ser medidos no soro de um indivíduo e com esta informação é possível fazer uma triagem para o diagnóstico de câncer de próstata.

POR QUE USAR O PSA COMO TRIAGEM PARA CÂNCER DE PROSTATA?

O uso rotineiro de PSA (exame de sangue) com o exame digital da próstata melhorou espetacularmente a condição de diagnosticar o câncer de próstata precocemente, e possivelmente em uma fase mais curável que antes da existência deste exame (PSA).

O QUE CAUSA O AUMENTO DO PSA?

PSA só se encontra em homens e está presente em todo o tecido de próstata normal. As células de câncer de próstata tendem a formar e escoar mais PSA na circulação sanguínea, por esta razão são medidos os níveis de PSA. Conhecendo este fato, foi pesquisada e encontrada uma série de valores de PSA em pacientes com a glândula prostática normal. Acredita-se e ficou demonstrado que o valor de PSA deveria ser menor que 4,0. Este número é um pouco arbitrário, mas reflete pesquisas onde a maioria dos homens (95%) com glândulas de próstata normais tenha um valor de PSA de 4,0 ou menos. Atualmente já existe valores normais nas diversas faixas etárias (vide valores de referência conforme a idade ).

Além disso, é importante ter em conta que nem todos os pacientes com câncer de próstata têm um PSA elevado. Até 20% do câncer de próstata diagnosticados acontecem em homens cujos valores de PSA são menores que 4,0 e é também por esta razão que além do exame de sangue é muito importante o exame da próstata pelo Urologista.

A causa não cancerosa mais comum com níveis de PSA elevados é a hiperplasia benigna da próstata (já descrito anteriormente). A HBP não é nenhum câncer, nem conduzirá ao câncer, mas a HBP pode causar uma falsa elevação de valores de PSA.

Outra causa comum de falsa elevação do valor de PSA é a prostatite. A inflamação faz o PSA escoar na circulação sangüínea aumentando os níveis de PSA (tem relatos de valores > 50,0 ng/mL). Até mesmo um exame retal simples pode fazer o PSA subir um pouco. Ficou demonstrado que a ejaculação pode causar um aumento no nível de PSA em alguns homens durante aproximadamente 48 horas. Se possível, o paciente não deveria ejacular durante 48 horas antes de um teste de PSA. Se a ejaculação aconteceu e o PSA é elevado, é necessário uma repetição do teste. O que significa dizer que aquele PSA não é uma medida de câncer, e que um PSA elevado não quer dizer que você tem câncer. O ÚNICO teste que determinará a presença de câncer com certeza é uma biópsia da próstata e o exame anatomo-patológico do tecido.

A IDADE TEM A VER COM NÍVEIS DE PSA?

Recentes estudos sugeriram que níveis 4,0 ng/mL são muito altos para homens jovens e muito baixo para homens mais velhos. Alguns investigadores recomendam os níveis seguintes:

Idade Níveis de PSA

40-50 0 a 2,5 ng/mL
50-60 0 a 3,5 ng/mL
60-70 0 a 4,5 ng/mL
70-80 0 a 6,5 ng/mL

O QUE FAZEMOS COM UM NÍVEL DE PSA ELEVADO?

É bom lembrar: o PSA é somente um teste que diz da possibilidade de câncer de próstata. Um PSA normal não quer dizer que você não tem câncer de próstata. Significa que você tem mais baixo risco de ter um câncer de próstata. Reciprocamente, um PSA elevado não quer dizer que você necessariamente tenha câncer. Significa dizer que você tem maior risco que alguém cujo PSA é mais baixo.

PROBABILIDADE DE CÂNCER DE PRÓSTATA BASEADO EM RESULTADOS DE PSA

0-2 ng/mL                 1%
2-4 ng/mL                 15%
4-10 ng/mL               25-35%
> 10 ng/mL               >50%
PSA menores que 4,0 ng/mL - Se o seu nível de PSA foi pela primeira vez menor que 4, recomenda-se repetir o teste anualmente

PSA maior que 4,0 ng/mL - Vide valores de referência para a idade e procure o seu Urologista de confiança.

PODE HAVER VARIAÇÃO DE RESULTADOS DE PSA QUANDO O EXAME É REALIZADO EM 2 OU 3 LABORATÓRIOS ?

Sim. Apesar de inúmeros esforços para padronizar os testes de PSA, existem diferenças significativas entre as diversas metodologias existentes no mercado. Por esta razão é importante que o laboratório informe ao médico a identificação do teste usado e a sua condição no qual o mesmo foi processado. Alguns testes podem ser realizados por processos manuais, semi-automatizados e totalmente automatizados e em cada situação existem diferenças bem definidas e conhecidas quanto à sensibilidade e reprodutibilidade.

É um erro confirmar resultado de PSA solicitando exame para diferentes laboratórios, além das variabilidades pré-analíticas conhecidas, existem diferenças entre técnicas e metodologias usadas.

Atualmente encontra-se no mercado pelo menos 30 kits de diferentes procedências e diferentes preços para medir níveis de PSA no sangue.


QUAL A IDADE IDEAL PARA INICIAR A DOSAGEM DO PSA?

Em novembro de 1992, a Sociedade Americana de Câncer recomendou para detecção precoce de câncer da próstata, exame de Toque Retal e PSA sanguíneo, anualmente, a partir de 50 anos. Os homens com maior predisposição, isto é, com história familiar de câncer de próstata (tio, pai, irmão, avô) ou os de raça negra, é aconselhável a partir de 40 anos



Fonte: http://www.bioanalisepva.com.br
Na linha de frente, da esquerda: Monsenhor Júlio Alves Bezerra que foi pároco do Assu, salvo engano, década de cinquenta e começo dos anos sessenta, Edgard Borges Montenegro quando prefeito da terra assuense (1948-52), entre militares da Guarda Nacional.

Fernando Caldas

HUMOR

Charge do dia: Saúde pública
Sorriso Pensante - Ivan Cabral
“A pessoa de mau gênio sempre causa problemas, mas a que tem paciência traz a paz.”
1
 O fácil se faz logo, o difícil demora um pouco,
o impossível....
É impossível?
Mesmo?
Entregamos nas mãos de Deus que vira milagre!


Cristina Costa

 








quinta-feira, 22 de agosto de 2013


HOMENAGEM

 
TERCEIRO...

Agosto, 22 é o seu dia,
Não poderíamos esquecer.
Tua expressão de alegria
Ostentada ao nos rever,
Norteava nossas mentes,
Inanimava até doentes,
Orgulhava o nosso viver.

Tu, meu amigo TERCEIRO,
Eras nosso avô, pai e irmão...
Reto, acolhedor, verdadeiro,
Caridoso, fervoroso cristão.
Excessivo na honestidade,
Inigualável em uma decisão...
Relembramos, com saudade,
O nosso viver e... Separação.

Ivan Pinheiro.

Em tempo: A exemplo do poeta assuense Edivam Bezerra presto minha homenagem, através destes versos em forma de acróstico, ao grande amigo Terceiro na data do seu nascimento.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Campus de Assu inicia atividades de Mestrado Profissional em Letras




O Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão (CAWSL) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) promoveu nesta terça-feira (20), a Aula Inaugural do Curso de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS). A solenidade aconteceu no Auditório do Campus.

Os trabalhos foram coordenados pela Unidade Assu do Programa de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), em conjunto com a Direção do Campus e a Chefia do Departamento de Letras. Na oportunidade foi proferida conferência pela Professora Doutora Marlucia Barros Lopes Cabral, campus da UERN/Assu.

O primeiro dia de atividades em sala de aula será nesta quinta-feira (22), das 7h30 às 12h40, com a disciplina Elaboração de Projetos e Tecnologia Educacional, ministrada pela Professora Doutora Risoleide Rosa. A coordenação do Profletras no Campus de Assu é da Professora Doutora Cássia de Fátima Matos dos Santos.

O Programa de Mestrado Profissional em Letras (Profletras) oferecido em rede nacional, é um curso de pós-graduação stricto sensu que conta com a participação de instituições de ensino superior públicas no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e é coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O programa tem como objetivo a formação de professores do ensino fundamental no ensino da língua portuguesa em todo território nacional.

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) é uma das instituições associadas. A UERN foi contemplada com 60 vagas distribuídas da seguinte forma: 30 vagas para o Campus de Pau dos Ferros; 20 vagas para o Campus Central, em Mossoró; e 10 vagas para o Campus de Assu.
Os aprovados e que integram a primeira turma do Profletras no Campus de Assu são: Cleber Luiz de Sousa Lima, Maria Marcleide da Cunha, Ana Lígia Ferreira Oliveira de Morais, Antônio Loureiro da Silva Neto, Alvanira Leal Gondim, Poliana Carla da Silva Rocha, Maria de Jesus Melo Lima, Ana Bartira da Silva Moura, Kelly Cristina da Silva, Priscila do Vale Silva Medeiros.

Alderi Dantas

SAUDADES


ACRÓSTICO A UM AMIGO

A h! quanta saudade
N essa data lembro o aniversário teu
T antas alegrias, tanta caridade
O ra sei que alegras a Deus
N o lugar supremo onde os bons entram
I ncansavelmente os anjos lhes contemplam
O fuscando ao alto, acendendo os céus

T antos momentos e recordações
E ntre desafios e vitórias
R emarcando sempre nossos corações
C om sorrisos altos e histórias
E ntre muitos amigos, emoções
I mpetuoso rumavas as glórias
R estando a mim dizer em orações:
O brigado amigo, Vives nas memórias!

Poeta Edivam Bezerra

"54% OFF em Ingresso no CAMAROTE para o Show Agnaldo Timóteo Canta Roberto Carlos no Teatro Riachuelo (De R$ 140 por apenas R$ 64,90)"

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  • Parcelamento em Até 12x
  • No show, Agnaldo Timóteo vai cantar músicas de sua autoria e de artistas como: Moacir Franco, Ângela Maria, Nelson Ned, Nelson Gonçalves e também sucessos do Roberto Carlos.
  • Agnaldo Timóteo iniciou sua carreira cantando em programas de calouro na rádio de Caratinga, Governador Valadares e Belo Horizonte. Mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Enquanto isso, continuava sua carreira e aos poucos tornou-se conhecido nacionalmente pela sua voz. Ficou famoso ao gravar a canção Meu Grito, de Roberto Carlos. Depois disso vieram vários sucessos românticos, como Ave-Maria, Mamãe e Os Verdes Campos De Minha Terra. De lá para cá, gravou mais de 50 álbuns.
  • Agnaldo apresentou-se no último dia 23 de Julho na Jornada Mundial da Juventude, que recebeu o Papa Francico, no Brasil. O cantor avalia que a apresentação foi o melhor momento de sua carreira e um dos mais especiais de sua vida. "Fiquei honrado e emocionado com o convite”.

Regulamento

  • Use o seu cupom exclusivamente no dia 23 de agosto, 2013, às 21
  • Válido exclusivamente para CAMAROTE (sentado)
  • Retire o ingresso na bilheteria do Teatro Riachuelo, nos dias 22 e 23 de agosto de 2013, das 14h às 20h
  • Retire seu ingresso na bilheteria, apresentando o cupom impresso, nominal, e o RG
  • Abertura dos portões: 19h
  • Classificação: 16 anos

Parceiro

Inaugurado em 9 de dezembro de 2010, em Natal, no Rio Grande do Norte, o Teatro Riachuelo abriu suas cortinas pela iniciativa do Grupo Guararapes e sob a direção do seu presidente Nevaldo Rocha, dentro do complexo de compras e lazer Midway Mall, que também pertence ao Grupo.  
A estrutura, equipada para ser aplaudida de pé, conta com mecanismos cênicos de alto padrão, carimbando o novo espaço cultural como o maior do Nordeste. O empreendimento contou, em sua fase de construção, com a atuação de alguns dos melhores especialistas do País e foi projetado para se tornar referência no contexto nacional, acompanhando a visível modernização da região, que agora entra na rota dos grandes espetáculos em turnê pelo país.  Os potiguares terão ao seu alcance um espaço versátil, que permite receber desde peças teatrais e apresentações de dança, até musicais e grandes shows internacionais. 
A sala de espetáculos que comporta até 1.504 espectadores em seus diversos setores – platéia, camarotes, frisas e balcão nobre – pode, em outro formato, receber até 2.495 pessoas. Ao serem retiradas as poltronas, a platéia se transforma num grande salão, adaptável para servir de cenário a outros tipos de eventos, empresários ou artísticos. Suas dependências contam ainda com chapelaria, loja, bar, total acesso para pessoas portadores de necessidades especiais, duas salas de convenções com capacidade para 70 e 40 pessoas, além de ambientes para eventos menores e coquetéis. 
A localização, dentro de um Shopping Center, garante ainda mais segurança e conforto ao público. Além da comodidade de estar próximo a lojas variadas, salas de cinema, livraria, cafés e um amplo estacionamento com 4.000 vagas, tem à sua frente, quatro dos melhores restaurantes da cidade. Desta forma, o Teatro Riachuelo completa o quadro de opções de entretenimento e serviços oferecidos pelo Midway Mall.
Teatro Riachuelo
Av. Bernardo Vieira, 3775
Shopping Midway Mall - Piso L3
Tirol - Natal - RN
Tel.: (00) 0000-0000

roteção contra doenças são essenciais para os brasileiros com mais de 50 anos

Postado por: Equipe Terceira Idade | Em: Vivendo com Saúde
Alimentação  
Pesquisa revela o que a população considera fundamental para envelhecer com saúde e autonomia.
Ter imunidade contra doenças é prioridade para 34% dos brasileiros com mais de 50 anos, de acordo com pesquisa inédita realizada pelo Ibope. O levantamento, realizado em março de 2012, ouviu 2.002 pessoas, em todas as regiões País, com o objetivo de avaliar o que os brasileiros consideram fundamental para envelhecer de forma saudável e autônoma.
Defesa contra doenças
O processo de envelhecimento pode debilitar o sistema imunológico e para manter seu funcionamento adequado e evitar a ocorrência de doenças, uma alimentação balanceada e nutritiva é essencial. “Com o consumo regular de frutas, verduras, cereais e carnes magras, o corpo consegue grande parte dos nutrientes necessários para uma vida saudável. O uso de suplementos vitamínicos complementa a dieta e potencializa os nutrientes dos alimentos, reforçando o sistema imunológico”, explica a nutricionista Evie Mandelbaum.
Muitas pessoas consideram que uma boa alimentação está ligada à quantidade, quando, na verdade, a alimentação saudável está relacionada à escolha de alimentos nutricionalmente ricos e dentro da proporção correta dos grupos alimentares, o que dificilmente ocorre no dia a dia.
O bom funcionamento do sistema imunológico depende de uma alimentação rica em nutrientes como zinco, ferro, manganês, cobre e vitaminas A, C e E, que também podem ser obtidos por meio da suplementação, como a proporcionada por Centrum Select.
Sobre Centrum Select
Centrum Select é um suplemento vitamínico completo de A a Zinco que contém doses extras de micronutrientes antioxidantes: as vitaminas A, C e E, os minerais cobre, cromo, manganês, molibdênio e selênio e o bioativo luteína. Sua fórmula foi especialmente desenvolvida para atender às necessidades nutricionais das pessoas acima de 50 anos, potencializando o aproveitamento das vitaminas e minerais pelo organismo, protegendo as células dos danos causados pelos radicais livres.. Quando tomado regularmente, as vitaminas e minerais presentes em sua fórmula ajudam a suprir as prováveis deficiências nutricionais que a dieta ou outras condições biológicas podem originar. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Centrum Select o multivitamínico mais vendido do mundo para pessoas acima de 50 anos.
" Há momentos em que as palavras perdem os sentidos e,
por mais que tentemos emprega-las, elas parecem não servir.
Então a gente não fala, simplesmente sente... "

Freud.
Liduxa
 
De: Doce Mistério
Amor é leveza
É cuidado
É doçura
Amor é muito mais que isso
Amor é FÉ .

Arnalda Rabelo
Liduxa
 
De: Doce MIstério

1931 – O GRANDE HIDROAVIÃO DO X EM NATAL

O DO X taxiando na água
O DO X taxiando na água
ESTA ERA A MAIOR AERONAVE EXISTENTE E ESTEVE EM NATAL PELA IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DESTA CIDADE PARA A AVIAÇÃO MUNDIAL
Autor – Rostand Medeiros
Claudius Dornier certamente é um dos mais ilustres engenheiros aeronáuticos da história da aviação mundial, colocando seu sobrenome em toda uma série de empresas e aeronaves construídas entre 1912 a 2002.
É inegável para aqueles que estudam a história da aviação mundial que o nome de Dornier é muito associado com o chamado projeto X, o projeto de um enorme hidroavião e a maior aeronave do mundo da sua época.
Dornier e sua grande nave
Dornier e sua grande nave
Apesar dos nove anos de esforço, de ser uma impressionante maravilha aérea, infelizmente o DO-X foi sob muitos aspectos um grande fracasso. Mas isso não impediu que um dia este gigante dos ares houvesse amerissado nas calmas águas do Rio Potengi, na cidade de Natal, uma das mais importantes e estratégicas regiões para a aviação mundial no período inicial do seu desenvolvimento.
Esta é a sua história!
Um Grande Engeneiro
Nascido em Kempten, na Alemanha, em 14 de maio de 1884, Claude (ou Claudius) Honoré Desiré Dornier era filho de um francês, importador de vinhos, e de uma dona de casa alemã. Logo ficou claro a sua inteligência e capacidade, onde se percebeu o seu gosto pela ciência. Depois Dornier se destacou como um grande designer e empresário, mas igualmente como um verdadeiro acadêmico. Menos óbvio, mas igualmente importante, está na sua percepção política para conseguir sobreviver, mas também prosperar em uma Alemanha derrotada na Primeira Guerra Mundial, as restrições do Tratado de Versalhes, a má gestão predatória da era nazista e a segunda derrota alemã em 1945.
Dornier graduou-se em 1910, com distinção, na Technische Hochschule, de Munique, e foi contratado pela empresa fabricante de dirigíveis Zeppelin, onde sua experiência com estruturas metálicas foi inestimável.
O futuro DO X no  Lago Konstanz
O futuro DO X no Lago Konstanz
Impressionado com o jovem, o conde Ferdinand Graf von Zeppelin autorizou que uma instalação especial, em Seemoos, as margens do Lago Konstanz, fosse utilizada por Dornier para o desenvolvimento de hidroaviões. Lá, em janeiro de 1915, Dornier construiu o Zeppelin-Lindau Rs 1, um hidroavião trimotor, com estrutura metálica, tendo 43 metros de envergadura e pesando 10.500 toneladas. Infelizmente este aparelho foi danificado antes que pudesse voar.
Dornier completou mais três grandes hidroaviões antes do final da Primeira Guerra. Nenhuma destes pássaros se tornaram aviões de combate, mas cada um deles aprimorou a fórmula clássica de grande parte das futuras aeronaves desenvolvidas por Dornier.
Após a derrota na guerra veio a proibição da Alemanha de construir aviões de grande porte.
Em 1919, Dornier transfere suas operações para Manzell, Suíça. Lá ele projetou o famoso hidroavião bimotor Dornier DO-J Wal (baleia), que voou pela primeira vez em 12 de novembro de 1922. Devido a outras restrições do pós guerra, Dornier foi forçado a se estabelecer na Itália, onde funda a empresa S.A.I. di Costruzioni Mecchaniche i Marina di Pisa, com a intenção de produzir comercialmente o Wal.
O Dornier Wal
O Dornier Wal
O hidroavião foi tão bem sucedida em termos de vendas que 320 unidades foram construídas, incluído as fabricadas sob licença pela Kawasaki no Japão, Aviolanda na Holanda, CASA na Espanha e em 1933, após os abrandamentos das restrições de fabricação de aeronaves, pela própria empresa Dornier Flugzeugwerke, com sede em Friedrichschafen, na Alemanha.
O Grande DO X
Em 1924, ainda quando Claudius Dornier se encontrava na Suíça, teve início os estudos que culminariam no hidroavião DO-X. Mais de 240 mil horas de trabalho vão ser gastas pelos próximos cinco anos para criar a maior aeronave de sua época. Para Walter J. Boyne, piloto e coronel reformado da United States Air Force, no seu trabalho intitulado “The Dornier DO-X: What Might Have Been” (2011), foi durante este período que Dornier perdeu o controle do projeto em termos de peso e arrasto.
Neste plano o DO X mais parecia um navio
Neste plano o DO X mais parecia um navio
Embora fosse um gênio na arte de estruturas leves, onde aprendeu mais ainda quando estava junto a Graf von Zeppelin, usando a sua famosa combinação de aço e duralumínio, Dornier parecia atacado por um complexo de “Art Deco aeronáutico”. Ele viu o DO-X não tanto como um hidroavião, mas como um verdadeiro “Palácio voador sobre os oceanos”, tendo o projeto se tornado estruturalmente complexo, excessivamente ornamentado e aeronauticamente complicado. Logo o DO-X recebia internamente três níveis. O mais alto foi dividido em cinco compartimentos para os 12 ou 14 tripulantes (formado pelos pilotos, navegadores, homens de rádio e engenheiros).
Requinte interno do DO X
Requinte interno do DO X
O segundo pavimento foi ricamente equipado para o luxo e requinte dos ricos passageiros e com área para transportar suas volumosas e pesadas bagagens. Neste pavimento o DO-X possuía quartos de dormir, quarto para fumantes, um bar, banheiros, uma cozinha, um elegante salão que também poderia ser convertido em uma área para receber berços de dormir durante os voos noturnos e uma sala de jantar. A terceira plataforma foi utilizada para o armazenamento de combustível, de lastro, de óleo e de equipamentos.
Conhecido na Alemanha como Flugschiff (navio voador), possuía uma envergadura de 48 metros, uma área de asa com 450 m² e havia sido projetado para transportar 66 passageiros em voos de longa distância, ou 100 passageiros em voos curtos. As asas eram tão largas que permitia a passagem de engenheiros por dentro delas, para que eles alcançassem os motores em voo através de escotilhas de acesso.
A lateral da grande nave
A lateral da grande nave
Dornier tinha alcançado seu objetivo de construir o maior avião do mundo, mas infelizmente, na medida que o peso e o arrasto aerodinâmico do DO-X cresciam, consequentemente diminuía a potência disponível pela quantidade dos motores inicialmente idealizada. Como resultado foram acrescentados mais e mais motores, chegando a um total de 12. Para piorar a situação o engenheiro Dornier não pode dispor dos motores que desejava. O novo monstro alado pesava vazio mais de 28 toneladas (o mesmo peso de um Boeing 737-100). Dornier tinha a esperança de adquirir 12 motores americanos mais potentes, mas teve que se contentar com doze motores radiais Siemens-Halske, de 525 cavalos de potência. Assim, desde o início, ele tinha um total de 6.300 cavalos de potência disponíveis, em vez de dos 7.680 cavalos de potência que ele havia planejado.
O DO X no ar
O DO X no ar
Apesar de tudo isso, em 12 de julho de 1929, aquele hidroavião nada convencional decolou do Lago Konstanz, realizando o primeiro dos seus 239 voos.
Logo tudo que se relacionava ao DO-X recebeu uma grande atenção da imprensa mundial. Em 21 de outubro de 1929, o DO-X fez um voo recorde com 169 pessoas a bordo. Por esta época já tinham sido realizados quase 35 horas de testes, estes revelaram que os motores Siemens eram inadequados. Para sorte de Dornier os americanos da fábrica Curtiss finalmente entregaram seus motores modelo “Conqueror” para serem instalados no DO-X.
 o Kapitänleutnant Frederick Christiansen, comandante do DO X
o Kapitänleutnant Frederick Christiansen, comandante do DO X
Mesmo com os novos motores, ficou patente que o grande hidroavião alemão não havia alcançado as metas desejadas para velocidade e altitude. Mesmo assim foi lançada uma turnê internacional de vendas. Dornier selecionou para comandar o DO-X o Kapitänleutnant Frederick Christiansen, um ás da Primeira Guerra Mundial, detentor da medalha “Blue Max”, com treze vitórias oficiais e oito não confirmados no seu currículo de aviador de combate da marinha germânica.
O Grande “Raid” do DO X
Em 3 de novembro de 1930 o DO-X voou do Lago Konstanz para Amsterdã (Holanda), Southampton (Inglaterra), Bordeaux (França), Santander e Catalunha (Espanha) e Lisboa (Portugal).
Mapa do "Raid" do DO X
Mapa do “Raid” do DO X
Tudo correu bem até a chegada a Lisboa, quando ocorreu um grave dano. A lona do revestimento da asa esquerda, em contato com um tubo de escape quente, deu início a um incêndio que destruiu grande parte da asa e foram necessários seis semanas para finalizar os reparos. Os alemães passaram o natal e a chegada do novo ano de 1931 na capital portuguesa e este seria o primeiro de uma série de incidentes.
Quando a nave estava finalmente reparada ela partiu ás 8:30 da manhã de 31 de janeiro. Diante de uma multidão de lusos o DO-X percorreu durante dois minutos, com potência máxima dos motores, as águas do Rio Tejo e decolou. Transportava seis passageiros, treze tripulantes e 800 libras de mala postal, seguiu a uma atitude média de 200 metros, com o voo prosseguindo até as Ilhas Canárias, onde chegam depois de seis horas e meia de viagem.
O DO X durante sua grande viagem
O DO X durante sua grande viagem
Na sequência, houve graves danos na aeronave durante uma tentativa de decolagem, exigindo mais noventa dias de reparação. Durante este tempo foi imposto uma drástica redução de peso para melhorar a capacidade de decolagem, com todos os móveis pesados ​​sendo jogados para fora e a equipe de voo sendo obrigada a se livrar de seus bens pessoais, até de suas navalhas. Além disso veio do Brasil um veterano piloto alemão chamado Rudolf Cramer von Clausbruch, que atuava na empresa aérea Sindicato Condor. Clausbruch sabia como aumentar o alcance de um hidroavião em travessias oceânicas. Ele voava rente as ondas do mar, não mais que 10 metros, utilizando o chamado efeito solo, situação onde a enorme asa do DO-X criava uma condição ideal.
O DO X realizando um voo próximo a água
O DO X realizando um voo próximo a água
As nove da manhã do dia 2 de maio de 1930, o grande hidroavião estava de novo no ar. Bordejaram a costa africana, Passaram pela colônia espanhola do Rio do Ouro (atual região do Saara Ocidental), por Dacar, então capital da África Ocidental Francesa (atual capital do Senegal), seguindo rumo sul em direção a ilha de Bubaque, no Arquipélago da Bijagós, na costa da então colônia portuguesa da Guiné (atual República da Guiné-Bissau). Neste local os aviadores alemães tiveram que esperar por mais quatro angustiantes semanas pelo tempo adequado, enquanto isso realizaram vários testes com a aeronave.
Jornal pernambucano informando a chegada do DO X
Jornal pernambucano informando a chegada do DO X
Com a confiança renovada na grande máquina alada, seguiram para Porto Praia, capital da então colônia portuguesa de Cabo Verde. Mas novamente ocorreram vários problemas devido ao peso, sendo abortadas várias decolagens. Finalmente no dia 4 de junho de 1931, sete meses depois de decolarem do Lago Konstanz, faltando seis minutos para uma da tarde, eles decolaram em direção ao Brasil.
Consta que se o combustível ficasse muito baixo nos tanques, o DO-X realizaria uma escala em Fernando de Noronha, na época uma colônia penal, e depois o destino seria Natal.
Na bela Ilha de Fernando de Noronha 
Desde o final de 1922 que a tropical capital potiguar, com seus pouco mais de 40.000 habitantes, já estava até que bem acostumada com o movimento de aviões e hidroaviões. Além da passagem de vários aviadores famosos, em voos atentamente acompanhados pela mídia mundial, os chamados “raids”, já havia na cidade representações de importantes empresas aéreas francesas, alemãs e norte americanas.
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Natal era um grande ponto de apoio para a aviação mundial, contando com dois pontos principais para onde as aeronaves convergiam. Os aviões pousavam no chamado Campo dos Franceses, em uma área denominada Parnamirim, que em 1927 era apenas uma fazenda de um rico comerciante imigrado de Portugal e que morava no centro de Natal, vizinho a igreja de Nossa Senhora do Rosário. Já os hidroaviões amerissavam no Rio Potengi, que banha a capital potiguar. Era neste rio que a grande nave alemã iria descer dos céus.
Enquanto o DO-X não chegava a Fernando de Noronha, várias informações eram transmitidas para a imprensa brasileira. Durante o voo sobre o Oceano Atlântico, seguindo viagem tranquilamente a baixa altitude, o hidroavião viu e passou a cerca de 50 metros do navio francês “Massilia” e no final da tarde foi vista por outra nave francesa, o “Lutetia”. Coincidentemente ambos os barcos eram da Compagnie de Navigation Sud-Atlantique, em rota para o Brasil.
Foi igualmente informado pela imprensa que o cargueiro inglês “SS Thereza” avistou a nave aérea a 10 graus de latitude norte e 22 de longitude oeste.
Ocorre que o voo do DO-X da Guiné a Fernando de Noronha demorou mais de treze horas, sendo a travessia realizada a uma velocidade média de 95 milhas (cerca de 153 km/h), obrigando a amerissagem em Noronha.
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O hidroavião amerissou diante da Vila dos Remédios, depois da meia noite do dia 5 de junho, em uma noite sem lua cheia que facilitasse a visualização. A operação demonstrou a capacidade do comandante Frederick Christiansen e do conhecimento local que Rudolf Cramer von Clausbruch possuía como piloto do Sindicato Condor. A nave ficou ancorada na baía de Santo Antônio, próximo das ruinas do antigo forte dedicado ao mesmo santo e de uma casa construída em 1927 e utilizada no apoio aos aviadores franceses, conhecida até hoje como “Casa da Air France”.
Depois de revisarem os motores, reabastecerem o hidroavião com 5.400 litros de gasolina, houve uma pausa para o descanso. A manhã do dia 5 estava nublada, fazendo com que a tripulação aguardasse o tempo abrir. Finalmente, depois do meio dia, a tripulação do DO-X transmitiu nas ondas de rádio de 39 metros uma mensagem para a estação rádio do Sindicato Condor em Natal, eles estavam a caminho.
Enfim na Capital Potiguar
Em Natal, como era normal durante a passagem dos grandes “raids” e da chegada de algum hidroavião incomum nas águas do Potengi, a cidade parou esperando o DO-X. E o DO-X era tão somente o maior engenho aéreo do mundo no seu tempo.
Tripulação do DO X
Tripulação do DO X
Na sexta feira, 5 de junho de 1931, o comércio local fechou as portas ao meio dia, sirenes em fábricas e as que existiam nos cinemas “Royal” e “São Paulo”, tocaram informando a saída da aeronave de Fernando de Noronha e as ruas passaram a ficar bastante movimentadas.
A pequena, mas influente colônia alemã em Natal, se concentrou na sede da empresa Sindicato Condor, que estava embandeirada com flâmulas com as cores do Brasil e da Alemanha. Até o representante em Nova York da empresa Dornier Flugzeugwerke estava na capital potiguar. Havia em Natal jornalistas de periódicos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Visual de Natal feito pelos tripulantes do DO X
Visual de Natal feito pelos tripulantes do DO X
Eram duas horas da tarde quando se ouviu o ronco da aeronave. Como sempre ocorria nestas ocasiões sinos repicaram, muita gente aplaudia, fogos de artifícios foram disparados e grande parte da população natalense estava as margens do Rio Potengi.
A aeronave surgiu primeiramente sobre o bairro de Petrópolis, depois evoluiu sobre a cidade durante dez minutos, ostentando as grandes letras negras de registro “D 1929”.
No Rio Potengi, barcos com autoridades potiguares e membros da colônia alemã em Natal encostam no grande DO X
No Rio Potengi, barcos com autoridades potiguares e membros da colônia alemã em Natal encostam no grande DO X
Segundo os jornais, para deleite da população natalense concentrada as margens do Rio Potengi, a nave realizou um voo a baixa altitude desde a foz do rio, seguindo em direção a antiga ponte de ferro sobre o Rio Potengi, sobrevoando-a enquanto perdia altitude para amerissar. Tocou tranquilamente a então limpa água do rio na altura da área de “Refoles”, onde existia a estação de rádio da Marinha do Brasil e os franceses tinham na época uma base de hidroaviões (hoje se encontram as instalações da Base Naval de Natal). A partir daí, lentamente, a nave deslizou sobre o calmo rio em direção a uma pesada e firme boia de atracação de 700 quilos de peso, colocada no meio do rio pela “Inspectoria do Porto de Natal”, próximo ao lugar denominado “Volta do Periquito”.
Natalenses apreciando a grande máquina as margens do Rio Potengi
Natalenses apreciando a grande máquina as margens do Rio Potengi
O DO-X trazia na popa uma grande bandeira tricolor preta, branca e vermelha. Era a antiga bandeira do Império Alemão, ainda adotada em cerimônias oficiais no exterior e que dois anos depois seria abolida para a utilização da famigerada bandeira nazista.
A 500 metros da boia seus motores, menos um deles, foram desligados e com extrema demonstração de perícia para o público presente, o grande hidroavião encostou no artefato de atracação sem problemas. Logo vários barcos encostaram trazendo autoridades, jornalistas e membros da colônia alemã.
O DO X em Natal é notícia
O DO X em Natal é notícia
Para surpresa de muitos natalenses, um dos tripulantes do DO-X que surgiu era o conhecido almirante português Gago Coutinho. Em 1922, por pouco este aviador luso não havia amerissado em Natal, junto com seu companheiro Sacadura Cabral. Os dois intrépidos portugueses realizaram naquele ano um voo épico que ligou Lisboa ao Rio de Janeiro em um simples hidroavião monomotor de fabricação inglesa. Logo o almirante Coutinho foi perguntado pelos repórteres o que achou de Natal, respondeu “-O que posso dizer, estou encantado”.
Coutinho não era o único não alemão a bordo. Avaliando o desempenho do DO-X para uma o possível compra pelo seu país, estava a bordo o major italiano Giacomo Brenta.
Tripulação do DO X junto a autoridades brasileiras
Tripulação do DO X junto a autoridades brasileiras
Enquanto uma guarnição da Força Pública tomava conta do hidroavião, o piloto do Sindicato Condor, Rudolf von Clausbruch, deixava o DO-X e partia para o Rio. Enquanto isso os aviadores europeus aproveitavam a hospitalidade da bucólica Natal. O comandante Frederick Christiansen, o almirante Gago Coutinho, o major Giacomo e outros dez tripulantes eram discretamente vistos em vários eventos e locais de Natal. Nunca estavam sozinhos, andavam sempre bem trajados e eram de uma fidalguia e de uma conduta pessoal verdadeiramente impecáveis.
Eles foram homenageados com um jantar na casa do rico comerciante de origem portuguesa Manoel Machado, onde o almirante português estava hospedado. Machado era o mesmo que doara o terreno para a construção do Campo dos Franceses.
No domingo, dia 7 de junho, a tarde, o comandante Christiansen e o 1º piloto Horst Merz, apreciadores do nobre esporte bretão e antigos peladeiros, foram assistir a uma partida de futebol no “Campo do Tyrol”, o que hoje chamamos de estádio Juvenal Lamartine.
Os aviadores estrangeiros estavam na tribuna de honra e presenciaram uma emocionante partida de nove gols que decretou a vitória do time do América F.C. sobre seu arquirrival ABC F.C., pelo placar de 5 a 4. A edição de terça feira, 9 de junho, do jornal natalense “A República”, comenta na terceira página que Christiansen e Merz ficaram extremamente impressionados com a qualidade do futebol apresentado e pela garra dos jogadores potiguares.
O 1º piloto Horst Merz, que apreciou muito o jogo entre o América e o ABC F.C. no velho estádio Juvenal Lamartine
O 1º piloto Horst Merz, que apreciou muito o jogo entre o América e o ABC F.C. no velho estádio Juvenal Lamartine

O 1ºpiloto Merz afirmou que “-Era impressionante uma pequena cidade possuir tão bons jogadores e com tanta qualidade”. Ao final os aviadores fizeram questão de cumprimentar cada um dos jogadores.
A Viagem Continua, mas um tripulante fica em Natal…
Passados alguns dias, como acontece em navios que visitam cidades, o DO-X foi aberto à visitação pública. Gago Coutinho esteve no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e na redação do jornal “A República”.
Natalenses a margem do Potengi contemplando a preparação para a decolagem da grande nave
Natalenses a margem do Potengi contemplando a preparação para a decolagem da grande nave
No dia 17 de junho, ás seis da manhã, foi a data marcada para a partida da grande aeronave, mas simplesmente, como já tinha acontecido antes, o pássaro não voou.
Depois de duas tentativas frustradas, com idas e vindas ao longo do Potengi, em meio a uma grande barulheira dos 12 motores do DO-X que acordou a sonolenta cidade, com o público natalense certamente achando aquilo tudo muito estranho e esquisito, o monstro alado foi levado para a região onde atualmente se encontra o prédio histórico da Rampa e o Iate Clube de Natal e colocado as margens do rio.
Na edição de 18 de junho de 1931, uma quinta feira, na primeira página está colocado que a causa do revés da decolagem do grande hidroavião foi a existência de prosaicas e pequeninas “ostras” incrustadas no fundo do casco do DO-X.
O DO X nas margens do Potengi
O DO X nas margens do Potengi
Provavelmente o que havia não eram ostras, mas cracas marinhas. Estes são crustáceos marinhos sésseis de vários gêneros, da ordem Thoracica, da classe Cirripedia, que quando adultos têm o exoesqueleto calcificado e composto por várias placas que definem uma forma cônica. As cracas escolhem normalmente rochas para viverem e se reproduzirem, mas podem fixar-se também a fundos de embarcações (onde causam estragos) ou a outros animais (por exemplo baleias). Mas sinceramente não sei o quanto estes animaizinhos poderiam impedir o gigantesco DO-X de decolar do Rio Potengi. Os jornais locais foram muito econômicos sobre este fato.
No jornal “Diário de Pernambuco”, edição de 18 de junho, página 2, o comandante Christiansen afirmou que “-Poderia decolar, mas achou conveniente fazer uma limpeza no casco”. Já o almirante Gago Coutinho, além de culpar os pequenos organismos marinhos, comentou que a falta de ventos e a “Pouca largura” do Rio Potengi, eram os vilões do problema. O comandante alemão decidiu testar novamente os motores do DO-X, realizando o que o jornal recifense classificou como um “passeio” ao longo do rio.
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Em todo caso, no outro dia as cinco da manhã, o DO-X partiu de Natal para Salvador.
Não sei se por vergonha do que aconteceu no dia anterior, ou por pressa, mas pareceu aos natalenses que os aviadores da grande máquina decolaram com uma verdadeira velocidade de fugitivos, numa “Carreira igual daqueles que roubam” como se diz o dito popular. Pois simplesmente deixaram para trás um dos tripulantes.
Este fato inusitado está publicado na primeira página do jornal “A República”, edição de 19 de junho de 1931 e na página 3 do “Diário de Pernambuco”, do mesmo dia. O nome do pobre tripulante esquecido não foi mencionado, mas foi informado que logo ele seguiria pelas asas de um hidroavião do Sindicato Condor para Salvador.
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É de se conjecturar onde este alemão estava para perder a hora da decolagem de sua aeronave e certamente o seu emprego. Vai ver que nos braços de alguma bela morena potiguar!
Em Outras Terras
O voo continuou para o Rio de Janeiro. O pouso na baía da Guanabara atraiu milhares de curiosos. Do Brasil, o hidroavião voou para os Estados Unidos, pousando em Nova York no dia 27 de agosto de 1931. Ali os motores Curtiss foram removidos e enviados para a revisão e a aeronave acabou ficando vários meses no atual aeroporto Fiorello La Guardia, onde se tornou uma atração turística.
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O voo de regresso para a Alemanha partiu no dia 21 de maio de 1932, atravessando o Atlântico Norte e chegando a Berlim em 24 de maio, dessa vez sem maiores contratempos.
Infelizmente para a empresa Dornier Flugzeugwerke, os Estados Unidos estavam vivendo a chamada Grande Depressão, e não havia mercado com capacidade de absolver uma aeronave do tamanho do DO-X. O hidroavião passou para a empresa aérea Lufthansa, mas operou por pouco tempo.
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Logo houve um pouso errado no sul da Alemanha e houve danos ao pássaro de metal. Reparado, o DO-X voltou para Berlin e passou a fazer parte do Deutsche Luftfahrt-Sammlung (museu da aviação) em Lehrter Bahnhof. Infelizmente, em novembro de 1943, o museu foi destruído por um pesado bombardeio da RAF e quase nada restou do DO-X.
Dornier fabricou mais dois hidroaviões Do-X, que foram vendidos ao italianos. Estes eram idênticos ao DO-X original, com exceção dos motores. O destino final dos dois aviões não é conhecido e provavelmente foram desmontados e sucateados silenciosamente. Um sucessor, o Do-XX, foi idealizado por Dornier, mas nunca avançou além do estágio de estudo de design.
Embora nunca tenha sido um sucesso comercial, o Dornier DO- X foi um pioneiro do seu tempo, que demonstrou o potencial de um serviço de transporte aéreo internacional de passageiros.
Fontes - http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2009/11/dornier-do-x-o-gigante-dos-anos-30.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Dornier_Do_X

Assu Antigo


Lateral do Sobrado de Sebastião Cabral como ainda hoje é conhecido pelos mais antigos do Assu. Ali já fora instalado a Prefeitura Municipal, Voz do Município (divulgadora), armazéns e outros ramos de comércio ainda instalados no térreo daquele sobrado centenário..

O LIVRO DO FOTÓGRAFO JAECI GALVÃO

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Para aqueles que gostam da história da capital potiguar (e creio que para grande parte da minha geração) certamente a maior referência quando se desejava conhecer como era Natal no passado, sempre foi contemplar o maravilhoso trabalho do fotógrafo Jaeci Galvão.
Não quero dizer que os trabalhos de Bruno Bougard, Manuel Dantas, João Alves de Melo e outros fotógrafos que clicaram a terra potiguar não merecem respeito e consideração. Longe disso. Apenas quero dizer que para mim, foi vendo o trabalho de Jaeci, que sonhei com uma Natal que não existe mais e não conheci.
O trabalho deste homem é de tal forma uma referência, que ao observarmos muitas das fotos antigas que ele realizou, contemplamos com maior nitidez a nossa história.
Agora o trabalho e a vida de Jaeci Galvão está em um maravilhoso livro, realizado pelo seu filho, o igualmente talentoso Fred Galvão.  Intitulado “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”, a obra possui 278 páginas, com muitas fotos do trabalho de Jaeci Galvão junto a nossa sociedade, fotos históricas da cidade de Natal e instantâneos que mostram toda a vida de um homem que trabalhou buscando o melhor ângulo de uma cidade chamada Natal.
O lançamento de “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA” ocorre nesta quarta feira, dia 21 de agosto de 2013, ás seis da noite, no tradicional Iate Clube de Natal. O valor do livro é de R$ 50,00.
Parabéns ao amigo Fred Galvão por “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”!
Rezar, só rezo enquanto durmo. Os sonhos são as minhas únicas orações.

* MIA COUTO
 
De: YaraDarin

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...