sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

PINTURAS PRÉ-HISTÓRICAS SÃO ENCONTRADAS ÀS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO



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Fiscais encontraram pinturas rupestres às margens do rio São Francisco, em Alagoas – Fonte – Divulgação/Ministério Público de Alagoas
Pinturas rupestres de povos que viveram às margens do rio São Francisco na pré-história foram descobertas nessa terça-feira (29) em uma região rural do município de Olho D’Água do Casado, no sertão alagoano. As imagens estavam em rochas em três pontos diferentes e foram achadas durante uma força-tarefa de vários órgãos que investiga e previne irregularidades na região ribeirinha.


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O belo Rio São Francisco – Foto Rostand Medeiros
As imagens estão localizadas dentro do território do assentamento Nova Esperança. A maioria das pinturas é de formas geométricas. Ao lado dos desenhos, há alguns pequenos buracos no chão, que devem ser espécies de pilões cavados com intuito de amassar sementes para produção de tinta.


Segundo a arqueóloga Rute Barbosa, do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), não é possível definir há quanto tempo as pinturas foram feitas. “Sabemos que se trata de sítios arqueológicos relacionados a povos que habitaram o baixo São Francisco na pré-história, mas não temos o período exato”, disse.


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Entre os sertanejos, as imagens são conhecidas como ‘letreiro de caboclo brabo’ – Fonte – Divulgação/Ministério Público de Alagoas
Ao todo, o Instituto já possui mais de 300 sítios arqueológicos na região do Baixo São Francisco. Entre os sertanejos, as imagens são conhecidas como “letreiro de caboclo brabo”. As imagens dão indícios de que vários povos passaram pelo local, mas apenas pesquisas mais detalhadas podem confirmar a hipótese.

Ocupação antes de Cristo

A arqueóloga conta que descobertas já realizadas garantem a presença de comunidades há pelo menos 3.500 anos na região. “O registro mais antigo até o presente momento encontrado em Alagoas foi localizado no sítio arqueológico ‘São José 2’, no município de Delmiro Gouveia [sertão alagoano], onde foram encontrados 29 esqueletos humanos, além de outros artefatos líticos e cerâmicos, com datação aproximada de 3.500 AP [anos presentes]”, afirmou.


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A região tem presença de comunidades há pelo menos 3.500 anos – Fonte – Divulgação/Ministério Público de Alagoas
Barbosa ressalta a nova descoberta vai ajudar nas pesquisas sobre como era a vida pré-histórica na região. “Estamos ampliando o conhecimento sobre o homem na pré-história, seus costumes e modos de viver. Os sítios encontrados contribuirão nesse sentindo, dão maiores subsídios para o aprofundamento dessa compreensão”, disse.


Com a descoberta das novas pinturas, haverá agora o início uma série de ações do setor público. “O Iphan irá registrar o sítio arqueológico e pretende desenvolver, a curto prazo para região, um projeto de educação patrimonial junto a comunidade local. É necessário um trabalho de conservação nesses sítios e iremos trabalhar nisso”, explicou.


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Foto – Rostand Medeiros
Barbosa ressalta a nova descoberta vai ajudar nas pesquisas sobre como era a vida pré-histórica na região. “Estamos ampliando o conhecimento sobre o homem na pré-história, seus costumes e modos de viver. Os sítios encontrados contribuirão nesse sentindo, dão maiores subsídios para o aprofundamento dessa compreensão”, disse.


Com a descoberta das novas pinturas, haverá agora o início uma série de ações do setor público. “O Iphan irá registrar o sítio arqueológico e pretende desenvolver, a curto prazo para região, um projeto de educação patrimonial junto a comunidade local. É necessário um trabalho de conservação nesses sítios e iremos trabalhar nisso”, explicou.


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As imagens estavam em rochas em três pontos diferentes das margens do rio – Fonte – Divulgação/Ministério Público de Alagoas
Segundo o Ministério Público Estadual, as pinturas sofrem com a ameaça da degradação do homem. Em um dos sítios arqueológicos visitados, o MP encontrou um desenho coma palavra “Erica”, ao lado das rochas com os desenhos e gravuras.


Outro problema seriam as queimadas, que soltam fuligem que podem encobrir e até mesmo apagar os desenhos. A força-tarefa encontrou vários locais com vegetação queimada durante a visita aos sítios.
Autor – Carlos Madeiro -Colaboração para o UOL, em Maceió
Fonte – http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2016/11/30/pinturas-pre-historicas-sao-encontradas-as-margens-do-rio-sao-francisco.htm

Do  blog: https://tokdehistoria.com.br

ASSU apresenta elenco para a temporada 2017


O ponta pé inicial já foi dado pelo ASSU na manhã de hoje, 02/12. O elenco do ASSU fez sua apresentação oficial para a disputa do Potiguar 2017. O evento marcou a apresentação dos atletas para Diretoria, Comissão Técnica e Imprensa. Num primeiro momento os atletas se apresentaram e ouviram as palavras dos dirigentes e também de um representante da Torcida Jovem Garra Alviverde (JGA). Por fim, foi o momento de subir ao gramado do Estádio Edgarzão, onde foram recebidos por torcedores que vieram prestigiar os atletas, e pela Imprensa que teve oportunidade de conversar com os jogadores, Diretoria e Comissão Técnica. A aproximação entre o ASSU e a Colômbia neste ano está extremamente evidente. A parceria com a Asiscol, em nome de Juan de Dio, além da contratação do técnico e de mais 3 jogadores colombianos, fez com que a relação entre os países ficasse ainda mais forte no clube. Em virtude disso, o ASSU fez uma homenagem ao Chapecoense, vítima de um trágico acidente aéreo nesta semana, quando sobrevoava o país Colombiano, onde disputaria a final do Sul-americano. Trata-se de uma homenagem aos que foram, mas também um agradecimento especial ao povo colombiano, que prestou uma belíssima homenagem aos brasileiros e se mostrou tão solidário e comovido quanto nós. Por problemas de ordem médica na família, o técnico José Cortina não pode estar presente no evento. Mas seu auxiliar, Nilson Santos, fez questão de frisar o quanto Cortina se fez presente durante toda a contratação dos jogadores e elaboração do elenco para esta temporada. A chegada do técnico está prevista para o dia 10/12. O dia também foi de exames e avaliações técnicas e médicas. A expectativa é concluir essa etapa de avaliações neste final de semana e iniciar os treinamentos já na próxima segunda-feira, 05/12.  Confira o elenco da temporada 2017 do ASSU – Camaleão do Vale e a galeria de fotos:
http://4et.us/Elenco2017


 http://blogtatutomsports.blogspot.com.br

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A cidade de Águeda encantando! Não é única com essa decoração, já vi a mesma ideia em outras cidades de Portugal, a última vez em Almeida, distrito da Guarda.
  
Fernando Lourenço



AMARGA VERDADE
Que perdas de vidas são lamentáveis, sob todos os aspectos, isso nem se discute. Mas é preciso atentar para o fato de que o asqueroso ‘jeitinho brasileiro’ mata muito mais – e sem dar trégua – que qualquer eventual queda de aeronave não-autorizada pela Anac. Seja nos corredores de hospitais públicos, na insegurança das ruas ou na clássica buraqueira das estradas. Deploravelmente, contudo, milhares de vidas humanas ainda serão ceifadas devido ao nosso ancestral comodismo e o péssimo hábito em driblar normas e leis no afã de economizar algum trocado.
  
Paulo Sergio Martins
 

AAL: POSSE DE NOVOS MEMBROS E PREMIAÇÃO DE VENCEDORES DE CERTAME LITERÁRIO OCORRERÃO DIA 09

CONVITE solenidade de posse 2016
Já foi iniciada a distribuição dos convites oficiais para a solenidade de posse dos novos integrantes da Academia Assuense de Letras (AAL) e, simultaneamente, a premiação dos vencedores do Concurso Estadual de Literatura “Jovens Contistas, Grandes Escritores”, promovido pela instituição, evento programado para o dia 09 de dezembro, sexta-feira da próxima semana.

A realização terá lugar ao recinto do auditório do Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão, da Universidade do Estado do RN (UERN), a partir de 19h30 do citado dia.

Tomarão assento na condição de integrantes da AAL Francisco das Chagas Pinheiro (Cadeira 9), Francisco Jobielson da Silva (cadeira 11), Francisco Wagner de Oliveira (Cadeira 12) e Paulo Sérgio de Sá Leitão (cadeira 13).

Pauta Aberta

http://programaregistrando.com.br/

PRONUNCIAMENTO DO PREFEITO ELEITO GUSTAVO SOARES NA CERIMÔNIA DE DIPLOMAÇÃO

DIPLOMAÇÃO GUSTAVO E SANDRA

Senhoras e Senhores,

Vivemos aqui um momento especial de forte simbologia. O momento em que a Justiça Eleitoral, que realizou e presidiu as eleições do último dia 02 de outubro, que julgou e decidiu todo o processo eleitoral, confere àquele a quem o povo escolheu, o título de prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos do nosso município.

É com o coração cheio de alegria e de agradecimento ao querido povo desta minha terra amada que eu recebo este título, uma grande honraria que vai me acompanhar pelo resto da vida.

Mas é, também, com senso de responsabilidade, com humildade e pé no chão, como foi nossa campanha, que estou neste momento sendo diplomado pela nossa Justiça.

Neste momento lembro-me das dificuldades que vivemos para chegar até aqui. Da luta para construir a vitória que resultou neste ato de hoje. No esforço para construir, junto com tantos companheiros, um projeto para o desenvolvimento de Assú. Projeto esse que conquistou as mentes e os corações da maioria dos assuenses. Projeto que vamos realizar, juntos, com foco, com a força que Deus haverá de nos dar.

Assú é uma terra de povo generoso. Me deu uma bonita vitória mas que agora se traduz em desafio e oportunidade de realizar. Com gratidão no coração buscarei honrar cada morador da nossa cidade e continuar sendo motivo de orgulho para os que me confiaram o seu voto.

Gostaria de parabenizar a todos que fazem a Justiça Eleitoral pela condução das eleições, feita com isenção, organização e planejamento.

A eleição é a oportunidade das pessoas conhecerem melhor os candidatos e suas propostas. E de escolher o melhor através da soberania do voto livre, esse maravilho instrumento da democracia que iguala a todos, sem distinção, de classe, raça ou qualquer outra condição.

Não é à toa que a nossa Constituição determina: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos.

Meus amigos,

As eleições se encerraram, vamos governar para toda a população. Independente de cor partidária.

Agradeço ao meu partido, o PR, que apostou no novo e me confiou tão importante missão, a de representá-lo nestas eleições.

Agradeço à nossa vice Sandra, companheira valorosa, dedicada, uma grande amiga que ganhei.
E dedico uma homenagem especial aos 11 partidos da nossa coligação. Obrigado a todos pela confiança.

Estivemos unidos na campanha, construímos esta vitória e estaremos juntos na gestão.

Fica meu agradecimento especial à nossa militância e aos candidatos a vereador, que formaram um verdadeiro exército e enfrentaram todo tipo de dificuldade. Para nos encontrar com o povo, caminhamos em todas as comunidades, em todos os bairros, em todos os recantos de Assú.

Por isso, divido com toda a nossa coligação e à nossa militância este Diploma.

Nossa gestão será pautada nos valores da ética, da moral, do respeito e na austeridade na aplicação dos recursos públicos, sem perder a ousadia e a busca incessante por novas conquistas.

Preservaremos sempre os princípios mais importantes da vida e a fé em Deus.

Vamos assegurar cada vez mais espaço na gestão para a participação popular.

As boas intenções não bastam. Precisamos de resultados. Nossa equipe será a todo tempo avaliada pelo cumprimento do nosso plano de governo.

Não existirá espaço para a ineficiência nem para a falta de zelo com o dinheiro público. Não haverá tolerância para o malfeito.

Daremos muita atenção à saúde e à educação – que devem ser prioridades de todo o gestor. Mas também dedicarei todos os esforços para a geração de emprego e da infraestrutura da cidade, buscando chegar aonde ainda não se chegou, com dedicação de vida aos bairros mais carentes.

Em toda ação da prefeitura teremos um olhar especial e cuidadoso para as nossas crianças. Que de coração abraçaram nossa campanha e a quem devo muito.

Parabenizo os vereadores eleitos, que estão sendo diplomados hoje. Desejo muito sucesso na condução dos trabalhos na Câmara.

Por fim, agradeço o apoio incondicional que recebi da minha família: minha mãe Rizza, meu pai Ronaldo, minhas filhas, minha irmã Luciana e ao meu querido irmão George, esse guerreiro forte, destemido, que ama esta cidade e esta região e que mora no coração de cada um dos que também amam a nossa terra.

E finalizo, senhoras e senhores, conclamando a todos para nos unir neste grande desafio que é assumir uma administração em momento de crise nacional, estadual e municipal. Tendo pela frente o enorme trabalho de arrumar a casa para poder realizar a obra administrativa a altura das expectativas. Realizar o governo que 

Assú espera, precisa e merece.

Que Deus nos abençoe.

Muito obrigado.

(Fotografia  do blog Registrando)

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

MAIOR TREMOR DE TERRA DO RN FOI REGISTRADO EM 1986




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Muitas casas destruídas em João Câmara e região.
FONTE DO TEXTO – http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/maior-tremor-de-terra-do-rn-foi-registrado-em-1986/137371


A  atividade sísmica na região de João Câmara já provocou milhares de tremores no Rio Grande do Norte nos últimos vinte e três anos. A maioria deles foi registrada apenas por modernos aparelhos que medem a atividade sísmica em redor do planeta. O de ontem foi o sétimo de magnitude média, capaz de ser percebido além das fronteiras do Estado.  O primeiro e maior deles aconteceu em 1986, obrigando milhares de pessoas a sair de casa durante a madrugada com medo de desabamentos.

Naquele domingo, 30 de novembro, os moradores de João Câmara estavam apreensivos. No dia anterior eles relataram a ocorrência de pequenos tremores. “Porém, por volta das 3h20, aconteceu o maior deles, acompanhado de um forte estrondo que rachou casas e derrubou paredes, gerando um verdadeiro clima de pânico na população”, registrou a Tribuna do Norte, em edição especial de segunda-feira, 1º de dezembro.



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Prejuízos em casas comerciais.
“Quando escutei o estrondo disse: valha-me Nossa Senhora. Quando me levantei para chamar os meninos vi as telhas despencar. Fiquei atarantada. Parti para o quarto é já fui me relando toda”, contou, na época, Maria Silvina, que morava com o marido e mais cinco filhos no distrito de Samambaia, o epicentro do terremoto. Duas filhas do casal ficaram sob os escombros, mas tiveram apenas ferimentos leves.

Sem saber o que fazer, os moradores se concentravam no centro da cidade e no terminal rodoviário. “Quem tinha parentes em outras cidades ou conhecia algum fazendeiro da região pedia socorro”, dizia a TN, citando como exemplo a dona de casa Paula Pereira da Silva, viúva, sete filhos e quatro netos. “Não posso mais ficar aqui. Vi minha casa rodar e cair pedaços da porta.” Em Natal houve relato de rachaduras em prédios, inclusive no Colina dos Flamboyans, na zona sul da cidade.



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Muitas pessoas se retiraram da cidade com seus pertences em caminhões…
Nos dias que se seguiram, o Rio Grande do Norte recebeu a visita de ministros do governo José Sarney. O ministro do Interior da época, Ronaldo Costa Couto, foi a João Câmara e anunciou a liberação de Cz$ 2 milhões (dois milhões de cruzados) para recuperar os danos provocados pelo tremor.  O governador de então, Radir Pereira (que substituíra José Agripino, eleito senador), decretou estado de calamidade pública.  João Câmara viria a sentir um novo tremor de terra três anos depois. De lá pra cá a atividade sísmica se estabilizou, a tal ponto que a estação sismológica foi desativada e os equipamentos levados para outras regiões.

Estudos sobre terremotos são recentes no Brasil

Como o território brasileiro não está sob as placas tectônicas, durante muito tempo se acreditou que as  ocorrências de terremotos no Brasil era algo improvável. Apesar de notícias esparsas de tremores de terra em períodos anteriores da história brasileira, somente no século 20 é que foram iniciados os estudos e um acompanhamento cientifico dos abalos sísmicos  no Brasil.



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E outros deixavam a cidade em vários ônibus.
Avanços nos conhecimentos da geofísica comprovam que os tremores podem ocorrer, também,  nas regiões denominadas “intraplacas”, como é o caso brasileiro, situado no interior da Placa Sul-Americana. Nessas regiões, os tremores são mais suaves, menos intensos e dificilmente atingem 4,5 graus de magnitude, apesar de algumas ocorrências no Brasil já terem, inclusive, ultrapassado a marca dos 5 graus na Escala de Richter .
Os abalos sísmicos registrados em território brasileiro são decorrentes da existência de falhas (pequenas rachaduras) causadas pelo desgaste da placa tectônica ou são reflexos de terremotos com epicentro em outros países da América Latina. Embora a atividade sísmica brasileira seja menos frequente e bem menos intensa que em outras partes do planeta, não deixa de ser significativa, nem deve ser desprezada ou simplesmente ignorada.



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Muita gente dormiu em barraca improvisadas.
No Brasil, os tremores de terra só começaram a ser detectados com precisão a partir de 1968, quando houve a instalação de uma rede mundial de sismologia. Brasília foi escolhida para sediar o arranjo sismográfico do continente latino-americano. Há, atualmente, 40 estações sismográficas em todo o país, sendo que o aparelho mais potente é o mantido pela Universidade de Brasília.

Há relatos de abalos sísmicos no Brasil desde o início do século 20. Segundo informações do “Mapa tectônico do Brasil”, criado pela Universidade Federal de Minas Gerais, existem 48 falhas geológicas no território brasileiro que concentram as ocorrências dos tremores de terra.



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Forte atuação da UFRN e UNB nas pesquisas sobre os abalos sísmicos em João Câmara e região.
Ainda segundo dados levantados a partir da análise de mapas topográficos e geológicos, as regiões que apresentam o maior número de falhas são o Sudeste e o Nordeste, seguidas pelo Norte e Centro-Oeste, e, por último, o Sul.

O Nordeste é a região que mais sofre com abalos sísmicos. O segundo ponto de maior índice de abalos sísmicos no Brasil é o Acre. No entanto, mesmo quem mora em outras regiões não deve se sentir imune a esse fenômeno natural. Embora grande parte dos sismos brasileiros seja de pequena magnitude (4,5 graus na Escala Richter), a história tem mostrado que, mesmo em “regiões tranquilas” podem acontecer grandes tremores de terra. 

Apesar de não ser alarmante, o nível de sismicidade brasileira precisa ser considerado em determinados projetos de engenharia, como centrais nucleares, grandes barragens e outras construções de grande porte, principalmente nas construções situadas nas áreas de maior risco.

Fonte: https://tokdehistoria.com.br
Não viva de ilusões. Não venda e nem compre ilusões.Não permita ninguém se iludir com você e nem viver iludido ao seu lado. Eu ainda prefiro a mais amarga verdade do que a mais doce mentira. Mas, a verdade é quem tem pessoas que preferem viver de ilusões a ter que acordar para a verdade da vida. ( by Roger Araújo)

terça-feira, 29 de novembro de 2016

NO MEU TORRÃO EU LEMBRO
DO CAPUCHO DE ALGODÃO

O homem do campo plantava
Não esperava por Brasília
Sua linda família
De favor não precisava
O ouro branco de tudo dava
Na colheita tinha roupa e pão
Muitos compravam trator e caminhão
É grande a saudade
Que eu lembro no meu torrão
Do capucho de algodão.

Foi nossa riqueza de outrora
O azar foi a praga do bicudo
Esse besouro acabou com tudo
O sertanejo foi embora
Ele até hoje chora
É grande a recordação
O ouro branco do sertão
Deixou uma calamidade
No meu torrão eu lembro
Do capucho de algodão.
O velho bisaco de algodão
Trabalhou muito e ficou esquecido
Na safra era o mais querido
Enchia carroça e caminhão
De ouro branco do sertão
Bisaco do sertanejo trabalhador
Ele diz: 'Fiquei esquecido mas não tenho rancor'
Bisaco da época áurea do meu torrão
Eu lembro de você e do capucho de algodão.

Marcos Calaça, poeta matuto.


ABRAÇOS

Na correnteza dos abraços
Anda a girar um coração...
Sou eu? És tu? Não é em vão
Meus braços...
Braços que vem, braços que vão
Que são enfim aqueles braços?
Os meus? Os teus? Um coração?
Abraços...
Gira o perfume, anda o luar
Anda a tremer a cerração...
O céu? A cor? A dor? O mar?
Em vão...
Feito de luz, para girar,
O sol é seiva, o sol é pão...
O céu é para cantar
Abraços
Vão a cantar nas ondas vão
Meus braços...
Abraços...

João Lins Caldas

Imagem de: Delicadezas
 
 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O primeiro Coletivo da linha Natal - Caicó!
De: Alberto Medeiros

PRIMEIRO COLETIVO DA LINHA NATAL-CAICÓ. (Foto cedida por Cleomedes Cortez Gomes, residente em São Paulo, Capital. Copiada de: http://natalempauta.blogspot.com.br/…/o-primeiro-coletivo-d…)
Festa de Corpos Christi - Procissão do Encontro
Aqui, em frente ao Palácio do Governo, era armado o "sexto passo" da procissão do Senhor Bom Jesus dos Passos.

Nesse local acontecia a cerimônia do Encontro. Um conjunto vocal composto de mais de uma dezena de senhorinhas, acompanhadas por um harmônico conjunto orquestral, cantavam canções como, Veni Creator(um hino da Igreja Católica) e Miserere(uma versão musicada a cappella do Salmo 51). O orador sacro cónego Luiz Wanderley pronunciava o sermão do Encontro.

Todo o movimento da procissão era irradiado pela rádio ZYB-5. Assim tudo era ouvido pela população através de poderosos alto falantes como esse instalado na frente do Palácio do Governo.
Aqui o pálio da procissão aparece rodeado de vários associados da Irmandade do Senhor dos Passos.
Após grande concentração na praça 7 de Setembro o préstito seguia para o "sétimo passo", montado na Catedral
.
Fotógrafo: Não informado
Ano: Por volta de 1945

terça-feira, 22 de novembro de 2016

ESTADOS UNIDOS: OS DONOS DO MUNDO

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Fonte – https://br.pinterest.com/MaggiesWimzees/usa-pride/
Nem romanos nem britânicos. Nem persas nem egípcios. Nunca uma nação foi tão poderosa quanto os Estados Unidos são hoje. Como e por que eles se tornaram a maior potência de todos os tempos?
Responda rápido: quem descobriu os Estados Unidos?
Se você é como eu e não sabe a resposta, não se acanhe. Os americanos também não. É que para eles, diferentemente de nós, brasileiros, que marcamos o nascimento do Brasil na chegada de Cabral, o evento fundador de sua nacionalidade é outro: a chegada do advogado britânico John Winthrop a Massachusetts, em 1630. Adepto de uma seita religiosa radical para a época, os puritanos, e descontente com o anglicanismo – a religião oficial dos ingleses e do rei Carlos I –, Winthrop e as cerca de 700 pessoas que o acompanharam deixaram a Inglaterra para criar sua própria sociedade, num lugar ainda intocado pelos vícios: a América. Winthrop e sua turma adoravam a ideia de estarem chegando a uma espécie de Terra Prometida, a ser regida pelas leis divinas e, portanto, predestinada a dar certo e a se tornar um exemplo de virtude para o resto do mundo. Os Estados Unidos ainda levariam 140 anos para nascer, mas a ideia do que é ser americano estava lançada.
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A figura central barbuda é John Winthrop, cercado dos adeptos de uma seita religiosa radical para a época, os puritanos, em Massachusetts, no ano de 1630 – Fonte – http://www.memorywebs.org/Thanksgiving_Winthrop_.htm
Para entender esses primeiros americanos, no entanto, é preciso lembrar como era a Inglaterra e como era a vida por lá, no século XVII. Sim, porque os primeiros americanos eram britânicos e, portanto, súditos do maior império de seu tempo.
Desde o século anterior, principalmente no reinado de Elizabeth I, os ingleses vinham assumindo o posto de superpotência que pertencera à Espanha (e do qual até Portugal já tirara uma casquinha). Ser uma potência, na época, era ter navios. E a Inglaterra tinha uma grande, uma baita frota para levar seus produtos o mais longe possível e trazer de lá matérias-primas baratinhas, quando não de graça, para fazer mais produtos e levá-los ainda mais longe. Do ponto de vista social, o vaivém de mercadorias havia criado nas cidades uma camada de homens ricos, chamados burgueses, e uma grande massa de homens pobres, resultado do êxodo rural. Winthrop fazia parte do primeiro grupo, bem como a imensa maioria dos puritanos, que estavam preocupados com a elasticidade moral típica das grandes cidades: ninguém mais ia à igreja, os políticos mandavam mais que os religiosos e o dinheiro mandavam ainda mais que os políticos. A colonização de novas terras pareceu, então, uma boa ideia em todos os sentidos e, para colocá-la em prática, a coroa inglesa chamou duas empresas: as companhias de Londres e de Plymouth, que ficaram responsáveis por recrutar, armar e, mais importante, financiar as viagens. É por isso que é comum dizer que a colonização dos Estados Unidos foi feita pela iniciativa privada. Fato que se tornou um dos pilares da civilização norte-americana, do qual eles se orgulham tanto.
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Tal como no Brasil, os primeiros contatos entre brancos e indígenas norte-americanos foram positivos. Quadro “The First Thanksgiving” de Jennie A. Brownscombe, 1914 – Fonte – http://www.bigfootlunchclub.com/2009/11/thanksgiving-and-pukwudgie-connection.html
Esses seriam os fundadores dos Estados Unidos, mas é bom lembrar que eles não eram os únicos a ocupar o território americano, no século XVII. Ou seja, sua Terra Prometida já tinha dono. Os primeiros a chegar lá foram os espanhóis, no século XVI. Mais preocupados em explorar as ilhas do Caribe e o ouro e a prata do México, eles se aventuraram pela costa da atual Flórida, onde, quando não estavam procurando a fonte da juventude ou sendo devorados por aligátores, criaram meia dúzia de entrepostos comerciais. No século XVII, porém, os espanhóis já não podiam mais sustentar seus interesses imperiais na América e se concentraram em administrar e explorar a Nova Espanha, ou México (região que ia, além do México atual, ao Texas e à Califórnia). Havia ainda uma larga fatia pertencente aos franceses, a chamada Louisiana, que ia do Mississipi à fronteira com o Canadá. Além, é claro, dos índios que já estavam lá. Vinte e cinco milhões deles.
Inimigo interno
A predominância dos colonos ingleses sobre seus vizinhos foi um longo processo que incluiu negociações diplomáticas, algum dinheiro e muita, muita porrada. Os primeiros a dançar, só para variar, foram os índios que ocupavam a região litorânea onde os ingleses aportaram.
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Desenho que representa o capitão Simon Ecuyer entregando cobertores de soldados padeciam vítimas de uma epidemia de sarampo aos índios em 1673, quando do episódio do cerco do Forte Pitt – Fonte – http://www.downtoearth.org.in/coverage/pox-americana-10906
Quem não fugiu morreu pela guerra e, sobretudo, pelas doenças que os brancos espalhavam, muitas vezes, de propósito. Em 1673, cercado no forte Pitt pelos guerreiros do chefe Pontiac, o general inglês Jeffrey Amherst ordenou ao capitão Simon Ecuyer que enviasse aos índios cobertores e lençóis. Mostra de boa vontade? Que nada: os cobertores vinham direto da enfermaria, onde os soldados padeciam vítimas de uma epidemia de sarampo. Em alguns dias, os ingleses estavam curados e os índios, milhares deles, mortos.
O próprio John Winthrop, eleito o primeiro governador de Massachusetts, tinha uma desculpa na ponta da língua para justificar a tomada das terras dos índios. Ele as declarou “vácuo legal”. Os índios, dizia, não “subjugaram” a terra e, portanto, possuíam apenas “direito natural” sobre ela, mas não “direito civil”. E, como bom advogado que era para ele um direito apenas “natural” não tinha nenhum valor jurídico.
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Cena artística dos primeiros combates entre brancos e índio na América do Norte. Muitas outras se seguiriam – Fonte – http://thelastdiadoch.tumblr.com/post/144566309305/the-council-of
A oeste e norte dos assentamentos ingleses, colonos franceses ocupavam regiões que, para populações dedicadas à caça e ao comércio de peles, eram de grande importância econômica, como as terras banhadas pelos rios Ohio, Missouri e Mississipi. As hostilidades eram constantes e, até a metade do século, em pelo menos cinco ocasiões os vizinhos acabaram em guerra.
A animosidade entre os colonos na América era alimentada, ainda, pela rivalidade entre Inglaterra e França na Europa, fato determinante nas relações internacionais do século XVIII. Em pleno processo de desenvolvimento capitalista, a burguesia inglesa via na França, onde a monarquia entrava em crise, um obstáculo a sua expansão comercial, marítima e colonial. A rixa chegaria ao ponto máximo entre 1756 e 1763, durante a Guerra dos Sete Anos, e teria impacto decisivo sobre a vida na América.
Após a guerra, com o pretexto de recuperar as finanças do Estado, os ingleses, que já vinham adotando medidas mais rígidas em relação ao monopólio sobre as colônias americanas (como as proibições da fabricação de aço, em 1750, e de tecido, em 1754), adotaram uma série de leis para garantir as vendas (e os lucros e os impostos pagos pelos produtos de empresas inglesas, particularmente o chá). A insatisfação nas colônias atingiu o máximo quando os territórios da Louisiana, tomados da França, foram declarados da coroa e os colonos, proibidos de pisar por lá. Uma senhora decepção, principalmente para fazendeiros e criadores de gado do sul que esperavam ocupar essas terras.
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Reprodução dos muitos combates da Guerra de Independência dos Estados Unidos – Fonte – https://br.pinterest.com/dwrager/revolutionary-war/
Em 1774, os americanos estavam cheios dos ingleses e para se livrar deles foram tão, mas tão tipicamente americanos. Primeiro organizaram um boicote (um bloqueio comercial) aos produtos da metrópole. Em seguida, formaram comitês pró-independência que tinham duas funções: fazer propaganda antibritânica e juntar armas e munições. No ano seguinte, a guerra começou e, em 1776, os americanos declararam-se independentes. Para tanto, escreveram um documento maravilhoso. A Declaração da Independência teve grande significado político não só porque formalizou a independência das primeiras colônias na América, dando origem à primeira nação livre do continente, mas porque trazia em seu bojo o ideal de liberdade e de direito individual e o conceito de soberania popular, representando uma síntese da mentalidade democrática e liberal da época. Redigido por Thomas Jefferson, o texto, em seu trecho mais famoso, afirma: “Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre estes a vida, a liberdade e a procura da felicidade. A fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar lhe a segurança e a felicidade”. Isso, no fim do século XVIII, soou como revolução. E era. Pela primeira vez na história uma colônia se tornava independente por meio de uma revolução. Com essa iniciativa, os americanos se anteciparam à Revolução Francesa e criaram o primeiro regime democrático do planeta. E isso não era pouca coisa.
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Cena do Tratado de Paris, em 1783 – Fonte – http://totallyhistory.com/treaty-of-paris-1783/
Mas os ingleses, é claro, não deram a menor bola para toda essa poesia e enviaram tropas para tomar os principais portos e vias fluviais e isolar as colônias. Liderados por George Washington, os americanos organizaram um exército, formaram milícias populares e reagiram. Mas não lutaram sozinhos: a França, eterna inimiga dos ingleses, entrou na guerra em 1778 e a Espanha, no ano seguinte. Em 1781 as tropas coloniais e francesas derrotaram os ingleses na decisiva Batalha de Yorktown e, em 1783, foi assinado o Tratado de Paris, no qual a Inglaterra reconhecia a independência das 13 colônias.
Rumo oeste
Após a independência, os agora denominados Estados Unidos da América ainda eram um paisinho nanico que se estendia verticalmente entre o Maine e a Flórida e horizontalmente entre o Atlântico e o Mississipi. Mas isso estava prestes a mudar. Alimentados ideologicamente pelo chamado “destino manifesto”, que defendia a ideia de que os americanos teriam sido escolhidos por Deus para a missão de ocupar as terras entre os oceanos Atlântico e Pacífico, os Estados Unidos iniciaram um processo de expansão que se estenderia por mais de um século e que, no final, lhes daria as fronteiras atuais e o posto de quarto maior país do mundo. Primeiro eles foram às compras e, em 1803, adquiriram dos franceses a Louisiana, por 15 milhões de dólares (ou 257 bilhões de dólares em valores atualizados). Em seguida, em 1819, compraram a Flórida da Espanha por apenas cinco milhões de dólares. O Oregon, na costa do Pacífico, cedido pela Inglaterra em 1846, saiu de graça, e o Alasca, comprado da Rússia em 1867, custou sete milhões de dólares.
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Com a compra da Flórida pelos Estados Unidos ao Reino da Espanha, ocorreu a cerimônia da mudança das bandeiras no Castillo de San Marcos, em 10 de julho de 1821  – Fonte – https://www.floridamemory.com/items/show/161300

O novo país não parava de crescer e, enquanto a Europa era varrida pelas guerras napoleônicas, os Estados Unidos tornavam-se a terra das oportunidades, da liberdade e dos imigrantes. Atraídos pelo trabalho ou pelo ouro – descoberto na Califórnia, em 1848 –, milhões deles chegavam da Inglaterra, Itália, Irlanda, Espanha, Suécia, Polônia e Rússia, entre outros, no maior movimento migratório internacional da história. A população do país saltou de 4 milhões, em 1801, para 32 milhões em 1860.
No campo político, o expansionismo tinha um patrocinador de peso: o presidente James Monroe, que governou entre 1817 e 1825 e foi autor da frase “América para os americanos”. A ideia da chamada Doutrina Monroe era fazer frente à onda recolonizadora que tomou conta da Europa, após a derrota de Napoleão. Para o historiador americano Howard Zinn, a frase “deixou claro para as nações imperialistas europeias, como Inglaterra, Prússia e França, que os Estados Unidos consideravam a América Latina como sua área de influência”. Na prática, conforme os interesses territoriais dos Estados Unidos aumentaram, a Doutrina Monroe ganharia outra definição, muito mais sarcástica: “América para os norte-americanos”.
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Uma nova guerra e mais terras para os Estados Unidos. Cena da Guerra Mexicano-Americana, que ocorreu entre 1846 a 1848. Nesta imagem vemos a Batalha de Buena Vista – Fonte – http://www.history.com/news/10-things-you-may-not-know-about-the-mexican-american-war
Dita com sarcasmo ou não, a Doutrina Monroe funcionou no caso da ocupação dos territórios do México. Desde que se tornaram independentes da Espanha, em 1824, os mexicanos permitiram que os americanos ocupassem terras no norte do país, exigindo em troca apenas a adoção do catolicismo nessas áreas. Envolvido em constantes conflitos pelo poder e por ditaduras, os mexicanos nunca consolidaram seu poder na região e, em 1845, os colonos americanos proclamaram a independência do Texas em relação ao México, incorporando-o aos Estados Unidos. Iniciava-se a Guerra do México. Em três anos, a ex-colônia espanhola perdeu, além do Texas, o Novo México, a Califórnia, Utah, Nevada e partes do Colorado e do Arizona. Ou seja, depois da guerra, cerca de metade das terras do México incorporou-se aos Estados Unidos.
Restava a conquista das terras indígenas, conhecidas como Oeste Selvagem. Quando os ingleses chegaram, havia mais de 25 milhões de índios na América do Norte e cerca de dois mil idiomas diferentes. Ao fim das chamadas “guerras indígenas”, restavam dois milhões, menos de 10% do total. Para o etnólogo americano Ward Churchill, da Universidade do Colorado, esses três séculos de extermínio e, particularmente, o ritmo com que isso ocorreu no século XIX caracterizaram-se “como um enorme genocídio, o mais prolongado que a humanidade registra”.
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Corpos de índios Lakota sendo entrredos em uma vala comum no último episódio sangrento das guerras contra os índios nos Estados Unidos – O Massacre de Wounded Knee, em 1891 – Fonte – https://en.wikipedia.org/wiki/American_Indian_Wars#/media/File:Woundedknee1891.jpg
Ao lado da expansão, veio a prosperidade econômica. Enquanto o norte crescia com o comércio e a indústria cada vez mais sólida, o sul permanecia agrícola e as novas terras do oeste eram tomadas pela pecuária e pela mineração. Ao longo do século XIX, essas diferenças se agravaram. “Os Estados Unidos formavam um único país, mas esse país pensava, trabalhava e vivia diferente, abrigando na realidade duas nações: o Norte-Nordeste, industrial e abolicionista, de um lado, e o Sul-Sudeste, rural e escravista, de outro”, afirma o historiador Phil Landon, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Segundo ele, a manutenção da escravidão no Sul, associada a outros elementos também conflitantes, como questões alfandegárias, levaram, em 1860, as duas metades à guerra civil, na qual morreram 620 mil americanos, ou 2% da população.
Fronteira final
O Norte ganhou a guerra, os Estados permaneceram unidos e partiram na direção do desenvolvimento, o que, na época, significava ir mundo afora buscando consumidores para os produtos de sua indústria. O acesso ao Pacífico deu às ambições americanas um caminho óbvio: a Ásia. E foi ali que os Estados Unidos definiram as linhas mestras da sua influência internacional. Ao contrário das potências coloniais europeias, que ocupavam e mantinham o controle político de suas colônias – caso da Inglaterra na Índia e da França na Indochina, por exemplo –, a jovem nação americana não estava interessada em exercer o domínio sobre outros povos. Cada país que cuidasse dos assuntos internos à sua maneira, desde que os interesses comerciais americanos fossem preservados. Essa estratégia levava o nome de “Portas Abertas”, ou seja, o acesso dos produtos e dos capitais americanos a qualquer lugar do mundo.
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Os americanos foram longe em busca de seus interesses. Desenho japonês mostrando o Comodoro Perry, junto a um outro oficial americano e uma autoridade japonesa – Fonte – http://gcaptain.com/maritime-monday-march-ninteen-twentytwelve-japan/
Mas o fato é que nem sempre as portas se abriam apenas com a conversa dos enviados de Washington. Nesses casos, era preciso um empurrãozinho. Foi o que ocorreu com o Império Japonês, que ficou fechado, durante séculos, ao intercâmbio com o exterior. Em 1852, depois de 15 anos de infrutíferos esforços diplomáticos, a paciência americana acabou. Quatro navios de guerra, sob o comando do Comodoro Matthew Perry, posicionaram-se na baía de Tóquio e apontaram seus canhões para a cidade. Um emissário foi a terra para negociar – e ameaçar – as autoridades japonesas. Caso se recusassem a liberar os portos do país ao comércio, seriam bombardeados. Os japoneses toparam. Acordo semelhante foi firmado com a China, que estendeu aos americanos os privilégios concedidos aos europeus.
No fim do século XIX, o país já possuía a maior economia do planeta e uma força naval só comparável à inglesa e à prussiana. O avanço das fronteiras estava esgotado e todos os territórios, no leste e no oeste, colonizados. Uma severa recessão econômica, iniciada em 1893, insuflou as tensões sociais até então mantidas sob controle graças a permanente abertura de novas terras para a exploração. Entre as elites econômicas, começou a prosperar a idéia de que a única saída para a crise era a ampliação dos mercados no além-mar. Na mesma época, um capitão da Marinha americana, Alfred Thayer Mahan, publicou seu livro A Influência do Poder Marítimo na História. A obra, que teve entre seus leitores mais entusiastas o futuro presidente Theodore Roosevelt, propunha a instalação de bases navais americanas no Caribe e no Pacífico e a abertura de uma ligação entre os oceanos pelo Panamá. Só assim seria possível sustentar o avanço comercial dos americanos no Extremo Oriente, onde se concentrava a competição entre as potências econômicas ocidentais. As idéias de Mahan orientaram a decisão de anexar o Havaí, em 1897. Também influenciaram na determinação de recorrer às armas para abiscoitar as possessões espanholas que ainda restavam.
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Desejo de Tio Sam, figura emblemática que representa os Estados Unidos, em possuir uma das últimas colonias espanholas – Fonte – http://www.pbslearningmedia.org/resource/e750af9d-28e8-4912-9ce3-3cc9b22d10c2/spanish-american-war/
Fazer uma guerra contra a Espanha – e sua influência imperial – tinha entre seus líderes, além de políticos ambiciosos como Ted Roosevelt, donos de jornais, como William Randolph Hearst – o magnata da imprensa que inspirou o filme Cidadão Kane, de Orson Welles. Era gente que achava que o “destino manifesto”, ou seja, a predestinação americana para liderar os países rumo à democracia deveria ir além da América do Norte. “A Espanha, em plena decadência, enfrentava rebeliões anticoloniais em Cuba e nas Filipinas, e os partidários da guerra diziam que os Estados Unidos tinham o dever de ajudar os rebeldes em luta pela liberdade”, diz a historiadora Sophia Rosenfeld, da Universidade da Virgínia. O pretexto para a ação militar ocorreu depois da explosão de um navio americano no porto de Havana, em 18 de fevereiro de 1898. Os jornais americanos trataram o fato como um atentado arquitetado pela Espanha. “Querendo evitar a guerra, os espanhóis chegaram a se desculpar, mas hoje há praticamente um consenso entre os historiadores de que a explosão não foi um ato de guerra, mas, provavelmente, acidental”, afirma Sophia. Pressionado pela histeria belicista, em 25 de abril o presidente William McKinley declarou guerra à Espanha.
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Cena da guerra entre Espanha e Estados Unidos – Fonte – https://www.reference.com/history/events-led-spanish-american-war-67452b5922ef5a00
A Espanha, totalmente despreparada, com equipamento antiquado, quase não ofereceu resistência. Dos 200 mil espanhóis em Cuba, apenas 12 mil foram mobilizados para defender Santiago, na maior batalha terrestre contra os americanos. A Marinha americana arrasou os antigos navios espanhóis sem sofrer qualquer baixa. Nas Filipinas, a situação não foi diferente. A principal batalha naval foi travada na baía de Manila, no dia 1º de maio. Seis dos mais modernos e bem armados navios de guerra americanos enfrentaram a esquadra espanhola formada por sete navios. Três deles eram de madeira e um quarto precisou ser rebocado até o local da batalha. Os canhões instalados em terra, em Manila, não puderam ser usados, pois os comerciantes espanhóis impediram que entrassem em combate temendo que isso provocasse disparos dos navios americanos contra suas propriedades na orla.
Os espanhóis se renderam em menos de quatro meses, em 12 de agosto, e os Estados Unidos emergiram, aos olhos do mundo, como uma verdadeira potência imperial. Cuba, formalmente libertada do jugo colonial, passou a ser administrada pelos americanos, que mantiveram os rebeldes locais à margem do poder. Porto Rico se integrou aos Estados Unidos e as distantes ilhas Filipinas foram anexadas, transformando-se na primeira colônia americana.
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Cena de tortura com o uso de água contra um guerrilheiro filipino, durante a guerra de conquista do território filipino pelos Estados Unidos no início do século XX. Este retrato foi supostamente feito em maio de 1901, em Sual, nas Filipinas e teria sido realizada pelo cabo George J. Vennage. Consta que foi encontrada em 2008 e pertence a Biblioteca de Livros e Manuscritos Raros da Universidade Estadual de Ohio – Fonte – http://www.newyorker.com/magazine/2008/02/25/the-water-cure
Os filipinos, frustrados por não obterem a independência, se rebelaram em 1899. Os Estados Unidos levaram três anos para esmagar a insurreição, numa campanha em que mobilizaram 120 mil soldados. Os combates provocaram a morte de 4 mil americanos e mais de 200 mil filipinos, na maioria civis, vítimas dos bombardeios indiscriminados e da fome, causada pela destruição das lavouras. Foi a primeira vez que os americanos enfrentaram um povo em luta pela libertação nacional.
Poder global
A vitória na Guerra Hispano-Americana garantiu aos americanos o controle do Caribe e da América Central. Na gestão de Ted Roosevelt, iniciada em 1901, o país instalou um regime de tutela política e financeira sobre a região e despachou tropas para o México, Nicarágua, Haiti e outros países, a pretexto de ensiná-los a “eleger os homens certos”, como diziam as propagandas americanas da época, para os postos de governo. A velha Doutrina Monroe, de 1823, ganhou finalmente vigência plena. Em 1904, o Congresso americano adotou como política oficial o direito de intervir nos países latino-americanos que se mostrassem incapazes de garantir a ordem interna ou de honrar suas dívidas com os bancos estrangeiros. Roosevelt escreveu textualmente na sua mensagem ao Congresso, por ocasião de sua posse, que os Estados Unidos, “embora relutantes”, estavam prontos a “exercer seu papel de polícia internacional” na América Latina nos casos em que se verificasse “a crônica incapacidade” (dos governantes locais) ou “a impotência que resulte no enfraquecimento dos laços da sociedade civilizada”.
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Tio Sam conclamando os norte-americanos para participarem da Primeira Guerra Mundial – Fonte – https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1d/Unclesamwantyou.jpg
Os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, em 1917, como a única potência hegemônica em seu próprio hemisfério, e saíram dela ainda mais fortes, como a maior força militar do planeta – afinal, foi o Tio Sam quem desempatou o jogo nas trincheiras da Europa, selando a derrota dos impérios alemão, austro-húngaro e turco-otomano. Começava a investida americana pela supremacia global que, no mundo abalado pela recessão do período entre guerras, pela ascensão das ideologias fascistas e, por fim, pela Segunda Guerra, só se confirmaria nas cinzas de Hiroshima, quando os Estados Unidos deram uma mostra – talvez a maior de todas – de seu poder e determinação militar. “Depois da guerra e diante da destruição sofrida pelos eventuais competidores, os americanos passaram a dominar a maior parte do globo”, diz o historiador Amadeo Giceri, da Universidade Estadual do Kansas. O vazio de poder em escala global e o confronto com a União Soviética – um rival de segunda classe, restrito a seu cinturão de segurança no Leste Europeu e irrelevante como potência econômica – deram aos americanos a chance de alcançar a meta que perseguiam desde o século XIX: usar seu poderio militar para abrir o mundo ao comércio e aos investimentos das empresas americanas.
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Fonte – https://www.youtube.com/watch?v=q17G3wLEEBI
“Os Estados Unidos estenderam sua influência à Indochina e ao Oriente Médio, diante da incapacidade de França e Inglaterra de preservar seus interesses nas ex-colônias”, afirma Giceri. Para ele, a Guerra Fria contra os soviéticos e a teoria da luta contra o “mal maior”, ou seja, o comunismo justificava a presença e a interferência americana nos assuntos internos dos países espalhados pelo globo. Enfrentar o “mal maior” por vezes significou patrocinar guerrilheiros e golpistas, como no Irã e na Guatemala, na década de 1950. O fim da União Soviética, em 1991, instalou confortável e definitivamente os Estados Unidos no posto de única superpotência.
Ser ou não ser
Mas é justo, diante das guerras do Iraque e do Afeganistão, chamá-los de “Império”. Os americanos, de um modo geral, acham muito estranho, e até se sentem ofendidos. Em 230 anos de independência, sucessivos ocupantes da Casa Branca têm se esmerado em desmentir a intenção de dominar outras nações. O primeiro foi McKinley, em 1898, que depois da guerra com a Espanha garantiu que “nenhum desejo imperial se espreita na mente americana”. O último foi George W. Bush em sua campanha à reeleição, que depois de invadir o Afeganistão disse que “nosso país não busca a expansão do seu território, e sim a ampliação do campo da liberdade”.
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E o que virá pela frente? – Fonte – https://www.youtube.com/watch?v=rwLvvxTp2vo
Para o sociólogo americano Michael Mann, a hegemonia dos Estados Unidos contém um paradoxo. Segundo ele, ao espalharem pelo mundo os valores democráticos, os Estados Unidos reforçam a noção de que cada povo deve ser dono do seu próprio nariz. “A ideologia do liberalismo e a disseminação do conceito moderno de soberania nacional trariam embutidos os anticorpos contra qualquer plano de dominação.” Ou seja, se os Estados Unidos são o problema, também é a solução, pois, diferentemente de qualquer conquistador do passado, os americanos, que carregam na bagagem o ideal da liberdade e da democracia, levam junto os canhões e os capitais. Aí residem a força e a fraqueza do seu império.

AUTOR – Revista Aventuras na História – EUA: os donos do mundo/Igor Fuser

Precisamos falar sobre o hino do Rio Grande do Norte

De:  https://curiozzzo.com/

Quem criou o hino do Estado do Rio Grande do Norte foi um escritor e político chamado José Augusto Meira Dantas, e a música foi criada por outro José, o José Domingos Brandão. Coinscidência ou não ambos os Josés eram naturais da cidade de Ceará-Mirim.

O hino foi oficializado em 3 de Dezembro de 1957, na gestão do governador Dinarte Mariz, é composto por três estrofes. Então tá aqui ele em letra e vídeo pra você conhecer:
 
Rio Grande do Norte esplendente
Indomado guerreiro e gentil,
Nem tua alma domina o insolente,
Nem o alarde o teu peito viril !
Na vanguarda, na fúria da guerra
Já domaste o astuto holandês!
E nos pampas distantes quem erra,
Ninguém ousa afrontar-te outra vez!
Da tua alma nasceu Miguelinho,
Nós, como ele, nascemos também,
Do civismo no rude caminho,
Sua glória nos leva e sustém!

A tua alma transborda de glória!
No teu peito transborda o valor!
Nos arcanos revoltos da história
Potiguares é o povo senhor!

 
II

Foi de ti que o caminho encantado
Da Amazônia Caldeira encontrou,
Foi contigo o mistério escalado,
Foi por ti que o Brasil acordou!
Da conquista formaste a vanguarda,
Tua glória flutua em Belém!
Teu esforço o mistério inda guarda
Mas não pode negá-lo a ninguém!
É por ti que teus filhos descantam,
Nem te esquecem, distante, jamais!
Nem os bravos seus feitos suplantam
Nem teus filhos respeitam rivais!

III

Terra filha de sol deslumbrante,
És o peito da Pátria e de um mundo
A teus pés derramar trepidante,
Vem atlante o seu canto profundo!
Linda aurora que incende o teu seio,
Se recama florida e sem par,
Lembra uma harpa, é um salmo, um gorjeio,
Uma orquestra de luz sobre o mar!
Tuas noites profundas, tão belas,
Enchem a alma de funda emoção,
Quanto sonho na luz das estrelas,
Quanto adejo no teu coração

E aqui estão  

3 provas de que você não se lembra mais da origem do nome “Rio Grande do Norte”

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Açude do Mendubim em alta definição "HD" em vários ângulos com 7% da sua capacidade Hídrica..
#Rn #Viagem #Turismo #Brasil
Denominação: Mendubim
Município: Assú / RN
Bacia: Piranhas/Assú
Rio barrado: Rio Paraú
Localização: Situado à 15 km da cidade de Assú-RN


CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO.

Diplomação dos eleitos em Natal acontece em 19 de dezembro

Diplomação dos eleitos em Natal acontece em 19 de dezembro

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN) realizará no dia 19 dezembro, às 15h, a diplomação dos candidatos eleitos em Natal no pleito de 2016. A cerimônia acontecerá no Hotel Holiday Inn (Salão Atlântico), localizado na avenida Salgado Filho, 1906, em Lagoa Nova.

Na capital potiguar, o ato da diplomação está a cargo do juiz da 1ª Zona Eleitoral, Reynaldo Odilo Martins Soares. A cerimônia contará com a presença do Presidente do TRE-RN, desembargador Dilermando Mota. 

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, a diplomação é o ato pelo qual a justiça eleitoral atesta quem são, efetivamente, os eleitos e os suplentes com a entrega do diploma devidamente assinado. Em Natal, serão diplomados, na cerimônia, o prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos. Os suplentes de Natal receberão os diplomas após requisição na 1ª Zona Eleitoral.

 http://www.tre-rn.jus.br/
A Família Lopes reunida para comemorar os 101 anos de vida, do seu patriarca João Gregório Lopes, mais conhecido como João de Lula, ainda lúcido conversando com filhos, netos, genros , bisneto e noras

Do Face de Gregorio Junior

(O editor deste blog parabeniza João de Lula pelos seus bons 101 anos de idade). Me lembro dele, Seu João, desde os tempos que ele fora funcionário da Kook (firma algodoeira instalada na avenida Senador João Câmara onde hoje, está assentado os prédios comerciais do empreendedor Sebastião Diogenes), bem como secretário da Prefeitura Municipal de Ipanguaçu substituindo meu pai Edmilson Lins Caldas. Era prefeito Nelson Borges Montenegro, em fins dos anos sessenta.). É de sua autoria, a seguinte frase: "Não sei o que é envelhecer). 

Fernando Caldas

  Assu Antigo (TEXTO DO JORNALISTA E ESCRITOR CELSO DA SILVEIRA, PUBLICADO NO DIÁRIO DE NATAL, 1983, RECHEADO DE VERDADES, TEMOR, FICÇÃO SOB...