domingo, 25 de agosto de 2019

De virilha tem

                       
QUANDO surgiram ovos de granja, foi uma grande novidade. Só adquiria o produto quem tinha condições. Dona Maria Gaxeiro chegou toda faceira na mercearia de Seu Tonico e, adentrando no recinto, ao avistar várias pessoas perguntou em alto e bom tom:
Seu Tunico, o senhor tem ovos de granja?
 Tonico por trás do balcão respondeu:
Tenho não dona Maria...
Ela, saindo toda pedante:
Mas divirilha ter!
Seu Tonico, encarando a desafeta respondeu calmamente:
De virilha tem, vai querer?!...

Fonte: Dez Contos & Cem Causos - Ivan Pinheiro

sábado, 24 de agosto de 2019

Síndrome da fragilidade e risco de queda




Estudos científicos apontam a relação direta com a saúde do idoso e advertem para a necessidade de propostas para a prevenção de riscos.
Com a idade, o organismo passa por alterações sistêmicas nos órgãos e tecidos, com diminuição da sua atividade, redução da flexibilidade, perda de células nervosas, e diminuição do tônus muscular. Este declínio funcional está associado a condições clínicas agravantes, como a síndrome da fragilidade.
Uma questão que pode, à primeira vista, parecer simples, é que a síndrome da fragilidade predispõe o idoso ao maior risco de quedas. A queda leva o idoso a sofrer, primeiramente devido às lesões físicas, podendo também contribuir com alterações psicológicas que podem levá-lo ao isolamento, à hospitalização e à morte. Devido ao aumento da expectativa de vida, o número de quedas vem aumentando consideravelmente. Dados demográficos mundiais apontam que a população com mais de 65 anos, em 2050, deve chegar a quase dois bilhões de pessoas.
Assim, considerando-se a importância do tema, pesquisadores da área iniciaram um estudo para debater o conceito de fragilidade, que foi definida como a “síndrome médica com múltiplas causas, caracterizada pela diminuição da força, resistência e redução da função fisiológica, que aumenta a vulnerabilidade de um indivíduo para o desenvolvimento do aumento da dependência e/ou morte”.
O estudo “Queda e sua associação à síndrome da fragilidade no idoso: revisão sistemática com metanálise”, publicado Revista da Escola de Enfermagem da USP, em 2016, teve como objetivo realizar uma revisão sobre os conhecimentos científicos já publicados sobre esse tema.
Os estudiosos obtiveram um total de 19 estudos.
Dessas 19 pesquisas avaliadas, a maior prevalência de quedas foi no estudo longitudinal prospectivo, realizado com 315 idosos de 11 comunidades de três municípios da Suécia. Os resultados revelaram que 93% sofreram queda e, 58,8%, fragilidade. Os dados ainda mostraram uma população de 40 a 6.724 idosos, com idades acima de 65 anos. A prevalência de queda no idoso frágil variou de 6,7% a 44%. Houve evidência de que a queda está associada à presença de fragilidade do idoso.
Nas 19 pesquisas, a maior ocorrência de quedas foi com o sexo feminino, que variou entre 55,4% e 85,4%, dependendo do tipo de estudo, do local, da população, da amostra, da faixa etária e dos instrumentos de avaliação. Além disso, mostrou que as idosas têm mais tendência a ficar frágeis e a cair mais.
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a queda como um acontecimento involuntário, com perda do equilíbrio, que leva o corpo ao chão ou a outra superfície. As maiores taxas de mortalidade por queda são de pessoas com mais de 60 anos.
  • Segundo o Ministério da Saúde, em 2015 houve 13.900 mortes de pessoas de 60 anos ou mais devido a quedas, número que subiu para 14.832 em 2016 e 15.667 em 2017.  O idoso que vive na comunidade geralmente sofre menos quedas que idosos institucionalizados e hospitalizados. A queda está associada à fragilidade devido à perda de massa muscular, denominada de sarcopenia. Doenças crônicas, o déficit cognitivo, o delírio e o consumo de diferentes medicamentos, especialmente diuréticos ou betabloqueadores, aumentam o risco de quedas.
  • A queda é a segunda causa de morte por lesões acidentais não intencionais, e, anualmente, 37,3 milhões de pessoas que sofreram queda precisam de atendimento médico.
Quedas, hospitalizações e óbitos
Outro estudo, denominado “Impactos da Fragilidade sobre desfechos negativos em saúde de idosos brasileiros”, realizado por pesquisadores de universidades de Minas Gerais, teve como objetivos verificar a relação entre fragilidade e a ocorrência de quedas, hospitalização e óbito em idosos brasileiros.
Para isso, os pesquisadores selecionaram uma amostra representativa de idosos moradores do município de Juiz de Fora (MG). Foi realizada avaliação quanto à fragilidade, condições sociais, demográficas e de saúde no ano de 2009. Entre os anos de 2014 e 2015, foi realizada uma reavaliação quanto aos desfechos negativos na saúde destes idosos.
Os resultados demonstram uma maior incidência de quedas, hospitalização e óbito entre os frágeis. O grupo frágil também apresentou risco aumentado de morte. Já os pré-frágeis apresentaram risco 58% maior de quedas e 89% maior de morte em relação aos indivíduos não frágeis. A fragilidade, assim como a pré-fragilidade, pode aumentar o risco de eventos negativos na saúde de idosos.
Referencias:
Jack Roberto Silva Fhon, Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues1 e Maria Lucia do Carmo Cruz Robazzi1, da Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (SP), Departamento de Enfermagem Fundamental, Brasil.
Wilmer Fuentes Neira, da Universidad de Ciencias y Humanidades, Facultad de Ciencias de la Salud, Lima, Peru.
Violeta Magdalena Rojas Huayta, da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Escuela Académico Profesional de Nutrición, Lima, Peru.
Sergio Ribeiro Barbosa, da Fundação Instituto Mineiro de Estudos e Pesquisas em Nefrologia. Juiz de Fora (MG – Brasil)
Henrique Novais Mansur, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Sudeste de Minas Gerais, Faculdade de Educação Física. Rio Pomba (MG – Brasil).
Fernando Antonio Basile Colugnati, da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG – Brasil), Faculdade de Medicina/Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Saúde.
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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

O que foi o Arpege? Prédio está caindo aos pedaços



Argepe foi uma boate/cabaré que existiu até a década de 1990, ficava na Rua Chile, na esquina com a Travessa Venezuela. Assim como o Maria Boa, ele foi o espaço bastante conhecido pela boêmia potiguar. Hoje, o prédio está completamente destruído, os pavimentos superiores foram derrubados com a falta de reparos. Agora, nós vamos contar a história deste patrimônio da cidade.
O prédio foi construído no século XX por um família de alemães, tendo inicialmente funcionando como um armazém para depósito chamado “Secos e Molhados”.  Em 1941, o empresário Nestor Galhardo adquire parte da edificação, tendo o intuito de instalar sua própria gráfica, ocupando apenas o pavimento térreo.
De acordo com a dissertação de mestrado de Gilmar Siqueira, a Segunda Guerra Mundial, Galhardo decidiu abrir um cabaré no pavimento superior, que seria administrado por sua amante e cuja entrada era feita através da Travessa Venezuela. O nome oficial do prédio é Edifício Galhardo. 
Reza a lenda que os presidentes Franklin Roosevelt (EUA) e Getúlio Vargas quando visitaram a capital potiguar, em 1941, teriam passado no cabaré.
Após a morte do seu proprietário, o  Nestor Galhardo Neto assume a administração dos negócios contidos no imóvel. Durante algum tempo, a gráfica permaneceu em atividade e, após alguns problemas ocasionados a gráfica ficou fechada.

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Foto: Fernando Caldas

O local serviu como cenário para dois filmes, o “For All- Trampolim da Vitória” e “O Homem que Desafiou o Diabo”.

Cabaré Arpege quando ainda estava inteiro
Cabaré Arpege quando ainda estava inteiro (Foto: Zé Paulo Cardeal)

No ano de 2005, o imóvel é adquirido pela empresária carioca Paula Homburger, que acreditou no projeto de revitalização da Ribeira. A intenção era construir um restaurante no local onde por muitos anos funcionou o cabaré, porém a ideia não deu certo por diversas razões.
Em 2008, parte da estrutura do cabaré da Arpege é destruída com as fortes chuvas na cidade, chegando a ser interditado pelo Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte . No ano de 2010, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas nenhum plano de revitalização ou reforma existe.

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Encontrei você
No mar revolto da vida
Em que, lentamente afundava,
Num dia inesquecível,
Encontrei você.
Mergulhei em ondas de ternura
E nelas me aprofundei.
Cresci no conceito do amor,
Por você me apaixonei.
Minhas andanças sem rumo,
Finalmente encontraram
Abrigo em seu coração.
Ali encontrei a paz
De que tanto necessitava,
Para escapulir no mar revolto
No qual me afundava.
Meu presente enterrou
O passado nebuloso,
Em que estava perdida,
Transportando-me a seus braços,
De onde, nem em sonhos,
Pretendo me afastar.
O pesadelo acabou,
Encontrei a calmaria
De que tanto necessitava...
Hoje, em águas calmas.
Mergulho, sem risco,
De afogar-me em solidão...
Antonia Nery Vanti (Vyrena)
Direitos autorais reservados®
Imagem pinterest
06-06-2019

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Da linha do tempo/Facebook de Pedro Otávio.
Arquivo Nacional
19 de agosto: Dia do Historiador
“A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos” (Cícero).
“Os historiadores são pessoas que se interessam pelo futuro quando este já é passado (Grahan)”.
Hoje é comemorado no Brasil o Dia Nacional do Historiador. A celebração foi instituída pela Lei n° 12.130, de 17 de dezembro de 2009, e a data foi escolhida para homenagear Joaquim Nabuco. Joaquim Aurélio Barreto Nabuco Araújo nasceu em 19 de agosto de 1849, no Recife. Além de historiador, Joaquim Nabuco foi diplomata, jornalista, jurista e deputado geral pela Província de Pernambuco.
Um dos principais líderes abolicionistas do Brasil, Nabuco escreveu ensaios e livros, além de nos legar cartas e discursos, condenando a escravidão. Nessas obras, que podem ser lidas no portal Domínio Público (https://bit.ly/1l2DUss), ele analisava a escravidão sob diversos aspectos (histórico, jurídico, religioso, social e político).
Joaquim Nabuco escreveu também em jornais e revistas. Compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira de Letras (ABL) e foi o fundador da cadeira n° 27.
O Arquivo Nacional parabeniza todas as historiadoras e todos os historiadores!
Na imagem, Joaquim Nabuco, sem data. Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_35820_009
Quem ama! É tão feliz
Que esconde as dores que tem.
E mesmo sofrendo, diz:
Sô mais feliz qui ninguém.
(CALDAS, Renato, 1980, p. 94)

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

1962 – LIGEIRO ROTEIRO DA CIDADE DO NATAL



Resgato Das Páginas do Jornal do Commércio um Encantador e Interessante Artigo do Professor Veríssimo de Melo, que Apresentava Natal aos pernambucanos.


No princípio era o forte… O Forte dos Reis Magos, chantado á margem esquerda do rio Potengi olhando o azul do Atlântico. É o nosso maior e mais antigo monumento histórico cenário das lutas dos portugueses contra a indaiada, piratas franceses e Invasores holandeses.

A pequena, luminosa e alegre Cidade do Natal veio depois, a 25 de dezembro de 1599, fundada por Dom Jerônimo de Albuquerque — segundo a tradição – ou pelo Capitão Mor João Rodrigues Colaço, conforme declaram revisionistas modernos da nossa história.


Na geografia da cidade destaca-se a presença das dunas, esses morros atapetados de cajueiros nativos, — alguns carecas — que protegem Natal contra a fúria dos ventos alísios. Do outro lado, o Potengi, onde todo natalense pescou siri, aprendeu a nadar ou gingou uma velha canoa até os mangues…


Mas, ao visitante ilustre, ao turista, muito mais do que a nossa História ou a nossa Geografia, deve interessar os pontos pitorescos da cidade.
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Primo Vivere…!
Pois a cidade tem duas portas: Quem chega de avião, saltando em Parnamirim, vê logo a grande Base Aérea de Natal que os norte-americanos construíram durante a última grande guerra e onde os natalenses — na expressão de Alvamar Furtado — se acotovelavam com os mais famosos artistas de cinema da época. Conhece então a estrada asfaltada que liga o aeroporto “Augusto Severo” a cidade, por onde passaram desde os mais humildes soldados de Tio Sam, até o seu presidente Franklin Delano Roosevelt.


Para os que veem do sertão a estrada é outra: Ou passa pela Ponte de Igapó sobre o rio Potengi, ou cruza pelas Quintas, onde se pode ver o primeiro buliçoso e colorido espetáculo da cidade: As lavadeiras trabalhando ao lado de um pontilhão.

Base de Parnamirim Field em plena atividade durante a Segunda Guerra Mundial – Fator de crescimento inicial da cidade de Parnamirim.
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“As lavadeiras fazem assim, assim, assim”.
Vindo pelo Alecrim, — o bairro mais populoso — vislumbra á esquerda os edifícios da Base Naval de Natal, também uma das maiores do país de modernas instalações, fundada pelo saudoso Almirante Ari Parreiras há vinte.
Mas, onde se hospedam as pessoas distintas?


Eis o problema!… A vantagem do “Grande Hotel”, no bairro da Ribeira, é ser bem central. Perto de bancos, companhias de aviação e navegação, estação ferroviária, o antigo recanto comercial da cidade. Paradoxalmente o melhor lugar para um visitante de categoria é ainda no Hospital “Miguel Couto”, isto é, na Clínica de Repouso, onde há confortáveis apartamentos. É deslumbrante a visão de praias e dunas lá de cima. Há turistas que ficam do queixo caído. E a brisa que sopra de manhã à noite sobre a cidade, ali é mais forte e mais cheirosa.


Se a manha é clara e saudável, o que sempre acontece, nada melhor do que um passeio ao Mercado da Cidade Alta, para ver primeiro o que o natalense come. É o lugar também onde o turista pode comprar alguma peça de cerâmica popular, artigos de fibras, bolsas, cestaria etc. Mas se for um sábado, o melhor é visitar a Feira do Alecrim, a maior da cidade.

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Todavia, todavia… Antes do almoço há quem goste de tomar um aperitivo, no que, aliás, procede muito bem. É dos usos e costumes. A ordem, então, é visitar um bar no centro da cidade, para não perder tempo: O “Granada Bar”, por exemplo, cujo proprietário é um espanhol, — Dom Nemésio, — trata bem e serve melhor. Ou a Cantina Lettieri, um lugar pequenininho, que dá apenas para uma dúzia de pessoas. Próximo na Rua Ulisses Caldas, há uma pequena mercearia de nome grandioso “O Galo Vermelho”. Há apenas uma mesa e está sempre ocupada.

E onde comer o que nós temos de mais típico da nossa culinária urbana?
Durante o dia, contra todos os protocolos, aconselharíamos visitar a “Carne Assada do Marinho” onde há sempre feijão verde. Ou a “Carne Assada de Seu Lira”. Ou a “Peixada da Comadre”. Ou a Caranguejada do Arnaldo. Mas se o turista resolve ir á praia de Areia Preta, então deve entrar num barzinho que tem lá no fim chamado “É Nosso”. Há sempre caranguejos (nos meses que não tem – maio, junho, julho e agosto eles estão gordos), ou um camarão torrado com cerveja, que é uma delícia. Tanto o almoço quanto o jantar poderá ser num desses estabelecimentos se a pessoa não é dessas muito exigentes. À noite o restaurante mais chie é o do ABC F. C. O melhor peixe frito da cidade, entretanto é o da “Peixada de Marcus”, na Areia Preta. Tem a vantagem do marulhar das ondas, como diria o poeta, onde se recebe todo aquele vento puro que corre na praia. Ou poderá também jantar num dos recantos mais agradáveis da cidade que é “A Palhoça”, vizinha ao Cinema Rio Grande. Há também um novo restaurante á Rua Ulisses Caldas, chamado “Potengy”, onde há sempre uma paçoca de pilão estupenda.
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Um passeio à tarde?


É visitar a praia de Ponta Negra ou a Redinha, — duas belezas. Ou! Ir até o Forte dos Reis Magos, pela Avenida Circular. Uma volta pelos bairros residenciais bem é bom. Veem-se algumas das casas mais bonitas de Natal. Em matéria de edifício público basta ver a Igreja de Santo Antônio, com sua fachada antiga e seu galo heráldico no topo da torre. Na Rua da Conceição está o sobradinho mais velho da cidade, quase em ruínas. Os prédios do Instituto de Educação e do Ipase são os mais modernos de Natal Todavia a Escola Doméstica de Natal continua sendo o estabelecimento de o ensino modelar do Estado. É a primeira, no gênero, fundada no país. Até o comandante Vasco Moscoso de Aragão visitou-a…


O Parque de Manoel Felipe, uma velha e recatada lagoa, foi agora recuperado inteligentemente pelo Governo do Estado. É um encanto, principalmente para os namorados.
Cinemas, teatros… Bem Isso há em toda parte. E se há festas programadas, os três melhores clubes sociais ainda são o Aero Clube, o mais antigo, o América F. C. e o ABC F. C.

E depois do baile?
Bem, agora são outros quinhentos… Mas, se for ao hotel dormir, não se assuste se ouvir, dentro da noite, a voz de algum boêmio cantando a mais popular canção da cidade.
“Praieira dos meus amores, encanto do meu olhar!”.
Em Natal, neste ano da bomba de cinquenta megatons, ainda se faz serenatas com violões e tudo (O poeta Newton Navarro vem sempre na frente puxando o cordão). E não é por snobismo. É tradição secular. Os versos de Açucena, Itajubá, Auta ou Otonlel, vivem nas noites de lua e na boca do povo:
“Praeira do meu pecado, morena flor não te escondas!”….

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...