Por iniciativa do deputado estadual George Soares (PL), foi entregue
nesta segunda-feira (16), na Assembleia Legislativa do RN, a medalha do
mérito esportivo Marinho Chagas ao jogador de futebol Gabriel Veron.
Eleito o melhor jogador na campanha vitoriosa da seleção brasileira na
Copa do Mundo sub-17 nesse ano, Veron é filho de Assu, assim como o
deputado George, e pelo ano vencedor tanto em seu clube, o Palmeiras
(onde também foi campeão mundial), como na seleção, foi agraciado com a
maior honraria da Assembleia do Estado.
“Veron é exemplo
para nossos jovens perseverarem em seus sonhos e lutarem para realizar o
que mais gostam de fazer! Ele é o melhor do mundo na sua categoria e
merece todo nosso reconhecimento com essa importante homenagem que
propomos e ele veio receber pessoalmente”, frisou o deputado George.
Se
houver amor em sua vida, isso pode compensar muitas coisas que lhe
fazem falta. Mas se o amor faltar, não importa o quanto tiver, nada
nunca será suficiente.
Nietzsche
sábado, 14 de dezembro de 2019
A vida tem muitas perguntas, mas aqui uma única resposta: a vida vivi-se.
João Lins Caldas, pensador
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
Construamos uma ponte definitiva Uma ponte que seja universal, maior do que a de Brooklin Irmanando pretos e brancos, ricos e pobres. No grande dia inesquecível Da paz e do amor entre os povos.
Walflan de Queiroz, poeta Norte-rograndense de São Miguel
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
FÉ
Eu entrego em tudo por tudo a tudo que dos princípios de Deus.
Entrego e me entrego:
Deus permitirá que haja luz crescentemente por todos os caminhos da eternidade.
Esta fotos são da antiga Praça Pio X nas decadas de 40 e 50, hoje tem ali a Catedral Metropolitana de Natal.
Com relação à Praça Pio X. a história é bem diferente.
No início do século XX, alí era um matagal com o padre João Maria, pároco de Natal/RN., querendo edificar uma nova catedral. A antiga, ficava na mesma rua - veja a foto - no início de tudo, onde Natal foi descoberta em 1599. O tempo passou lento até que o Padre João Maria achou de construir a nova Catedral. Pelos idos do século XIX, por volta de 1895, homens, mulheres, meninos e jovens saiam da Igreja Matriz, caminhando por um terreno cheio de vegetação, até chegar à praia da Ponta do Morcego (Praia do Meio) e depois, na praia de Areia Preta.
Os peregrinos íam buscar pedras para a construção do novo templo. Esse caminhar foi até 1905, quando o Padre João Maria Cavalcante de Brito faleceu. Dai por diante, a nova Catedral que já estava com a sua construção bem avançada, foi esquecida.
Então, muitos anos após, a Prefeitura tomou o terreno e construiu no local a Praça Pio X. De qualquer jeito, a praça era pertencente à Catedral. Por isso teve o nome de Pio X.
Nessa praça, quente até demais, pois não tinha árvores por perto, aconteceram fatos misteriosos, como por exemplo o assassinato de um garçom, morto à bala. no meio da praça, em um restaurante ou peixaria que funcionava no local. A peixada era localizada numa especie de "avião", como se chamava o restaurante locado, com dois lados para subir e descer para o alto e mais dois espaços que eram como as asas de um avião.Tudo isso ficava na parte alta do tal chamado "avião". Moças, rapazes e meninos costumavam passear por entre as asas do fabuloso restaurando. Descendo dalí, as mocinhas, rapazes e meninos tomavam um calor que nem te conto. Para amenizar essa temperatura, os que passeavam no restaurante tomavam sorvetes. Era um meio de se livrar do mormaço. À noite, não era do mesmo jeito. Não havia por lá as crianças. Essas já estavam dormindo. Do lado direito da praça, um grande, monumental prédio abrigava o Cinema Rio Grande. Um majestoso cinema com os seus elegantes homens e mulheres que recebiam os bilhetes adquiridos no lado de dentro ou do fora, vestindo um traje de cor vermelha bem escura. Botões de metal completavam a indumentária.
Cidadãos que frequentavam a casa de espetáculo só tinha acesso ao cinema de fossem trajados de paletó e gravata..
As damas, com mais suntuosos vestidos.
Os vendedores de pipocas, amendoins e de sorvetes, confeitos, balas e outros mais, ficavam à espera na calçada da praça Pio X. Ali, ainda não havia estacionamento de carro-de-praça - os chamados taxis de hoje. Luminárias eram feitas de forma exuberante e bela, com très lâmpadas em cada poste, todos eles feitos de ferro pintados de branco. Ao redor da praça havia quatro bancos onde se plantavam árvores de média estatura.
Bondes e ônibus passavam em frente à praça, pela Avenida Deodoro, naquele tempo já calçada com pedras como até hoje se faz em ruas periféricas da cidade. Era um tempo ameno a capital, com o pessoal sem precaução a assaltos por elementos marginais. Quando muito, ouvia-se falar dos famosos ladrões de galinhas que invadiam os quintais tarde da noite. Então, era um alvoroço de "pedra ladrão" e se chamava os guardas-noturnos para prender o larápio, Hoje, não tem mais esses guardas e a policia já está dormindo. Antigamente, era um guarda-noturno a cada cem metros por toda a cidade.
A Praça Pio X era um esmero, principalmente durante à noite, pois à tarde era aquele calor. Vivia-se em um clima de esmerado bom tempo, com as pessoas passeando pela cidade à procura de um local de vendas mais aclimatado. Com o decorrer do tempo, a Nova Catedral foi construída no mesmo local onde, tempos passados, já havia sido escolhido pelo Padre João Maria. A praça, foi apenas lembrança de um espaço que não volta mais.
Do texto de Alderico Leandro, publicado no seu blog Asa Morena
A vida é necessariamenteceleste. E por necessariamente celeste, necessariamente imortal Daí o alvo contínuo na marcha que se nos faz para Deus. – O homem tem a seu alvo uma plenitude imortal.
João Lins Caldas, pensador
domingo, 8 de dezembro de 2019
Vamos com a paz de Jesus.
Vamos com a paz de Deus,
Depois da imensa treva, agora a imensa luz.
João Lins Caldas
Não há dúvida que tenho a dizer algumas cousas interessantes. De interessante: a vida a viver.
(João Lins Caldas)
sábado, 7 de dezembro de 2019
As vozes do senhor nos tocam. Nós é que,
nem sempre, tocamos as vozes do Senhor...
As vozes do Senhor são nossas por toda a eternidade. Nós é que, nem sempre, por toda a eternidade, Queremos atender às vozes do senhor.
Um encontro ocorrido segunda-feira (02) nas dependências de Casa de Cultura Popular Sobrado da Baronesa, centro da cidade, iniciou os preparativos para a realização, em janeiro de 2020, da 2ª edição do Festival Curta Verão Assú.
A reunião ocorreu entre o secretário municipal adjunto de Cultura, Paulo Sérgio, e a artista, produtora e ativista cultural mossoroense Katarina Gurgel.
A iniciativa é da Prefeitura do Assú, via Secretaria Municipal de Educação e Cultura, e a Fundação José Augusto (FJA), dentre outros parceiros e apoiadores. A primeira experiência do Festival aconteceu este ano, de 21 a 23 de janeiro passado.
O Cine Teatro Pedro Amorim será o local da concretização do projeto cultural.
A programação do 2º Festival Curta Verão Assú está agendada para o período de 22 a 24 de janeiro de 2020.
O conteúdo do evento engloba produções audiovisuais de Assú, Mossoró e outras cidades da região, do Rio Grande do Norte e de outros estados.
“Faremos um grande intercâmbio cultural cinematográfico, com música, rodas de conversas, workshop e exposições, tendo a oportunidade contar com a participação de pessoas premiadas em festivais de cinema e que desenvolvem trabalhos audiovisuais, com destaques em festivais”, frisou o secretário.
Postado por Pauta Aberta.
"Lá vem a lua saindo Redonda da cor de sangue, Oxente mataram um boi?"
Lá vem a lua saindo Redonda como uma bolacha Uma banda é minha E a outra é sua.
Poesia de pé quebrado, versos que foge da métrica
e a expressão não está correta. Na cidade de Assu de tantos poetas, vivia um
bardo chamado Inácio Nilo dos Santos (Inácio de João Pio como era mais
conhecido). Boêmio inveterado, imitador de mão cheia. Era meu amigo. Morreu
ainda jovem, vitima do alcoolismo. Pois bem. Entre tantos de sua autoria
transcrevo os seguintes versos de pé quebrado:
LUGARES CONHECIDOS, COMO A CASA DO
ITALIANO LETTIERI, NA RIBEIRA, ONDE HOJE É O CONSULADO, E OUTROS
CURIOSOS COMO O ESCRITÓRIO DO FRANCÊS MARCEL GIRARD, REPRESENTANTE DA
AIR FRANCE EM NATAL, SÃO RECORTES DA HISTÓRIA QUE ROSTAND MEDEIROS
ESMIÚÇA COM MUITA PAIXÃO.
A
curiosidade e a paixão pelo Rio Grande do Norte, fez de Rostand
Medeiros um pesquisador insaciável pela história potiguar. Sua curtição é
esmiuçar arquivos públicos, acervos privados, documentos oficiais,
fotos antigas, é também conversar com velhas figuras guardiãs da memória
coletiva do Estado. Dessas viagens no tempo que faz, ele retorna com
material bruto que aos poucos transforma em livro. É de sua autoria, por
exemplo, três biografias “João Rufino-Um visionário de fé” (2011),
sobre o criador do grupo industrial 3 Corações, “Fernando Leitão de
Morais-Da Serra dos Canaviais a Cidade do Sol” (2012) e “Eu não sou
herói – A História de Emil Petr” (2012), este sobre um veterano da 2ª
Guerra Mundial.
Por falar em 2ª Guerra, esse é um dos
principais temas de Rostand, ao lado da história da aviação. Sobre
aviação, ele foi coautor de “Os Cavaleiros do Céu: A Saga do voos de
Ferrarin e Del Prete” (2009), que conta a história do primeiro voo sem
escalas entre a Europa e a América Latina; e sobre a 2ª Guerra, lançou
em 2019 “Sobrevoo: Episódios da Segunda Guerra Mundial no Rio Grande do
Norte”.
Mas agora, ao apagar das luzes de 2019,
Rostand surge com novo livro, ainda dentro de seu tema predileto:
“Lugares de Memória – Edificações e estruturas históricas utilizadas em
Natal durante a Segunda Guerra Mundial”. A obra apresenta 27 locais
referentes aquele tempo, a maioria na Ribeira, trazendo curiosidades
quer ajudam a entender como era o dia a dia de Natal naqueles anos
intensos.
O lançamento do livro será no dia 5 de
dezembro, na Livraria Cooperativa Cultural, na UFRN, às 10 horas. A
publicação sai pela Editora Caravela Selo Cultural e conta com o apoio
do Fundo de Incentivo e Cultura de 2018, da Prefeitura de Natal. Sobre o
livro e aquele período, Rostand Medeiros conversou com a TRIBUNA DO
NORTE.
Inventário
Essa pesquisa começou em 2015, quando a
Promotoria de Justiça de Natal me solicitou a elaboração de um relatório
sobre os locais utilizados pelas forças militares americanas em Natal
durante a Segunda Guerra. Listamos 32 locais históricos entre Natal e
Parnamirim. A ideia era incentivar ações de preservação. Mas naquele ano
nada foi feito. Até que no início de 201, o Ministério Público Federal
do RN, preocupado com a situação do Patrimônio Histórico de Natal,
promove uma audiência sobre o tema. Informo sobre o relatório já feito e
sou solicitado para aprofundar as pesquisas. O que fiz, mas focando
apenas em Natal, fechando em 27 locais relacionados a 2ª Guerra. Agora,
com a parceria da Editora Caravela, estou publicando o trabalho em
livro.
Preservar é importante
O livro fala de locais que se não for
feito nada, vão se perder em ruínas. Mesmo com grande parte dos locais
deteriorados, é um material que aponta para existência de uma rota
turística. De todos os meus livros, esse é o que mais me entusiasmou.
Espero que essa publicação possa ser útil, de repente para ajudar na
preservação dos prédios que cito.
Ribeira
Acho que a 2ª Guerra é um dos aspectos
mais proeminentes da história do Rio Grande do Norte. E nisso está a
Ribeira. O bairro já foi o centro de tudo no Rio Grande do Norte.
Roosevelt e Churchill falam de Natal em suas biografias. Arrisco dizer
que naqueles tempos, para os Aliados, referente à Segunda Guerra, Natal
era a cidade mais importante da América do Sul. Você olha para a Ribeira
hoje chega bate uma tristeza. É uma decadência que vem desde os anos
70. Recuperá-la pode dar um boom no turismo histórico.
Descobertas
Muitos dos lugares são conhecidos. A casa
do italiano Lettieri, na Ribeira, onde hoje é o Consulado, está bem
preservada, assim como a Maternidade Januário Cicco, que era o Hospital
Militar de Natal, e o Grande Hotel. Mas ujma das minhas descobertas é o
Rádio Farol, com as antenas enormes. Ficava na Praia da Limpa, um lugar
entre a Fortaleza dos Reis Magos e o Rio Potengi.
Oleoduto
Uma estrutura com história interessante é o
oleoduto Pipeline, que ia até a Base de Parnamirim. Sendo que nas Rocas
há um trecho do encanamento que está visível. Descobri que em 1977 esse
cano chegou a estourar e os moradores aproveitaram para encher tanques
de combustível até secar. Outra coisa legal é que o Colégio 7 de
setembro, na Rua Seridó, no tempo da Guerra era o Quartel dos Marines da
Marinha Americana.
Dois espiões e um francês
Em Natal tinha uma coisa muito curiosa nos
tempos da Guerra. O francês Marcel Girard era representante da Air
France em Natal. Seu escritório ficava na Rua Tavares de Lira. Perto
dali, na Rua Chile, estava aloja de secos e molhados do alemão Ernst
Luck, que ficava no térreo do Àrpege, e a casa do italiano Guglielmo
Lettieri, comerciante conhecido na cidade. Cada um dos três atuava como
representante diplomático de seus respectivos países em Natal. Imagine
só! A Europa em guerra, a França invadida pelos alemães, e os três tendo
de conviver na Ribeira. É provado que Luck espionou para a Alemanha e
Lettieri para a Itália. Os dois foram condenados pelo Tribunal de
Segurança Nacional e ficaram detidos na Colônia Agrícola de Jundiaí. Mas
no fim da Guerra, ambos foram perdoados.
Jornal da BBC
Outra coisa que gostei muito de ter
estudado foi sobre a Agência Pernambucana de Luiz Romão, com seus
difusores espalhados pela cidade. Era algo formidável. Ele retransmitia a
versão em português do jornal da BBC. Foi legal descobrir a importância
da difusora dele. E é uma pena que hoje o local esteja em ruínas.
Grande Hotel
Mas para mim, não tem dúvidas, o Grande
Hotel foi o principal lugar da 2ª Guerra em Natal. Era uma referência
central por receber autoridades americanas. Além de ter a figura forte
de Teodorico Bezerra como seu proprietário. Resgatei muitas histórias no
livro.