segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Geomar Azevedo

Serra Negra do Norte RN
 
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Ao Dia Mundial da Fotografia
Em cores eu vejo!
Retrato
o que de fato
Enxergo...
Mas me pego
Querendo voltar
E pelo 'branco e preto' estar
Num passado palpitante!
Num presente conflitante!
E num futuro inquietante!
MR
 
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sábado, 20 de agosto de 2022

Revendo meus guardados, deparo-me com um velho cartão de mensagem natalina, de Maria Olímpia Neves de Oliveira. Foi ela, Maroquinha como era mais conhecida, minha quase vizinha na cidade de Assu, a primeira mulher a se eleger para o cargo de prefeito daquele antigo e importante município do Rio Grande do Norte, entre 1963-69. Maria Olímpia era em 1984, importante funcionaria do Instituto Nacional de Reforma Agrária - INCRA, em Brasília. Ela nasceu a 18 de dezembro de 1920 e encantou-se a 21 de dezembro de 2018. Está enterrada no cemitério São João Batista de Assu. Fica o registro.
 
 
 
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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

 Natal

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Um dos artigos do livro "Angicos" de Aluízio Alves é a Lenda de Damasinha. Nessa lenda coloca Francisco Lopes Viegas, como marido de Damásia Francisca Pereira, a quem assassinou. Na verdade, cometeu um equívoco. O marido dela era Antônio Lopes Viegas e Azevedo. Em jornal editado no Ceará "Nortista", há um biografia de João Carlos Wanderley (no texto chamado de Janjam), onde ele é retratado de maneira mais pejorativa possível. Uma das acusações que pesava sobre ele, segundo o autor da biografia, era de receber propina para soltar condenados. Um dos exemplos era o assassino Antônio Lopes Viegas e Azevedo, outro exemplo era o capitão Galdino, também assassino da mulher. Segue trecho do artigo onde esses dois são mencionados.

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A VERDADE DOS FATOS I


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Corria o ano de 1967. Meu pai Edmilson Lins Caldas era secretário geral do município de Ipanguaçu (terra importante,
dos meus ancestrais paternos, hoje reconhecida como a Terra Internacional da Banana, cidade coirmã de Assu, distante 20 quilômetros daquela terra asuense. O rio Piranhas/Açu é quem separa aqueles dois importantes municípios da terra potiguar. Pois bem. O prefeito constitucional naquele tempo era Nelson Borges Montenegro que tinha com meu pai, além de relações amistosas, de parentesco. Nelson desejava fazer de Edmilson, o próximo prefeito pela Aliança Renovadora Nacional – ARENA, inclusive como candidato único, um fato que seria inédito no Brasil, com o apoio político do Major Manoel de Melo Montenegro e Nelson. Meu pai carregava em suas mãos confiáveis, limpas, um instrumento público de procuração outorgado pelo prefeito (um fato inédito), com amplos e ilimitados poderes, fazer com os recursos daquela edilidade, o que bem entendesse. Naquele tempo, a prefeitura de Ipanguaçu, como todos os municípios brasileiros, recebia leite em pó e trigo, entre outros produtos daquele programa assistencial, humanitário, criado em 1961, pelo presidente Norte americano John F. Kennedy. Meu pai, portanto, era tipo exageradamente honesto. Me ufano dizer que sou seu filho. Mesmo reconhecidamente honesto, fora irresponsavelmente denunciado por práticas ilícitas, vender produtos como leite em pó entre outros alimentos destinados a pessoas carentes, do Programa Aliança para O Progresso, por duas pessoas que faziam políticas contrárias, ligados ao ex-governador do Rio Grande do Norte, Aluísio Alves. Pois bem. Naquele ano (1967), tinha eu, 12 anos de idade quando chega na nossa casa no Assu, um coronel do Exército fardado, guiando um Jeep. Aquele militar depara-se comigo e pergunta, gentilmente: “O senhor Edmilson Lins Caldas está?” respondi que sim, e logo fui chama-lo para atender aquele militar que, ao se apresentar, disse: “Senhor Edmilson. Precisamos apurar uma denuncia que fizera contra o senhor, junto a administração na qualidade de secretário da prefeitura de Ipanguaçu. Podemos irmos até lá?” – “Sim. Vamos.” - Respondeu meu pai sem nem titubear.” É aquele dito popular: “Quem não deve, não teme”. Ao chegar na cidade de Ipanguaçu, meu pai chamou dois funcionários encarregados da distribuição dos alimentos como Orlando Alcântara e Osório Fonseca, ambos também exageradamente honestos, e a coisa ficou esclarecida. Nada comprovadamente ilícito, e o feitiço virou contra o feiticeiro. Foram eles, os dois denunciantes das suposta irregularidades praticados por meu pai, enquadrados no Exército como agitadores e, durante anos, tiveram eles (não quero citar os nomes), a obrigação de se apresentar ao Quartel General de Natal e até mesmo, do Recife, durante muito tempo. Tempos depois, aqueles acusadores pediram perdão ao meu pai, alegando coisas da politicalha.

Fernando Caldas

 

 

Casamento no Assú, 1829.Aos 23 dias do mês de julho de 1829, pelas 5 horas da tarde, na Matriz de São João Batista do Assú em minha presença e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes José Gomes de Amorim e Maria de Jesus Nazareno, meus fregueses: o esposo de idade de 26 anos, natural do Arcebispado do Porto, justificou a sua naturalidade, constando do mandado de seu casamento, filho legítimo de Manoel Gonçalves, já falecido, e Ana Francisca: a esposa de idade de 46 anos, filha legítima de Francisco da Silva Bastos e Dona Maria Eufrásia, moradores e natural nesta Freguesia, onde se fizeram as denunciações necessárias, sem impedimento. E logo lhes dei as bênçãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas o capitão comandante Manoel Varela Barca e Francisco de Souza Caldas, casados; todos deste Assú. E para constar fiz este assento em que me assinei. Joaquim José de Santa Ana, pároco do Assú.

João Felipe da Trindade


 
Avenida Deodoro da Fonseca, vendo-se à direita o cinema Rio Grande e "Casa da Maçã"
 
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Rua Amaro Barreto Foto: Grevy
 
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Fotos Históricas Top

Maquina de costura de 1864.
 
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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Igreja do Galo - Cidade Alta - Natal anos 70 ou 80
 
 

 

Grandes Esquadrões e Grandes Jogadores

ELE ACREDITOU QUE JOGARIA O MUNDIAL PELA SELEÇÃO BRASILEIRA: SIMONAL E A COPA DE 70 NO MÉXICO!
 
De todas as discussões que surgiram sobre a Copa do Mundo no Brasil, lembro de outro momento emblemático que ligou futebol, política e também música: a Copa do México de 1970.
Poucas competições foram tão bem utilizadas para criar um clima de nacionalismo. A ditadura fez isso com bastante força e as coisas reverberaram para o campo musical. Era época do “Eu te amo, meu Brasil”, dos Incríveis.
 
A seleção, que viajou um pouco desacreditada para Guadalajara, ganhou um grande reforço chegando lá: Wilson Simonal. A ideia de João Havelange era de usar toda a reverência que já existia em torno do nome do cantor, que estava em turnê pelo país, e fazer com que a torcida mexicana virasse a torcida brasileira. Ele conseguiu.
 
Wilson Simonal já era conhecido do meio futebolístico. Ele foi convidado para cantar na noite do milésimo gol de Pelé, em 1969. Aliás, coincidentemente ou não, os dois eram patrocinados pela mesma empresa.
 
No excelente livro “Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal” (Ed. Globo), de Ricardo Alexandre, tem uma ótima história: o intérprete já era muito amigo de Pelé, e isso fez com que ele conseguisse ficar na concentração da seleção. Fazia seus sambas ali até que um dia o convidaram para um coletivo.
 
Wilson Simonal acreditou que poderia ser jogador da seleção brasileira de 70! Um atleta tinha se contundido e estava prestes a ser cortado. Chamaram o cantor para preencher a vaga no coletivo e ele foi. Resultado? Menos de 20 minutos depois ele desmaiou por falta de oxigênio pela grande altitude local. Essa pode ter sido a maior peça feita pelos atletas daquele time.
 
Simonal se sentia o máximo, que podia tudo, e naquele período podia mesmo. Ele fazia um sucesso exemplar e engatilhava uma carreira de sucesso no exterior, pena que depois do caso que o relacionou com a ditadura – possivelmente ele não tinha nada a ver – ele tenha ficado distante da música e das histórias futebolísticas.
 
O sucesso por lá também resultou em disco: “México 70”, só lançado no Brasil recentemente. Aqui a fantástica versão de “Aqui É o País do Futebol”, de Milton Nascimento e Fernando Brant.
 
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CHICO E CHICA

Por Renato Caldas
 
Sinha môça, eu conto um fato
De chico ôio de gato
E chica Passarinheira:
Ele, vendia missanga,
Pó de arroz e burundanga;
Era mascate de feira.
Chiquinha, uma roceira
Disposta e trabaiadeira...
Pegava os pásso e vendia.
Porém, tinha um priquito
Muito mansinho e bonito
Qui ela, vendê num queria.

Chico, toda menhanzinha,
Ia a casa de Chiquinha
Já cum mardósa intenção...
Na cunversa qui travaram,
Os óios, se encontraram:...
Tibungo, no coração.

Chico môço da cidade
Cunversa de verdade,
Dotô em tufularia,
Foi devagá se chegando,
Passando a mão alisando
E o priquitinho cedía
O bicho se arrupiava...
Ela, calada deixava,
Gostava daquele trato.
Nisso o amô pôz a canga!
Pôi-se a brincar cum a missanga
De Chico Oio de Gato.
Um brincando, outro alizando
E a missanga amariando
Nisso, um gritinho se ôviu.
Num é qui o priquito-rico,
Teve fome e abriu o bico...
Bufo - a missanga engoliu.

Chico mudô de caminho!
O verde priquitinho
Bateu asas e avuô...
E Chica Passarinheira,
Tá sôrta na buraqueira...
Inté o nome mudô.

Tristeza não é chorar. Tristeza é não ter para quem chorar.

Mia Couto


 

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...