quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O LIVRO DO FOTÓGRAFO JAECI GALVÃO

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Para aqueles que gostam da história da capital potiguar (e creio que para grande parte da minha geração) certamente a maior referência quando se desejava conhecer como era Natal no passado, sempre foi contemplar o maravilhoso trabalho do fotógrafo Jaeci Galvão.
Não quero dizer que os trabalhos de Bruno Bougard, Manuel Dantas, João Alves de Melo e outros fotógrafos que clicaram a terra potiguar não merecem respeito e consideração. Longe disso. Apenas quero dizer que para mim, foi vendo o trabalho de Jaeci, que sonhei com uma Natal que não existe mais e não conheci.
O trabalho deste homem é de tal forma uma referência, que ao observarmos muitas das fotos antigas que ele realizou, contemplamos com maior nitidez a nossa história.
Agora o trabalho e a vida de Jaeci Galvão está em um maravilhoso livro, realizado pelo seu filho, o igualmente talentoso Fred Galvão.  Intitulado “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”, a obra possui 278 páginas, com muitas fotos do trabalho de Jaeci Galvão junto a nossa sociedade, fotos históricas da cidade de Natal e instantâneos que mostram toda a vida de um homem que trabalhou buscando o melhor ângulo de uma cidade chamada Natal.
O lançamento de “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA” ocorre nesta quarta feira, dia 21 de agosto de 2013, ás seis da noite, no tradicional Iate Clube de Natal. O valor do livro é de R$ 50,00.
Parabéns ao amigo Fred Galvão por “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”!
Rezar, só rezo enquanto durmo. Os sonhos são as minhas únicas orações.

* MIA COUTO
 
De: YaraDarin

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Documentário da UFRN traz história de Ponta Negra na voz de moradores


07/07/2013 13h04 - Atualizado em 08/07/2013 16h53

'Estrondo' foi produzido por alunos do curso de Rádio e TV da universidade.
Transformações do cartão-postal de Natal são relembradas no trabalho.

Felipe Gibson Do G1 RN
A história de Ponta Negra contada por quem nasceu e cresceu na região que é atualmente um dos cartões-postais de Natal. Com esta ideia, os estudantes Ygor Felipe e Ingrid Andrade produziram o documentário 'Estrondo', apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Rádio e TV da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) (veja o vídeo ao lado).

Orientado pela professora Maria Ângela Pavan, o trabalho recebeu nota 10 da banca examinadora. As filmagens aconteceram entre março e abril deste ano. "A ideia surgiu pois sou nascido e criado em Ponta Negra, onde moro há 23 anos. Queria contar a história ouvindo a população, que nunca é ouvida sobre as intervenções urbanísticas feitas no bairro", explica Ygor Felipe.
Para reconstruir a vida do bairro nas últimas décadas, os estudantes ouviram moradores, pescadores e comerciantes, que acompanharam a transformação de uma região habitada por agricultores e pouco frequentada no lugar mais procurado pelos turistas que chegam à capital potiguar.

Ygor explica que em 50 anos o perfil da região mudou completamente. "Era um local isolado, onde só vinham veranistas na década de 1960. Quem morava na Vila de Ponta Negra [comunidade que fica no bairro] era agricultor na época de chuva, e quando não chovia, buscava a pesca para se manter", conta o estudante.
Antes pouco visitada, Ponta Negra se tornou um dos cartões postais da cidade (Foto: Reprodução/Documentário) 
Antes pouco visitada, Ponta Negra se tornou cartão
postal da cidade (Foto: Reprodução/Documentário)
No documentário, moradores relembram a disputa pelas terras que estão atualmente dentro da área da Barreira do Inferno, centro de lançamento de foguetes da Força Aérea Brasileira (FAB) fundado em 1965. Os relatos falam sobre a briga entre os agricultores de Ponta Negra e o empresário Fernando Pedroza, irmão de Sílvio Pedroza, que foi prefeito de Natal e governador do Rio Grande do Norte.

Estrondo narra ainda o processo de urbanização e o crescimento do turismo na região. Na praia, a atividade comercial cresceu com o tempo. "Quando os moradores perderam as terras, eles foram para a praia e até hoje vivem dela", conta Ygor. A retirada das barracas da beira da praia, a exploração comercial do Morro do Careca e a destruição do calçadão pelo avanço do mar também são lembrados.
Cama com dossel...a cama emoldurada com cortinas deixa a decoração com um ar nobre e romântico...lindas! Confiram...
http://www.casosdecasa.com.br/index.php/dicas-uteis/para-sonhar-camas-com-dossel/
"Circunda-te de rosas.
Ama...
Bebe...
e cala.
O mais é nada..."

Fernando Pessoa
 
Do Face de SB
SEPARAÇÃO

JADSON QUEIROZ


Longe...bem longe estais de mim!
Na minha solidão, pergunto ao vento,
Se por ventura não te viu...
Ele responde,batendo no meu rosto,
Dizendo que roçou as tuas faces,
Espalhou os teus cabelos,
Beijou os teus lábios sedentos de amor.
Como é triste a separação
Da pessoa que amamos, sim...
Muito triste. Amargo! Cruel!
Meu Deus! Perdôa os meus pensamentos...
Como sofro ao saber que teus lábios,
Pertencem a outro!
Que o corpo que tantas vêzes,
Eu abraçei, hoje, sente o calor
De outros braços, de outro amor!
A outro pertences, bem sei...
A outra pertenço!
Mas que importa tudo isso,
Se o nosso amor íntimo
Pertence só a tí e a mim!
Longe...bem longe estais!
Mas a tua linda imagem
Se forma diante de mim...
Na música, lembro-me de tí...
Na fumaça do meu cigarro,
Vejo-a linda, desaparecendo
No espaço e transformar-se
Em uma estrela, que lá ao longe,
Fica a iluminar, às minhas noites tristes.
Longe...bem longe!
Mas um dia, estaremos juntos,
Para toda eternidade!
 


Campanha, salvo engano, de 1976. Do arquivo de Aluizio Lacerda.

Um beijo é um truque encantador, desenhado pela natureza para silenciar a fala quando sobram as palavras.
Ingrid Bergman
Dul 
De: Delicadezas
E na comemoração de 100 anos, algum chato resolve contestar a vovó sobre o seu hábito de fumar e ela, com toda a sabedoria daqueles que já viveram bastante, responde:
- Meu filho, hoje completo 100 anos, fumo meu cigarrinho desde os 13 anos e depois de todo esse tempo, descobri o segredo da minha longevidade...
"NUNCA ME METI NA VIDA DOS OUTROS!!"

Fabio Lopes Saito

















E na comemoração de 100 anos, algum chato resolve contestar a vovó sobre o seu hábito de fumar e ela, com toda a sabedoria daqueles que já viveram bastante, responde:
- Meu filho, hoje completo 100 anos, fumo meu cigarrinho desde os 13 anos e depois de todo esse tempo, descobri o segredo da minha longevidade...
"NUNCA ME METI NA VIDA DOS OUTROS!!"

Fabio Lopes Saito
Muitas vezes num olhar
guardam-se tantos segredos.
Mostram-se tantas verdades.
Expõe-se ali tantos medos.
É como se a eternidade,
o amor, felicidade,
fugisse no vão dos dedos.

Jenário de Fatima
Liduxa

De: Doce Mistério


As vezes quem não tem nada
Os que levam vida dura.
São os que a gente não sabe
onde é na que na alma cabe
Tanto amor tanta ternura!

Jenario de Fatima
Liduxa_

De: Doce Mistério 


Quem aí não adora um amor à moda antiga, daqueles beijos de tirar o fôlego e daqueles abraços calorosos?

Porque o amor, ah... O amor...
Não é aquela encomenda na padaria da esquina.
Não é aquele beijo apressado no meio da balada.
Não é aquela obrigação imposta por terceiros.

O amor é sentimento e sensação, troca mútua de sonhos e objetivos. É o dar de mãos que se ajudam para construir um mundo novo.

O amor é vivência.
O amor não é conquistar vários mundos um dia só.
Mas fazer feliz, todos os dias, o mesmo mundo pela vida inteira.
Quem aí não adora um amor à moda antiga, daqueles beijos de tirar o fôlego e daqueles abraços calorosos?

Porque o amor, ah... O amor...
Não é aquela encomenda na padaria da esquina.
Não é aquele beijo apressado no meio da balada.
Não é aquela obrigação imposta por terceiros.

O amor é sentimento e sensação, troca mútua de sonhos e objetivos. É o dar de mãos que se ajudam para construir um mundo novo.

O amor é vivência.
O amor não é conquistar vários mundos um dia só.
Mas fazer feliz, todos os dias, o mesmo mundo pela vida inteira. 

Aqui na www.aterceiraidade.com o amor está sempre na moda, e a gente vive aproveitando cada simples momento ao lado de quem a gente gosta. Vem com a gente!

“-É tão fácil ficar velho - respondera ela.
Nem sequer é preciso tempo nem idade. Basta não ter vontade de acordar.”

*Mia Couto
 
De:Yara Darin
 
Fotorafia do face de Aluísio Lacerda.

Da esquerda: O deputado assuense Olavo Lacerda Montenegro e o governador Aluísio Alves. Foto provavelmente do início da década de sessenta.

Quando nos dizem que colhemos o que plantamos, quando nos dizem que somos o reflexo do que transmitimos ao mundo, querem na verdade nos dizer que tudo que fazemos tem seu efeito, sua ação e reação.

Cada atitude sua reflete um novo modo de pensar, um novo agir e um novo posicionamento diante de qualquer situação. Esteja você no ônibus, no metrô, em casa com a família ou no baile com os amigos. Cada momento que você vive e escreve na sua vida tem uma pontinha reservada para o que acontecerá depois.

Se você sorri, o mundo sorri de volta.
Se você chora, o mundo pode chorar com você.
Se o dia está mais cinza, escuro e frio porque você perdeu algo ou alguém de quem tanto gostava, os sentimentos que baterão à sua porta vão velar por esse seu momento.

Quando você transmite bons sentimentos, atrai gente boa também. Porque as pessoas boas, felizes e realizadas estão constantemente perto da gente. E, obviamente, elas merecem muito mais do nosso amor.

E se alguém vive sem amor, sem sorrisos e sem a luz da felicidade compartilhada... O que nos resta fazer, senão abraçá-la?
Um belo sorriso e um caloroso abraço muda o dia de muita gente.
Muda a vida de quem você menos esperava que pudesse mudar. Especialmente quando tudo parece vazio e quando as esperanças já parecem perdidas.

Faça um teste! Dê a você mesmo uma nova oportunidade de sorrir para alguém que tanto espera por um momento de alegria. Você vem aqui na www.aterceiraidade.com , recarrega suas energias e distribui ainda mais bons momentos por aí! Que tal começar agora? (:
Laélio Ferreira
TV UNIVERSITÁRIA DO RN
Programa "MEMÓRIA VIVA"
19:30 horas do dia 21 de agosto de 2013 (Quarta-feira próxima)
e (reprise) 17:00 hs do dia 25 (Domingo)
Entrevistado: LAÉLIO FERREIRA DE MELO
Entrevistadores: Tarcísio Gurgel, Eduardo Alexandre Garcia e Honorio de Medeiros

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

..."Reprimir impulsos emocionais, que do coração brotam
é como fenecer na esperança de sentimentos futuros."

José Carlos Moutinho.

Homem-Aranha faz sucesso vendendo cuscuz

Moisés Nóbrega, de 18 anos, abriu o negócio há seis meses em Assú.
O Homem-Aranha saiu dos quadrinhos para vender cuscuz. O caso aconteceu na cidade de Assú, onde o estu-dante e agora empresário Moisés Vieira da Nóbrega, de 18 anos, decidiu pôr em prática a brincadeira de um amigo em um programa da rádio local.

Com recheio para todos os gostos, o jovem se veste com a roupa do personagem para fazer as entregas do produto. O Cuscuz do Aranha funciona há seis meses e vem conquistando clientes no município.

Quem prepara tudo é a mãe do jovem. A entrega fica por conta dos homens-aranha, o próprio empresário e um empregado, que no fim de semana ganham a ajuda de dois amigos. - G1RN

domingo, 18 de agosto de 2013

Telefonia no Assu

                                           Da esquerda: Fernando Caldas (editor deste blog) e  irmãos.

No começo dos anos sessenta fora criada (fruto do trabalho de dom Eliseu) na cidade de Assu, o Serviço Telefônico Paroquial. Inicialmente foram instalados 50 terminais telefônicos. A Central funcionava num prédio da paróquia, parede e meia com a casa da escritora Maria Eugênia. O citado prédio fora demolido para alargar a rua então conhecida como Beco do Padre, atual Fernando Tavares. Aquele serviço funcionava por meio de pilhas custou 20 mil cruzeiros (moeda da época). Simultaneamente poderia se fazer 14 ligações entre os diversos aparelhos da cidade, através de uma Central Telefônica que atendia dia e noite. Aquele sistema de comunicação  veio a pertencer depois a uma sociedade denominada Companhia Telefônica – CIT, então dirigida por João Marcolino de Vasconcelos e, posteriormente, veio a ser encampada pela TELERN, que veio depois a ser denominada TELEMAR e atualmente OI. Cada usuário daquele serviço telefônico veio a ter a título de indenização pelas suas quotas, direito a dois terminais telefônicos. A fotografia acima podemos conferir o aparelho telefônica da linha instalada na residência do Sr. Edmilson Lins Caldas, pai do editor deste blog, Fernando Caldas. O número daquela linha telefônica era
22




Fernando Caldas

Após três décadas, seca faz ressurgir das águas os escombros da antiga cidade de São Rafael

Com a longa estiagem, moradores de São Rafael estão revivendo parte de uma história que foi encoberta pelas águas. Com o nível da barragem baixo, ruínas da antiga cidade reapareceram novamente, após ser inundada em 1985.
Por muito tempo ficou à mostra apenas a torre da antiga Igreja, que desabou em 2010. Hoje, todos os lados há muitas pedras e tijolos usados nas construções do passado. Os mais saudosos guardam na lembrança um tempo que submergiu nas águas da maior barragem do RN.  

Créditos: Canindé Soares - abril/2013

sábado, 17 de agosto de 2013

Assu antigo

Estádio Senador João Câmara. Fora demolida para assentar a antiga CIBRAZEN, atual CONAB,além de casas residências e comerciais. Fundado por Arcelino Costa Leitão, na década de cinquenta. Foi o primeiro campo de futebol do Assu. Alí jogaram importantes agremiações futebolísticas como Fortaleza Futebol Clube versus Centro Sportivo Assuense. + estória há contar sobre esse assunto!

Fernando Caldas

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Maria Auxiliadora Macedo Montenegro

 

Da direita: Francisca Ximenes, Maria Auxiliadora, Edgar Montenegro, Evangelina Sá Leitão e Zélia Tavares. Velhos tempos.

Maria Auxiliadora Caldas Macedo era o seu nome de solteira. Casada com Edgrd Borges Montenegro passou a se chamar Maria Auxiliadora Macedo Montenegro. Era filha de Maria Terezinha Caldas Macedo (dos Caldas de Ipanguaçu) e do Português João Macedo. Faleceu hoje na capital potiguar onde tinha residência fixa. Maria há 17 anos vivia em estado vegetativo. Sobre aquela figura que orgulha o Assu,  escreveu seu filho Paulo Montenegro, a crônica que transcrevo adiante, publicada há dez anos atrás, no Jornal de Hoje, de Natal. Vejamos:

"Na véspera da tentativa de Lampião entrar em Mossoró, na distante cidade de Assu, nascia Maria Auxiliadora Caldas Macedo.Vindo ao mundo de uma gravidez inesperada, já tinha seu destino traçado: O de não ter conhecido seu pai e conviver com o sofrimento da mãe (aleijada) durante toda sua vida. Filha do português João Macedo, que se arremediou em Assu vendendo alfinin e de Tereza Caldas dos Caldas de Sacramento hoje Ipanguaçu, esta, não presenciou a saída do marido acompanhado da mulher do juiz da cidade para nunca mais voltar, deixando para trás uma filha na barriga, várias propriedades (Farol, Mutamba, Cumbe, Recreio), ruas de casa no Assu, uma pequena fortuna, vivendo no Recife até 1936.

Moreno, meu filho tem o nome de nossa raça, nossa latinidade, Mas Maria Tereza minha filha carrega o seu nome, o de sua mãe e o de Maria Angelita de Carvalho (Hinha), que veio de Tapera hoje Triunfo para cuidar das duas, a partir de 1927.

Católica, mas não apostólica, nem romana, sempre achava que a benção fosse uma formalidade, porque o respeito para ela sempre foi uma questão de atitude. Não sei se ela é uma mulher do seu tempo, só sei que ela é simplesmente Maria. Calma por natureza e com os princípios fundamentais da vida nunca a vi cometer nenhum dos pecados convencionais ou capitais. Mulher sem preconceito, honesta, com um amor pela vida tão profundo de fazer inveja a morte. Posso citar, em vários episódios, dezenas de exemplos de sua postura (ética), seja no âmbito familiar, político ou no cotidiano. Em todas as suas interferências lá estava Maria Auxiliadora com sua opinião carregada de dignidade.

Em 1946, casa-se com seu primo filho do Major Montenegro, que veio doutor de Lavras para casar com Maria Auxiliadora e ser político na região do Vale do Assu, Edgard Montenegro. Agora, como coadjuvante, vivendo um outro momento, entre a inteligência dos Caldas e a importância dos Montenegros, continuou pontuando sua vida perseguindo a Paz e a Justiça, binômio que conjugou em toda sua trajetória.

A arte e a natureza, foram suas duas grandes paixões. Uma vez em 1989 fomos ao centro de convenção assistir a um teatro de dança contemporânea. Na volta para casa ela me disse: "A arte é quem vai salvar o mundo". Aí me chegou a comprovação de que na política, faltam muitos ingredientes para que o jogo do poder seja o caminho das transformações sociais.

Hoje, sua cidadania é representada por sua filha Rejane Maria, que nasceu também em Assu em 1956 pelas mãos hábeis do doutor Sales, quando ainda não tinha maternidade.

Há oito anos dirigida pelas mãos dos outros (Delmira, Graça, Telúzia, Maria Selma, Dona Edite, família) ainda assim comanda sua casa. E a cada dia mais debilitada, andando menos, falando menos, nunca vi reclamar de nada, como também nunca vi ninguém se dirigir a ela com sentimento de pena. Quando André, neto de Dona Janoca, vinha a sua casa todas as manhãs ela encontrava motivos para viver, E quando Arlete, filha de Aldenora, vem todas as tardes em sua casa passando para a padaria seu olhar brilha e emociona quem passa pela Floriano. Toda codificação da linguagem ela perdeu, mas sua consciência lhe deixa em pé. Em pé de igualdade para com a vida.

As borboletas e os canários amarelos do farol seus companheiros de toda infância, não são mais uma prova de sua presença. Mas o flambyant vermelho plantado por Pau de Lenha, o eco da pancada do Machado de Pedro de Melo e os oitizeiros da Floriano Peixoto são testemunhas que por aqui vive uma mulher forte e corajosa.

Ainda espero vê-la sorrir. Talvez na possibilidade de voltar a sua terra e pisar o chão do farol, onde tudo começou. Um sorriso, igual aquele de Telê Santana, quando do gol de Rair, se tornando campeão do mundo na década de 90. E cumprindo um ditado que sempre defendeu, concluo esse simples artigo, nem alegre nem triste, que escrevo com seus óculos (hoje meu), molhando o rascunho desse texto com lágrimas de orgulho."

Postado por Fernando Caldas

Em tempo: O sepultamento de Maria Auxiliador ocorrerá amanhã na cidade de Assu, ainda pela manhã. após missa na igreja Matriz de São João Batista.

 
Me vem a noite, todo o cansaço
se esvoaça ante um beijo teu
na claridade da lua, seus abraços
fecho os olhos, escureceu.

Teu corpo quente, e nesse mormaço
o cansaço o amor venceu
Ah! que pena, o arrebol em amarelaço
nos acorda, o dia nasceu.

Edivam Bezerra - Assuense.




Jardins bonitos há muitos, mas só traz alegria o jardim que nascer dentro da gente.

Rubem Alves

 
Do face.

Rosa do desejo

Gilberto Avelino





Gilberto Avelino (1928 - ) era natural de Assu. Mas, a sua terra que escolheu para viver era Macau, importante cidade do litoral potiguar, onde chegou ainda menino novo, em companhia de seus pais. Herdara do seu genitor Edinor Avelino, o dom da poesia. Gilberto era brilhante orador e advogado, poeta lírico, prosador. Sobre a terra macauense onde ele radicou-se, escreveu numa feliz inspiração: "Esta é a terra que amo. De rio em preamar, sereno, onde entre ferrugens e sombras, descansam âncoras, e navegam fantasmas de barcos cinzentos."

Ele era membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras (cadeira número 35, que tem como patrono o poeta Juvenal Antunes, e da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro, além do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

Avelino deu a sua colaboração literária em em jornais como "A Imprensa", "O Democrata" e "A Opinião", de Natal, bem como em periódico como "Folha do Nova", de Macau, "O Mossoroense", de Mossoró e "A Cidade", de Assu.

O poeta Avelino (por que não catalogá-lo também como bardo assuense?) publicou os livros como "Moinho e O Vento", 1977. Ele é da geração dos poetas Berilo Wanderley, Zila Mamede, Celso da Silveira, dentre outros. Publicou também os livros intitulados "O Navegador e o Sextante", 1980, "Os Pontos Cardeais", 1982, "Elegias do Mar Aceso em Lua", 1984, "O Vento Leste", 1986, "Além das Salina", 1990 e "As Marés e a Ilha", 1995. Deu a sua colaboração em diversos jornais de Natal e do Recife, como Diário de Pernambuco. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito de Alagoas, em 1955. No seu livro Os Pontos Cardeais, transcrevo abaixo o poema sob o título intitulado "A Ilha e a Lenda", que diz assim para o nosso bem estar:


Aos ventos da foz do rio Açu erguida,
e tendo o nome do seu sesmeiro
Manuel Gonçalves, resistia a ilha -
flor sangrando em meio às marés

altas de sizígia. O mar vinha em espumas
de fogo, e levava, em velozes carrocéis,
pedaço por pedaço do seu chão salgado,
e ante o qual, por amplo tempo, brando

cantara. Luminosas cicatrizes refloresciam
na carne dos seus pacíficos moradores
(pescadores e salineiros). E lhes doía
a última visão - sol em sossego do poente,

que se apagava das casas e pequenas ruas,
onde ressoavam ainda os seus longos
passos. O mar, incandescendo-se de azuis,
a ilha escondeu entre ondas

ardentes e porões abissais que construíra.
Em noites de lua de agosto, quando
o mar reveste-se de brancos algodoais,
os pescadores escutam cantos de sino

que vêm da capelinha insepulta,
e identificam a voz -
tão leve, bela e pura,
da virgem da Conceição falando às águas.

Fernando Caldas

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

ENTREVISTA NA TV METROPOLITANO COM O JORNALISTA GERSON DE CASTRO

Nos estúdios da TV Metropolitano com Gerson de Castro
Nos estúdios da TV Metropolitano com Gerson de Castro
RECENTEMENTE FUI CONVIDADO PELO AMIGO GERSON DE CASTRO, PARA UMA ENTREVISTA NO SEU PROGRAMA MATUTINO.
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ALI CONVERSAMOS SOBRE NOSSOS TRABALHOS LITERÁRIOS, SOBRE A QUESTÃO DA MEMÓRIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL EM NATAL E A NECESSIDADE DA DEMOCRATIZAÇÃO DESTA INFORMAÇÃO HISTÓRICA. VALEU DEMAIS A GERSON PELO PROFISSIONALISMO COMO CONDUZ O SEU TRABALHO.
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Foto de: Passarinho no Telhado.
 
"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...E ter paciência para que a vida faça o resto."

William Shakespeare

ASSU

Blocos Carnavalescos do Passado
Nos anos 30 – Destacamos: Os Come Água era dirigido por Joca Marreiro Pessoa. A fantasia era humilde, mais significativa: Calça branca e camisa florida. Na cabeça dos componentes era usada uma fita escrita: “Os Come Água”. No primeiro dia de carnaval, caiu uma grande chuva e quando Joca Marreiro chegou a casa, sua mulher comentou: - Viu Joca, eu não disse que esta faixa não dava certo. Vocês comeram água mesmo. – Joca brincava com muita animação, mas nem bebia e nem deixava os outros beberem. Apesar da musica que cantavam não confirmar isto. 

Ainda nos anos 30 - Os Bengalinhas – Eram mais ou menos 20 componentes bem fantasiados, de chapéus enfeitados e usavam uma bengala. Seus organizadores eram: Solon e Afonso Wanderley. 

Nos anos 40 - Os Piratas – O bloco era dirigido por Chico Belo. Muito bem organizados saiam em 03 alas e visitavam as casas de famílias onde eram bem recepcionados. Um ano tirou em primeiro lugar e foi uma festa na casa do Chico Belo. Neste dia a poetisa Alice Wanderley escreveu uns versos que Boanerges lembrou tão somente de uma quadra: Piratas de Brincadeira/ Piratas no carnaval/ De façanha derradeira/ Destes a nota final.

Nos anos 50 - Os Cangaceiros – O organizador da agremiação carnavalesca era Chico de Laura. Um bloco de 25 a 30 homens representando o cangaço de Lampião  Vestiam uma calça branca e camisa quadriculada e um chapéu típico. Cantavam a música Mulher Rendeira. Todos armados com espingardas, revolveres de madeira, facões, etc. 

Ainda nos anos 50 – Os índios que tinha como Page João Branco. Era um bloco muito bonito e os componentes trajavam as vestes indígenas com muito zelo. Não havia letra nas músicas, pois eram gaitas e tambores. E o homem branco aprisionado, aparentava muito maltrato. 

Nos anos 60 - Boanerges Wanderley descreveu dois Blocos: Os Ciganos que tinha Zé Branco como chefe e Os Vassourinhas este era organizado pelo pernambucano Djalma Barros. Com todo o exagero o carnaval pernambucano foi transferido para o Assú. Djalma com suas filhas bailavam ou até mesmo flutuavam dançando nas ruas de nossa cidade. A música era e não podia deixar de ser: Vassourinhas, ainda hoje tocada em carnavais. As fantasias eram de muito bom gosto e as apresentações encantavam o publico.
Dizem que sentir saudade é bom; que ela alimenta aquele desejo enorme de rever quem a gente tanto gosta, de reviver os momentos que tanto nos fizeram bem. Dizem até que ela faz parte dos melhores sentimentos bons que podemos sentir.

Mas nós temos de concordar: saudade demais incomoda, machuca, dói. Porque lá no fundo a gente sabe que é um pedaço do nosso coração - se não ele todo - gritando por mais, muito mais daqueles minutinhos de prazer e alegria que nós demos a ele. São pedacinhos nossos que ficaram marcados pela poeira do tempo, e nela se prenderam como uma doce recordação do que foi bom.

Saudades, ah... saudade.
Dos tempos em que a mamãe contava boas histórias antes de dormir.
Dos tempos de subir na árvore para fugir da bronca do pai.
Dos tempos de correr pelos gramado molhado na fazenda do avô.
De olhar pela janela enquanto a chuva caía numa tarde solitária de quarta-feira.
Dos tempos de escola, do primeiro amor e da primeira lição de casa incompleta.

Pior que sentir saudade e não poder voltar atrás seja talvez o sentimento de ser indiferente a tudo que vivemos. Porque ninguém é uma ilha, ninguém está isolado e ninguém vive sozinho. Fisicamente sim. Emocionalmente, não.

Do que você sente mais falta? De alguém que passou feito um meteoro na sua vida, ou daquele perfume que você nunca esqueceu?

Conta para a gente aqui na www.aterceiraidade.com Nós temos várias razões e emoções para recordar juntos.
O que é o amor?

Quais os enigmas?
As rubricas marcando a pele...
Os estigmas tatuando a alma
Os desejos torturando a mente
A ansiedade te pedindo calma
Como fosse uma semente um rebento,
Um pão sagrado, um alimento
Uma euforia interior um tormento
Um broto afoito implorando para germinar
Para crescer e quebrar como o mar
Ou viver um eterno contos de fadas ou do vigário
Um rompante, um calmante um escapulário
Uma peça um teatro, um fato do imaginário
Um amor, um amante, sem dias sem brilho
Um diamante?
Em qual dia, em que hora...
Hoje, amanhã ou agora?
E o amor que faz chorar a alma?
O desejo que faz queimar a pureza...
E o beijo que faz selar os lábios...
E suas dúvidas inquisidoras e as certezas...
O que é o amor??

Sonia Gonçalves
Son Dos Poemas
 
De: Só Poesias

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...