quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

MEU NOME ESTÁ NO AURÉLIO?-PESSOAS QUE VIRARAM PALAVRAS

Grandes obras e grandes mentiras criaram alguns termos do dicionário

Já imaginou se você deixasse à humanidade uma palavra derivada de si mesmo? No caso dos políticos, “malufagem” poderia ser uma derrapada ao lidar com o erário público, e “lular” seria tropeçar no vernáculo. Segundo o linguista John Schmitz, da Unicamp, existem na língua portuguesa quase mil palavras derivadas do nome de pessoas. Esse tipo de vocábulo também tem nome: epônimos. “A maioria está concentrada no vocabulário médico e científico, como ‘mal de Parkinson’, ou em avanços tecnológicos”, diz Schmitz. Abaixo, veja algumas marcas que figuras históricas deixaram em nossa língua.
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Filipeta na cadeia
Esse panfleto mais sofisticado surgiu de um estelionato. Em 1952, Luís Felipe Albuquerque Junior, um tenente da FAB que espalhou anúncios por todo o Rio de Janeiro anunciando: “Dobre seu dinheiro em três meses”. Quem lhe desse uma quantia a receberia em dobro meses depois. Quando a polícia descobriu que se tratava de pura tramoia, acabou com o negócio e levou Felipe preso, difundindo seu nome pela cidade.
Gumercindo à Beça
Em 1903, depois que o Acre foi reincorporado ao Brasil, seus habitantes lutavam para que ele não fosse anexado ao estado do Amazonas. Para defender os interesses dos acreanos, foi chamado o advogado Gumercindo Bessa. “Ele apresentou argumentos tão esmagadores e numerosos em favor da separação que logo se tornou figura respeitada nos meios forenses”, diz Raimundo Magalhães Júnior, em seu Dicionário de Provérbios. O Acre acabou independente e o sobrenome de Gumercindo virou sinônimo de fartura.
Juiz L.A.R.Ápio
Uma das hipóteses para o surgimento dessa palavra vem da República romana (509-31 a.C.). Na época, os pretores eram os magistrados com mais poder em mãos. Reza a lenda que um deles, Lucius Antonius Rufus Appius, decidia suas sentenças a favor de quem melhor lhe subornasse. O juiz acabou cunhando a palavra “larápio”, derivada de sua assinatura: L. A. R. Appius.
Algarismo muçulmano
Durante o esplendor cultural e científico de Bagdá nos séculos 8 e 9, o matemático e astrônomo Abu Ja’far Mohamed ibn Musa al-Khwarizmi (780-850) criou nada menos que o sistema de numeração decimal e os dez símbolos numéricos que são usados até hoje. O sobrenome do grande sábio muçulmano – Al-Khwarizmi – resultou no substantivo para designar os símbolos numéricos: “algarismo”. E a penúltima palavra do título de sua obra-prima, o livro Al-Kitab al-mukhtasar fi hisab al-jabr wa’l muqabala, originou a palavra “álgebra”.
Charles Cunningham Boycott
Charles Cunningham Boycott
Boicotem o Charles
A primeira vítima de um ato coletivo de negação foi Charles Cunningham Boycott (1832-1897). Administrador de terras irlandesas, ele era tão rígido com os camponeses que eles resolveram se unir e recusar suas ofertas de trabalho. Boycott acabou demitido e seu nome passou a designar o protesto que virou moda em todo o mundo a partir do fim do século 19.
O mausoléu do Mausolus
A palavra “mausoléu” surgiu com o soberano Mausolus, governador da Cária, parte do império persa e atual sudoeste da Turquia. Pouco antes de morrer, ele mandou construir um monumento fúnebre para si mesmo. A obra só foi terminada depois de sua morte, em 353 a.C., sob o comando de sua mulher, Artemisa. Com quatro andares e dezenas de colunas e esculturas de mármore, foi considerada uma das sete maravilhas do mundo, recebendo o nome da cidade onde foi erguida: Mausoléu de Halicarnasso. 
Fonte – Leandro Narloch - http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/pessoas-viraram-palavras-433925.shtml?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_avhistoria

Fonte:  http://tokdehistoria.com.br

Aluna de Assú conquista medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática das escolas Públicas

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(Foto: Cedida)
Nesta terça-feira (02), foi divulgada a relação final dos vencedores da edição 2014 da Olimpíada Brasileira de Matemática das escolas Públicas, promovido pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e que tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar novos talentos na área. Entre os destaques está a aluna Aisla Lívia Alves de Castro, do 7° ano do Fundamental da Escola Municipal Prof. Antônio Guerra, da comunidade de Linda Flor, em Assú. A jovem sagrou-se vencedora e recebeu a medalha de Bronze na Olimpíada que atraiu competidores de todo o Brasil. “Foi uma emoção sem tamanho. Fiquei muito feliz com as provas e com a medalha”, resumiu a jovem. A diretora da escola, Gardelha Xavier, e o professor de matemática, Antônio Adailton, parabenizaram a aluna e comentaram sobre o incentivo da instituição para novos desafios. “Ela mostrou que possui garra e muita determinação. Com isso, o resultado positivo era algo que poderia chegar e chegou”, afirmou Antônio. “Aisla mostrou todo o seu empenho e sabedoria nessas provas. Mostrou que com esforço e estudo os bons números aparecem. Essa medalha de bronze é a prova que ela está no caminho certo. Em 2015 teremos novos alunos disputando essas provas e obtendo os melhores resultados. Aqui na escola, incentivamos esses verdadeiros campeões”, ressaltou a diretora Gardelha Xavier.
Iniciação científica
 
Nesta edição foram computados 6.500 medalhistas (500 medalhistas de ouro, 1.500 medalhistas de prata e 4.500 medalhistas de bronze) e cerca de 46.200 ganhadores de menções honrosas. Os 6.500 medalhistas serão convidados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC 2014), que será realizado em 2015. Também serão premiados professores, escolas e secretarias de educação de municípios que se destacarem em virtude do desempenho dos alunos. Iniciada em 2005, a OBMEP é promovida com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), e conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
 
A notícia com credibilidade.

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"O amor é anterior à vida,
Posterior à morte,
O início da criação, e
O expoente da respiração."

____________Emily Dickinson
em "Poemas Completos"

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O ANJO AZUL

Maria Eugênia Maceira Montenegro.
 
Maria Elisa era de uma beleza rara: loura, de olhos azuis, meiga e graciosa. Tinha a mania de vestir-se só de azul. Seus acessórios, sempre tinham tonalidade de sia cor preferida.

Certa noite, preparou-se para ir ao baile com o marido, um boêmio incorrigível.

Estava realmente linda no seu vestido longo, rodado, mais parecendo uma Cinderela. Sentou-se numa cadeira de balanço, à espera do marido, que ficara de voltar cedo. E pôs-se a esperar. Deu meia noite, zero hora, uma e meia, e nada do marido chegar. Cansada dos balanços e da espera, adormeceu, a cabeça pendida sobre o ombro. Nos cabelos, uma rosa e nas mãos, um leque. Parecia uma fada vestida de azul.

De madrugada, pé ante pé, ele chegou, abrindo devagarinho a porta. Ali, na sala de visitas, ele a viu. Parou. Estático pôs-se a observá-la, com o remorso a remoer-lhe o coração. Monologou:

- Meus Deus! Eu nem sabia que tinha em casa um anjo azul. 
*_*
Livro: Todas as Marias.
Foto ilustrativa: Naomi Watts - filme "Diana".
 
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Fotografia do arquivo de  Clênio Lins Caldas

A fotografia acima é de José Lins Caldas, único irmão do poeta João Lins Caldas, tio do assuense João Moacir Lins Caldas

O poeta Caldas, saudoso dos seus tempos de infância, do querido irmão falecido em 1933, escreveu o poema sob o título O irmão. Vamos conferir para o nosso deleite:

Éramos os dois, os filhos
De meu pai, os filhos de 
Minha mãe. Percorridas escolas,
Caminhos andados. As varas cortadas para o quintal.
Os frutos colhidos, alpendres e terreiros, gaiolas
E laços, armadilhas suspensas, anzóis para as águas
No que era meu só.
O irmão sou. O irmão era. Um, outro, o outro-ele dorme]
Não sei, talvez lembrará.
A casa velará hoje os seus passos
De sombra, assombro. Espectro? Fantasma?
Quem, então, para me falar. Mas eu estou.
Certo ele está. Será outra sombra.

________________João Lins Caldas
Em, Poética, 1975, FJA, Natal.


clenio caldas deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Fotografia do arquivo de  Clênio Lins Caldas Fotog...":

Com muita emoção e orgulho deparo-me com a fotografia de meu saudoso e querido avô paterno, José Lins Caldas, por deferência especial de meu dileto primo Fernando Caldas. Faço parte desse nobre clã dos Caldas, cujo tio-avô, João Lins Caldas, poeta, escritor e orador, é o membro mais ilustre.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014



A primavera da vida aquece e acalenta o coração.
Florescem os sonhos na aurora da maturidade.
Quero que o tempo retroceda, na busca da felicidade.
Na esperança do porvir, busco no amaranhado dos sonhos,
a alegria dominante dos momentos de querer bem,
do querer mais e de amar mais.
Na espera do amanhã, na existência dos sentimentos,
na alegria dos encontros, na ventura do sorrir
e na plenitude de ser feliz.
Nesta solidão reinante,
procuro estímulo para continuar a esperar.
Espero que os sonhos se tornem realidade, que a ausência
se torne presença constante, que a ternura perdure
e que o amor floresça.
Retomo o caminho perdido,
o espaço percorrido, o sonho amanhecido,
a esperança revivida, o carinho reencontrado e o amor renascido.
Muitos sonhos desejaram permanecer plenos.
Mas, pelos ventos e tempo, foram impedidos.
Cristina Costa

EM TEMPOS DE SECA E ESTIAGEM


“E disse Deus: Eu te conheci no deserto, em terra muito seca.” Oséias 13:5

O medo do racionamento de água em função da falta de chuvas em algumas regiões de nosso país, em especial nos estados de São Paulo e Minas Gerais, já é uma realidade para muitas famílias. A seca não é somente um fenômeno ambiental com consequências negativas, como a realização de um evento natural sobre uma população vulnerável, mas um fenômeno de dimensões econômicas, sociais e políticas secularmente presente na vida da população.Atribui-se a maior seca dos últimos 84 anos como a grande responsável pela situação.

Este vem se constituindo o assunto do momento em todas as rodas sociais, grupos, famílias, etc. Teme-se pelo que possa ocorrer caso as precipitações pluviométricas não ocorram com abundância a curto prazo. Governos e administrações estaduais e municipais movem-se no sentido de minimizar os efeitos catastróficos da inédita estiagem que se abate sobre nosso país, desde as últimas oito décadas. Campanhas são deflagradas para que a população se conscientize e economize o máximo, evite o desperdício do precioso líquido. Toda e qualquer chuva é celebrada e comemorada com alegria e satisfação pela população que vive dias de angústia já convivendo, em muitos lugares, com torneiras secas e graves problemas e sequelas pela falta da água.

Entretanto há um outro mal em escala assombrosamente maior que grassa em todo o planeta, levando milhões a um deserto sem esperança. O mundo gira, o tempo se escoa, os fatos se sucedem, os acontecimentos se desenrolam de forma vertiginosa, no entanto a população permanece inerte sem defesa e sem amparo diante do que constata ao seu redor. São mentiras, calúnias, falsidade, egoísmo, truculência, violência, fome, enfermidades, falta de amor, indiferença, medo, angústia, tristeza, enfim, segue-se uma numerosa relação de males para os quais não existe seguro que os cubra e nem resguardo que os proteja. Mesmo aqueles que dispõem de recursos financeiros que os coloque acima da média dos habitantes deste globo, vivenciam momentos em que lhes é impossível escapar de um sofrimento. São lares desfeitos, afetos não correspondidos, perda da autoestima, degradação de valores. As estatísticas permanecem registrando tragédias e atos sinistros que são noticiados à larga pela mídia. Em suma, predominam a insegurança, a incerteza, a intranquilidade. Por mais medidas e atitudes tomadas por governos, administrações locais para levar algum conforto ou segurança às populações, pouco atenuam o sofrimento, o padecimento, a ansiedade que vêm dominando pessoas em toda a parte. Sem saída. Labirinto intrincado, não oferecendo soluções passíveis de serem aplicadas e tornadas producentes. O que fazer?

A seca se alastra pela ausência de chuvas, fazendo com que o solo se torne ressequido, árido, desértico, sem vida. Mas, chegam as águas abundantes vindas das nuvens e ensopam o chão seco, inundam a terra estéril, fazendo ressurgir a vida outra vez. E quanto ao “deserto” que toma conta de corações e vidas ao redor da terra, que soluções haveria para dissipá-lo?

Desde sua longa existência e permanência na terra que o ser humano se permite levar a cabo seus próprios problemas, arrumando desfecho que os conduza a bom termo. Tarefa incompleta, abortada por obstáculos por vezes intransponíveis. Busca por remédios e alternativas que estimulem a resposta tão ansiosamente aguardada, a questão finalmente respondida. Se lhe satisfaz o caminho escolhido, seu contentamento é momentâneo, transitório. De forma alguma lhe proporciona alegria definitiva. E sua procura parece não ter fim.

Há cerca de pouco mais de dois mil anos, certo homem apareceu na terra apontando um caminho, explicando a verdade, oferecendo vida. Foi rejeitado pelos de sua raça, foi menosprezado pela sociedade dominante de então, foi perseguido pelos poderes reinantes. Muitos que se achegaram a ele tiveram os seus problemas resolvidos, sua saúde restituída, sua alegria recuperada, sua esperança restaurada. Viveu pouco mais de trinta e três anos e legou à humanidade princípios até hoje imbatíveis e imunes à degradação de valores que domina o mundo de hoje. Seu testemunho foi registrado por alguns poucos homens que o compilaram em um livro suas ações e atitudes para que perenizasse para as gerações futuras aqueles espantosos fatos que ocorreram em sua passagem pela terra. E esse livro se encontra distribuído à larga, de fácil acesso a quem procura realmente uma resposta ás suas indagações, seus questionamentos, suas dúvidas. Para quem busca gozar de uma paz que lhe envolva o íntimo e lhe propicie a sonhada tranquilidade.

Sim, falamos a respeito de Jesus Cristo. Somente Ele pode oferecer e proporcionar a quem O busca a paz duradoura, definitiva. Somente Ele personifica O Caminho único que leva a alma sedenta e cansada a águas tranquilas e pastos verdejantes. Somente Ele representa A Verdade não havendo quem O desminta ou contradiga. Somente Ele oferece A Vida em razão de sua ressurreição, vencendo o derradeiro adversário da raça humana, a morte. Com lástima e lamento constatamos que ainda há muitos que se recusam a encontrá-Lo e a render-se a Seus pés, quando esse gesto se traduz tão fácil e sem rodeios. Como a terra seca anseia pela água, como o ser vivo luta em busca do precioso líquido para mitigar a sua sede, da mesma forma a alma ressequida e mirrada sente falta da Água da Vida para saciar sua carência desesperadora.

Finalizamos esta reflexão convidamos e incentivamos a todo o que ainda não sentiu, ainda não provou estar junto ao Bom Pastor que mansamente cuida do rebanho sob Seu zelo e amparo que a Ele recorra sem receio e sem reservas e entregue-se em Suas bondosas mãos, confiando seus temores e aflições.

Aproximamo-nos de mais um Natal quando boa parte do globo comemorará o nascimento de Jesus, muito embora a marca comercial por tantas vezes prevaleça. No entanto aproveite esta preciosa oportunidade para ir direto à fonte que jorra água límpida e cristalina e que refresca o âmago de nossa alma. Dê uma chance a Jesus de ser Seu amigo e confidente. Uma decisão que marcará para sempre todos os dias de sua vida!

Clênio Falcão Lins Caldas
SP, novembro de 2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

LITERATURA:

ASSUENSES LUTAM POR UMA 
ACADEMIA DE LETRAS
Na quinta feira, dia 27 de novembro de 2014, às 16 horas, ocorreu no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel - Fundação José Augusto -, a primeira reunião com o intuito de mobilizar pessoas ligadas a literatura para criação da Academia Assuense de Letras. Dessa reunião participaram: Ivan Pinheiro, Auricéia Lima, Ângela Pimentel, Geruza Pimentel e Fernando Caldas
.  
A segunda reunião acontecerá na próxima sexta-feira (05/12), às 16:00 horas, tendo como local uma das dependências do SEBRAE - Assu. 
Dentre os critérios para fazer parte da agremiação dois são fundamentais: Ser assuense e ter trabalho(s) publicado(s) em livro(s). Para essa reunião espera-se um número maior de participantes.

Os apologistas da ideia esperam que até o mês de fevereiro a Academia esteja formalmente legalizada. Essa sociedade, acredita-se, será útil no incentivo à produção literária no Assu e região despertando as pessoas a publicarem trabalhos "engavetados" e servirá de suporte e de espelho para as novas gerações.    

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Viver Bem: Cirurgia bariátrica com o Dr. Nelson Neto

O POUSO DO “BUENOS AIRES” EM BARRA DE CUNHAÚ

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Autor – Rostand Medeiros 
No dia 24 de maio de 1926, decolava da base aeronaval americana de Miller Field, em Nova York, um hidroavião Savoia-Marchetti S 59, pintado com as cores azul e branco, sendo conduzido por três ocupantes e seguindo em direção sul, estava decolando o “Buenos Aires”. 
O Projeto de um Herói da Aviação na Primeira Guerra Mundial 
A ideia desta viagem tivera início em 1925 e tinha como objetivo abrir uma rota aérea para futuros voos com passageiros. Os autores desta ideia foram os pilotos Eduardo Olivero, e Bernardo Duggan.
Eduardo Olivero
Eduardo Olivero
Olivero nasceu em 2 de novembro de 1892, em Tandil, uma cidade argentina localizada na província de Buenos Aires, a cerca de 350 km da capital do país. Ele era filho de italianos emigrados para o país platino e durante a Primeira Guerra Mundial utilizou-se de sua segunda nacionalidade para lutar entres as tropas italianas, atuando na função de piloto de combate. Ascendeu ao posto de tenente na denominada “Esquadrilha Baracca” e completou 553 voos de combate. Destes voos 156 foram missões de caça, 262 patrulhas de combate, 61 escoltas de reconhecimento e de aviões de bombardeio. 11 missões de reconhecimento estratégico, 14 missões de ataque terrestre contra concentrações de infantaria austríacos e uma missão para derrubar um balão de observação do tipo Draken. Documentos apontam que Olivero participou de 25 combates aéreos, em que derrubou nove aviões inimigos. No fim da guerra é promovido a capitão.
Julio Campanelli, Eduardo Olivero e Bernardo Duggan
Julio Campanelli, Eduardo Olivero e Bernardo Duggan
Entre o fim da Primeira Guerra e o ano de 1924 Olivero participa de diversos raids aéreos na Argentina e experiências de voo em grande altitude, visando um melhor aproveitamento aéreo sobre a Cordilheira do Andes. Em uma delas sofreu um grave acidente que lhe deixou sequelas. Em 1924 realiza diversas experiências com radiofonia aérea. Em 1925 inicia os preparativos, junto com Duggan, do Raid aéreo Nova York – Buenos Aires.
Por aqueles dias a incipiente rota Nova York – Buenos Aires era uma das mais difíceis, recheada de inconvenientes e problemas, principalmente diante das características técnicas dos aviões existentes na época. Olivero e Duggan, concluíram que, para terem um melhor êxito deveriam tentar repetir o trajeto realizado pelo tenente do Corpo de Aviadores dos Estados Unidos, Walter Hinton. Vale lembrar que Hinton, junto com o brasileiro Euclides Pinto Martins, haviam partido, em 1922, da mesma Nova York, em direção ao Rio de Janeiro, no hidroavião Curttis, batizado como “Sampaio Correa”, sendo esta a primeira aeronave a voar sobre o território potiguar. O americano, o brasileiro e mais três tripulantes conseguiram realizar o seu intento, mesmo com muitos problemas.
Na foto vemos o norte americano Walter Hilton e o cearense Euclides Pinto Martins, que possuía forte ligação com o Rio Grande do Norte – Fonte – Coleção do autor
Na foto vemos o norte americano Walter Hilton e o cearense Euclides Pinto Martins, que possuía forte ligação com o Rio Grande do Norte – Fonte – Coleção do autor
Com os dados das viagens de Hinton, os argentinos começaram a traçar a sua rota. Decidiram, como a maioria dos aviadores da época, por utilizar um hidroavião. Concluíram que a aeronave ideal seria o Savoia-Marchetti S 59.
Na Itália, acompanham a construção e entrega de sua aeronave que contava com motores de 400hp de potência, a portentosa velocidade máxima de 176 km/h, autonomia de 1.400 km e uma carga de total de 900 litros de combustível. Isso tudo sem rádio e outras máquinas de apoio ao voo.
Finalmente o hidroavião é completado com as tradicionais cores nacionais argentinas e despachado através de navio para Nova York. Neste momento junta-se aos dois argentinos Julio Campanelli, executando o trabalho de mecânico. 
Partindo da Terra do Tio Sam 
Nos Estados Unidos são tratados com honras, recebendo apoio incondicional das autoridades locais, inclusive com liberação de aterrissagem em bases americanas durante o trajeto.
O hidroavião Buenos Aires
O hidroavião Buenos Aires
Realizam várias provas e no dia 24 de maio de 1926, decolam em direção sul, com a primeira parada será em Chaleston, no estado da Carolina do Sul, depois Miami, seguindo para Havana, em Cuba. Neste país passam ainda pelas cidades de Cienfuegos e Guantanamo. Depois seguem para Porto Príncipe, no Haiti, aonde são ovacionados por grandes multidões, depois Santo Domingo, na Republica Dominicana, seguindo na seqüência para San Juan (Porto Rico), Ilhas Virgens, Montserrat, Guadalupe, Martinica e Trinidad e Tobago. Neste ponto deixam de sobrevoar as paradisíacas ilhas caribenhas e atingem a América do Sul pela Guiana Inglesa (atual Guiana), chegando a capital Gorgetown, depois Paramaribo, na Guiana Holandês (atual Suriname), em seguida Caiena, na Guiana Francesa. A partir deste ponto ocorreria o incidente mais grave de todo o trajeto.
Barca paraense "Juruna", vendo sentados, da esquerda para direita, Duggan, Olivero, Mestre Josino Campos (comandante do barco) e Campanelli, no porto de Belém em 1926.
Barca paraense “Juruna”, vendo sentados, da esquerda para direita, Duggan, Olivero, Mestre Josino Campos (comandante do barco) e Campanelli, no porto de Belém em 1926.
Existem duas versões para o que aconteceu com o hidroavião ao sobrevoar o trecho Caiena – Belém.
Uma delas afirma que o “Buenos Aires” teve um problema no motor e teve que pousar no Oceano Atlântico, de frente as costas brasileiras, sendo resgatados por um pequeno barco pesqueiro, o “Juruna”, que os reboca para uma ilha, na qual o mecânico Camapanelli pode concertar a aeronave e seguirem para Belém.
A outra versão afirma que as faltas de mapas detalhadas da região para uma melhor navegação, além de chuvas torrenciais, fazem a tripulação do “Buenos Aires”, aparentemente, perder seu rumo, pois os mesmos se vêm com uma completa falta de combustível, tendo que pousar em um rio da região aonde os pilotos são resgatados pelo mesmo “Juruna”. O certo é que durante alguns dias o mundo desconhece o paradeiro dos três argentinos, preocupando todos que acompanhavam o raid, Após os sete dias de parada eles seguem para Belém e lá são recepcionados como heróis.
Visão atualizada do que os aviadores do Buenos Aires observaram de Natal
Visão atualizada do que os aviadores do Buenos Aires observaram de Natal
Na continuidade do seu trajeto no Brasil seguiram a costa norte brasileira em direção ao Rio Grande do Norte e no dia 11 de julho de 1926 pousam no Rio Curimataú, na região da Praia de Barra de Cunhaú. Mas apenas sobrevoaram Natal as 11:20 da manhã, do dia 11 de julho de 1926. 
A Segunda Aeronave em Céus Potiguares 
Qual teria sido a razão dos argentinos terem ido direto para Barra de Cunhaú e não para a capital?
Natal (30.000 habitantes na época) possuía razoáveis serviços de apoio e o Rio Potengi era uma ótima opção para pouso, mas provavelmente neste ponto de uma viagem já bem atrasada, os aviadores tenham decidido utilizar os mesmos locais de pouso e trajeto realizados no mês de janeiro do mesmo ano, pela tripulação espanhola do Dornier Val “Plus Ulta”, que concluirá seu raid Espanha – Argentina, em 10 de fevereiro de 1926. Apesar de Olivero e Duggan não estarem na Argentina no momento da chegada dos espanhóis, foi repassado a eles o roteiro dos pousos do aeroplano espanhol em terras brasileiras. Nesse caso Recife, e não Natal, era o destino normal após a decolagem do Ceará. Outra razão poderia ser creditada a falta de um conhecimento mais apurado das qualidades de Natal como destino. Recife, por ser uma cidade mais desenvolvida e conhecida no exterior naquele período, era o destino mais correta para os pioneiros aviadores. Vale lembrar que o raid dos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, mesmo após os acidentes ocorridos no trajeto, seguiram direto para Recife.
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Quem tem a oportunidade de voar sobre a costa potiguar, entre a Natal e a fronteira da Paraíba, percebe que além do Rio Potengi e da Lagoa de Guaraíras, o Rio Curimataú, que desemboca em Barra de Cunhaú, é um dos melhores pontos para o pouso de um hidroavião. Devido a estes fatos, parece-nos razoavelmente possível acreditar que, neste período (primeira metade do ano de 1926), Natal ainda não gozava de todo reconhecimento e prestígio no meio aviatório mundial. Fato que mudaria consideravelmente já no ano de 1927.
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Na bela região de Barra de Cunhaú os aviadores receberam total apoio do coronel Luiz Gomes, chefe político da cidade mais próxima, Canguaretama, e só seguiram viagem na manha de 13 de julho. Eles partiram para Cabedelo, na Paraíba, depois Recife, Maceió e Aracaju. Na sequência realizaram um percurso mais longo até a cidade litorânea de Prado, na Bahia, pousando no rio Jucuruçu. De Prado, seguem para o Rio de Janeiro, Santos, Cananéia, Florianópolis e Porto Alegre.
Na capital gaúcha Olivero recebe a notícia que fora promovido a major do exército italiano. Apenas outra jogada de marketing do histriônico ditador italiano Benito Mussolini, aproveitando as manchetes mundiais sobre este voo.
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Depois do Brasil, os argentinos seguem para Montevidéu e depois a Buenos Aires. São escoltados na chegada pelo hidroavião espanhol Dornier Val “Plus Ultra”, orbitam sobre a capital Argentina e pousam com suavidade no Rio da Prata, tendo percorrido 14.856 km, em 114 horas de voo efetivo. A cidade parou para receber os seus heróis, tendo muitas bandeiras nos edifícios e muitas autoridades presentes no desembarque dos aviadores.
Atualmente o Museu do Forte Independência, em Tandil, guarda peças históricas do mais importante raid argentino de longa duração. 
- Dedico este texto ao amigo German Zaunseder, compatriota dos aviadores do “Buenos Aires” e um grande pesquisador da aviação potiguar e da Segunda Guerra Mundial em Natal, cidade em que decidiu viver com muita satisfação.

Fonte: http://tokdehistoria.com.br/
"As mulheres que amei, que me amaram ou que simplesmente, por mim passaram são agora lembranças tocantes da minha pele e memórias vivas de um coração selectivo.
A memória da pele é breve comparada com a do coração (...)
Por isso estou certo de que vou continuar a sentir a teimosia e febril necessidade de um toque, de um afago, que liberte aquele aroma de flores do campo, que ainda não consegui esquecer.
Até no inverno da vida temos saudade das flores.
Aliás, sobretudo no inverno!"
______ João Morgado
em "Diário dos Infiéis"
Da linha do tempo/face de IA

domingo, 30 de novembro de 2014

As mulheres pela visão de um homem...Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação se dá de outra forma, isso quer dizer: se tem forma de guitarra... está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas. As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, carnudas... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, parecem odiar as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas.
A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não da de entrar, sem ficar psicótica, no mesmo vestido que usava aos 18. Uma mulher de 45, que entra na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua tendência a culpas. Ou seja, aquela que, quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes); quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que gosta, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos em formol, nem em spa... Viveram!
O corpo da mulher é o sagrado recinto da gestação de toda a humanidade, onde foi alimentada, ninada e, sem querer, marcada por estrias, cesárias e demais coisas que fizeram parte do processo que contribuiu para que estivéssemos vivos.
Portanto, Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto.
Paulo Coelho

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Nova iluminação da Ponte Newton Navarro será testada nesta sexta-feira



Natal, 28 de Novembro de 2014 - A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), realizará o primeiro teste da nova iluminação instalada na Ponte Newton Navarro, nesta sexta-feira (28), às 18h30min, na sede do Iate Clube. A prefeita em exercício, Wilma de Faria e o secretário da Semsur, Raniere Barbosa, ligarão a iluminação da ponte.

A iluminação será posicionada no estaiamento da ponte e também no curso da via. O material instalado é considerado o mais moderno do mundo. Os 172 projetores, do tipo Akila Floodlight, em RGB são advindos da multinacional alemã SCHRÉDER. Cada luminária possui 126 micro lâmpadas de LED, e uma potência de 200 Watts. A nova iluminação da Ponte Newton Navarro é semelhante à utilizada em monumentos mundiais, como a Torre Eiffel, na França. As cores das luzes podem ser alteradas através de comandos por computador. Outro investimento que será realizado é a substituição das luminárias de sódio, instaladas no centro da via, por vapor metálico branco.

Segundo o secretário Raniere Barbosa, a iluminação dará um visual diferenciado à ponte. “Desde o final de julho que estamos trabalhando nesta nova iluminação da ponte. O local foi alvo de vândalos e teve parte dos cabos e redes elétricas roubadas e, essa obra devolverá a beleza do equipamento e consolidará com mais belo cartão postal da nossa cidade”, comemora.

Após o período natalino, as luzes especiais permanecerão instaladas e poderão ser utilizadas em datas comemorativas, em campanhas como o Outubro Rosa e o Novembro Azul.

A empresa vencedora da licitação e executora da obra foi Enertec Construções e Serviços Ltda. O valor do investimento aplicado é da ordem de R$ 1,5 milhão, utilizado na compra dos equipamentos e também na realização dos serviços de instalação.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ser Mulher é ser pétala
na aprendizagem das flores
a bailar sozinha no roseiral em flor.
É ser semente e terra húmida,
ser estrada, tardes ou manhãs ensolaradas.
Noites escuras, misteriosas, insondáveis,
nas estranhas águas deste viver.
É ser doce luz, a um filho aquecer,
ser mulher,ser mãe,ser amante,ser fonte.
E neste bailado de cores e amores,
fantasias e êxtases, paixões sem pudores,
é ser tempestuosa e calma enseada.
Cristina Costa, poetisa portuguesa
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Ser Mulher é ser pétala 
na aprendizagem das flores
a bailar sozinha no roseiral em flor.
É ser semente e terra húmida, 
ser estrada, tardes ou manhãs ensolaradas.
Noites escuras, misteriosas, insondáveis,
nas estranhas águas deste viver.
É ser doce luz, a um filho aquecer,
ser mulher,ser mãe,ser amante,ser fonte.
E neste bailado de cores e amores,
fantasias e êxtases, paixões sem pudores,
é ser tempestuosa e calma enseada.

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Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...