sábado, 9 de janeiro de 2016

RENATO CALDAS - SAUDADES DE GUARAPARI


 
                               Antiga imagem da Praia de Guarapari?ES, disponível no Google.

Expedito Silveira depõe que Renato Caldas, dando expansão ao seu temperamento cosmopolita, conheceu o Brasil de ponta a ponta, nas suas intermináveis andanças de romântico caminheiro.

Pois bem. Em 1964 Renato Caldas fora convidado pelo governador do Espírito Santo, Francisco Alves de Athayde que era entusiasta da poesia Renatocaldiana, para que ele fizesse uma temporada na cidade de Vitória/ES,apresentando o seu trabalho, a sua arte poética irreverente, ao povo capixaba. Toda sua estadia seria custeada pelo governo do estado Capixaba. Convite aceito, Renato partiu. Após uma apresentação que durou mais ou menos um mês, retornou ao Rio Grande do Norte, a sua cidade de Assue e, dias depois, escreveu o poema intitulado Saudades de Guarapari, em homenagem a uma das praias do litoral Espirito-santense, cujos versos, seu sobrinho Chico Elion (nome artístico de Francisco Elion Caldas Nobre) musicou. Vejamos o referenciado poema canção, para o nosso bem estar:

Guarapari é a praia da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se derrama
Tudo vive e tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abandono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.

Fernando Caldas

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O BARRACÃO DE RENATO


Renato Caldas, no seu tempo de rapaz, além de poetizar com irreverência e graça, gostava de umas presepadas (no bom sentido). Pois bem, certa vez, era época da construção da estrada carroçável (começo da década de trinta) que liga Assu a Mossoró/RN, instalou um barracão (estabelecimento comercial de venda de cereais), para vender fiado aos peãos daquela obra. Os empregados receberam o pagamento da empreiteira e nada de pagamento a Renato. Não deu outra, caiu em dificuldade financeira, porém não desistiu do negócio, colocou uma placa conforme inscrição abaixo, em letras garrafais, trovinha de autoria de Jayme Wanderley, que diz assim:

Para não haver transtorno
Aqui no meu barracão,
Só vendo fiado a corno,
Filho da puta e ladrão.

ASSU - A ATENAS NORTE-RIOGRANDENSE


Em tempos que já vão distantes, o Assú primou pelo seu amor às Letras e pela sua dedicação às Artes. Seu povo tinha em alta conta o desenvolvimento da Inteligência e o apogeu da Cultura. A sensibilidade era a sua constância. Dotados de um acentuado senso artístico, os seus filhos alinhavam os seus propósitos e as suas tendências no sentido do aperfeiçoamento e do evoluir cultural.

Enamorados do Belo, tinham a percepção do seu encantamento, do seu êxtase e do seu predomínio na estrutura espiritual. Tamanha era essa desenvoltura, esse apego, esse apaixonamento, que, em última análise, se poderia pensar serem esses atributos um sentimentalismo congênito ou então seria uma predestinação atávica ou uma determinação biológica.

O certo é que esse afeiçoamento ao gosto, esse querer à Estética tinha o poder mágico de contaminar o meio ambiental. A espontaneidade das revelações no domínio das belas-artes surpreendia. A disputa na conquista de uma escalada maior no aprimoramento do espírito, como que despertavam as energias telúricas, os entendimentos nativos, convergindo as idéias para o ponto centralizador que outro não era senão a ganância do Saber.

Campo fértil às atividades do Pensamento, as culturas filosóficas eram assimiladas, aproveitadas para o encadeamento, o entrosamento de uma organização de feitio literário capaz de, pela sua objetividade, propiciar o granjeio de conhecimentos especializados. Havia, nessas épocas que já descambam para o esquecimento, uma sintonização mental criando uma mentalidade propiciatória aos elevados empreendimentos sociais e recreativos: Velhos e moços se aglutinavam, se harmonizavam e se entendiam na promoção de tertúlias literárias destinadas a acelerar, a desenvolver e a intelectualizar o meio ambiente.

Daí, em nossa terra, ter tido a Imprensa, a poesia, o jornalismo, o teatro e a música relevante destaque em nível de Estado. Há na nova geração um fenômeno assustador. É o alheamento ao pretérito. É tão acentuado, que difícil se torna ao pesquisador concatenar acontecimentos, às vezes muito remotos, se tiver que confiar na veracidade do seu depoimento, não por mistificações, acreditamos, porém, por desapego, desinteresse às cousas do passado (*).

No ano de 1922 Ezequiel Wanderley - poeta, cronista e dramaturgo, planejou e editou um livro que recebeu o apoio de intelectuais e do governo do Estado. Este livro recebeu o título de “POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE” reuniu trabalhos e biografias de 108 poetas nascidos no território potiguar. Sua publicação foi autorizada pelo então governador do Estado Sr. Antonio de Souza, fundamentado na Lei nº 145, de 06 de agosto de 1900. 

A antologia em bem pouco tempo tornou-se obra rara. Dos 108 poetas do Rio Grande do Norte, da época, 28 eram assuenses e deste total, doze assuenses pertenciam à Academia Norte Rio Grandense de Letras. 

Em decorrência desta presença, tanto no livro quanto na Academia, e levando em consideração o relevante destaque do município no que concerne a literatura (primeiro jornal do interior – O Assuense – foi lançado em Assú), primeiro Médico, primeiro poeta e primeiro romancista do Estado foi o assuense Dr. Luiz Carlos Lins Wanderley, primeiro carnaval de rua foi em Assú. E ainda, pela singular presença da cidade no ramo do teatro, na música e nas realizações de festas populares e folguedos como: São João, pastoril, lapinha, bumba meu boi, calungas, entre outras, fez com que os intelectuais do Estado atribuíssem ao Assú os seguintes epítetos culturais: “Terra dos Poetas” “A Atenas Norte-Riograndense”, esta última, comparando o Assú a capital da Grécia, Atenas - solo onde nasceram e viveram os maiores pensadores e artistas da antiguidade. 
A partir desta publicação de 1922, até os dias atuais, o Assú tem mantido estes pseudônimos, diga-se de passagem com muitas dificuldades. No entanto, ainda encontramos na cidade, remanescentes destas tradições, sobretudo, na arte musical, na literatura e na poesia. 

Muita coisa precisa ser feita e trabalhada para que nossos jovens despertem para manterem estas tradições. O governo (municipal, estadual e federal) precisa investir em cultura. A população precisa se movimentar e começar a produzir. Especialmente a classe jovem, estudantil. 

Lá fora somos reconhecidos como: “Terra dos Poetas”, “A Atenas Norte-Riograndense”. E em Assú? Será que fazemos por onde para permanecermos sendo reconhecidos culturalmente? Certamente, dependerá da ação de cada assuense nesta linha de conscientização. Só o tempo dirá.

(*) Esse relato é parte da crônica de apresentação do livro “História do Teatro no Assú”, de Francisco Amorim, publicado no ano de 1972.
FONTE: Livro Poetas do Rio grande do Norte – Ezequiel Wanderley – 2ª Edição – 1993
Assú – “Atenas Norte-Riograndense” – João Carlos Wanderley - 1966.
Do blog: http://assunapontadalingua.blogspot.com.br/



Posso ser mesmo processado por um ‘simples comentário’ na Internet?

Publicado por Maykell Felipe Moreira 

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Posso ser mesmo processado por um simples comentrio na Internet
Primeira coisa a ser dita é que não existe essa equivocada ideia do 'simples comentário na internet'. Não existe absolutamente nada na internet que seja tão simples assim. Seria como dizer 'um simples comentário em praça pública'. Experimente bem cedo, logo pela manhã, sair na porta da sua casa, estufar bastante o peito e gritar em alto e bom som a primeira coisa estúpida que vier a sua mente. Não demorará muito para que todos os seus vizinhos estejam à porta, te fitando com aquele olhar sinistro, do tipo que indaga, de pronto, sobre a sua sanidade mental. Em suma, quando expomos nosso pensamento numa web-page muito frequentada, essa mensagem vai ecoar num parâmetro dimensional tão grande que não teremos o menor controle no que concerne até onde essa informação irá reverberar. É um típico tiro no escuro, não dá pra prever onde ou em quem vai pegar.
Feito essas colocações, passo à próxima questão. Tenho observado que algumas pessoas tem comportamentos bem curiosos na internet, dignos de serem estudados pela ciência comportamental e psíquica. No dia a dia, muitas vezes mostram-se simpáticas, cordiais, e algumas até muito recatadas, tímidas, ou enrustidas, todavia, quando o assunto é a rede mundial de computadores, encarnam o verdadeiro monstro da selva, o 'diabo da tasmânia' em pessoa. O abominável urso polar do lago negro da neve de Springfield domina a sua alma, e o indivíduo se acaba todo de tanto desferir farpas nas redes sociais desse mundão digital afora. Passado o efeito da droga, veste o seu pijama, toma o seu copo de leite quente com rosquinhas rivotrílicas, e dorme como um anjo – pelo menos até o dia seguinte.
Vez ou outra, todo aquele que se utiliza muito das redes sociais – como é o meu caso e de muitos outros ‘jusbrasileiros’ – acaba passando por esse tipo de situação. Nessas horas devem prevalecer a calma, a razão e a serenidade. Discutir é uma hipótese totalmente descartada, diga-se de passagem.
Como dito, não é raro nos depararmos com situações assim. Basta começar uma reflexão sobre um tema polêmico, uma ‘crítica’, uma ‘crônica’, um bordado literal que seja, e já é possível sentir os tambores tocarem do outro lado da telinha. É o ritual macabro de preparação daqueles que, muitas vezes nem entenderam a sua proposta textual, e já encorpam o ‘gato guerreiro’.
Pessoas assim não conseguem apenas ler, fazer suas ponderações críticas, e após isso, deixarem o espaço público digital, respeitosamente. Isso não é suficiente para elas, entrar em cena passa a ser uma espécie de compulsão. Algumas pessoas, de fato, vão para a internet extravasar as suas mazelas, fazerem aquilo que, sob o escudo do anonimato, tem a ousadia peculiar que lhes faltam na vida prática diária.
Assim, sempre é bom estar preparado e com o estado de espírito equilibrado, e acima de tudo, encoberto pela graça divina. Antes de tudo, é preciso ter segurança e convicção sobre as suas idéias, confiar naquilo que escreve, e estar pronto para receber as críticas, digeri-las, absorver o que é proveitoso, e descartar o que é inútil. Nada é uníssono, aliás, é bom que a discussão ocorra, pois isso traz crescimento, se feita da maneira saudável e inteligente. Ademais, assim como em tudo na vida, na hora de discutir, criticar ou expor ponderações, deve haver respeito, razoabilidade e flexibilidade para se abrir aos argumentos opostos, ainda que não os endosse ao final.
A internet nos ensina que, mesmo nesse meio há regras a serem observadas e seguidas para o bom e harmonioso convívio. Assim como não há ‘autotutela’ no mundo prático, no mundo virtual também não o é permitido.
O nosso dicionário virtual, nos traz um conceito interessante, conhecido como ‘netiqueta’ – derivado “do inglês "network" e "etiquette" – é uma etiqueta que se recomenda observar na internet. A palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas palavras: o termo inglês net (que significa "rede") e o termo "etiqueta" (conjunto de normas de conduta sociais). Trata-se de um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações via internet, especialmente em e-mails, chats, listas de discussão, etc”.
Certamente que entre essas regras comportamentais do mundo virtual, as mais importantes, ao nosso ver, decorrem diretamente de:
  1. Respeitar para ser respeitado e tratar os outros como gostaria de ser tratado.
  2. Entender que o autor do texto não é o seu inimigo, ele não está ali como um radical xiita, e ainda que fosse, deveria tratá-lo respeitosamente. Punir, só cabe ao judiciário.
  3. Lembrar-se de que dialogar com alguém através do computador não o isenta das regras comuns da sociedade, por exemplo, o respeito ao próximo.
  4. Usar sempre a força das idéias e dos argumentos. Nunca responder com palavrões ou ofensas, como por exemplo, tentar atacar a imagem ou fazer suposições sobre o caráter da pessoa, simplesmente estereotipando-a pelo tipo de linha intelectual que defende.
  5. Apesar de compartilhar apenas virtualmente um ambiente, ninguém é obrigado a suportar ofensas e má-educação.
  6. Evitar ser arrogante ou inconveniente.
  7. Em fóruns e listas de discussão, deixar o papel de moderador para o próprio moderador.
Outro dia desses, passei por uma situação um tanto cômica – se não fosse trágico, por assim dizer –. Após postar um artigo na internet, cujo assunto tenho um certo domínio pois atinente a minha área de trabalho, fui surpreendido com mensagem de uma internauta, que revoltada com o meu ponto de vista, me imputava críticas como se eu fosse quase que um grande vilão do direito ou uma espécie de terrorista jurídico, apenas como dito, por defender uma visão jurídica que ela, opostamente, não compartilhava. E olha que nem se tratava de nenhum tema polêmico de cunho político ou religioso. De modo algum, mencionaria quaisquer outros dados aqui, inclusive para preservar a sua imagem. Todavia, como sempre aconselho aos meus clientes e amigos, fiz os print’s das mensagens e guardei, acaso porventura, me arrependa de não processá-la.
Como advogado, também atuante nessa área indenizatória, o que sempre aconselho às pessoas é que, quando fizerem uma crítica num local público, sejam o mais respeitosas possível aos titulares da mensagem atacada - pois, a página de um profissional é também o seu recinto laboral, o seu terreno sagrado, mais ainda, é a ‘extensão digitalizada e virtual do seu escritório físico', por conseguinte, é o um viés extensivo da sua própria vida pessoal e laboral, protegida constitucionalmente como direito e garantia fundamental, haja vista que, ali clientes e admiradores do seu trabalho mantêm trânsito constante e livre – desse modo, o fato de ingressar no 'local profissional ou pessoal' de uma indivíduo (cuja Constituição trata como 'extensão da sua própria casa') para lhe desferir farpas 'estereotipadas' a respeito da sua índole, do seu caráter, ou qualquer outro tipo de apontamento desrespeitoso que traga ‘sofrimento íntimo à sua honra’, pode trazer consequências jurídicas graves, tanto na esfera criminal com o na esfera civil, com efeitos financeiros em favor da vítima.
Caramigo (2014) explica que:
(...) qualquer imputação (opinião) pessoal (insultos [...]) de uma pessoa em relação à outra, caracteriza o crime de Injúria. “(...) Injuriar alguém, significa imputar a este uma condição de inferioridade perante a si mesmo, pois ataca de forma direta seus próprios atributos pessoais. Importante ressaltar que, neste crime, a honra objetiva também pode ser afetada. No crime de Injúria não há a necessidade que terceiros tomem ciência da imputação ofensiva bastando, somente, que o sujeito passivo a tenha, independentemente de sentir-se ou não atingido em sua honra subjetiva. Se o ato estiver revestido de idoneidade ofensiva, o crime estará consumado”.
Sabemos que, em relação à competência territorial para julgar essas lides, o tema ainda é um tanto tormentoso, ademais haja posições em ambos os sentidos, a mais aceita na jurisprudência tem sido a esposada no acórdão oriundo do TJ-PR no qual restou assentado que: “(...) nos crimes cometidos via internet a jurisprudência já se manifestou no sentido de que o local consumativo é onde são recebidas as mensagens eletrônicas.”[1]
Para efeitos práticos no que concerne aos aspectos da competência territorial, deixamos aqui, um breve apanhado feito pelo professor Luiz Antônio Borri, que pode em muito ajudar os interessados.
“a) Crime contra a honra julgado pelo juizado especial criminal tem a competência regulada pelo local onde o querelado praticou a ação delituosa;
b) Crime contra a honra julgado pela justiça comum:
  • Crime de injúria – a competência será do juízo onde a vítima tomou ciência das mensagens publicadas nas redes sociais;
  • Crimes de calúnia e difamação – o foro competente será aquele onde terceiros obtiveram ciência dos termos ofensivos;
  • Em qualquer caso, não sendo possível apurar os locais mencionados anteriormente, abrem-se duas possibilidades:
  • O foro competente será o lugar do domicílio ou residência do réu; ou,
  • Sendo desconhecido, a competência será regulada pela prevenção”.
Retomando a questão central, é cediço reforçar que, ofensas discriminatórias e estereotipadas que vilipendiem o íntimo do indivíduo ou mesmo que gerem depreciação da sua imagem no seu ambiente social e de trabalho, são atos injuriosos passíveis de condenação pecuniária ressarcitória, quiçá efeitos penais.
Uma imagem profissional custa anos de dedicação e investimento para ser construída, todavia, carece apenas de uma cinza lançada ao vento para virar um braseiral em chamas.
Por concluir, que fique muito claro isso – a internet é um ambiente como qualquer outro, como uma via pública, por exemplo, onde todos têm o direito de ir e vir livremente, freqüentar espaços abertos ao público, entrar e sair sem pedir permissão, inclusive podendo tecer comentários ou críticas sobre aquilo que lhes sobressalta aos olhos, entretanto, nunca abandonando o respeito e a polidez, pois, nem nas ruas tão quanto nas redes sociais, lhe é permitido 'usar de presunções ou subsunções infundadas no que concerne ao profissionalismo ou o caráter das pessoas, principalmente, quando este se encontra em circunstância de exposição pública, onde tais 'injuriações', podem ter um peso e repercussão ainda maior, vez que macula sua imagem frente aos seus clientes e seguidores.
Enfim, escrever é como dirigir, sem um bom e lúcido condutor, é possível ferir ou até tirar vidas.
REFERÊNCIAS.
_______________Netiqueta. Regras de Etiqueta na Internet. Acesso em 05 de janeiro de 2016. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Netiqueta. 2016.
BORRI, Luiz Antonio. Competência nos crimes contra a honra cometidos pela internet. Acesso em 06 de janeiro de 2016. Disposnível em: http://www.conjur.com.br/2012-out-09/luiz-borri-competencia-crimes-honra-cometidos-internet. Consultor Jurídico. 09 de Outubro de 2012.
CARAMIGO, Denis. Calúnia, difamação e injúria: Estudo acerca dos crimes contra a honra, destacando as principais diferenças entre calúnia, difamação e injúria. Acesso em 06 de Janeiro de 2016. Disponível em: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8387/Calunia-difamacaoeinjuria. Direitonet, 08 de Março de 2014.
[1] TJPR - 2ª C. Criminal - AC 600960-3 - Maringá - Rel.: José Mauricio Pinto de Almeida - Unânime - J. 10.05.2010.
 

Advogado e Servidor Público Federal
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce. Advogado Administrativista e do Consumidor - especialista em concursos públicos e danos pela Internet. Servidor Público Federal no Instituto Nacional do Seguro Social. Ocupou Funções como de Chefe de Seção Especializada de Benefíci...

10 lugares gratuitos ou baratinhos pra você curtir as férias com as crianças em Natal e RN

No período de férias escolares a criançada quer o que? Diversão, é claro! E tem todo o direito! Para ajudar aos papais nessa missão de garantir a alegria da criançada sem ir a falência, aqui estão 10 lugares em Natal e arredores que são gratuitos ou baratinhos e que são bastante recomendáveis para crianças. Alguns deles são educativos também.

1. Parque das Dunas (Bosque dos Namorados)

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O Parque das Dunas é a segunda maior reserva de Mata Atlântica do país, ficando atrás apenas da Floresta da Tijuca, no RJ.

Ao todo são 1.172 hectares de floresta que não só embeleza, como é fundamental para a cidade, nos garantindo literalmente sombra e água fresca, com a regulação do clima, purificação do ar e recarga do aquífero subterrâneo.

A entrada do parque fica no Bosque dos Namorados, no bairro de Tirol.  Lá, além de brinquedos, espaço para andar de bicicleta, fazer caminhada e mesinhas de pique-nique. Também show gratuito nas tardes de domingos, com o projeto Som da Mata. E três trilhas: a Peroba, Perobinha e a Ubaia Doce.
A Perobinha é um percurso menos de 40 minutos e a Peroba leva em média 1h30 e tem também a Ubaia Doce de 2h30, recomendada para adultos.

Para participar das trilhas que saem 4 vezes por dia, duas pela manhã e duas a tarde, é necessário fazer o agendamento por email parquedasdunas@rn.gov.br.

A taxa é de apenas R$ 1 por pessoa. E as trilhas são feitas em companhia de um guia, normalmente estudante de biologia ou ecologia, e um guarda ambiental.

No Parque ainda é possível ver alguns bichos da fauna nativa, com destaque para o saguis, macaquinhos, que sempre dão o ar da graça.

O horário de funcionamento do parque é de terça a domingo, das 8h às 18h.
Endereço: Avenida Alexandrino de Alencar, Tirol. Telefone: (84) 3201-3985

2. Aquário Natal

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Natal tem o maior aquário do Nordeste, o único com pinguins e também onde se pode tocar em tubarões. O Aquário de Natal, que também é um centro de tratamento de animais, fica na praia da Redinha Nova, no caminho para a famosa praia de Genipabu.

Recentemente chegou por lá uma novidade: mergulhos acompanhados de um instrutor de mergulho com certificado em um grande aquário com mais de 260 mil litros de água salgada, onde é possível ter contato com animais marinhos como 5 tubarões lixa, tartaruga verde, peixes de recifes de corais, entre outros.

Os mergulhos ocorrem com hora marcada, com um valor diferenciado, e é necessário agendar diretamente com o aquário. Já a visita pode ser feita a qualquer dia da semana, entre às 8h e 17h. A entrada custa R$ 15 adulto e R$ 7 meia entrada.

Endereço: Av. Litorânea, 1091, Redinha, Extremoz.

4. Lagoa do Carcará

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A Lagoa de Carcará é chamada por alguns de “Caribe potiguar”. Com águas cristalinas de tonalidades azul e verde,  areia branca e coqueiros, a lagoa é um verdadeiro paraíso. E para as crianças ainda tem brinquedos com pedalinhos e caiaque.

A lagoa pertence ao município de Nísia Floresta, e fica a 43 km de Natal.  O acesso é um pouquinho difícil, mas dá para chegar. Indo pelo caminho das praias (Rota do Sol), deve-se seguir pela direita ao chegar à rotatória de Tabatinga. Mais a frente haverá uma entrada para uma estrada de areia, que infelizmente nem sempre estará sinalizada. A dica é: quando observar uma igrejinha no alto de uma propriedade, siga pela pela direita na bifurcação. E depois o jeito é perguntar!
A diversão é garantida e gratuita!

5. Pipa

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As crianças certamente irão adorar a praia de Pipa porque lá tem muitas opções de lazer. A maioria gratuita ou com preço bem acessível, por exemplo: nadar com golfinhos na Baía dos Golfinhos, fazer trilha no Santuário ecológico, andar de caiaque na Lagoa Guaraíras, ir até o Chapadão de Pipa, além de ter aulas de surf, arvorismo e tirolesa.

6. Árvore de Natal

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Durante o mês de Dezembro acontece o “Natal em Natal”, que tem uma extensa programação cultural na zona Norte e na zona Sul da cidade. Na árvore de Natal tem apresentação do espetáculo O Milagre da Fé e de aristas locais e nacionais. Tem também a casa do papai Noel, fadinhas, reis magos, trenzinho da alegria. Tudo gratuito.

A programação completa do Natal em Natal.

7. Barreira do Inferno

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Apesar do nome, a Barreira do Inferno pode ser sim um lugar interessantíssimo para as crianças. Trata-se de um Centro de Lançamento de Foguetes da Força Aérea Brasileira, o primeiro da América do Sul, em funcionamento desde 1965.

O centro, que fica na Rota do Sol, em direção ao litoral sul, está aberto a visitação gratuita, mas é necessário fazer agendamento.

A Barreira do Inferno funciona todos os dias, das 9h às 16h30. Faça o agendamento por telefone: (84) 3216-1455 ou pelo e-mail: visitaclbi@gmail.com.

8. Maior Cajueiro do Mundo

Cajueiro de Pirangi -maior do mundo (por: Megalume)

Cajueiro de Pirangi -maior do mundo (por: Megalume)

A árvore atualmente possui uma área em torno de 10.000 m², o que equivale a cerca de 100 árvores de porte normal. E se não fossem os limites seu crescimento estima-se que ele já poderia ter alcançado uma área de 40.000 m², pois seu desenvolvimento está a pleno vapor.

O cajueiro, segundo os antigos, tem ente 110 e 120 anos. E o seu crescimento extraordinário deve-se a uma anomalia, chamada de fitoteratológica.  Diferente dos cajueiros convencionais, ele não tem apenas um tronco. Do tronco original saíram dezenas de galhos que, posteriormente, se transformaram em troncos, porém todos eles dependem do tronco principal.

O Maior Cajueiro do Mundo foi registrado como tal no Guiness Book em 1994. Sua produção anual gira entre 70 a 80 mil cajueiros, o que corresponde a 2,5 toneladas. Para quem deseja saborear o seu caju, o período de safra vai de novembro a janeiro. Aos visitantes é permitido colhê-los com as mãos.

Na área da árvore há lojas de artesanatos e um mirante de onde se tem uma visão panorâmica dela. Há também guias preparados para contar a história do famoso cajueiro.
A visitação pode ser feita diariamente das 7h30 às 17h30.

Entradas

Adulto inteira: R$ 5
Estudante c/ carteira: R$ 2.50
Idoso: R$ 2.50
Criança de 7 aos 12 anos pagam: R$ 2.50
Criança abaixo de 6 anos não paga.
 Telefone: (84) 3238.2975

9. Planetário

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O Planetário de Parnamirim é o único do estado e o terceiro da região Nordeste. O lugar conta com 53 cadeiras, que pra quem não sabe, ficam ao redor de um aparelho semelhante a um semi-globo, que reproduz as imagens do céu geradas pelo computador na cúpula central da sala.

O Planetário está aberto a visitação de terça à sexta-feira, através de agendamento prévio para sessões escolares (escolas, universidades e grupos turísticos) e aos sábados com sessões públicas nos das 15h30 e às 17h. Todas as sessões contam com a participação de um professor astrônomo.
Entrada: R$ 4 (inteira), e também aceita-se meia entrada.

Telefones: (084)3643-3931/3645-2023
Endereço:  Avenida Castor Vieira – Bairro Cohabinal, Parnamirim. A rua é paralela à BR 101 no sentido sul.

10. Cidade da Criança

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A Cidade da Criança reabriu após seis anos interditada, e como o próprio nome já diz é o local mais apropriado para levar seu filho nas férias. O espaço, que marcou a infância de muitos natalenses, tem lagoa com pedalinho, parque infantil, biblioteca e igrejinha, e também conta com lanchonetes e ambulantes para quando bater a fome ou a sede. Lá também sempre tem programações especiais com shows, brincadeiras e etc. A entrada é gratuita.

O horário de funcionamento da Cidade da Criança é de terça a domingo, das 6h às 18h.

Informações: (84) 3201-8006

De:http://curiozzzo.com


7 QUESTIONAMENTOS SOBRE CORRIGIR O PORTUGUÊS ALHEIO EM PÚBLICO

 
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Fonte – http://www.s1noticias.com/
Sim, eu já corrigi Português dos outros, mas também já fiquei extremamente constrangido quando descobri tardiamente que “a gente” não era “agente” e eu morro de vontade de dizer isso para alguns amigos meus que estão por  escrevendo tal expressão de forma errada. Mas, no meio desse dilema, penso que embora eu queira que todos falem um Português correto, tenho algumas ressalvas quanto a sair por aí bancando um professor chato, e quero dividi-las com vocês:
1 – Perto do Google todo mundo é Pasquale
É muito raro alguém ter um Português irretocável. Na era digital temos o auxílio do companheiro Google, e jogar na caixa de pesquisa para que o sistema deduza a forma correta de escrever é algo tão comum, que às vezes as pessoas até se esquecem de que todo mundo em algum momento levanta dúvidas tidas como vergonhosas pelo senso comum, só que claro, sem ninguém saber – apenas o Google. Posso afirmar que já vi mais da metade das pessoas que eu vejo oprimindo de forma hipócrita quem erra Português cometendo também erros banais de Gramática.

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Fonte – http://lounge.obviousmag.org/
2 – É a língua portuguesa que nos serve, não ao contrário
As pessoas quando questionadas sobre o motivo de não aceitarem erros de Português atribuem tal fato a justificativa do bonito ou feio. Ora, sabemos bem que esse tipo de adjetivação é completamente subjetiva e relativa. Ao pensarmos que a Gramática sofre diversas transformações, e novas normas adentram ao padrão culto e outras são descartadas, concluímos que a mesma é apenas uma convenção, que a língua é dinâmica, justamente para atender a uma demanda de quem se comunica. Se o emissor consegue comunicar o que ele quer dizer mesmo errando algo e o receptor compreende a mensagem, não existe um motivo razoável para que se crie um reboliço em cima disso, uma vez que a ideia transmitida foi entendida corretamente.
3 – Achar que a forma de falar da sua cidade é a certa é preconceito linguístico
É muito comum os nativos de cidades grandes acharem que apenas o jeito de falar local, incluindo o sotaque, é o correto. O Brasil é um país cheio de pluralidades, grande em extensão, e se constitui por regiões que vivem de diferentes influências culturais. É completamente plausível que existam regionalismos e maneirismos na forma de comunicação que ultrapassam uma suposta obediência a qualquer que seja o padrão linguístico de determinada cidade mais influente. Nesse caso existe um predomínio de crença ao invés de conhecimento, e o preconceito acaba se revelando por parâmetros irracionais.

Mudanças na Lingua Portuguesa
Fonte – http://ewermalabru.blogspot.com.br/
4 – Existe muito de elitismo em julgar o Português dos outros
Mesmo sabendo que deficiências no Português não são uma exclusividade das camadas mais humildes, é importante considerar que muita gente não teve o mesmo acesso que você à Escola; que infelizmente não frequentou um Colégio porque tinha demandas mais urgentes a serem atendidas, ou simplesmente não teve um ensino de qualidade. Muitas das brincadeiras depreciativas em relação ao erro de Português são relacionadas às classes sociais. Se você notar, no discurso explicativo sobre o porquê da correção, sutilmente percebe-se que os patrulheiros gramaticais pensam o erro de Português como algo vergonhoso por ser “coisa de pobre”.  E mesmo aos que tiveram todas as oportunidades: quem disse que nossas gavetas cognitivas são iguais? As pessoas não possuem memórias equivalentes, elas não aprendem de forma igual, existem palavras tidas como bobas, que por algum motivo não são memorizadas por nós na época de Escola, e não existe nenhuma lei que obrigue ou convencione a idade certa para que você aprenda uma determinada palavra. Existem também as gírias, muitas vezes tidas como tóxicas à linguagem, quando na verdade são códigos de comunicação que servem como instrumentos de formação de identidade em um determinado grupo ou espaço comum, e mesmo que se trate de um coloquialismo, como dizer que essas palavras são erradas?

lingua-portuesa
Fonte – http://blog.ambracollege.com/a-lingua-portuguesa-no-mundo/
5 – Quando você corrige alguém a pessoa geralmente se sente mais constrangida do que ajudada
Eu imagino que alguns vão generalizar e achar que estou fazendo uma apologia ao erro de Português, quando na verdade estou apenas propondo uma reflexão sobre os efeitos causados por quem tripudia ou alardeia em público o erro alheio. Sempre que eu vejo gente corrigindo alguém na frente dos outros, ou postando terrorismos em relação aos erros de linguagem no “Facebook”, só consigo enxergar um opressor se autoafirmando e tentando diminuir o outro, apenas para ostentar uma suposta superioridade linguística. Isso acaba mostrando apenas um cidadão tentando provar que sabe mais, para talvez alimentar as carências do próprio ego, dentro daquela medíocre lógica comparativa que fortalece uma autoinsegurança em cima de uma insuficiência alheia.
6 – Você pode aprender muita coisa, inclusive com quem diz “nóis vai”
Estamos sempre em estado de vigília em relação ao paradoxo nos outros. Costumamos desconfiar de um “Personal trainer” que é gordo ou de um pneumologista que fuma, ou de um dentista com uma arcada desarmônica. Lembro-me de uma professora no meu curso de Pedagogia – em plena Universidade de São Paulo – que flexionava frases erradas na linha “nóis vai”, e eu me perguntava como aquela mulher estava ali me ensinando sobre como lecionar em uma Faculdade cheia de exigências no quesito “competência acadêmica”. A matéria era sobre “Políticas para portadores de necessidades especiais”, e o conteúdo me foi de extrema valia, elevou meu olhar, me fez desconstruir preconceitos, agregou-me novas perspectivas sobre a inclusão e no fim do semestre me dei conta de que independente do Português falho dessa docente eu havia aprendido muito sobre aquele tema. E mesmo se sairmos da esfera dos intelectuais e pensarmos em uma pessoa de situação humilde: você acha mesmo que só porque o seu Português é falho, não tem nada o que aprender com ela?
7 – Haters, quem são?
Existe uma patrulha, que costuma cultivar um tipo de hostilidade gratuita, que vai além da importância do objeto criticado. Um “Hater” é aquele tipo de pessoa que precisar vencer discussões, e que geralmente caça assuntos polêmicos e perde horas elaborando discursos embasados, apenas para provar que estácerto. Precisam chamar a atenção, mesmo que isso os transforme nos vilões da historia. Um Hater geralmente não odeia o Português dos outros, ele apenas ama odiar qualquer coisa.
Autor – Eduardo Benessi
Fonte – http://www.entendaoshomens.com.br/7-questionamentos-sobre-corrigir-o-portugues-alheio-em-publico/


P.S. – Fugindo um pouco de temas históricos e publicando um texto que achei interessante.

De: tokdehistoria.com.br



  Assu Antigo (TEXTO DO JORNALISTA E ESCRITOR CELSO DA SILVEIRA, PUBLICADO NO DIÁRIO DE NATAL, 1983, RECHEADO DE VERDADES, TEMOR, FICÇÃO SOB...