terça-feira, 23 de julho de 2019

segunda-feira, 22 de julho de 2019

15 ANOS SEM LEONEL BRIZOLA, O SÍMBOLO DA ESQUERDA NACIONAL

Brizola governou dois estados, comandou a resistência ao Golpe de 1964 e quase foi presidente do Brasil

VALENTINA NUNES PUBLICADO EM 21/07/2019
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De família muito pobre, o gaúcho Itagiba de Moura Brizola só mais tarde virou Leonel, ao adotar o nome de um líder maragato da revolução gaúcha de 1923. Filho de José de Oliveira e Onívida de Moura, Brizola nasceu em 22 de janeiro de 1922, no pequeno povoado de Cruzinha, no município de Carazinho, cidade do Rio Grande do Sul que na época pertencia a Passo Fundo. Dali saiu para se tornar técnico rural, em 1939, e se formar em engenharia, em 1949, mas não sem antes trabalhar como engraxate e, depois, como ascensorista.
Um dos principais opositores da ditadura de 1964, e um dos líderes da esquerda brasileira, com intensa atuação na política até sua morte em 21 de junho de 2004, Brizola, segundo o Diário Oficial da União, entrou em 29 de dezembro de 2015 para o Livro dos Heróis da Pátria, que fica em exposição permanente no Panteão da Pátria, em Brasília, e homenageia pessoas que tiveram papel importante na história do Brasil.
Sua trajetória política começou entre 1945 e 1949, enquanto estudava engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e já fazia parte do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em 1947, foi eleito deputado estadual; tendo sido reeleito em 1950, cumpriu o mandato por um ano até ser nomeado secretário estadual de Obras.
Brizola retorna do exílio, em Foz do Iguaçu / Créddito: Reprodução
Na época, Brizola já namorava com Neusa Goulart, irmã do também deputado estadual petebista João Goulart, o Jango, mais tarde eleito vice-presidente da República na chapa de Jânio Quadros. De seu casamento com ela nasceram três filhos.
Em 1954, foi eleito novamente pelo PTB, dessa vez deputado federal, chegando à prefeitura de Porto Alegre no ano seguinte. Eleito governador do Rio Grande do Sul com imenso apoio popular, em 1958, adotou medidas impactantes. Entre elas a implantação da reforma agrária e a estatização de empresas multinacionais. Em maio de 1959, o governo gaúcho encampou a Companhia de Energia Elétrica Rio-Grandense, filial da norte-americana American & Foreign Power Company.
A trajetória nacional de Brizola como líder de esquerda começou a se consolidar a partir da renúncia do presidente  Quadros, em agosto de 1961. Diante do veto dos ministros militares à posse do vice, João Jango Goulart, o caudilho gaúcho ocupou as rádios Guaíba e Farroupilha, em Porto Alegre, para formar o que chamou de Cadeia da Legalidade. O objetivo de Brizola era aglutinar as forças populares.
Governador do RJ, Brizola trocou arma de brinquedo por livros para as crianças e fez uma fogueira para comemorar / Crédito: Reprodução
Em 1962, Brizola conseguiu a façanha de se reeleger deputado federal, ainda pelo PTB, mas dessa vez pelo antigo estado de Guanabara, atual Rio de Janeiro. Recebeu 269 mil votos, a maior votação então registrada. Assumiu no ano seguinte a cadeira na Câmara, de onde exigia de Jango, o cunhado presidente, a implantação das Reformas de Base agrária, bancária e tributária.
Cassado pelo golpe militar de 1964, Brizola foi para o exílio no Uruguai. Em 1977, acusado de violar as normas do exílio, foi expulso e acabou indo morar em Lisboa, até 1979. Anistiado e de volta ao Brasil, perdeu a sigla PTB para o grupo político de Ivete Vargas, sobrinha-neta de Getúlio, e, em 1980, criou o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 1982 foi eleito governador do estado do Rio de Janeiro, sendo reeleito em 1990.

Reportagem retirada do Livro 365 dias de mudaram o Brasil, da autora Valentina Nunes, Editora Planeta do Brasil, (p. 52, 53).




Do prazo para envio da multa de trânsito


Tomo a liberdade de compartilhar uma situação que aconteceu comigo com a finalidade de esclarecer qual conduta tomar nestes casos. A situação se refere a multas de trânsito. Em duas ocasiões recebi notificações de autuação por infração de trânsito que ocorreram há muito tempo atrás, a mais de seis meses. Ao receber a notificação do Órgão de Trânsito toma-se um susto, pois nem se recorda mais se realmente esteve naquele local ou se realmente cometeu-se aquela infração de trânsito que ali se encontra descrita. 

Fica-se com a sensação de que está sendo notificado por uma infração à qual não corresponde com a realidade, não foi realmente cometida. E ai surge a pergunta: o que fazer? Pagar a multa e amargar a dúvida de estar pagando por algo que talvez não tenha cometido? Ou buscar uma saída amparada pela legislação? O que a legislação diz nesses casos? A legislação é muito clara principalmente no nosso Código de Trânsito Brasileiro, Lei 9.503/97, que diz no parágrafo único do artigo 281 que o auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação. E ainda no artigo 6º da Resolução 248/2007 do CONTRAN diz que na impossibilidade da notificação nos termos do § 1º do artigo anterior, será expedida a Notificação da Autuação ao infrator no prazo máximo de 30 (trinta) dias da data da constatação da infração. 


O que isto significa? Sendo constatada a infração de trânsito e sendo lavrado o auto de infração, onde se descreve o tipo da infração, o local, data e hora do cometimento da infração, caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua identificação, este auto de infração deverá ser expedido e encaminhado ao proprietário do veículo objeto da infração, caso o condutor não tenha sido identificado no ato, dentro do prazo máximo de trinta dias a contar da data da infração. Essa é a notificação de autuação de infração de trânsito. Aqui há uma pequena divergência de interpretação da lei, onde alguns entendem que esse prazo deva ser contado da data do cometimento da infração até a data de postagem da notificação. Mas o Superior Tribunal de Justiça já unificou entendimento de que esse prazo de trinta dias deve ser contado da data do cometimento da infração até a data de recebimento da notificação pelo proprietário do veículo. 

Caso essa notificação chegue até o proprietário do veículo posterior ao prazo de trinta dias da data de cometimento da infração caberá alegação na Defesa de Autuação de que o auto de infração deverá ser arquivado e seu registro julgado insubsistente em virtude do estado ter perdido o prazo para notificar o possível infrator. E se mesmo assim, o Órgão de Trânsito decidir por manter a infração e encaminhar a notificação de penalidade de multa, caberá ainda Recurso contra tal decisão. E se ainda assim, o Órgão de Trânsito mantiver a decisão, cabe ação judicial para anular a multa. Sempre tendo como fundamento o mesmo argumento, de que o Estado perdeu prazo para notificar o proprietário do veículo que cometeu a infração de trânsito. Este prazo existe com a finalidade primordial de conferir segurança jurídica aos supostos infratores, pois a demora é fator de insegurança para os indivíduos que, porventura, não tenham transgredido a lei e precisem demonstrá-lo no âmbito do processo administrativo. Quanto mais tempo se passar do dia do cometimento da infração, mais difícil será para o suposto infrator sustentar sua defesa. Assim, fique atento quando receber uma notificação de autuação de infração de trânsito, observe atentamente as datas! Na dúvida, sempre procure a(o) Advogada(o) de sua confiança!

Advogada com Especializações em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e Direito Processual. e-mail: kelma.advogada@hotmail.com

A ORAÇÃO

Mais do que pelo meu pelo teu perdido prazer
A dor é uma coisa viva no meu coração.
Irmão.
Nós um dia nos encontraremos quando eu morrer.

... E a morte ou a vida tal como estão,
Nossos braços hão de um dia aparecer.
Não, não será um dia quando eu morrer.
Será um dia quando eu encontrar meu irmão.

__________________Em, 'O Jornal', do Rio de Janeiro, 1934.

sábado, 20 de julho de 2019

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Emocionado, Agnaldo Timóteo recebe alta e deixa hospital em SP

Sexta, 19 de Julho de 2019 - 15:25

Emocionado, Agnaldo Timóteo recebe alta e deixa hospital em SP
Foto: Divulgação
Agnaldo Timóteo recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (19). O cantor de 82 anos estava internado desde o dia 21 de maio. Transferido em junho para o Hospital das Clínicas/USP, em São Paulo, Timóteo chegou a ficar alguns dias na unidade de terapia intensiva (UTI) e precisou da ajuda de aparelhos para respirar. Ele foi internado após sofrer um princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

De acordo com informações do site Extra, o cantor deixou o hospital emocionado e na cadeira de rodas. Agnaldo falou com a imprensa, agradeceu o apoio dos fãs e seguiu para sua casa no Rio de Janeiro, onde dará continuidade ao tratamento. O artista precisará fazer alguns meses de fisioterapia, para recuperar os movimentos das pernas e também fonoaudiologia, para ajudar na voz. Ainda não se sabe quanto Agnaldo voltará a fazer shows.

Em maio deste ano, o cantor foi internado no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) do Hospital do Oeste, em Barreiras, na Bahia, com quadro de pressão alta, vômito e glicemia baixa. No mesmo mês, o cantor foi transferido para o Hospital Geral Roberto Santos em Salvador. Apresentando melhoras, Agnaldo foi transferido para São Paulo mas ainda teve algumas pioras no seu quadro de saúde.

https://www.bahianoticias.com.br
O AMIGO

Na noite eu serei o amigo,
Como o vento, na noite,
Como a estrela. na noite,
Na noite eu serei o amigo
Mas perdoa ao amigo.
Uma noite haverá e daí para talvez mas nunca em nenhuma outra noite
Em que eu já não serei o amigo.

(João Lins Caldas, poeta potiguar do Assu, considerado por grandes conhecedores e crítico de arte, como o precursor da poesia moderna brasileira).

sexta-feira, 19 de julho de 2019

VIVA O HOMEM SERTANEJO
Meu sertão é natureza
Nordestino homem marcado
Na seca a mata cinzenta
Sertanejo abençoado
O torrão de homem forte
Pois é preciso ter sorte
Nesse meu rincão sagrado.
Quando chove no inverno
Vê-se a água cristalina
A mata fica verdinha
Troca a roupa da campina
Matuto feliz espia
Feijão, milho e melancia
A natureza divina.
Saudade da minha terra
Bela vivenda extasia
No sertão do meu lugar
Que no meu peito irradia
É bonita a invernada
Tem leite, queijo e coalhada
No meu chão é alegria.
Marcos Calaça é poeta matuto e cordelista.
Pedro Avelino RN.

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Banco em forma de livro. Ucrânia.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Eu te falarei da noite misteriosa e doce
E das mil angústias que afligem a minha alma.
Na tua procura pelos mundos desolados,
Encontrei somente a dor habitando a minha solidão
Eu te falarei do mar ausente, e da nuvem
De mármore que se quebrou de encontro ao ocaso.
Não te falarei das colinas de Deus, dos penhascos
Distantes decorados por horizontes de ouro.
Te falarei, entretanto, da minha solidão
Caminhando pelas florestas insones do pranto
E te recordando em cada flor, em cada pássaro
Voando em direção à aurora em busca da morte.
Te direi apenas da minha pobreza, da minha dor
Quanto desfeitas e caídas com pétalas das mãos de Deus.

_____________________De: Walflan de Queiroz..Em, O testamento de Jó, p. 49.
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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Por Renato Caldas

Senhor: eu não acredito
Que ninguém escute o grito
De angústia que a fome tem.
Não quero saber quem foi,
Quem inventou o perdoe...
Se negando fazer bem.

A espécie humana rasteja,
Sem saber o que deseja
Nem mesmo para onde vai...
É marcha hostil da matéria,
Caminha tropeça e cai.

Não sei no mundo o que fui
Fui talvez Edgar Poe...
Um Agostinho... Um plutão...
Nos festins da inteligência,
Mergulhei a consciência
E o vício estendeu-me a mão.

Na estrada dos infelizes
Na confusão dos matizes,
Nascem as flores também!
Sim, nos cérebros dos pobres
Há pensamentos tão nobres...
Ninguém conhece ninguém.

Fui nômade! Aventureiro,
Fui poeta seresteiro,
Um lovelace também!
Amei demais as mulheres
E procurei nos prazeres,
Marchar a face do bem.

Hoje, sinto a claridade,
Tenho, pois, necessidade
De meu passado esquecer.
Pouco importa os infelizes
À marcha das cicatrizes...
Se deixarem de doer.

Já viu lavar a desgraça?
Ou afogar na cachaça
A vergonha... a precisão?
É a fome conveniente
De tornar-se indiferente...
Podendo estender a mão.

Uma esmola por caridade:
É a voz da humilhação,
Morrendo de inanição
Não diga nunca perdoe,
Não queira saber: quem foi!
Esse alguém... é vosso irmão.

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...