terça-feira, 8 de outubro de 2019
SEBRAE MAPEIA PONTOS TURÍSTICOS DO RN DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Por ROSTAND MEDEIROS
Projeto Natal & Parnamirim Field na Segunda Guerra será lançado nesta quarta-feira, 9 de outubro de 2019.
Por Agência Sebrae de Notícias / 8 de outubro de 2019
Que o Rio Grande do Norte teve um papel relevante, e até mesmo decisivo, para a vitória dos aliados durante a Segunda Guerra Mundial, não restam dúvidas. Que Parnamirim abrigou a primeira base aérea dos Estados Unidos fora do território norte-americano, os livros de história dão conta muito bem. Que a presença de milhares de soldados americanos no cotidiano de Natal mudou a cultura e os costumes da cidade, a população bem sabe. No entanto, nenhum desses argumentos foi relevante para o Rio Grande do Norte ter um roteiro turístico para explorar esse fato histórico.
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Luiz Rabelo (1921/1996) é, penso eu, um dos poetas potiguares, assim como João Lins Caldas (1888/1967), pouco lembrado. Em, “O Poti”, jornal de Natal, caderno Letras e Artes, edição de 30 de março de 1958 encontro um belo poema de autoria de Rabelo intitulado de ‘Cântico da criação’. Vejamos para o nosso deleite:
Abra-te para mim como as portas de um templo
Onde penetro e encontro o Deus do amor.
Onde penetro e encontro o Deus do amor.
Caminhas sobre labaredas de impossíveis,
Transfigurada de metamorfoses.
Transfigurada de metamorfoses.
Ah! Os teus pés surgem das trevas,
Mas o teu corpo é um mundo de libertação!
Mas o teu corpo é um mundo de libertação!
Ergo-me obscuro dos sonhos antigos do silêncio
Para proclamar-te branco e puro céu
Para proclamar-te branco e puro céu
E anjos anunciam já o lúcido milagre
Em que caminho do pó para a ressurreição
Em que caminho do pó para a ressurreição
Aureolado de mirtos e de sonhos,
Transmites ao mundo a minha ânsia da vida.
Transmites ao mundo a minha ânsia da vida.
Oh! Abres-te para mim como as portas de um templo
Onde penetro e encontro o Deus do amor! ...
Onde penetro e encontro o Deus do amor! ...
(Da Linha do Tempo/Facebook de Fernando Caldas)
domingo, 6 de outubro de 2019
Algumas páginas
Por João Lins Caldas, poeta do Assu
A dor irmã, a grande dor alucinada,
Beijou meu coração, beijou meus versos...
... Podem ferir-me todos os perversos,
Já tive tudo... não me importa nada...
E quero me esquecer, que não quero lembrar:
Um coração, si se me oferecer,
Deve saber da vida por chorar...
O coração como uma mão fechada...
... E um dia eu soube do meu coração
Uma e mais outra e outra mais pancada
... As marteladas da desilusão...
Deixai-me vós, ó sempre vós, passar...
Deixai-me, com soluços na garganta,
A minha vida sempre amargurar...
_________________Em, Phoenix, 1924, revista do Rio de Janeiro.
Por João Lins Caldas, poeta do Assu
A dor irmã, a grande dor alucinada,
Beijou meu coração, beijou meus versos...
... Podem ferir-me todos os perversos,
Já tive tudo... não me importa nada...
E quero me esquecer, que não quero lembrar:
Um coração, si se me oferecer,
Deve saber da vida por chorar...
O coração como uma mão fechada...
... E um dia eu soube do meu coração
Uma e mais outra e outra mais pancada
... As marteladas da desilusão...
Deixai-me vós, ó sempre vós, passar...
Deixai-me, com soluços na garganta,
A minha vida sempre amargurar...
_________________Em, Phoenix, 1924, revista do Rio de Janeiro.
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Por João Lins Caldas
Eu sou aquele que acordou chorando,
E das horas amargas, imprudentes.
Vim num negro país de velhas gentes
E deixei o mais duro, já por brando.
Meu coração foi lágrima rolando
E deturpado corpo entre os mais dentes...
Vejo os dias de fogo, reluzentes,
E tudo as garras para o negro bando.
Gemendo no gemente deturpado,
A alma alastrada e para si ferida,
Toda a estrada a crescer e sempre abrolhos.
Vi-me no mundo e pelo mundo entrado
- Coração com pavor dentro da vida,
- Mocidade... com lágrimas nos olhos.
E das horas amargas, imprudentes.
Vim num negro país de velhas gentes
E deixei o mais duro, já por brando.
Meu coração foi lágrima rolando
E deturpado corpo entre os mais dentes...
Vejo os dias de fogo, reluzentes,
E tudo as garras para o negro bando.
Gemendo no gemente deturpado,
A alma alastrada e para si ferida,
Toda a estrada a crescer e sempre abrolhos.
Vi-me no mundo e pelo mundo entrado
- Coração com pavor dentro da vida,
- Mocidade... com lágrimas nos olhos.
domingo, 29 de setembro de 2019
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
NO DIA EM QUE NASCI
No dia em que nasci como um vulcão se abria
A garganta do mal, em lágrimas coberta...
A estrada da ventura era sem flor, deserta,
O corpo do pesar por tudo se estendia.
O sol não quis brilhar... e a lua, que tremia,
Errando pelo céu, amargamente incerta,
Para mais se afastar do mundo, que gemia.
Houve negro rumor pelos ramos floridos...
A dor tinha de riso o quanto tem de males
A sombra da saudade em sombras multicores...
Foi preciso florir a terra dos gemidos...]
Floriu o desprazer brilhando em todo vales
E a terra cresceu maios para conter mais dores...
(João Lins Caldas)
SONHOS
Ter um sonho, um sonho lindo,
Noite branda de luar,
Que se sonhasse a sorrir...
Que se sonhasse a chorar...
Noite branda de luar,
Que se sonhasse a sorrir...
Que se sonhasse a chorar...
Ter um sonho, que nos fosse
A vida, a luz, o alento,
Que a sonhar beijasse doce
A nossa boca... um lamento...
A vida, a luz, o alento,
Que a sonhar beijasse doce
A nossa boca... um lamento...
Ser pra nós o guia, o norte,
Na vida o único trilho;
E depois ver vir a morte
Na vida o único trilho;
E depois ver vir a morte
Despedaçar esses laços!...
...É pior que ter um filho
Que nos morresse nos braços!
...É pior que ter um filho
Que nos morresse nos braços!
Florbela Espanca
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Por João Celso Neto
Quanto mais sou nordestino
Mais tenho orgulho de ser
Mesmo quando era menino
Já pensava desse jeito,
Com força, bato no peito
QUANTO MAIS SOU NORDESTINO.
Será sempre meu destino
Sem mudar até morrer.
É enorme meu prazer,
Ser açuense é uma graça,
Quanto mais o tempo passa
MAIS TENHO ORGULHO DE SER
terça-feira, 24 de setembro de 2019
ASSU
Minha terra natal, revendo o teu passado
De glórias, tradições e gestos imortais.
Sinto orgulho de ter do teu seio emanado
Ouvindo o farfalhar dos verdes carnaubais.
De Ulisses Caldas és berço idolatrado,
Ninho de aspirações, gleba dos ideais,
Teu solo se assemelha ao sonho do Eldorado
Onde brotam chovendo os lírios e algodoais.
Tudo é grande em ti. As várzeas, as lagoas,
O rio a se estender em messes aos lavradores,
Do poeta a melodia, os violões, as loas.
A noite, quando o luar no céu pede um poema
E a terra a adormecer desperta os sonhadores,
Grita na serra ao longe a triste Seriema.
Francisco Augusto Caldas de Amorim
Minha terra natal, revendo o teu passado
De glórias, tradições e gestos imortais.
Sinto orgulho de ter do teu seio emanado
Ouvindo o farfalhar dos verdes carnaubais.
De Ulisses Caldas és berço idolatrado,
Ninho de aspirações, gleba dos ideais,
Teu solo se assemelha ao sonho do Eldorado
Onde brotam chovendo os lírios e algodoais.
Tudo é grande em ti. As várzeas, as lagoas,
O rio a se estender em messes aos lavradores,
Do poeta a melodia, os violões, as loas.
A noite, quando o luar no céu pede um poema
E a terra a adormecer desperta os sonhadores,
Grita na serra ao longe a triste Seriema.
Francisco Augusto Caldas de Amorim
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
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