quarta-feira, 11 de março de 2020

Júlio Soares e sua verve


Poeta, compositor e boêmio empedernido, passou pela vida esbanjando talento. De família abastada, viveu vivendo o momento, até a sua morte no Ceará, em estado lamentável.




*Franklin Jorge
Boêmio impenitente, o poeta Júlio Soares marcou uma época no Açu. Nascido em 1898, numa família abastada e amante da música, morreu em Fortaleza em 1954. Todos os seus irmãos e irmãs tocavam um instrumento. Sua participação nas serenatas era indispensável. Também tinha vocação para o teatro, tendo se apresentado em diversas peças que granjearam para si uma certa notoriedade como ator.
Ainda muito moço vendeu a um irmão o seu direito à herança paterna, numa antecipação a uma vida de dispersão e esbanjamento não apenas dos recursos materiais, mas do próprio talento que desapareceu com ele em condições de extrema penúria.
Em sua mocidade, graças a uma substanciosa mesada paterna, viveu vários anos no Rio de Janeiro, a capital do País, onde conheceu e se relacionou com artistas famosos, como Vicente Celestino, chegando mesmo a gozar de algum prestigio em meio a boemia carioca, por sua verve e prodigalidade que mantinha a família em estado de alerta.
Autor inspirado pela circunstância, não chegou a publicar nenhum livro nem registrou as músicas que compôs, especialmente, quando vivia no Rio. Consta que muitas dessas composições ele as vendeu a outros músicos, renunciando à autoria como era costume na época, sobretudo para financiar suas incríveis bebedeiras.
Versejando com espontaneidade e verve, produziu além da lírica, numerosas poesias fesceninas, entre as quais um soneto célebre através do qual defendeu com muita picardia a superioridade da xoxota da mulher negra sobre a das brancarronas insípidas, que considerava desenxabidas e sem fôlego nos embates sexuais.
Mestre da sátira, ao voltar para o Açu, desentendeu-se com o prefeito Francisco Amorim – Chisquito para os seus conterrâneos – e o caricaturizou impiedosamente em versos cheios de vitríolo. Vale recordá-los:
O prefeito do Açu é um ser descrente.
Um ser satânico, mordaz e desleal.
Uma figura cômica do circo,
Um sagaz jogador profissional.

Nada fez nem fará por nossa terra
Esse tipo indolente. Irresoluto,
Cuja língua babosa, suja, lambe
Continuamente a bunda de um charuto.

Salvo seja.
Fonte: https://www.navegos.com.br/

segunda-feira, 9 de março de 2020

A queixa
Fiz-lhe ver o que aquilo representava para a minha vida
O que representava para o meu destino.
Era a minha vida
Era o meu destino.
- Aos seus olhos porém nada que aquilo lhe representou.
E queimou a minha alma
E queimou o meu destino,
(Caldas)

quinta-feira, 5 de março de 2020

VERON, O PRIMEIRO ASSUENSE A DISPUTAR UM LIBERTADORES

 

Natural de Assú no Rio grande do Norte, Gabriel Veron (Foto) com a camisa 27 fez sua estreia ontem em Libertadores na Argentina ao entrar no segundo tempo no lugar de Luiz Adriano. O palmeiras venceu o jogo por 2 a 0. Curiosamente, o camisa 27 teve o nome inspirado em um ídolo local: Juan Sebastián Verón, meio-campista argentino que fez história no final dos anos 90 e início dos anos 2000 com passagens marcantes por clubes como Estudiantes-ARG, Parma-ITA, Lazio-ITA e Internazionale-ITA e Manchester United-ING, entre outros. Gabriel estreou pelo Profissional do Verdão em 28/11/2019, contra o Fluminense. Logo em sua segunda partida pela equipe principal, a Cria da Academia balançou as redes duas vezes e concedeu uma assistência no duelo com o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, tornando-se o segundo mais jovem atleta a marcar gol pelo Verdão, com 17 anos, três meses e dois dias, desbancando Mazzola, cujo gol de estreia em 1956 foi com 17 anos, seis meses e cinco dias – apenas Juliano, com 16 anos, 11 meses e 23 dias em 1998, está à frente no ranking. O jovem está no clube desde o Sub-15 e ganhou títulos por todas as categorias da base em que jogou. Veloz, habilidoso e forte fisicamente, Veron também acumula prêmios individuais, tendo recebido os troféus de artilheiro e melhor jogador no Mundial de Clubes Sub-17 de 2018, vencido pelo Palmeiras, e a Bola de Ouro da Copa do Mundo Sub-17 de 2019, competição que conquistou com a Seleção Brasileira.



Fonte: Tatutom Sport
De: https://souzajrdivulgacoes.blogspot.com

 


A MILITÂNCIA E O SOFRIMENTO DO COMUNISTA MAIS FAMOSO DE NATAL

Tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos (Monteiro Lobato)