sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

ᴏ úɴɪᴄᴏ ᴘássᴀʀᴏ ǫᴜᴇ sᴇ ᴀᴛʀᴇᴠᴇ ᴀ ᴀᴛᴀᴄᴀʀ ᴜᴍᴀ áɢᴜɪᴀ é ᴏ ᴄᴏʀᴠᴏ. ᴇʟᴇ sᴇ sᴇɴᴛᴀ sᴏʙʀᴇ sᴜᴀs ᴄᴏsᴛᴀs ᴇ ᴍᴏʀᴅᴇ sᴇᴜ ᴘᴇsᴄᴏçᴏ. ɴᴏ ᴇɴᴛᴀɴᴛᴏ, ᴀ áɢᴜɪᴀ ɴãᴏ ʀᴇsᴘᴏɴᴅᴇ ɴᴇᴍ ʟᴜᴛᴀ ᴄᴏᴍ ᴏ ᴄᴏʀᴠᴏ.

ɴãᴏ ᴘᴇʀᴅᴇ ᴛᴇᴍᴘᴏ ɴᴇᴍ ɢᴀsᴛᴀ ᴇɴᴇʀɢɪᴀ ᴄᴏᴍ ᴇʟᴇ.
sɪᴍᴘʟᴇsᴍᴇɴᴛᴇ ᴀʙʀᴇ sᴜᴀs ᴀsᴀs ᴇ ᴄᴏᴍᴇçᴀ ᴀ sᴜʙɪʀ ᴍᴀɪs ᴀʟᴛᴏ...
ǫᴜᴀɴᴛᴏ ᴍᴀɪs ᴀʟᴛᴏ é sᴇᴜ ᴠôᴏ, ᴍᴀɪs ᴅɪғíᴄɪʟ é ᴘᴀʀᴀ ᴏ ᴄᴏʀᴠᴏ ʀᴇsᴘɪʀᴀʀ ᴇ ʟᴏɢᴏ ᴏ ᴄᴏʀᴠᴏ ᴄᴀɪ ᴘᴏʀ ғᴀʟᴛᴀ ᴅᴇ ᴏxɪɢêɴɪᴏ.
😉ᴍᴏʀᴀʟ ᴅᴀ ʜɪsᴛóʀɪᴀ: ɴãᴏ ᴘᴇʀᴄᴀ sᴇᴜ ᴛᴇᴍᴘᴏ ᴇ tampᴏᴜᴄᴏ sᴜᴀ ᴇɴᴇʀɢɪᴀ ᴄᴏᴍ ᴘᴇssᴏᴀs ǫᴜᴇ ɴãᴏ ᴀʟᴄᴀɴçᴀm ᴏ ᴍᴇsᴍᴏ ɴíᴠᴇʟ ᴅᴇ ɪɴᴛᴇʟɪɢêɴᴄɪᴀ ᴇᴍᴏᴄɪᴏɴᴀʟ ᴇ ᴇᴠᴏʟᴜçãᴏ ᴘᴇssᴏᴀʟ ǫᴜᴇ ᴠᴏᴄê. ᴀᴘᴇɴᴀs ᴠᴏᴇ ᴄᴀᴅᴀ ᴅɪᴀ ᴍᴀɪs ᴀʟᴛᴏ ᴠᴇɴᴄᴇɴᴅᴏ ᴇ ʙʀɪʟʜᴀɴᴅᴏ ᴄᴏᴍᴏ ᴀ áɢᴜɪᴀ.
ғᴏǫᴜᴇ ɴᴏ sᴇᴜ ᴠôᴏ!!!!
Esse belíssimo texto não é meu! Que ensinamento!❤👏

A imagem pode conter: pássaro

PADRE JOÃO MARIA: O SANTO POTIGUAR (I)

sefotosdenatalantiga

João Maria Cavalcanti de Brito nasceu a 23 de junho de 1848, no sítio Logradouro, no antigo território caicoense, hoje, parte integrante do município de Jardim de Piranhas, no Seridó norte-riograndense. Foram seus pais Amaro Cavalcanti Soares de Brito e Ana de Barros Cavalcanti. Com seu pai, que era professor primário, aprendeu as primeiras letras.

Em 1861, matriculou-se no tradicional Seminário de Olinda, no qual estudou os preparatórios e fez parte do curso de Teologia, recebendo as ordens menores. Transferindo-se para o Seminário de Fortaleza, ali concluiu seus estudos eclesiásticos. Sua Ordenação sacerdotal, ocorreu em 1871, após receber a ordem sagrada do presbiterato das mãos de Dom Luís Antônio dos Santos, Bispo Diocesano de Fortaleza.
Volvendo ao Rio Grande do Norte, o jovem sacerdote seridoense celebrou sua primeira missa a 10 de dezembro daquele mesmo ano, na Igreja Matriz de Nossa Senhora Santana, na cidade do Caicó e iniciou no sacerdócio como Capelão da povoação de Jardim de Piranhas, sua terra natal, onde fundou uma escola primária que funcionava em sua casa materna (1872-1877).
Seguidamente, foi capelão da povoação de Flores, atual cidade de Florânia, na região do Seridó potiguar. Designado vigário da Freguesia de Santa Luzia do Sabugi, na Paraíba, retornou ao Rio Grande do Norte para reger a Matriz de Nossa Senhora do Ó, de Papari - atual cidade de Nísia Floresta.
Anos mais tarde, permutando sua freguesia com o Padre José Herminio da Silveira Borges, tornou-se vigário da Matriz de Senhora da Apresentação, da cidade do Natal, em cujas funções empossou-se a 7 de agosto de 1881.
Sacerdote virtuoso, o Padre João Maria – como ficou conhecido - por “seu apostolado incessante e caridade inextinguível foi a mais impressionante e sedutora figura de sacerdote que tenha paroquiado os natalenses. Em vida, cercava-o uma auréola de santidade”.
Em Natal, o Padre João Maria fez sua residência no consistório da Matriz de Nossa Senhora da Apresentação e num gesto digno de registro, “diariamente, a pé ou montado num jumento, saía de casa em casa, distribuindo conselhos, otimismo, animando e incentivando as almas piedosas. Dava todo dinheiro que por acaso recebia de suas atividades na Igreja. Muitas vezes, dava a própria rede, passando a dormir numa cadeira velha”.
Em 1905, quando da epidemia de varíola na cidade do Natal, “desdobrou-se no atendimento a quantos necessitavam de auxílio, remédios, comido, roupas, carregando água ou lenha para os que nem isso possuíam, trabalhando noite e dia nessa vigília de solidariedade humana”.
Figura da maior culminância na história do clero potiguar, o Padre João Maria foi ‘um verdadeiro discípulo de Cristo’, pois “a sua fé foi íntegra e infrangível como a dos mártires, a sua caridade incansável e ilimitada como a de Vicente de Paulo”.
Abolicionista nato, participou ativamente da vida social e católica natalense. E, num gesto pioneiro, fundou o ‘Oito de Setembro’, que foi o primeiro jornal católico editado no Rio Grande do Norte. Em Natal, o Padre João Maria criou a Escola São Vicente de Paula, na Matriz e deu início as obras de construção da futura Catedral, na Praça Pio X.
Cognado de ‘pai dos pobres’, esse título por si só, traduz a incomparável bondade que possuía. Adorado pelo povo natalense, faleceu a 16 de outubro de 1905, na capital potiguar, deixando “imperecível recordação de suas peregrinas virtudes”. No dia de seu sepultamento, a cidade toda esteve presente ao cortejo, que converteu-se numa apoteose.
Para homenagear seu eterno pastor, os natalenses colocaram um busto em bronze (modelado pelo escultor Hostílio Dantas), na praça que possui seu nome e que foi inaugurado no dia 7 de agosto de 1921. O lugar, logo tornou-se ponto de devoção popular e ainda hoje é visitado diariamente por milhares de devotos do ‘santo’ da cidade do Natal.
Entre seus irmãos, alcançou projeção e destaque o Dr. Amaro Cavalcanti, jurista de renome internacional, que representou o Rio Grande do Norte no Senado e na Câmara dos Deputados, e, foi Ministro de Estado e do Supremo Tribunal Federal, durante a Primeira República.
Patrono da cadeira nº 11 da Academia Norte-Riograndense de Letras, em vida, o Padre João Maria foi “absolutamente bom e absolutamente humilde” e tive “a raríssima felicidade de conservar imaculados esses atributos de tua perfeição, sendo, como igualmente foste, absolutamente pobre”. Seu sacerdócio, era um apostolado e como cristão, soube amar o próximo mais que do que a si mesmo.
Fonte: Blog Construindo a História via José Ozildo dos Santos

                                               



 Açu Ontem - Assú Hoje

Colorindo foto antiga - Seleção do Assu, Campo. Em Pé: Zé Natanael, Géba, Tadú, Geraldo Tavares, Batista Carvalho e Silva. Agachados: Joca Boi, Tereca, Assis, Cazuza e Zé Dupim.
Foto dos arquivos de Lucílio Filho
Fátima Morais, Dja Amaral e outras 47 pessoas
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

1944 – NELSON GONÇALVES CANTA PARA AS TROPAS BRASILEIRAS E NORTE–AMERICANAS NO NORDESTE

                               

Rostand Medeiros – IHGRN

No início de 1944, em meio a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Natal se encontrava muito agitada com a presença de milhares de uniformes nas ruas, o intenso contato com os estrangeiros, a movimentação de aeronaves pousando e decolando das bases da Rampa e de Parnamirim Field, além das notícias nos jornais locais dos acontecimentos da guerra pelo mundo afora. Foi quando a comunidade foi surpreendida com a notícia que o cantor Nelson Gonçalves viria se apresentar em breve na capital potiguar.

Nessa época Nelson Gonçalves, gaúcho da cidade de Santana do Livramento, cujo nome verdadeiro era Antônio Gonçalves Sobral, despontava com bastante intensidade nos palcos do Rio de Janeiro como cantor. Ele havia gravado em outubro de 1941 a sua primeira música, uma valsa intitulada “Se eu pudesse um dia”, e nessa época tentava chamar atenção nos programas de calouros que eram transmitidos nas rádios cariocas, enquanto sobrevivia cantando em bares do Rio.

Em dois anos a situação mudou e Nelson Gonçalves se tornou o “crooner” do badalado cassino do Hotel Copacabana Palace, para depois ser contratado como atração fixa da Rádio Mayrink Veiga, uma das mais importantes do Brasil no período.

Quando 1944 se iniciou o cantor fechou uma parceria com a Cruz Vermelha Brasileira para cantar para as tropas nacionais e estrangeiras que estavam estacionadas no Nordeste. Uma multinacional americana de bebidas decidiu apoiar o projeto, era a Ashley’s do Brasil, cuja sede em nosso país ficava em Recife e fabricava conhaque e gim[1].

Improvisando Com Um Sargento da US Army e Cantando Para Os Recrutas Brasileiros

Nelson chegou ao Recife no dia 12 de janeiro de 1944 em um DC-3 da empresa NAB – Navegação Aérea Brasileira. No outro dia, às cinco da tarde, o cantor foi homenageado por jornalistas e empresários locais com um coquetel no tradicional Grande Hotel de Recife. O convescote deve ter sido bem animado, bem regado a bebidas e a boa conversa, pois lá pras tantas Nelson decidiu cantar para os presentes de forma improvisada os seus sucessos mais recentes e músicas de sua autoria, que iria apresentar no carnaval de 1944, como “Quase louco”, “Olhos negros” e “Ela me beijou”.

                            
Com um sargento americano ao piano, Nelson se apresenta no Grande Hotel de Recife.

O interessante da apresentação, conforme está descrito nos jornais recifenses, foi que um sargento do Exército dos Estados Unidos (US Army) que se encontrava no Grande Hotel, se ofereceu para tocar o piano e acompanhar o cantor brasileiro. O desconhecido militar foi elogiado pelo feito[2].

Na sexta-feira, 14 de janeiro, Nelson Gonçalves seguiu para o Campo de Instrução de Aldeia, uma área sob o comando do general de divisão Newton de Andrade Cavalcanti, comandante da 7ª Região Militar, em substituição ao General Mascarenhas de Morais, que em breve estaria na Itália comandando a Força Expedicionária Brasileira.

Apresentação para os militares.

Os soldados do Centro de Instrução de Aldeia foram liberados para convidar parentes e amigos e o espetáculo teve início às quatro da tarde. Antes de Nelson Gonçalves cantar, se apresentaram vários artistas da Rádio Club de Pernambuco, que tinha o prefixo P.R.A. 8 e era uma emissora que tinha uma grande audiência em todo norte e nordeste do Brasil. Subiu ao palco os cantores Vicente Cunha, Maria Celeste e Maria Parísio, conhecida como “Rouxinol da PRA-8”, além do grupo Demônios do Ritmo. Mas a grande atração foi Nelson Gonçalves, que subiu ao palco, cantou com seu vozeirão característico e agradou a todos[3].

No Hospital Americano da Praia

Nelson ainda se apresentou para a sociedade recifense no tradicional Teatro Santa Isabel e realizou uma apresentação no hospital da Marinha dos Estados Unidos em Recife[4].

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

POUCAS E BOAS

Valério Mesquita

Mesquita.valerio@gmail.com


01) O prefeito Chico da Bomba, de João Câmara, alimentava a esperança no final do mandato que seria indicado para um cargo na esfera estadual. Seus olhos estavam voltados para o Detran. “É um ótimo lugar para eu fazer um pé de meia e minha futura campanha”. Certo dia, Chico descia a ladeira pela calçada do hospital Onofre Lopes, quando uma anciã cruzou o caminho. O choque foi inevitável. Rapidamente, ele ajudou a mulher a se levantar, mas passou-lhe um corretivo. “A senhora tome cuidado! Eu vinha na via preferencial!”. A velhinha quis falar alguma coisa, mas Chico interrompeu: “Não diga nada. A senhora tá falando com o futuro chefe do Detran”.

02) O deputado Vingt, estava de volta a Mossoró, depois de uma bem sucedida cirurgia oftalmológica feita em Belo Horizonte. A bancada da arena estava reunida na Câmara a pedido do vereador Expedito Bolão, que, propôs fosse feito um churrasco para o líder maior. Alguns sugeriram um almoço no Hotel Termas, outros, uma festa na praia de Tibau. A polêmica foi crescendo e não se chegava a um consenso, quando Expedito subiu numa cadeira e bradou: “Para com isso!”. O silêncio foi total. O baixinho continuou: “Vai ser um churrasco, eu vou dar um boi! Tamos conversados”. E fechando o discurso detonou: “Em cabaré que eu não mando, eu fecho...”. Papo encerrado.

03) A atriz Regina Casé, em suas pesquisas e entrevistas, visitou uma grande obra em construção, em São Paulo. Era hora do almoço e ela ficou curiosa em ver o grande número de nordestinos, peões e como consumiam farinha de mandioca. A atriz perguntou: “Qual a importância da farinha no prato do nordestino?”. Muitos riam enquanto mexiam o prato. Um deles, levantando-se, falou: “Dona, a farinha esfria o que tá quente, engrossa o que tá fino e aumenta o que tá pouco”. A atriz gostou da explicação da legítima ambiguidade cabocla. Coisas do nosso nordeste.

04) Padre Sabino Gentille adotou os bairros de Mãe Luiza e Aparecida, em Natal, para ali implantar sua catequese. Pontualíssimo, o sacerdote chegou à capela de Nossa Senhora Aparecida na hora marcada para a celebração. Aconteceu que as carolas que cuidavam da igrejinha não haviam sequer aberto às portas da santa casa. O vigário não demonstrou estresse. Caminhando cerca de trezentos metros, padre Sabino encontrou um barzinho, pediu uma cerveja e começou uma partida de sinuca. Uma hora depois as mulheres catequistas organizaram o altar e foram chamar o vigário. O ofício religioso teria início às sete e já passava das oito da manhã. Sabino foi enfático quando chegou a comissão: “A missa fica para o próximo domingo. Espero que cheguem cedo. Agora vou tomar umas cervejinhas”. Em seguida encaçapou a bola sete. Sem traumas. Liturgia é uma questão de horário e de temperamento. 

domingo, 29 de novembro de 2020

POESIA – Manoel Cavalcante

Manoel Cavalcante de Souza Castro é natural de Pau dos Ferros-RN. Possui 10 livros publicados, 21 títulos de cordel lançados, mais de 100 premiações em concursos literários no Brasil e até no exterior. É membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Literatura de Cordel (cadeira 4), da Academia de Trovas do RN (cadeira 17) e do Clube dos Trovadores do Seridó (cadeira 36), é graduado em odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pós graduado em saúde da família, exerce a função de odontólogo na cidade de Açu como também em Pau dos Ferros e é o único poeta do mundo que recebeu uma ligação telefônica de Antônio Francisco.

 














Enquanto um verso rimado
enfeitar qualquer papel
e uma sextilha estiver
à métrica sendo fiel,
meu sonho vai sempre estar
pendurado num cordel.

 

Soneto de infância

Um colar de ceroto no pescoço,
Um chinelo c’um prego na correia,
Uma vaca de pau, outra de osso,
Uma bola de saco, pano e meia.

“Quick” ao leite quentinho de manhã…
A garrafa de bila quase cheia,
Um cascudo que dei na minha irmã,
Mas mãe soube depois e tome peia.

As cocadas de dona Bacurau,
Um enxame de abelha na janela
E as pedradas que eu dava só de ruim,

Um dindin de banana com nescau,
Bicicleta sem freio na banguela,
Minha infância todinha foi assim…


Fonte: https://www.omossoroense.com.br/

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...