domingo, 19 de março de 2023

 

19/03: DIA MUNDIAL DO CUSCUZ

Bem batido no pilão
O milho vira fubá,
O lourinho é gostoso
Misturado com jabá,
Eu amo meu bom Jesus
E sou doido por cuscuz
Comida melhor não há.
O cuscuz é bom com leite
Alimento nordestino,
Uma delícia com ovo
Eu como desde menino,
Misturado com galinha
E por cima uma graxinha
Na minha Pedavelino.
Saboroso amarelinho
Vai muito bem com guisado,
Mortadela e salsicha
Carne moída e picado,
Do cuscuzinho sou fã
Cedinho pela manhã
O meu xodó arretado.
A gostosa 'milharina'
Vai bem com qualquer mistura,
Até com feijão e sopa
E também com rapadura,
Só não falte o cuscuz
Alimento que conduz
A vida é uma doçura.
Marcos Calaça é poeta e cordelista.

 "Há coisas que só vêem claramente quando os olhos choram"

 Flores: 101 Tipos e Espécies Para Colorir o Seu Jardim

sábado, 18 de março de 2023

Todo final de semana

Repito a mesma rotina
Vou para o bar da esquina
E meto a cara na cana
Não que eu ache isso bacana
E nem uma maravilha
Minha mente não mais brilha
Pra mudar até me empenho
CONTROLE EU SIM, SEI QUE TENHO
MAS ESTÁ FALTANDO PILHA
Fábio Gomes

quinta-feira, 16 de março de 2023

 A História Esquecida

Na foto, vemos Albert Einstein com Carlos Chagas e Adolfo Lutz dois grandes cientistas da história do país, durante a visita de Einstein ao Instituto Oswaldo Cruz, em 1925.
Einstein fazia um série de Palestras pela América do Sul, em uma de suas paradas ele visitou o Brasil a pedido de sua comunidade judaica.
Além de atender a sua comunidade (Einstein era Judeu) ele também se interessou em conhecer parte da comunidade científica do Brasil, com intuito de criar novos laços entre as diversas comunidades científicas do mundo, sobretudo após a primeira guerra mundial.
Ele fez palestras em diversos locais, visitou Fundação Oswaldo Cruz, Observatório Nacional e Museu Nacional – onde plantou um broto de pau-brasil. O alemão ainda conversou com o presidente da República da época, Arthur Bernardes, e participou de eventos da comunidade judaica brasileira.
Apesar de dizer que não gostou muito do clima do país, e da recepção exagerada e do público que não o compreendia, pelo menos ele saiu daqui maravilhado com nossa fauna e flora, como podemos ver o relato de quando visitou ele o Jardim Botânico, disse:
“O Jardim Botânico, bem como a flora de modo geral, supera o sonho das mil e uma noites. Tudo vive e cresce a olhos vistos […] Experiência fantástica! Indescritível abundância de impressões em poucas horas.”
Ele também se impressionou com o Meteorito de Bendengó que possui mais de 5 toneladas, qual pode observar durante a visita ao museu nacional, que na época era dos maiores centros de produção científica do país e da América do Sul.
A visita do ilustre cientista parou todo o Rio de Janeiro, então capital federal do Brasil. Cada passo virava notícia. É importante lembrar que após apresentar a teoria da relatividade geral para o mundo em 1916, e ganhar o prêmio novel de física em 1921, Einstein se tornou tão famoso como Charles Chaplin.
Toda essa atenção desmedida causou bastante embaraço para com o cientista. Para se ter uma idéia, até o fato do Cientista comer Vatapá com pimenta virou notícia nos folhetins cariocas.
Em algumas palestras ele teria se incomodado bastante com fato de seu público ouvinte ser composto apenas por políticos, militares e a nata da alta sociedade brasileira, que não entendiam bulhufas de física, quem dirá a teoria da relatividade em francês, idioma que o cientista dominava.
Para completar alguns locais estavam lotados, extremamente quentes, barulhentos, abafados e rodeados de repórteres que não deixavam o alemão em paz.
Apesar disso, Einstein abordou conceitos complexos de física de forma clara e acessível para quem tinha um mínimo de conhecimento, e conquistou uma audiência entusiasmada em alguns outros lugares, como foi o caso da academia brasileira de Ciências.
A impressão geral de Einstein sobre a viagem as Américas não foi muito boa, e está escrita em uma carta enviada ao melhor amigo, o engenheiro suíço Michele Besso, em junho de 1925:
“As pessoas lá são vazias e pouco interessantes – mais ainda do que as da Europa”, escreveu o pai da Relatividade.
“Foi uma grande agitação sem interesse verdadeiro […] Para achar a Europa estimulante, é preciso visitar a América”.
Porém, é seguro dizer que a visita teve um impacto significativo na cultura e na ciência brasileira, ajudando a popularizar a teoria da relatividade em todo o país
Pode ser uma imagem de 8 pessoas e pessoas em pé

 

DIA DA POESIA
Não me falta poesia!
A poesia está em mim:
Na brasa que arde em meus pensamentos
Na brisa gelada que queima meu corpo
No vapor de desesperança que foge do meu olhar
No desânimo que amasso entre as mãos!
Não me falta poesia!
Por vezes falta-me ânimo
Quando o desânimo instala-se em mim...
J. A. Simonetti / @ja_simonetti
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Todas as reações:

Igreja de São Sebastião. O tempo está assim hoje em Parelhas-RN. Foto: Ronaldo de Lima


O que significa “No frigir dos ovos”?

Não é à toa que os estrangeiros acham nossa língua muito difícil.
Como a língua portuguesa é rica em expressões!
Veja o quanto o vocabulário “alimentar” está presente nas nossas metáforas do dia-a-dia. Aí vai.
Pergunta:
– Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão “no frigir dos ovos”?
Resposta:
– Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem ideias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo. Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão. Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese… etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou. O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente. Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco… A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho. Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda. Entendeu o que significa “no frigir dos ovos” ?”
Autor: Guaraci Neves

(Da Linha do Tempo. Facebook de Mara Sá Leitão

De Fábio Gomes para Fernando Caldas (Fanfa), organizador deste blog que ontem 15.03, aniversariou.

Fabio Gomes




Parabéns, meu nobre amigo
Por mais um aniversário
Nesse seu viver diário
Que Deus esteja contigo
Uma coisa eu lhe digo
Sem rodeios nem talvez
Hora, dia, ano e mês
Permaneça assim, afoito
*Hoje tu faz "meia oito"
Em breve oitenta e seis"*
Fábio Gomes
Poeta assuense


quarta-feira, 15 de março de 2023

 




Monto aos Mártires da Revolução de 1817, inaugurado na Praça André de Albuquerque, Cidade Alta, em 12 de junho de 1917. Foto: Acervo do IHGRN


BENEDITO DANTAS SALDANHA

De. Fernando Antonio De Padua Almeida

Benedito Saldanha
BENEDITO DANTAS SALDANHA, que também se assinava como sendo Benedito da Silva Saldanha, nasceu em Brejo do Cruz-PB no ano de 1894, filho legítimo de Benedito Dantas da Silva Saldanha. Benedito Veras Saldanha, era o seu sobrinho-paterno. Era casado com sua prima Etelvina Saldanha, filha de seu tio paterno Capitão Pedro da Silva Saldanha.
Em 1920 comprou a fazenda "Setubal" em Caraúbas-RN, onde instalou seu grupo de cangaceiros, comandado por ele e seu não menos truculento irmão Joaquim da Silva SAldanha, popularmente conhecido como Quinca Saldanha. Dentre os seus cangaceiros, destacaram-se os terríveis Massilon Benevides e Júlio Porto. Desde o ano de 1920 passou a cerrar fileiras com Tilon Gurgel e Juvêncio Barreto, Francisco Gurgel de Freitas (Chico de Freitas) Manoel Elias de Lima, Martiniano de Queiroz Porto, na oposição política à facção comandada pelos Coronéis João Jázimo Pinto e Francisco Ferreira Pinto.
Em 10 de Maio de 1927 o Massilon Benevides e o Júlio Porto invadiram e assaltaram a cidade de Apodi, comandando parte do bando de Lampião, que se achava acoitado na serra do Pereiro, no Ceará, na fazenda "Bálsamo", genro do virulento Tilon Gurgel, do então povoado Pedra de Abelhas, atual cidade de Felipe Guerra.
Foi eleito Deputado Estadual em 1934, tendo renunciado por sério entrevero com o também Deputado Estadual Pedro Matos, do município de Santana do Matos.
Foi nomeado Prefeito de Apodi, tendo sido empossado em 10.01.1933, cuja posse causou sérios estragos no cenário político e da imagem do então governador/Interventor BERTINO DUTRA, que viu sua administração escandalizada, só restando demitir BENEDITO SALDANHA, que contava apenas 05 meses e 14 dias como administrador do município de Apodi. Observe-se que durante o governo ditatorialista do Getúlio Vargas, foram nomeados como Prefeitos do Apodi dois reconhecidos coiteiros e Chefes de cangaceiros - TILON GURGEL e BENEDITO SALDANHA.
Investido da condição de Prefeito nomeado, à época denominado de Interventor, protagonizou violento atentado, quando na manhã do dia 18 de Abril de 1933 mandou trazer à sua presença o Coronel Lucas Pinto, escoltado sob ameaça de três cangaceiros/capangas armados, ocasião em que empunhando um revólver, tentou obrigar o Coronel Lucas Pinto engolir duas bolas feitas com jornal, sob a alegativa de que o líder político Apodiense mandara veicular notícia no Jornal "A RAZÃO", impresso e com sede em Natal, dando conta de que ele e seu irmão Quinca Saldanha comandavam grupo de cangaceiros, acoitados em sua fazenda em Caraúbas, e com atuação em Apodi e região.
O Coronel Lucas Pinto foi salvo desse vexame graças à intervenção do valente Apodiense DECA CAVACO, que ao saber que o seu padrinho se encontrava sob ameaça do Benedito, dirigiu-se até o sobrado onde se desenrolava o sério atentado à integridade física do Cel. Lucas Pinto. Em lá chegando, dois cangaceiros tentaram impedir o acesso do Deca Cavaco, que ao descer do seu cavalo já empunhou seu punhal e deu dois sopapos nos dois cangaceiros, derrubando-os de uma só vez, ao mesmo tempo em que advertiu-os para que não insistissem em impedir o seu acesso. Ao chegar ao pavimento superior, encontrou Benedito aos gritos, obrigando o Coronel Lucas Pinto a engolir as bolas de jornal. Incontinenti, o Deca cravou o seu punhal no birô do Benedito e exclamou: Se não comeu não come mais. Encarou o Benedito e falou: Vou levar o meu padrinho, e se você se meter derrubo-lhe com um só tiro no meio da testa.
Dito isto, mandou que o Coronel Lucas Pinto seguisse na frente que ele iria atrás, protegendo-o. Ao Benedito, que já havia sofrido uma cantada do Deca Cavaco, só restou a alternativa de convidar o Deca para mais tarde beberem e jogarem baralho juntos, no que o Deca respondeu que não bebia nem jogava com bandido. Nesse dia, o Coronel Lucas Pinto era o homem marcado pra morrer. Benedito Saldanha faleceu envenenado por sua amante, na cidade de Maranguape, onde residia, por volta do ano de 1954.
Fonte: Marcos Pinto - historiador apodiense
Marcadores: Biografias
Postado por Caubí Torres às 07:00



Foto. Acervo de Fernando Caldas

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