Publicado em 15/02/2014
Nem só de gente carrancuda se faz a História.
Winston Churchill foi, sem dúvida, uma das maiores figuras de todos os tempos.
Mas Churchill não era só um político genial e um orador incomparável. Era também um sujeito extremamente bem humorado.
Rápido no raciocínio, cáustico nas respostas, era um interlocutor temido.
Certa vez, no seu aniversário de 80 anos, um fotógrafo com menos de 30 aproximou-se e disse:
“Sir Churchill, espero estar aqui novamente para fotografá-lo nos seus 90 anos”.
Churchill respondeu:
“E por que não, meu jovem? Você me parece bastante saudável”.
Em outra ocasião, George Bernard Shaw, um dos maiores dramaturgos e escritores ingleses de todos os tempos, resolveu convidá-lo para a estreia de uma peça sua. Como era daqueles que perdia o amigo, mas não perdia a piada, Shaw mandou-lhe um bilhete com os dizeres:
“Tenho o prazer e a honra de convidar Sua Excelência, o Primeiro-ministro, para a primeira apresentação da minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver”.
Churchill enviou-lhe um telegrama em seguida:
“Agradeço ao ilustre escritor o honroso convite. Infelizmente, não poderei comparecer à primeira apresentação de sua peça. Mas prometo que irei à segunda, se houver”.
Em 1940, entre o dramático episódio da Retirada de Dunquerque e a épica a Batalha da Inglaterra, Churchill realizou um memorável discurso no Parlamento Britânico. Andrew Roberts comenta no seu livro Tempestade da guerra – Uma nova história da Segunda Guerra Mundial, que após Churchill proferir este discurso, enquanto ainda era intensamente ovacionado, sentou ao lado do ministro conservador Walter Elliot e lhe cochichou preocupado no caso dos alemães atravessarem o Canal da Mancha:
“Não sei como vamos combatê-los – creio que teremos de quebrar suas cabeças com garrafas – as vazias, é claro”.
Em outra oportunidade, durante uma sessão do parlamento, a primeira mulher eleita para a Câmara dos Comuns, Nancy Astor. Apesar de amigos, Nancy Astor alterou-se durante uma discussão. Aos berros, afirmou:
“Se Sua Excelência fosse meu marido, eu colocaria veneno no seu café”.
Ao que Churchill respondeu:
“Pois se eu fosse marido de Vossa Excelência, eu tomaria o café”.
Agora, a melhor de todas.
Bernard Montgomery foi um dos comandantes das forças aliadas na Segunda Guerra Mundial. Fez fama por bater o general alemão Erwin Rommel, a Raposa do Deserto, nas batalhas pelo Norte da África. Mas – dizem as más línguas – não era assim tão bom quanto diziam. Além disso, era um certinho a toda prova, caxias mesmo. Ainda assim, Monty, como era chamado pela imprensa, ficou se achando o máximo após o fim da guerra.
Certo dia, durante uma celebração qualquer, Monty foi discursar sobre sua experiência na guerra. Disse ele:
“Eu não fumo, não bebo e não prevarico. Por isso, sou herói de guerra”.
Na plateia, Churchill emendou para um colega que estava ao seu lado:
“Já eu fumo, bebo e prevarico. Por isso, sou chefe dele”.
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