domingo, 3 de setembro de 2017

BLOG MARCOU PRESENÇA NOS 93 ANOS DE ZÉ PRETINHO (ASSÚ)
















Neste sábado 02 de setembro tivemos a grata satisfação de participar de uma confraternização solidária da Família Sousa e outros amigos assuenses que foram até a casa do amigo Zé Pretinho comemorar seus 93 anos de vida completados no último 29 de agosto do mês que findou.

Foi na verdade um dia especial para o aniversariante, ensejo em  que uma quinzena de amigos estavam ao seu lado relembrando fatos e acontecimento da sua longevidade na cidade dos poetas.
Zé Pretinho era ímpar em três atividades distintas: Debaixo dos três paus defendendo o arco do Centro Esportivo Assuense, sendo até o presente  momento o nome mais consagrado dos goleiros que vestiram sua camisa. Boêmio por natureza, dono de um vozeirão que encantava todos ao som de um violão. Exímio Churrasqueiro preparava com requinte de apurado gosto uma picanha, maminha ou um contra filé na brasa.

Finalmente era um verdadeiro gentlman o goleiro que parecia o Yaschim (Aranha Negra) arqueiro da seleção Rússia considerado o melhor do mundo. Neste contexto Zé Pretinho foi o melhor do Assú. A farra bem distribuída com boa conversa, dosagens de Wisky e pinga marvada alegrando os amantes de levantamentos de copos.

Veja que todos aí são craques nesta modalidade. Juninho Sousa, sendo o mais próximo da idade do aniversariante era o capitão deste time de canavieiros. Os irmãos Itinho e Ernesto com os primos Itamar e um pernambucano que não me recorda o nome fizeram as honrarias da casa, servindo a mesa e tocando violão. Chegaram para cumprimentar o aniversariante os amigos Raimundo Almeida, Agenor Galiza, Sousa da Cosern e Antônio Primo. Por telefone muitas mensagens de Natal para Zé Pretinho: João B. Machado, Osman Cabral, Franklin Firmino, Fanfa, João Cabral, Pedrinho de Mariná, o poeta Mora da Itália e outros que na intensidade das conversas não captamos suas identidades.

 O bom do encontro é que entre os levantadores de copos não havia arremessadores de piúba (fumantes).

De Carnaubais Nilson Dias ligou dando parabéns.

O ato falho do encontro faço questão de registrar: as ausências de Paulinho Montenegro e Dailor Pessoa, ambos responsáveis pelo o nosso convite. Um ficou em Natal e o outro  estando no Piató mais o primo Juliano Bezerra, não cumpriram o acertado comigo.

Chegamos a casa do aniversariante por volta das 11:00 horas em companhia do meu filho Adílio e netos Maria Izabel e Pedro Victor, permanecemos até ás 16:00 horas.
Todavia a farra de comemoração permaneceu e tenho certeza que entrou noite a dentro.
Feliz aniversário amigo Zé Pretinho.

Postado por Aluizio Lacerda 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

HISTÓRIA E ESTÓRIA DA POLÍTICA POTIGUAR I

Imagem da linha do tempo/Facebook de https://www.facebook.com/franciscoverissimo.sousaneto

Francisco de Oliveira Rocha (Chico Rocha) foi um político brasileiro. Nasceu em Patu, cidade do alto oeste do Rio Grande do Norte, no ano de 1923 e veio a falecer em Manaus/AM, em 2013, aos 90 anos de idade.

Nas eleições que disputou para deputado federal pelo Rio Grande do Norte, Rocha ganhou todas. Ele foi também candidato a senador da república em 1978. Chico Rocha não tinha liderança formada no estado, porém quando as eleições se aproximavam (ela era um homem rico), comprava o voto do eleitor. Conta-se que até automóvel, Rocha doou a alguns eleitorais que ele achava confiável. Numa das eleições que ele concorreu teve o apoio do combativo deputado estadual Olavo Montenegro, do então MDB, atual PMDB (Olavo foi um dos responsáveis pela formação da Cruzada da Esperançar que levou Aluízio Alves ao governo da terra potiguar em 1960) que exercia uma forte liderança no Assu e região). Pois bem, numa certa concentração pública, na Praça do Rosário, de Assu, povão na rua, o gracioso poeta Renato Caldas subiu no palanque e pediu a palavra. No que foi concedido, abriu o verbo, dirigindo a sua fala aquele parlamentar patuense, rimando assim:
Você que é Chico Rocha
O homem que afrouxa e arrocha
Que nem rosca sem fim
Já que entrou nesta campanha
Se perder já quase ganha
Deixe um transporte pra mim.

Para risos dos circunstantes.

Fernando Caldas

Em tempo: O deputado Chico Rocha segundo o Blog da Folha Patuense http://aluisiodutra.blogspot.com.br/"exerceu as seguintes funções Parlamentares: Comissão Permanente de Transporte em 1975. Algumas Condecorações recebidas: Medalha do Pacificador - Ministério do Exército, 1966; Medalha de Prata da Polícia Militar do Distrito Federal, 1966; Título de Cidadão Itaguaiense, 1968. Estudos e Cursos Diversos: Bacharel em Ciências Contábeis e Atuariais - Escola Técnica de Comércio União Caixeiral, Mossoró, RN, 1945; Direito, Centro de Ensino Universitário de Brasília - CEUB, 1975. Missões Oficiais: Membro, Delegação de Parlamentares Brasileiros em visita ao Japão, 1977; Membro da Comissão representante da Câmara dos Deputados na posse do Excelentíssimo Sr. Governador do Rio Grande do Norte, em Natal, RN, 1975. Fonte: Câmara dos Deputados. Em 1978 Chico Rocha foi candidato a Senador pelo MDB e na ocasião o mesmo esperava o apoio de Aluísio Alves, fato que não aconteceu pois Aluísio. 

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Tema: Seca - Ivan Pinheiro e Dudé Viana

LUIZ CARLOS LINS WANDERLEY se vivo fosse estaria completando hoje, 176 de idade. Nasceu na Vila Nova da Princesa, atual cidade do Assu, em 1831. Duplamente pioneiro: O primeiro médico e romancista do Rio Grande do Norte. Formou-se na Bahia em 1857. Além de poeta e médico, foi jornalista, teatrólogo, deputado provincia em várias legislaturas. Na qualidade de vice-presidente governou a Província do Rio Grande (cargo equivalente ao de governador do estado), de 30 de outubro a 11 de novembro de 1886. Era filiado ao Partido Conservador. O seu romance intitula-se "Mistério de um homem rico", 1875. Antes, porém, teria escrito, ainda na Bahia, o livro de poesias sob o título "Lira de amor". Ficamos nos seus versos de tanta ternura, abixo transcrito:
A rosa é pura, é divina
Nos fascina
Seu donaire, sua cor...
No perfume que desprende
Só rescende
Doces eflúvios do amor.
Ninguém n’haste pode vê-la
Sem colhê-la,
Ao balouçar-se no prado...
Mas fere a sedosa mão
O aguilhão
Qu’ela tem n’haste guardado.
A Mulher, também formosa,
Como a rosa,
Tem graça, inocência, odor.
E, em seus sorrisos de fada,
Nos inspira ardente amor.
Mas, ah! depois que nos prende,
Nos ascende
Numa paixão fervorosa,
Fere a noss”alma o aguilhão
Da traição!...
A mulher é como a rosa...

ALCYMAR MONTEIRO E ELIANE – 30/09 no BOULEVARD: 40 mesas vendidas no 1º dia de vendas


https://blogdobg.com.br/


No dia de 30 de setembro dois dos maiores nomes do forró estarão reunidos na 4ª edição do Grande Encontro do Forró no Boulevard.
Eliane com 30 anos de carreiras e mais de 40 sucessos vai animar a noite ao lado de Alcymar Monteiro, outro monstro sagrado da cultura nordestina que ano após ano continua entre os mais tocados na nossa região.
O sucesso desse casamento em uma noite de forró é tão grande que já no primeiro dia de vendas,  40 mesas foram comercializadas.
SERVIÇO:
ELIANE E ALCYMAR MONTEIRO – 30 DE SETEMBRO NO BOULEVAR,
VENDAS DE MESA:
WHATSSAPP – 99984-4919
PATROCÍNIOS:
CDA
ORIENT HYUNDAY
BATERIAS TUDOR
CACHAÇA IPUEIRA
AQUA COCO


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

UMA PEQUENA HISTÓRIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL EM NATAL

  

https://tokdehistoria.com.br
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Como um simples informe sobre a venda de material militar usado pelo Exército Brasileiro e publicado logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, pode conter interessantes informações sobre este período da nossa História
Rostand Medeiros – Escritor e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN
A história é construída a partir das evidências do passado, utilizando as fontes existentes. Em um trabalho que se realiza sempre distanciado do período dos acontecimentos focados.
E em uma busca como essa os pequenos detalhes de fontes mais amplas poderiam ajudar a conhecer a história de uma região e dos acontecimentos de uma determinada época?
Com certeza!
São pequenas peças que surgem e se unem a outras informações e que ajudam a formar um interessante quebra cabeças. Tudo isso só aumenta o conhecimento.
Aqui trazemos o exemplo de um simples informe sobre a venda de material militar usado pelo Exército Brasileiro em Natal, dois anos após o fim da Segunda Guerra Mundial.
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Parnamirim Field – https://catracalivre.com.br
Na sexta-feira, 30 de maio de 1947, surgiu nos jornais da capital potiguar uma nota informando que o comando do 1° Grupo do 3° Regimento de Artilharia Antiaérea, colocava a venda em hasta pública doze caminhões da marca “Thornycroft”. O negócio seria efetuado na sede da unidade militar naquele mesmo dia, as nove da manhã. As máquinas foram consideradas “sucatas” e avaliadas em Cr$ 8.000,00 (Oito mil cruzeiros). A nota era assinada pelo 1° tenente José do Patrocínio Nogueira, da arma de Intendência.
Mas o que isso tudo significava?
Como todos nós sabemos o Brasil havia participado da Segunda Guerra Mundial, sendo Natal a cidade mais militarizada do país. Na verdade a mais militarizada da América do Sul.
Nos primeiros anos da década de 1940 o Exército Brasileiro deslocou, ou criou, algumas unidades militares para proteger a cidade e a região de algum ataque das potências do Eixo. Entre estas unidades estava o 1° Grupo do 3° Regimento de Artilharia Antiaérea, ou 1/3° RAAAe.
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Flak 88 – Fonte – http://www.goodfon.ru
Esta unidade militar do Exército Brasileiro foi criada em 1940 e tinha sua sede na cidade de Santa Cruz, Rio de Janeiro. Como principal armamento o 1/3° RAAAe possuía os canhões antiaéreos 88 mm C/56, da fábrica Krupp, de Essen, Alemanha. Esse é o conhecido e temido Flak 88 (Flugabwehrkanone 88), provavelmente a peça de artilharia mais lembrada da Segunda Guerra Mundial. 
A primeira vez que o Flak de 88 milímetros combateu foi em 1936 na Espanha, durante a Guerra Civil que arrasou aquela nação. Devido à sua alta velocidade e um projétil pesado e eficiente, esta arma provou ser não apenas uma excelente arma antiaérea, mas também um assassino de tanques. O governo de Getúlio Vargas havia adquirido dos germânicos várias destas peças, quando as nossas relações diplomáticas ainda eram normais com aquele país que se tornou nosso principal inimigo durante a Guerra.
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Flak 88 do 1/3° RAAAe , estacionada provisoriamente nas dependências do antigo 16° Regimento de Infantaria, atual 16° Batalhão de Infantaria Motorizada, no bairro do Tirol, Natal.
Em Natal o 1/3° RAAAe chegou nos primeiros meses de 1942 e tinha seu aquartelamento onde atualmente se encontra as edificações e estruturas do 17° Grupamento de Artilharia de Campanha (17° GAC), na região do atual bairro de Santos Reis e próximo a foz do rio Potengi.
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Medo da guerra em Natal – Informe dos militares publicado em fevereiro de 1942 sobre como deveria ser a ação da população de Natal no caso de um ataque aéreo.
O 1/3° RAAAe  possuía duas baterias de tiro, com quatro canhões Flak 88 cada uma. Uma destas unidades ficava protegendo Parnamirim Field de algum improvável ataque aéreo e as outras quatro ficavam na área da praia de Santa Rita, pertinho das dunas de Genipabu. Nesta última posição estes canhões protegiam a pequena área urbana da capital potiguar, a Base Naval de Natal (então em construção) e a área da base de hidroaviões da Marinha dos Estados Unidos (US Navy) no salgado rio Potengi. Esta última unidade militar era oficialmente denominada pelos americanos como Naval Air Facility-Natal (NAF-Natal), mas que se notabilizou entre os natalenses como “Rampa”, pelas rampas de acesso utilizadas para a retirada e entrada de hidroaviões no rio.
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A Rampa na época da Segunda Guerra.
Já os canhões Flak 88 desta unidade provavelmente eram rebocados pelos caminhões Thornycroft. Estes por sua vez eram caminhões de fabricação inglesa, de três toneladas, do modelo Thornycroft Tartar 6, fabricados em 1937, ou 38, pela empresa Thornycroft Steam Carriege and Van Comapany, de Basingstone, condado de Hampshire, sudeste da Inglaterra. 
O Exercito Brasileiro adquiriu doze unidades desse modelo apenas com os chassis, fabricando localmente as carrocerias de madeira. Estas máquinas robustas foram importadas para transportar originalmente doze canhões St. Chamond, de 75 mm, modelo 1922, fabricados pela empresa Sheneider-Creusot, da comuna de Le Creusot, sudeste da França.
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Caminhão Thornycroft Tartar 6 e canhão St. Chamond, de 75 mm, modelo 1922, em desfile no Rio de Janeiro- Foto – Hart Preston – Fonte – LIFE Collections
O interessante é que estes caminhões ingleses não rebocavam os canhões franceses, mas os transportavam nas carrocerias, no “lombo”, como se dizia. Por isso as suas carrocerias eram estendidas para transportar o canhão, que era relativamente pequeno, e mais seis soldados.
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Outra imagem dos caminhões Thornycroft Tartar – Fonte – webkits.hoop.la
Como esses caminhões provavelmente circularam rebocando os Flak 88 na área da praia de Santa Rita, ou na região da praia do Forte, conforme podemos ver na foto abaixo, fica muito fácil para um potiguar entender porque estes caminhões foram vendidos como “sucatas”!
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Bateria de canhões de 88 mm na paraia do Forte, Natal.
A alta salinidade existente nas águas do nosso litoral, que tanta dor de cabeça trás aos proprietários de veículos em Natal e região nos dias atuais, bem como a precariedade das estradas, devem ter deixado os caminhões ingleses só o caco.  
Infelizmente não consegui encontrar detalhes do comprador destas “sucatas”.
Para finalizar a análise deste simples anúncio de venda, eu não descobri muita coisa sobre o 1° tenente José do Patrocínio Nogueira.
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José do Patrocínio Nogueira , na foto com a patente de tenente-coronel da arma de Intendência – Fonte – haydeeferreira.blogspot.com.br
Mas através das informações do sitehttp://haydeeferreira.blogspot.com.br, mantido pela sua sobrinha, a arquiteta piauiense Haydée Ferreira, e de outras fontes, eu soube que o tenente José do Patrocínio Nogueira iniciou sua carreira na Escola Militar Preparatória de Fortaleza, Ceará, em 1942 (Junto com o potiguar José Gurgel Guará), onde depois foi encaminhado para Natal. Na sequência serviu em Belém e Belo Horizonte, foi professor do Quadro do Magistério Militar do Exército, chegou a coronel em 1972 e faleceu em 2001 em Fortaleza.
Estas até podem não ser informações de relevo, substanciais. Mas é assim, sem nunca desprezar as pequenas peças do quebra-cabeça, que é feito o estudo da História.
Na Ficha da Polícia RN

Esta é uma foto rara de meados de 1912 da famosa Ponte de Igapó, que se chama originalmente Ponte do Potengi Presidente Costa e Silva (Natal-RN). Foi nesse ano que ela começou a ser construída, e todo o material veio da Inglaterra.
Pode se dizer que existiu uma Natal antes e depois da ponte, porque ela impulsionou o desenvolvimento comercial da cidade a partir do século XX.
A finalidade dela foi ligar a Zona Norte de Natal ao restante da cidade, passando pelo Rio Potengi, que corta a cidade.
Em 2016 a ponte completou um século de vida. Ela foi desativada em 1970.

sábado, 26 de agosto de 2017

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Cartão postal com vista do cruzamento da Av Presidente Bandeira com rua Amaro Barreto, no bairro do Alecrim.
Fotógrafo: Não informado
Ano: Por volta de 1950
O pior encontro casual da noite ainda é o do homem autobiográfico. Chega, senta e começa a crônica de si mesmo.

Antônio Maria (Recife, 1921 - Rio de Janeiro, 1964)



    1. Ford Comuta (elétrico), 1967
    NOTICIAS.BOL.UOL.COM.BR

Repare,
que cuscuz com leite quente
é melhor que muita gente.
-Bráulio Bessa
Via-Láctea
XIII
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.
– Olavo Bilac, do poema ‘Via-Láctea – XIII (1888), no livro “Antologia: poesias”. São Paulo: Martin Claret, 2002. p. 37-55: Via-Láctea. (Coleção a obra-prima de cada autor).
Ouça o poema “Ora (direis) ouvir estrelas!” – ‘Via-Láctea – XIII (Olavo Bilac) recitado por Juca de Oliveira


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Anos 60

A década de 60 representou, no início, a realização de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50.




Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas.

A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no àmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo.

A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos.

Com o sucesso do rock and roll, o maior símbolo desta década foi Elvis Presley e seu rebolado frenético, e um dos filmes mais marcantes dos anos 60 foi Bonequinha de Luxo o lançamento do pretinho básico, estrelado por Audrey Hepburn .

As moças abandonavam as saias rodadas, e atacavam de calças cigarretes, e a grande novidade na moda era a minisaia.

Os tecidos apresentavam muita variedade, com estampas e fibras variadas, houve a popularização das sintéticas, além de todas as naturais.

Numa época em que a ficção científica aparecia nos livros e filmes dos beatniks, e em que era preparada a primeira viagem a Lua, tentava-se introduzir na moda elementos de visão utópica e tecnológica. Essa moda influenciou os designer, principalmente os franceses, no desenvolvimento de peças de vestuário e acessórios com placas laminadas, e sintético prateado.

Os cortes eram retos, minisaias, botas brancas com uma visão futurista. As roupas eram psicodélicas ( inspiradas em elementos da art-noveau do oriente, do Egito antigo) ou geométrico ou romântico.

As roupas unisex  ganharam força, e as camisolas sem gola. A mulher ousou usar roupas tradicionalmente masculinas, como smoking, e a lingierie alcançou mudanças proporcionando mais conforto no uso de calcinhas e meia calça, tanto para usar com a mini saia, quanto para dançar twist.

A maquilagem foi focada ao público jovem, os olhos eram marcados e os batons bem clarinhos. As perucas estavam em moda, a preços baixos e em vários modelos e tonalidades.

Os Beatles influenciaram a moda masculina no início da década, com paletós sem colarinho e o cabelo franja. Em Londres surgiram o paletó cintado, gravatas largas e botinas.

A silhueta ajustada no corpo e a gola role tornou-se um clássico no guarda-roupa masculino.

A opção dos sapatos era grande, com variedade de saltos, mas o sapato de salto mais grosso. Nos primeiros anos da década de 60, as bolsas ainda eram em estilo carteira, recebendo motivos e padronagens decorativas em couro ou sintético.

Algumas destas foram confeccionadas em tecido como o tweed e o tartan. O bambu e o acrílico forma muito usados para a estrutura das bolsas.


LUIZ CARLOS LINS WANDERLEY – 1831/1990, foi um dos primeiros poetas do Assu, primeiro médico e romancista do Rio Grande do Norte. Foi também...