quarta-feira, 23 de novembro de 2011

COISAS DE MOSSORÓ


Por que Codó?

No convite para a inauguração da nova Praça Bento Praxedes, no coração da cidade, é feita uma viagem no túnel do tempo. Primeiro, destaca quem foi o patrono da praça, Bento Praxedes Fernandes Pimenta, natural da cidade serrana de Martins, que adotou Mossoró como terra-mãe, aqui fazendo carreira como escriturário do Tesouro do Estado e coletor federal. Mas, como jornalista, ele consagrou o seu nome, sendo o fundador do jornal “Comércio de Mossoró”, que circulou no período de 1904 a 1917. A curiosidade no convite fica por conta da origem do título “Praça do Codó”. O convite narra texto do historiador Geraldo Maia: “No dia 18 de agosto de 1950, Mossoró foi visitada por uma grande comitiva da União Democrática Nacional (UDN), que veio fazer a campanha do brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República. O comício aconteceu naquela mesma noite, na Praça Bento Praxedes, onde haviam armado um palanque de grandes proporções. A praça se encheu de gente para o grande comício e o palanque foi recebendo candidatos e personalidades locais. Quando os primeiros oradores se preparavam para o início do comício, o palanque, de tão lotado, desabou. O trágico da história é que quase todos os políticos que estavam no palanque, além da queda, também foram derrotados nas urnas. Por conta do azar daquele grupo, caiu no imaginário popular que havia um ‘codó’ naquela praça.” O texto conta ainda que, nas eleições de 1960, o “cigano feiticeiro”, Aluízio Alves, então candidato a governador do Estado, exorcizou o local, finalizando as suas passeatas e comícios em Mossoró sempre na “Praça do Codó”. Aluízio ganhou a campanha, a praça se livrou da “maldição”, mas o Codó continuou. Seis décadas depois, até hoje pouca gente sabe a origem da expressão Codó. Nem o convite explica. Em rápida pincelada, a coluna ajuda: Codó, pequeno município do Maranhão, ficou famosa como a capital brasileira da macumba e da feitiçaria. Agora está completo.

Colunista: César Santos/Jornal de Fato

terça-feira, 22 de novembro de 2011


‎"Não me preocupo tanto em compreender o que sinto. Preocupo-me mais em saber o que fazer com aquilo que sinto."

Luciana Dimarzio

Postado por Fernando Caldas


Por Cristina Costa

Os sentimentos
são como cavalos selvagens.
Quanto mais tento domesticá-los,
mais exalto a sua rebeldia.
A única "pastagem" onde eles se deixam capturar
e que por breves momentos revelam sua face,
repousa no fundo dos meus olhos.

Postado por Fernando Caldas

SARAU DO REENCONTRO LUSÓFONO

POEMA DE JOÃO LINS CALDAS

    João Lins Caldas quando jovem.


A vida está cheia de todos os acabados monstros.
- O homem.
A vida está cheia de todas as famigeradas serpentes.
- O homem.
A vida corre parelhas com todos os ventos e com todas as tempestades.
- O homem.
A vida marcha para a concretização de todas as idéias e de todos os pensamentos.
- Para onde marcha o homem.


Postado por Fernando Caldas

Instituto Betel divulga programação da 1ª Feira de Negócios da Agricultura



"Aguardamos uma grande visitação à 1ª Feira de Negócios da Agricultura e um público de 15 mil pessoas, aproximadamente, no encerramento com a pastora e cantora Fernanda Brum". Esse comentário foi feito pelo coordenador geral da Feira de Negócios da Agricultura e também gestor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Betel, Pedro Cavalcante, idealizador do evento.

Com quase toda a estrutura já montada, na Praça São João Batista, para receber visitantes do Assu e de todo o estado, a 1ª Feira de Negócios da Agricultura, é vista como um grande passo para o aumento da produção agropecuária do município e região e com perspectiva de sucesso absoluto.

O Instituto Betel, idealizador e realizador do evento informa o roteiro programático da Feira de Agricultura.

Programação:
Quinta-feira (24) 
18h - Abertura de visitação aos standes
19h - Momento Oficial de abertura da 1ª Feira de Negócios da Agricultura
19h30 - Início das apresentações culturais

  • Grupo de Capoeira Cordão de Ouro
  • Simulação de ataque/defesa
  • Roda Show (Fundação Arte Brasil Capoeira)
  • Palestras no stande Instituto Betel (Temas diversificados sobre Agropecuária)

23h - Shows Musicais

  • Forró da Tradição
  • Sirano & Sirino


Sexta-feira (25)
18h - Abertura de visitação aos standes
19h - Apresentações culturais

  • Maculelê
  • Samba de Roda
  • Colheita (Grupo de Capoeira Cordão de Ouro)
  • Coco de Roda (Grupo de Capoeira Cordão de Ouro)
  • Palestras no stande do Instituto Betel (Temas diversificados sobre agropecuária)

23h - Shows Musicais

  • Ed Show
  • Circuito Musical


Sábado (26)
18h - Abertura de visitação aos standes
18h30 - Shows Musicais

  • Banda Ágape
  • Ministério Deybson Wérick

20h30 - Momento de Encerramento Oficial da 1ª Feira de Negócios da Agricultura
21h - Show da pastora e cantora gospel Fernanda Brum
23h - Fechamento da Feira

Amor e Poesias
''Nem todo ponto final indica fim de história, pode ser só o começo de um novo parágrafo...''
 
Postado por Fernando Caldas

CHARGE DO DIA - AMÉRICA DE NATAL

domingo, 20 de novembro de 2011


E como já se fez dia, que venha toda a alegria que nos possa acompanhar. E que venha paz, amor, carinho e muita felicidade. Cada dia é um brinde a vida, ao recomeço de tudo que não pudemos terminar. E mesmo não findo, ainda é repleto de cumplicidade, de lealdade e tudo mais de bom, de bem, que só os que amam sabem compreender. Refazer é se permitir ser cada dia um pouco mais refliz. Recomeçar é se dar a chance de fazer melhor a si mesmo, ao outro e abençoar a vida por tudo que recebemos. Seja grato a tudo que te chega, a tudo que te faz ser feliz. Seja grato ao que começa, a tudo que termina, pois tudo tem uma finalidade no nosso caminho.









‎''Sou apaixonado por abraços. Não resisto a segurança de abraços fortes, sinceros que me envolvem. Sinto como se um choque de esperança me fizesse ver as coisas de outra maneira. Então, poupe-se de procurar palavras pra me agradar, de algo que me faça sorrir e me sentir melhor… Apenas me abrace, e me segure bem forte.''



"Paixão é quando o coração em vez de bater, suspira".

Luciana Dimarzio
Frases e Poemas


"Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu:
A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade."
(Do FB de VL)

(Transcrito do FB de TM)

‎"As pessoas se assemelham muito a caixinhas de músicas.
Algumas têm muitos adornos,
mas por dentro estão vazias.
Outras quase não têm adornos, mas,
por dentro, encerram grandes tesouros.
Outras, quando as abrimos, nos mostram um
interior tão complicado que nos perdemos entre seus Labirintos..
E há aquelas que são tão transparentes que na
Primeira olhada já sabemos como vão atuar sempre.
Sempre me ocorreu que as pessoas
são como Caixinhas de músicas.
Que só as conhecemos,
e conseguimos amá-las ao Ouvir sua música interior.
Porque essa música tem alguma coisa de mágica...
E reflete a beleza de sua alma".

Amanda Gurgel confirma pré-candidatura



Se depender da professora Amanda Gurgel (PSTU), o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados deixará a tradição de participar de eleições somente para competir. Após ganhar grande visibilidade com as críticas ao sistema educacional brasileiro, a professora acredita que está na hora de o partido chegar à Câmara Municipal de Natal (CMN).

Pré-candidata a vereadora, Amanda disse, em entrevista a O Poti/Diário de Natal, que estima a meta de 17 mil votos para conquistar a vaga no legislativo municipal. Ela citou que, apesar de o partido ir em busca de um mandato eletivo pra valer pela primeira vez em Natal, não abandonou os seus princípios. “Não vamos vender a alma para conquistar o mandato”, declarou. Durante a entrevista, Amanda comentou a repercussão do seu vídeo no Youtube, avaliou o legislativo brasileiro, criticou os atuais vereadores e adiantou como será sua campanha.
Confira os principais trechos da entrevista:

Por que a senhora decidiu se candidatar a vereadora?
Essa foi uma decisão coletiva. Não foi minha. Foi uma observação do partido como um todo. A partir da repercussão que o vídeo sobre a educação teve, as pessoas se sentiram representadas por mim. Muitas pessoas me perguntaram sobre a candidatura, então o partido avaliou que isso seria positivo. Essa candidatura será uma forma de aproveitar a oportunidade para ter na Câmara Municipal de Natal uma representação popular com viés socialista, para usarmos esse novo ponto de diálogo para a população.

De que forma a senhora fará sua campanha?
Não pretendo fazer uma campanha artificial, de chegar nos lugares onde não haja a menos inserção dos militantes ou minha. O PSTU tem um trabalho sólido. Temos um trabalho na educação em Nova Natal que se espalha pelo bairro como um todo. Vamos fazer a campanha nos espaços onde o partido tem inserção e os militantes atuam. Pretendo passar nas escolas, visitar os bairros onde temos apoios. É muita gente apoiando nossa candidatura. Onde tivermos apoiadores, iremos, como é o caso de um apoiador que já se disponibilizou a abrir as portas no Gramoré. Então é isso..

NO NORDESTE SE FALA ASSIM



 
Jose Hilton Carlos do Amaral
Engenheiro Mecânico
Engenharia & Consultoria
84 99748289


"Há diferenciação
Porque cada região
Tem seu jeito de falar
O Nordeste é excelente
Tem um jeito diferente
Que a outro não se iguala
Alguém chato é Abusado
Se quebrou, Tá Enguiçado
É assim que a gente fala
Uma ferida é Pereba
Homem alto Varapau
E coisa ruim é Peba
Cisco no olho é Argueiro
O sovina é Pirangueiro
Enguiçar é Dar o Prego
Fofoca aqui é Fuxico
Desistir, Pedir Penico
Lugar longe é Caxaprego
Ladainha é Lengalenga
E um estouro é Pipoco
Qualquer botão é Pitoco
E confusão é Arenga
Fantasma é Alma Penada
Uma conversa fiada
Por aqui é Leriado
Palavrão é Nome Feio
Agonia é Aperreio
E metido é Amostrado
O nosso palavreado
Não se pode ignorar
Pois ele é peculiar
É bonito, é Arretado
E é nosso dialeto
Sendo assim, está correto
Dizer que esperma é Gala
É feio pra muita gente
Mas não é incoerente
É assim que a gente fala
Você pode estranhar
Mas ele não tem defeito
Aqui bala é Confeito
Rir de alguém é Mangar
Mexer em algo é Bulir
Paquerar é Se Inxirir
E correr é Dar Carreira
Qualquer coisa torta é Troncha
Marca de pancada é Roncha
E a caxumba é Papeira
Longe é o Fim do Mundo
E garganta aqui é Goela
Veja que a língua é bela
E nessa língua eu vou fundo
Tentar muito é Pelejar
Apertar é Arrochar
Homem rico é Estribado
Se for muito parecido
Diz-se Cagado e Cuspido
E uma fofoca é Babado
Desconfiado é Cabreiro
Travessura é Presepada
Uma cuspida é Goipada
Frente de casa é Terreiro
Dar volta é Arrudiar
Confessar, Desembuchar
Quem trai alguém, Apunhala
Distraído é Aluado
Quem está mal, Tá Lascado
É assim que a gente fala
Aqui valer é Vogar
E quem não paga é veaco
Quem dá furo é Fuleiro
E parir é Descansar
Um rastro é Pisunhada
A buchuda é Amojada
E pão-duro é Amarrado
Verme no bucho é Lombriga
Com raiva Tá Com a Bixiga
E com medo é Acuado
Tocar em algo é Triscar
O último é Derradeiro
E para trocar dinheiro
Nós falamos Destrocar
Tudo que é bom é Massa
O Policial é Praça
Pessoa esperta é Danada
Vitamina dá Sustança
A barriga aqui é Pança
E porrada é Cipoada
Alguém sortudo é Cagado
Capotagem é Cangapé
O mendigo é Esmolé
Quem tem pressa é Avexado
A sandália é Percata
Uma correia, Arriata
Sem ter filho é Gala Rala
O cascudo é Cocorote
E o folgado é Folote
É assim que a gente fala
Perdeu a cor é Bufento
Se alguém dá liberdade
Pra entrar na intimidade
Dizemos Dar Cabimento
Varrer aqui é Barrer
Se a calcinha aparecer
Mostra a Polpa da Bunda
Mulher feia é Canhão
Neco é pra negação
Nas costas, é na Cacunda
Palhaçada é Marmota
Tá doido é Tá Variando
Mas a gente conversando
Fala assim e nem nota
Cabra chato é Cabuloso
Insistente é Pegajoso
Remédio aqui é Meisinha
Chateado é Emburrado
E quando tá Invocado
Dizemos Tá Com a Murrinha
Não concordo, é Pois Sim
Tô às ordens é Pois Não
Beco ao lado é Oitão
A corrente é Trancilim
Ou Volta, sem o pingente
Uma surpresa é, Oxente!
Quem abre o olho Arregala
Vou Chegando, é pra sair
Torcer o pé, Desmintir
É assim que a gente fala
A cachaça é Meropéia
Tá triste é Acabrunhado
O bobo é Apombalhado
Sem qualidade é Borréia
A árvore é Pé de Pau
Caprichar é Dar o Grau
Mercado é Venda ou Bodega
Quem olha tá Espiando
Ou então, Tá Curiando
E quem namora Chumbrega
Coceira na pele é Xanha
E molho de carne é Graxa
Uma pelada é um Racha
Onde se perde ou se ganha
Defecar se chama Obrar
Ou simplesmente Cagar
Sem juízo é Abilolado
Ou tem o Miolo Mole
Sanfona também é Fole
E com raiva é Infezado
Estilingue é Balieira
Uma prostituta é Quenga
Cabra medroso é Molenga
Um baba ovo é Chaleira
Opinar é Dar Pitaco
Axilas é Suvaco
E cabra ruim é Mala
Atrás da nuca é Cangote
Adolescente é Frangote
É assim que a gente fala
Lugar longe aqui é Brenha
Conversa besta, Arisia
Venha, ande, é Avia
Fofoca é também Resenha
O dado aqui é Bozó
Um grande amor é Xodó
Demorar muito é Custar
De pernas tortas é Zambeta
Morre, Bate a Caçuleta
Ficar cheirando é Fungar
A clavícula aqui é Pá
Um mal-estar é Gastura
Um vento bom é Frescura
Ali, se diz, Acolá
Um sujeito inteligente
Muito feio ou valente
É o Cão Chupando Manga
Um companheiro é Pareia
Depende é Aí Vareia
Tic nervoso é Munganga
Colar prova é Filar
Brigar é Sair no Braço
Nosso lombo é Ispinhaço
Faltar aula é Gazear
Quem fala alto ou grita
Pra gente aqui é Gasguita
Quem faz pacote, Embala
Enrugado é Ingilhado
Com dor no corpo, Ingembrado
É assim que a gente fala
Um afago é Alisado
Um monte de gente é Ruma
Pra perguntar como, é Cuma
E bicho gordo é Cevado
A calça curta é Coronha
Um cabra leso é Pamonha
E manha aqui é Pantim
Coisa velha é Cacareco
O copo aqui é Caneco
E coisa pouca é Tiquim
Mulher desqualificada
Chamamos de Lambisgóia
Tudo que sobra, é Bóia
E muita gente é Cambada
O nariz aqui é Venta
A polenta é Quarenta
Mandar correr é Acunha
Ter um azar é Quizila
A bola de gude é Bila
Sofrer de amor, Roer Unha
Aprendi desde pivete
Que homem franzino é Xôxo
Quem é medroso é um Frouxo
E comprimido é Cachete
Sujeira em olho é Remela
Quem não tem dente é Banguela
Quem fala muito e não cala
Aqui se chama Matraca
Cheiro de suor, Inhaca
É assim que a gente fala
Pra dizer ponto final
A gente só diz: E Priu
Pra chamar é Dando Siu
Sem falar, Fica de Mal
Separar é Apartá
Desviar é Ataiá
E pra desmentir é Nego
Quem está desnorteado
Aqui se diz Ariado
E complicado é Nó Cego
Coisa fácil é Fichinha
Dose de cana é Lapada
Empurrão é Dá Peitada
E o banheiro é Casinha
Tudo pequeno é Cotoco
Vigi! Quer dizer, por pouco
Desde o tempo da senzala
Nessa terra nordestina
Seu menino, essa menina!
É assim que a gente fala.”
.










sábado, 19 de novembro de 2011

FAZENDO VERSO EM ASSU NINGUÉM SUPERA RENATO



[Mote e glosa de Andiére Abreu, poeta assuense, homenageando o bardo matuto Renato Caldas]

I

Para mim grande guru,
Príncipe da poesia
despejou verve, alegria
Fazendo verso em Assu.
A essência do cumaru
Inspirou *Fulô do Mato
E ampliou o seu retrato
Divulgando o seu talento
Em todo Assu argumento:
Ninguém supera Renato.


II


Boa cachaça e caju
Risos e um dedo de prosa
Só isto já dava glosa
Fazendo verso em Assu.
Gente, boi, porco ou peru,
Ou até mesmo um boato,
Pra ele, poeta nato,
Dava verso de primeira,
Disputar?!! grande besteira
Ninguém supera Renato.


III


De Macau a Paraú
Mostrou sua inspiração
Disse poema, canção
Fazendo verso em Assu.
Quebrando mais um tabu,
No pinho demonstrou tato
Nas rimas um desacato,
É por todo este sucesso
Que tiro o chapéu, confesso:
Ninguém supera Renato.

*Fulô do Mato, afamado livro em linguagem genuinamente matuta de Renato Caldas, editado em 1940, em primeira edição.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

[Poesia transcrita do Facebook de TM]

Eu tenho um mundo lindo dentro de mim.
Eu sou tão sincera que não acredito que os outros possam mentir para mim.
Eu me entrego tanto, que estranho quando não se entregam também a mim.
Eu sou tão transparente, que denuncio tudo o que estou sentindo.
E eu sou tão intensa que as pessoas, às vezes, têm medo de mim.

Eu não sei viver fingindo ser quem não sou
E nem vou negar os meus sentimentos para fazer joguinhos
Isso não é de mim.
Que ninguém espere isso de mim.

Eu sou o que sinto e vivo o que penso.
Quebro a cara, mas me reconstruo.
Não tenho medo de amar
E nem tenho vergonha de me expressar.
Quero da vida tudo o que ela possa me oferecer
E, se vierem lágrimas,
Deixarei que elas escorram firmemente sobre a minha face
E depois as enxugarei,
Quantas vezes forem necessárias,
Sem nunca me arrepender de ter vivido.

Martha Medeiros

LUIZ CARLOS LINS WANDERLEY – 1831/1990, foi um dos primeiros poetas do Assu, primeiro médico e romancista do Rio Grande do Norte. Foi também...