sábado, 19 de novembro de 2011

FAZENDO VERSO EM ASSU NINGUÉM SUPERA RENATO



[Mote e glosa de Andiére Abreu, poeta assuense, homenageando o bardo matuto Renato Caldas]

I

Para mim grande guru,
Príncipe da poesia
despejou verve, alegria
Fazendo verso em Assu.
A essência do cumaru
Inspirou *Fulô do Mato
E ampliou o seu retrato
Divulgando o seu talento
Em todo Assu argumento:
Ninguém supera Renato.


II


Boa cachaça e caju
Risos e um dedo de prosa
Só isto já dava glosa
Fazendo verso em Assu.
Gente, boi, porco ou peru,
Ou até mesmo um boato,
Pra ele, poeta nato,
Dava verso de primeira,
Disputar?!! grande besteira
Ninguém supera Renato.


III


De Macau a Paraú
Mostrou sua inspiração
Disse poema, canção
Fazendo verso em Assu.
Quebrando mais um tabu,
No pinho demonstrou tato
Nas rimas um desacato,
É por todo este sucesso
Que tiro o chapéu, confesso:
Ninguém supera Renato.

*Fulô do Mato, afamado livro em linguagem genuinamente matuta de Renato Caldas, editado em 1940, em primeira edição.

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