domingo, 10 de dezembro de 2017

TESOUROS SUBMERSOS – AS PROFUNDEZAS DOS OCEANOS GUARDAM SEGREDOS INCRÍVEIS



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Fonte – http://wjhl.com/2015/07/28/more-than-1-million-in-gold-found-off-treasure-coast/
AUTOR – Franklin Albagli
A história dos barcos e navios, assim como das navegações estão intimamente ligadas às aventuras da humanidade, sejam elas expedições de guerra, busca incessante pelo desconhecido ou mesmo, operações comerciais.
Seria impossível, totalmente infrutífero e sobretudo enfadonho, que aqui tivéssemos a pretensão de discorrer sobre a evolução das embarcações e das incursões cada vez mais audazes do bicho homem, arrostando a imensidão e fúria dos oceanos.
Todos nós já vimos nos livros de história, as façanhas das frotas mercantes e guerreiras da Grécia antiga, Roma e Cartago, remando e mais tarde velejando, cada centímetro do Mar Mediterrâneo, apropriadamente denominado pelos romanos de Mare nostrumtal a familiaridade que tinham com o mesmo.

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Fonte – http://www.sfora.pl/polska/Polak-odkryl-warty-miliony-skarb-na-dnie-Baltyku-Zobacz-jak-tego-dokonal-g45763-48148
A história tem registros que por volta de 340 A.C, o navegador grego Píteas de Massália, aventurou-se pelo desconhecido, saindo do mar egeu, penetrando no mediterrâneo, passando pelas “Colunas de Hércules”, adentrou no Atlântico, chegando até a Europa ocidental e à Inglaterra.
Quem não foi tomado por grande admiração ao saber das longas viagens empreendidas pelos vikings através do tempestuoso atlântico norte, comprovando-se hoje a descoberta da Groenlândia por Erik o Vermelho e pouco mais tarde, a descoberta da América, mais precisamente da Ilha de Baffin pelo descobridor acidental Berjani Herjölfsson que buscava desesperadamente os seus pais que faziam parte da expedição de Erik, o Vermelho.
Na península do Labrador, Ilha de Newfoundland, foi erigida na primeira colônia da América, pasmem, cinco séculos antes de Cristóvão Colombo pisar em terras americanas, supostamente nas areias da Ilha de Guanahaninas Bahamas!

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Fonte – http://www.dailymail.co.uk/news/article-2090125/HMS-Victory-recovered-sea-bed-300-years-sank-carrying-treasure-worth-500m.html
A título de ilustração, cabe registrar que os historiadores, até hoje não conseguiram decifrar qual a razão que levou os vikings a abandonarem aquela colônia rica em madeiras e caça, apenas decorridos cinquenta anos da sua implantação.
Depois vieram os suecos, holandeses, ingleses, espanhóis e portugueses, todos eles hábeis navegadores, ávidos pelo comércio e sobretudo pelas pilhagens em novas terras assim como nos saques dos navios inimigos, não raro, carregados de riquezas.
É impossível avaliar os tesouros perdidos no fundo dos oceanos, resultado de naufrágios das embarcações que os transportavam, seja em razão da fúria da natureza, seja por atos de guerra de inimigos.

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Fonte – https://www.haaretz.com/archaeology/1.777473
Impossível porque quase sempre não existem registros a respeito. Aqui e ali, pesquisadores de documentos antigos encontram pistas, seguem-nas com persistência e são recompensados com valiosíssimos achados.
Riquezas incalculáveis foram pilhadas pelos espanhóis quando subjugaram os povos das civilizações pré-colombianas. Claro, tudo isso era reunido, embarcado em galeões e enviado para a corte espanhola numa longa e perigosa viagem, sujeita a todo tipo de perigos.
Alguns restos de naufrágios de navios espanhóis daquela época, já foram descobertos na região da Flórida, enriquecendo empresas, pessoas e também provocando intermináveis batalhas judiciais.

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Dobrões de ouro espanhóis – Fonte – http://picclick.ca/Gold-Doublon-Coin-Pirates-Treasure-Spanish-Armada-Coin-291468851789.html
Um dos mais famosos naufrágios que se tem notícia é o do navio Nuestra Señora de Atocha, que transportava para a Europa, tesouros resultantes das pilhagens espanholas. Naufragou no dia 6 de setembro de 1622, quando cruzou com um furacão na altura do arquipélago Flórida Keys. Em 1985, o americano Mel Fischer conseguiu encontrar parte do carregamento, permanecendo ainda embaixo d’água, encobertos pelos sedimentos, dezessete toneladas de prata, vinte e sete quilos de esmeraldas, 128 mil moedas de ouro e trinta e cinco caixas contendo lingotes de ouro.
Recentemente, o governo colombiano anunciou a descoberta dos destroços do galeão espanhol San José que naufragou em 1708, no litoral de Cartagena, sendo integrante da frota do rei Felipe V que lutou contra a Inglaterra na Guerra da Sucessão Espanhola enquanto tentava escapar de uma batalha naval travada com navios britânicos, certamente interessados na pilhagem de tesouros existentes.
Os registros descobertos, indicam que o San José transportava seiscentos tripulantes, certamente soldados, dos quais só onze sobreviveram e seiscentas toneladas de ouro, prata e esmeraldas que estavam sendo levada da Nicarágua para a Espanha, fortuna essa avaliada em US$ 17 bilhões.

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Ricas porcelanas recuperadas em naufrágio – Fonte – http://www2.uol.com.br
Comprovadamente, os destroços são mesmo do San José, confirmação esta efetuada pela gravação existente nos canhões. Antes, porém das providencias para resgate do tesouro, há a necessidade de definir a quem pertence toda a riqueza.
A Colômbia alega que o achado está em suas águas, exatamente no Parque natural de Corales de San Bernardo, sítio incluído pela UNESCO na Seaflower MarineA Espanha por seu turno, reivindica o tesouro, alegando que a nau era do estado espanhol e, por conseguinte, a sua carga.
Em sentido contrário, a empresa Sea Search Armada (SSA), cujos acionistas são poderosos empresários e políticos americanos”, segundo a revista colombiana Semana, reivindica parte do tesouro com o argumento de ter localizado o navio antes e ter fornecido as coordenadas ao Serviço Arqueológico da Colômbia.

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Fonte – http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3251868/Return-Antikythera-Shipwreck-divers-unearth-50-new-treasures-board-game-pieces-THRONE.html
Claro está que muita briga ainda rolará e inúmeros tribunais estarão envolvidos.
Dentro dessa mesma linha, não há como omitir a disputa existente entre a Odissey Marine Explorer dos Estados Unidos com o governo espanhol, sobre os achados no galeão Nuestra Señora de La Mercedes.
O naufrágio foi localizado na costa de Algarves em Portugal e resgatados em 2007 cerca de € 500 milhões em ouro e prata, fortuna essa que a Odissey Marine Explorer, levou de Gibraltar para os Estados Unidos através de avião fretado.
Felizmente para os proprietários, nem sempre os tesouros transportados por via marítima se perdem.

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Fonte – http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3251868/Return-Antikythera-Shipwreck-divers-unearth-50-new-treasures-board-game-pieces-THRONE.html
Em junho de 1940, no auge da blitzkrieg alemã, quando a derrocada da França ameaçava a Grã-Bretanha com iminente invasão, Winston Churchill, recentemente empossado como premierreuniu o seu gabinete em sessão secreta e decidiu numa cartada desesperada, transportar mais de £1.800.000.000 em ouro e títulos para o Canadá.
Os embarques deveriam atravessar o atlântico norte infestado de submarinos alemães e uma vez a salvo no Canadá, seriam utilizados para pagar mercadorias de guerra e víveres tão necessários na Inglaterra e que eram pagos numa base à vista pois nessa época ainda não vigorava a Lend lease.
Todo esse tesouro atravessou o oceano em viagens sucessivas, entre junho e setembro de 1940, sujeito aos azares da guerra, não se perdendo uma moeda de ouro sequer, sendo importante salientar, que somente no mês de junho de 1940, quando os transportes tiveram início, foram postos a pique no atlântico norte 57 navios totalizando 350.000 toneladas!

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Fonte – http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3251868/Return-Antikythera-Shipwreck-divers-unearth-50-new-treasures-board-game-pieces-THRONE.html
Essa fortuna representava todo o ativo líquido da Grã-Bretanha, equivalendo em valores brutos a todo o ouro e prata saqueados por Cortez e Pizarro no México e no Peru e mais todo o ouro extraído nas corridas da Califórnia e Klondike no Alasca.
Outros transportes, porém, não foram tão afortunados. A partir do outono de 1941, a Rússia se batia contra os exércitos alemães e recebia ajuda dos aliados anglo-americanos, através de comboios que partiam de portos ingleses até o porto de Murmansk.
No percurso de ida, os comboios tinham a denominação PQ seguida de numeração. Levavam tanques, aviões, caminhões motores, canhões munições, tudo o que exigia o esforço de guerra, tão necessários aos exércitos de Josef Stalin, regressando com a nomenclatura QPgeralmente, apenas com lastro e, eventualmente, transportando valores correspondendo aos pagamentos das mercadorias entregues, normalmente mediante lingotes de ouro bolchevique.

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HMS Edinburgh – Fonte – http://www.naval-history.net/xGM-Chrono-06CL-Edinburgh.htm
No dia 30 de abril de 1942, o cruzador ligeiro H.M.S. Edinburgh, fazia parte da escolta do comboio QP- 11, levando nos seus compartimentos £ 45 milhões em ouro, um dos pagamentos efetuados pelos russos.
Recebeu dois torpedos do submarino alemão U-452, ficando danificado, sendo mais tarde atacado por destróieres alemães, foi a pique com a perda de sessenta homens da tripulação e todo o ouro.
Em 1981, um antigo mergulhador nas plataformas petrolíferas do Mar do Norte, Keith Jessop, constituiu pequena empresa de salvamento denominada Gessop Recovery Marine Ltd.formou um consórcio com três outras empresas de resgate, a Wharton Williams Ltd, que lidou com as operações de mergulho; a Offshore Supply Association, que forneceu o navio de salvamento e tripulação; e a Racal Decca Survey Ltd, que forneceu o equipamento hidrográfico.

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Local do afundamento do HMS Edinburgh
Naturalmente, a operação foi dificílima, consistindo no resgate mais profundo já realizado, numa região de muitos complicadores pois o Mar de Barents é uma das porções de oceano mais pavorosas que existem, geralmente tempestuoso e sujeito a baixíssimas temperaturas.
A operação foi financiada por uma série de investidores privados que colocaram cerca de £ 2 milhões na operação.  A Jessop Marine não forneceu os nomes dos investidores pois os mesmos colocaram o dinheiro na condição estrita do anonimato, seja porque eles não queriam se associar a “a imagem da caça ao tesouro”, ou eles estavam preocupados em estarem envolvidos na “profanação de túmulos de guerra”.
O resgate foi um sucesso retumbante, encorajando a Jessop Marine a outras incursões.
As possibilidades de resgates milionários são enormes não só nas antigas rotas dos galeões espanhóis, mas também nos mares no entorno da Grã-Bretanha. No entanto, as opções podem ser reduzidas pois o forte de Jessop é o trabalho em profundidades anteriormente consideradas inatingíveis.

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O Almirante Nakhimov em 1893 – Fonte – https://laststandonzombieisland.com/tag/admiral-nakhimov/
Mais ao gosto da Jessop Marine, são os soberanos de ouro e os lingotes de platina existentes no cruzador tzarista Almirante Nahkhimov afundado pelos japoneses nas frias águas do estreito de Tsushima durante a guerra russo-japonesa em 1905. As estimativas são de que este tesouro esteja na faixa de £16 milhões. Mas qualquer tentativa de salvamento nessa vertente, entretanto,  envolveria Jessop em um cabo de guerra entre o Japão e a Rússia, ambos reivindicando o tesouro.
Existem também várias toneladas de ouro no naufrágio de um navio de carga alemão torpedeado pelos britânicos durante a Primeira Guerra Mundial em 1917, e cerca de £ 20 milhões a bordo da fragata Lutine que afundou, também na costa holandesa, em 1799.
Contudo, a operação mais provável da empresa de Jessop talvez seja a exploração dos destroços do famoso transatlântico Lusitânia, afundado por um submarino alemão em 1915 em Old Head of Kinsale, na Irlanda. Os rumores dão conta de que nos seus porões pode existir tesouro no valor de £12 milhões. A localização do naufrágio é conhecida com exatidão e a profundidade onde eles repousam, atualmente não representa problemas para a tecnologia disponível.

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Foto do navio SS Porta, navio irmão do SS Minden – Fonte – http://icelandmonitor.mbl.is/news/news/2017/04/11/german_shipwreck_minden_s_cargo_partly_owned_by_bri/
Minden, navio alemão afundado em setembro de 1939, teria sido identificado no primeiro semestre do ano em curso, quase 80 anos após seu afundamento, a cerca de 190 km de distância do litoral islandês, graças às atividades da empresa britânica especializada em recuperação de navios afundados Advanced Marine Services.
Ele estaria carregado com cerca de quatro toneladas de ouro, equivalendo a cerca de £ 110 milhões de euros (cerca de R$ 407 milhões). Pouco antes de eclodir a Segunda Guerra Mundial, o ouro tinha sido retirado do Banco Germânico, uma filial brasileira do banco alemão Dresden.
Quando estava se aproximando da Europa, o Minden foi identificado e abordado por cruzadores da marinha britânica HMS Calypso e HMS Dunedin. Adolf Hitler em pessoa ordenou ao capitão que afundasse o navio para não permitir que os britânicos obtivessem a carga. A tripulação do Minden foi resgatada pelo HMS Dunedin e levada para a base naval de Scapa Flow, nas Ilhas Órcades, um arquipélago no norte da Escócia.
Nem todos os historiadores concordam se o ouro ainda está a bordo do navio, mas as elevadas despesas já realizadas pela Advanced Marine Services para recuperar os restos do Minden seriam indícios da presença de algo muito valioso a bordo.

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O navio SS Gairsoppa – Fonte – http://www.dailymail.co.uk/news/article-2176025/SS-Gairsoppa-US-company-recovers-48-tons-silver-British-wartime-shipwreck.html
Um naufrágio milionário, sobre o qual não podemos deixar de falar refere-se ao do navio SS Gairsoppa.
Gairsoppa, fazia parte do comboio SL-64 na rota  Calcutta – Freetown  – Galway – Londres. Transportava  2600 toneladas de ferro gusa, 1765 toneladas de chá, 2369 toneladas de carga geral e 240 toneladas de lingotes e moedas de prata , valendo aproximadamente £ 150 milhões. Por volta da meia noite do dia 17 de fevereiro de 1941, o navio estava escoteiro , isto é, sozinho,desgarrado do comboio por conta da sua baixa velocidade e do tempo tempestuoso, quando foi torpedeado e afundado pelo submarino U-101. Dos 86 homens da tripulação, apenas um sobreviveu. O navio foi localizado a cerca de 480 km da costa irlandesa, a uma profundidade de 4900 metros, o que vale dizer, região abissal mais profunda que aquela  onde repousa o RMS Titanic.

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Local do naufrágio do SS Gairsoppa.
Após a confirmação da descoberta, o Reino Unido , através de certame específico, selecionou empresa para ficar incumbida do resgate, esse especial, levando-se em conta a profundidade e somente exequível com utilização de submersíveis não tripulados. Sagrou-se vencedora do certame a americana Odyssey Marine Explorationaquela mesma que resgatou o tesouro do galeão Nuestra Señora de las Mercedes, na costa de Algarves em Portugal e trava intensa batalha jurídica com o Governo espanhol. Nesse salvamento, entretanto, todas as cláusulas foram acertadas com o Governo britânico, ficando a Odissey Marine com substancial parcela de 80% do tesouro e os restante 20% para o erário público inglês.
Não poderíamos deixar de fazer referência também ao navio tipo Liberty Ship e batizado como John Barry torpedeado pelo submarino U-858 no litoral da Arábia Saudita em 28 de agosto de 1944. Fazia a rota Philadelphia – Áden e transportava, além de 8200 toneladas de carga geral, 2000 toneladas de prata em lingotes e moedas, equivalendo a US$ 26 milhões. Da tripulação de 68 homens, dois pereceram e 66 foram salvos e levados para Koramshar no Irã.

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O navio SS John Barry – Fonte – https://uboat.net/allies/merchants/ships/3340.html
Um grupo comprou os direitos de salvatagem e a partir de uma complicada tecnologia, conseguiu recuperar boa parte das moedas de prata que foram cunhadas na Filadélfia e enviadas à Arábia Saudita desde 1943, como meio circulante para aquele jovem país
Naquele tempo, estava ativa a ARMCO – Arabian American Oil Companyum poço promissor fora descoberto em Dahrein, o SSJohn Barry, levava, além da carga de moedas e presumíveis lingotes, muitos veículos, equipamentos Caterpillar, tubulações etc. destinados que seriam à construção de uma nova refinaria.
Pois bem, conforme dissemos mais atrás, a operação de resgate foi bem sucedida no tocante ao resgate das moedas de prata, mas nenhum lingote foi encontrado, permanecendo o mistério pois informações oficiais, evidentemente secretas, davam conta do transporte de lingotes de prata.

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Local do afundamento do John Barry
De inúmeras partidas de moedas da Filadélfia até a Arábia Saudita, somente o carregamento do SS John Barry, perdeu-se, sendo recuperado meio século depois.
Fontes da pesquisa:
Super interessante
Imagens – Internet

De: https://tokdehistoria.com.br

sábado, 9 de dezembro de 2017

ASSU

Assu eu voltei para ficar
Não vou mais te deixar
Eu gosto de ti
Foi a saudade que me fez voltar
Pois aqui eu vim para ficar
Já resolvi quero morrer aqui
Assu terra dos carnaubais
Do grande Renato Caldas
Poeta que satisfaz
Assu teu nome é tradição
És a cidade mais bela
Do meu querido sertão.

(Não me recordo o nome do autor deste poema canção)

Fernando Caldas



quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

ASSÚ - RESUMO HISTÓRICO DE 1913

O Jornal Almanak Laemmert; Administrativo, Mercantil e Industrial (RJ), no ano de 1913, trouxe as seguintes informações sobre o município do Assú:

Passou de Julgado a Villa, com a denominação de Villa Nova da Princesa, em 11 de agosto de 1788 e depois a cidade, com a atual denominação, em virtude da lei provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845. Compreende os distritos judiciários de Assú, Sant’Anna de Mattos e Augusto Severo, paroquia de S. João Batista. Foi criada a comarca em 1835, sendo o seu primeiro juiz de direito o Dr. Basílio Quaresma Torreão. Há minas de carvão, ferro, chumbo e enxofre.

Imprensa – A Cidade, redator e proprietário: Palmério Augusto de Amorim Filho.

Administração Municipal – Intendentes: Luiz José Soares de Macedo; Palmério Augusto Soares de Amorim Filho; Francisco Freire de Carvalho; Manoel Soares Filgueira; José Paulino de Oliveira. Presidente do Conselho: Antonio Saboya de Sá Leitão. Secretário: Américo Soares de Macedo. Procurador: Manoel Pereira de Faria. Fiscais: 1º Pedro Soares de Macedo; 2º José Soares de Macedo Filho. Porteiro: Manoel Lins de Vasconcelos. Guardas: Benevenuto Dionysio da Silva, Felix Sabino do Espírito Santo. Zelador do mercado: Julião Alexandre da Silva. Administrador do Cemitério: Manoel Lins de Vasconcelos. 

Administração Judiciária – Suplentes do Juiz substituto seccional: 1º Luiz Bezerra da Rocha Cabral; 2º Vicente Germano da Costa Ferreira; 3º Luiz Corrêa de Sá Leitão. Ajudante do procurador Seccional: Theogenes Augusto Caldas de Amorim. Promotor: Joaquim Ignácio Filho. Juízes Distritais: Luiz Gomes de Amorim; José Laurentino Martins de Sá; Francisco Justiniano Lins Caldas. Juiz de Direito: José Corrêa de Araújo Furtado. Tabelião e escrivão do júri: João Celso da Silveira Borges. Oficial de Justiça: Manoel Lins de Vasconcelos. 

Administração Policial – Delegado: Luiz Corrêa de Sá Leitão. Subdelegado: João Candido Guabiraba. Suplente: Francisco Soares Filgueira Filho. Escrivão: Olegário Olindino de Oliveira. 

Instrução Pública – Professores municipais: D. Luiza de França das Chagas, D. maria Carolina Wanderley e professor Manoel Assis.

Coletorias – Coletor Estadual: Antonio Freire de Carvalho Sobrinho. Coletor Federal: Pedro José Soares de Macedo. Escrivão: Manoel Batista Ximenes.

Correio – Agente: Pedro José Soares de Macedo. Estafetas: Francisco Umbelino de Sousa, João Carneiro da Silva, João Francisco Salles, Luiz Antonio Xavier e Manoel Ricardo da Silva. 

Telegrafo – Encarregado: Ildefonso Rodrigues Villares. Praticante: Joel Oliveira. Guardas: Francisco Ribeiro Campos, Pedro Ferreira Jacob. Estafeta: Eugenio Caetano da Silva. Editor: Manoel Coelho Ferreira. 

Religião – Paroquia: São João Batista. Padre: José Antonio da Silva Pinto. Sacristão: Olegário Olindino de Oliveira. Irmandades: Coração de Jesus. Sacramento. São João Batista, Rosário, Carmo, Bomfim, Dôres. Confrarias: São Sebastião, Senhor do Bomfim.

Comércio – Exportadores: José Soares Filgueira Sobrinho, Luiz Cabral & Cia, Minervino Wanderley & Cia. Fazendas, armarinho, ferragens, secos, molhados, etc. Berlindo de Medeiros, Clementino Galvão & Cia, Ezequiel Epaminondas da Fonseca, J. Pinheiro, Fonseca & Cia, João Batista & Irmão, José Antonio de Moura, José Neves Filho, Luiz Cabral & Cia, Manoel Januario Cabral, Oswaldo Justino de Oliveira, Sebastião Cabral de Macedo, Vicente Germano de Costa Ferreira, Viúva J. V. Fonseca & Filho. Padarias: Etelvino Caldas, Francisco Bezerra de Araujo. 

Industria – Engenhos: São João, de João Rodrigues Ferreira de Mello; São Luiz, de Luiz de Gomes de Amorim; Lagoa do Mato, de José Laurentino Martins de Sá; Bonito, de Manoel Catunda de Souza.

Profissões – Advogado: Arthur Soares de Macedo. Barbeiro: Alexandre Pio Dantas. Carpinteiros: Joviniano Martins da Costa, Miguel José do Nascimento, Rodolpho Wanderley. Ferreiros: Romão da Silva, Salviano Guida. Funileiro: João Gomes de Amorim. Mecânico: Francisco Justiniano Martins Caldas. Médicos: Dr. Ernesto Emílio da Fonseca, Dr. Pedro Soares de Araújo Amorim. Pedreiros: Agostinho Hermes de Sant’Anna, Basílio Quaresma Torreão, Francisco Velho, João Grande da Silva, José Cabral, Manoel Cyriaco da Silva. Sapateiros: José Felix de Souza, Moysés dos Santos. 

Agricultores e lavradores: Antonio Corrêa de Menezes, Antonio Pedro celestino, João Rodrigues Ferreira de Mello, Luiz José de farias, Justiniano Lins Caldas, Francisco Soares Filgueira, José Amancio da Silva, José Ignacio de Mendonça, José Pedro Marreiro Pessoa, José Soares Figueira Sobrinho, José Soares de Macedo, Misael Cabral de Farias, José Laurentino Martins de Sá, Luiz Gomes de Amorim, Francisco José das Chagas, Francisco Valentim & Oliveira, Francisco Piçarra, João Henrique da Fonseca e Silva, Joaquim Alfredo de Siqueira Cortez, Manoel Amancio de Mello, Manoel do Nascimento e Oliveira Barros, Camilo de Lellis Bezerra, Thomaz Antão de Senna, Joaquim Antão de Senna, Joaquim Thomaz de Senna, João de Macedo. 

Criadores: Alfredo Soares de Macedo, Baronesa de Serra Branca, João Lourenço da Silva Cardoso, João Henrique da Fonseca e Silva, João Rodrigues Ferreira de Mello, José Laurentino Martins de Sá, José Pinheiro, José Soares Filgueiras Sobrinho, Justiniano Lins Caldas, Luiz José de Farias, Misael Cabral & Farias. 

Capitalistas: João Rodrigues Ferreira, José Antonio de Moura, José Soares Filgueiras Sobrinho, Luiz Cabral & Cia, Manoel Januario Cabral e Minervino Wanderley & Cia. 
Nota: Não se recebendo as informações solicitadas ao digníssimo intendente municipal, publicam-se todas as informações anteriores.
(Fonte: ALMANAK LAEMMERT: administrativo, Mercantil e Industrial (RJ) – Ano 1913 / Edição B00069).

CARNATAL 2017 - MAPA DE EVENTOS

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Presente de Natal
Criança faz (ou diz) cada uma! É o que ouvimos tantas vezes por este mundo afora. A criança é espontânea, é natural, é sincera. Diz-se que à medida que uma criança cresce e gradativamente vai se tornando um adulto, também deixa de ser espontâneo, natural e, por vezes, perde a sinceridade. Na ilustração que enviamos, conta-nos exatamente um flagrante em que uma criança, em sua inocência e ingenuidade, percebe o genuíno e autêntico valor dos laços de família, sabendo dar a devida importância ao amor que entrelaça e une os membros de uma família. Mesmo com a figura fictícia de “Papai Noel”, reafirma essa ilustração certos valores que se acham muito deteriorados em muitos lares em nosso mundo. Torna-se absolutamente necessário e premente resgatar esses valores.
Faltando poucos dias para o Natal, nota-se um abrandamento de sentimentos, um quebrantamento de emoções, não obstante a avassaladora febre de consumo que domina a sociedade. Compra-se muito, mas dá-se pouco. E o melhor em nós seria dar-nos de nós mesmos. Foi isso que o pequeno guri fez quando entendeu o amor que o enlaçava ao seu pai e vice-versa.
A maior dádiva de Deus naquele primeiro Natal não foi um presente sofisticado e nem mesmo de grandes proporções. Ele deu o Seu único Filho que veio ao mundo para restabelecer a comunhão entre o ser humano e seu Criador (daí a origem da palavra religião = religar). E o valor representado foi o preço de uma vida. Assim, torna-se mais compreensível a dimensão do que é realmente o Natal. Aquela criança da ilustração, em sua pureza e ingenuidade conseguiu traduzir esse sentimento.
Que todos de seu lar, incluindo sua pessoa, passem um final de semana muito abençoada, gostoso e alegre, sob os olhares paternais e amorosos de nosso querido Senhor e Salvador Jesus Cristo, preparando o seu coração para celebrar o genuíno espírito do Natal.
É o que lhe deseja este seu irmão em Cristo Jesus

Presente de Natal
Um dia, Gabriel acordou, muito contente, era a véspera de Natal, pois para ele era uma data muito importante! Era o dia do Aniversário do Menino Jesus, e também o dia que Papai Noel vinha visitá-lo todos os anos. Com seus seis aninhos, esperava ansiosamente o cair da noite para voltar a dormir, e no outro dia encontrar em seu pé de meia, o seu presente de Natal, pois nem tinha uma árvore de Natal.
Dormiu muito tarde, para ver se pegava aquele velhinho no "flagra”, mas como o sono era maior que sua vontade, dormiu profundamente.
Mas, na manhã de Natal, percebeu que seu pé de meia não estava lá, e que não havia presente nenhum em toda sua casa.
Seu pai desempregado, com os olhos cheios de água, observava atentamente o seu filho, e esperava para tomar coragem para falar que o seu sonho não existia, e com muita dor no coração, o chama:
- Gabriel, meu filho, vem cá!
- Papai?
- O que foi filho?
- O Papai Noel se esqueceu de mim...
Falando isso, Gabriel abraça o pai, e os dois se põem a chorar, quando Gabriel fala:
- Ele também se esqueceu de você pai?
- Não meu filho. O melhor presente que eu poderia ter ganhado na vida, está em meus braços, e fique tranquilo pois eu sei que o Papai Noel não se esqueceu de você.
- Mas todas as outras crianças vizinhas estão brincando com seus presentes... ele pulou a nossa casa...
- Pulou não...o seu presente está te abraçando agora, e vai te levar para um dos melhores passeios de sua vida!
E assim foram para um parque, e Gabriel brincou com o pai durante o resto do dia, voltando somente no começo da noite.
Chegando em casa muito sonolento, Gabriel foi para seu quarto, e "escreveu" para o Papai Noel:
"Querido Papai Noel, eu sei que é cedo demais para pedir alguma coisa, mas quero agradecer o presente que o senhor me deu. Desejo que todos os Natais que eu passe, faça com que meu pai se esqueça de seus problemas, e que ele possa se distrair comigo, passando uma tarde maravilhosa como a de hoje. Obrigado pela minha vida, pois descobri que não são com brinquedos que somos felizes, e sim, com o verdadeiro sentimento que está dentro de nós, que o senhor desperta nos Natais. De quem te agradece por tudo, Gabriel."
E foi dormir com um lindo sorriso nos lábios.
Entrando no quarto para dar boa noite ao seu filho, o pai de Gabriel viu a cartinha, e a partir desse dia, não deixou que seus problemas afetassem a felicidade dele, e começou a fazer que todo dia fosse um Natal para ambos.
Se um simples garotinho de seis anos, conseguiu perceber que os melhores presentes que se pode receber não são materiais, porque nós não fazemos o mesmo?
Que todos vocês que estão lendo esta mensagem, faça com que cada dia seja um Natal, valorizando a fé em Cristo, a família, a amizade, carinho e todos os sentimentos bons que existem dentro de cada um, e depende somente de nós mesmos para botar pra fora...
Feliz Natal com Cristo!!!
Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. (Isaías 9:6)
Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
(João 3:16)

A BOTIJA DE CEARÁ-MIRIM

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Botija
Fonte – http://cgretalhos.blogspot.com.br/2014/08/um-cacador-de-botija-em-campina-grande.html#.WgbpL2hSzIV
Texto original de Maria da Conceição Cruz Spineli, intitulado MITOLOGIA DO VALE DE CEARÁ-MIRIM: A ESTÓRIA DA BOTIJA NO ENGENHO SÃO PEDRO TIMBÓ e publicado por Pedro Simões Neto.
Fonte – https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1791189677839427&set=a.1375732419385157.1073741828.100008452352746&type=3&theater
No nordeste (dizem…), os holandeses, jesuítas ou ricos fazendeiros, deixavam escondidas verdadeiras riquezas, que ficavam enterradas no chão, em paredes de taperas, em mourões de porteiras ou nas proximidades de grandes árvores, até que um dia, através de sonho, mostrava-se a um escolhido, o local exato onde estava aquele tesouro. No sonho era informado como se comportar para a retirada da “Botija. Sempre à noite e sem acompanhantes. Quem não cumprisse as determinações, não receberia o tesouro. E, com a fortuna nas mãos, a pessoa deveria se mudar para um lugar distante, caso contrário, não desfrutaria da riquezas.
O Ceará-Mirim também teve as suas “botijas”. Muito se ouviu falar das riquezas obtidas por esse meio, embora tudo estivesse no campo do “boato”. Hoje, finalmente, a Acadêmica Ceiça Cruz apresenta um desses casos, por ela vivenciado.
Botijas_boteja_y_botejo_Museo_Chinchilla_de_Montearagón
Tipos de botijas – Fonte – http://www.wikiwand.com/es/Botija_(recipiente)
MITOLOGIA DO VALE DE CEARÁ-MIRIM:
A ESTÓRIA DA BOTIJA NO ENGENHO SÃO PEDRO TIMBÓ
Maria da Conceição Cruz Spineli, ocupante da Cadeira 19 da ACLA
Em Dicionário do Folclore Brasileiro, pág. 681, Câmara Cascudo afirma que tesouro significa “dinheiro enterrado, o mesmo que botija para o sertão do Nordeste, ouro em moedas, barras de ouro ou de prata, deixadas pelo holandês ou escondidos pelos ricos, no milenar e universal costume de evitar o furto ou o ladrão de casa, de quem ninguém evita”.
Ainda no mesmo verbete, Câmara Cascudo diz que “os tesouros dados pelas almas do outro mundo dependiam de condições, missas, orações, satisfação de dívidas e obediência a um certo número de regras indispensáveis, trabalhar de noite, ir sozinho, em silêncio, identificar o tesouro pelos sinais sucessivamente deparados […]. O tesouro é encontrado unicamente por quem o recebeu em sonhos […]. Se faltar alguma disposição, erro no processo extrativo, o tesouro transformar-se-á em carvão.”
izrael11
Fonte – http://www.idividi.com.mk/Shqip/Bote/496113/index.htm
Lá pelo Timbó também encontramos estórias de tesouros enterrados, de minas, botijas. O assunto era para adultos, mas as crianças curiosas escutavam. Falava-se em sussurros as coisas do além, do sobrenatural, de almas penadas querendo livrar-se do fardo da mina enterrada de que nada lhes servia no outro mundo. Geralmente o pedido da alma penada vinha sob a forma de sonho. No Engenho Timbó, um homem e uma mulher tiveram um sonho idêntico, na mesma noite, e logo cedo os dois confabulavam a experiência e se arvoraram na empreitada. A mulher me contou, anos depois, detalhes do sonho: que era um homem alvo e bonito, vestido com rica indumentária (inclusive me falava de abotoaduras douradas em sua roupa e nas botas), cortês e educado, e que lhe indicava a existência de um tesouro enterrado debaixo da tamarineira que ficava no meio do curral dos burros, no Timbó de Dentro. O homem do sonho era bem didático, riscando o chão com um graveto, para explicar-lhe com muita clareza o local exato onde enterrara o tesouro. 
Ela deveria sair de casa ainda escuro da madrugada, ele insistia que fosse cedo, antes do sol nascer. Que fossem só ela e o senhor que tivera o mesmo sonho, que fizessem orações no percurso e durante toda a operação, que levassem água benta e não portassem objetos cortantes, pontiagudos ou armas de fogo. No sonho, ele ficava de cócoras, mexia na terra com as mãos dizendo que a terra onde estava enterrado o tesouro era bem fofinha, que ela não teria dificuldades em encontrá-lo, que o sinal era uma bola de ouro que estaria amarrada a uma corrente, também de ouro, fechando a tranca de um caixão comprido.
la botija
Fonte – https://sites.google.com/site/curiosidadesdefabio/leyendas/las-botijas
Durante o sonho, enquanto conversava com o senhor bem trajado, aparecia uma mulher, maltrapilha, os poucos cabelos ralos desalinhados pelo vento. Ela parecia estar suspensa do chão. A figura acanhada não falava, só olhava com olhar vago e mortiço o senhor que dava detalhes de como proceder para a retirada da mina. Dessa figura, a mulher que me contou o sonho tinha medo, muito medo.
Depois de muito conversarem, resolveram sair em busca do local onde estava a mina. De cara, contrariaram quase todas as regras impostas pela alma penada doadora do tesouro. Saíram com o sol alto, levaram um grupo grande de pessoas com pá, enxada, até gente com arma de fogo na cintura. Eu acho que eles tinham medo de saírem ainda escuro e só os dois.
Começaram a retirada do tesouro, o homem mandava os trabalhadores cavarem com a enxada e a pá, e a mulher pedia que só usassem as mãos como lhe ensinara o doador da mina, no sonho; assim o fizeram. Na busca, começaram a ver a bola de ouro, o sinal anunciado no sonho, quando surgiu um enorme cachorro com os olhos de fogo e um dos trabalhadores que cavava o chão gritou: “ô cachorro da mulesta!”; o cachorro saiu em disparada e o local em que já aparecera a bola de ouro virou um imenso formigueiro.
A frustração da mal sucedida empreitada ainda persiste após muitas décadas. Conta-se que poucos dias após o ocorrido, um trabalhador com serviço alugado em tempo da safra da cana, e que se hospedava na casa grande do Zumba, no Timbó de Dentro, havia tirado essa mina nas caladas da noite. Esse homem desapareceu do engenho misteriosamente. No local onde estava enterrada a botija, só um grande buraco.
https://tokdehistoria.com.br
A CAGADA

*Por Damasceno Bezerra
Outro gozo não há, bem se pensando,
Que se compare ao gozo da cagada…
Depois de digerida a feijoada,
Quando toda a barriga está roncando…
Os peidos, um por um, vão ribombando
Como em noite de inverno a trovoada…
O cu vai , pouco a pouco, se esticando
E a merda vai fugindo em debandada…
Então, o camarada fecha os olhos,
- convencido que a vida é um mar de abrolhos…
Mas, a merda sendo rala – que canudo
Vermelho e quente que da bunda sai:
Rompe as pregas do cagão, se esvai
Mela o cu, mela as pernas, mela tudo!


*Damasceno Bezerra era poeta, boêmio, nasceu em Natal/RN, em 1902 e morreu em 1947 na capital potiguar onde está enterrado.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

RENATO CALDAS - SAUDADES DE GUARAPARI

                       Antiga imagem da Praia de Guarapari/ES, disponível no Google.

"Renato Caldas, dando expansão ao seu temperamento cosmopolita, conheceu o Brasil de ponta a ponta, nas suas intermináveis andanças de romântico caminheiro", como depõe Expedito Silveira que era também poeta assuense, seu amigo e companheiro de vida boêmia.

Pois bem, em 1964 Renato fora convidado pelo governador do Espírito Santo Francisco Alves de Athayde que era entusiasta da poesia Renatocaldiana, para que ele, Renato Caldas fizesse uma temporada na cidade de Vitória/ES, apresentando seu trabalho, a sua arte poética irreverente, ao povo capixaba. Tudo as custas daquele governo. Convite aceito, Renato partiu e, após suas apresentações que durou um mês, retornou ao Rio Grande do Norte, a sua cidade de Assue e, dias depois, escreveu o poema intitulado "Saudades de Guarapari" em homenagem a uma das praias do litoral Espirito-santense, cujos versos, seu sobrinho Chico Elion Caldas Nobre musicou. Senão vejamos abaixo, o poema canção, para o nosso bem estar:

Guarapari é a praia da saudade
Onde a felicidade
Fez um ninho pra morar
À noite o eterno candeeiro
Ilumina seus coqueiros
Com alvos flocos de luar
Na praia branca o mar verde se derrama
Tudo vive e tudo ama
Tudo nos fala de amor
Da triste lenda de um rancho no abandono
Que chora a falta do dono
Um valente pescador.
Guarapari, Guarapari, felicidade!
Quero lembrar com saudade
O bem que tive e perdi
Nas horas tristes que passar de ti distante
Eu direi a todo instante
Saudades Guarapari.


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A mulher é melhor do que o homem.

Ariano Suassuna

Natal é cidade que tem a maior cultura empreendedora do Brasil

Natal é a cidade que tem a maior cultura empreendedora do Brasil e a terceira mais empreendedora do Nordeste
A percepção da importância do empreendedorismo e o potencial para empreender com alto impacto – isto é, com visão das oportunidades, proatividade, criatividade e sonho grande dos empreendedores natalenses – levaram a capital potiguar a ser considerada a cidade que tem o maior índice de cultura empreendedora do Brasil. É o que revela o estudo feito pela Endeavor Brasil, instituição que analisa o ecossistema brasileiro com foco no empreendedorismo e elege as 32 melhores cidades. Denominada Índice das Cidades Empreendedoras, a pesquisa vem sendo feita desde 2014 e foi divulgada nesta semana.
O estudo traz rankings de desempenho por temas e faz análises regionais dos avanços e retrocessos no mundo dos negócios, principalmente os de pequeno porte. A Endeavor levou em conta seis pilares para determinar a relação das 32 cidades do país mais empreendedoras: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. Para chegar averiguar o município campeão nesse último quisito, a Endeavor se baseou em pesquisa de opinião feita em parceria com o Instituto Meta e a Opinion Box.
Na avaliação do diretor de operações do Sebrae no Rio Grande do Norte, Eduardo Viana, parte desse visão se deve ao trabalho desenvolvido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e parceiros, principalmente as instituições de ensino superior que têm se esforçado para inserir o empreendedorismo no meio acadêmico. “O conjunto de atividades desenvolvidas e essa parceria com as universidades, através do Programa de Educação Empreendedora, tiveram sua parcela de contribuição para que Natal alcançasse essa posição de destaque no Brasil quando se fala em cultura empreendedora. Os universitários que chegam ao mercado já vão com essa visão da importância da livre iniciativa e de identificar e aproveitar as oportunidades”, explica Eduardo Viana.
Estimular essa concepção está dentro da missão do Sebrae, que mantém programas de incentivo a quem pretende empreender. É o caso do Empretec, que desperta as caracteristicas do potencial empreendedor, tendo já capacitado cerca de 6 mil potiguares. Além disso, o Programa de Educação Empreendedora desenvolve ações que levam noção de empreendedorismo aos três níveis de ensino – Fundamental, Médio e Superior.
Avaliando esses itens principais e itens segundários, São Paulo é a cidade que reúne as melhores condições para abertura de empresas ou expansão de negócios no país, seguida por Florianópolis (SC). A capital paulista lidera pelo terceiro ano consecutivo o indicador justamente em função da conectividade, infraestrutura de terminais aeroportuários e serviços, além da desburocratização do processo de abertura e licenciamento de empresas.
Natal ficou na 23ª posição no ranking brasileiro. No entanto, no Nordeste, é a terceira cidade mais empreendedora da região, depois de Recife (20ª) e Aracaju (22ª). O Índice de Cidades Empreendedoras é um esforço da Endeavor em ajudar governos e sociedade civil a definir prioridades e acompanhar resultados na melhoria do ambiente de negócios.
De: http://agorarn.com.br

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...