sábado, 19 de janeiro de 2013

A SAGA DE JESUÍNO BRILHANTE.



Quando se fala em cangaço, o personagem mais lembrado é aquele considerado o maior deles, o primeiro sem segundo, o intrépido e temível Lampião. Todavia a história nos mostra que outros abriram o caminho para que ele passasse e reinasse praticamente incólume, sem que fosse abatido. Mas a história deixa as suas marcas e os historiadores poetas ou poetas historiadores estão sempre em busca destas para inovar sua arte, criar novas obras, encantar seus leitores. O cangaço de fato é um dos assuntos preferidos do cordel, mas não o único, pois a literatura é abrangente, está em busca dos mais simples aos mais complexos dramas humanos.
É o caso do cordelista natalense Nando Poeta radicado em São Paulo há cerca de cinco anos e que espalhou a sua poesia para o Brasil. Chegou tímido na Luzeiro buscando ler os clássicos dos cordéis brasileiros. Mas o seu apelido - Poeta, somado à sua história de vida que inclui engajamento nos movimentos sociais, aos poucos se tornaram um convite para lançar as redes em águas mais profundas no mar gigantesco do cordel. E ele seguiu um conselho interessante: “não tenha medo”. Corajoso, arriscou-se a escrevinhar as primeiras estrofes. De uma humildade singular, virtude nem sempre presente na maioria dos escritores, foi mostrando seus versos aos amigos que tem em boa parte do país. Os verdadeiros o incentivaram e corrigiram, os falsos elogiaram, os orgulhosos o mandaram parar e seguir no sindicato, os bondosos o abraçaram e o cordel mandou que ele seguisse lendo Leandro Gomes de Barros, José Camelo de Melo entre tantos outros gênios dessa arte secular.
O mundo vivia o auge da crise financeira e em pouco tempo estava pronto o primeiro trabalho de sua verve, A Turbulência Econômica. E começava bem, pela maior e mais importante editora de cordel do Brasil, a Luzeiro, sonho de todo poeta que conheceu o gênero através de suas publicações. Em poucos meses, graças ao  engajamento a edição se esgotara, pois os sindicatos acolheram sua obra e a partir dela promoveram importantes debates. Mas o potiguar ousado percebeu que havia uma lacuna a ser preenchida no meio de outras categorias; foi quando homenageou as mulheres em Mulheres em luta; depois os trabalhadores com O primeiro de maio, e em seguida, sonhou longe querendo  a construção de uma nova central sindical de luta publicando então, A arte de lutar.
O sociólogo Nando sabe da importância do estudo e por isso buscou conhecer mais e melhor a história do cordel, seus autores, suas influências, o meio em que viveram e as condições em que espalharam sua poesia. Partindo deles também espalhou a sua. Após a experiência acumulada lança agora um trabalho a respeito do Jesuíno Brilhante, um homem bem sucedido em sua época, mas que resolveu trilhar pelo cangaço, deixando que a vingança e a violência dominassem o seu coração.
Depois de ler quase tudo que se referisse ao cangaceiro, é assim que Nando o apresenta:

Jesuíno Alves Brilhante,
Agricultor, fazendeiro,
Um homem bem-sucedido
Laçador e bom vaqueiro.
Mas querendo se vingar
Passou a ser cangaceiro.

Escrever sobre Jesuíno tornou-se um desafio, já que pouco se contou sobre ele. Mas o poeta cônscio de sua arte não o teme. É feito o garimpeiro que busca a pedra mais preciosa. Nestas estrofes encontraremos a intrepidez e a coragem de um cangaceiro que enxergava à frente do seu tempo. Homem que respeitava as mulheres, dando-lhes voz, vez, espaço e respeito.

Para entrar no seu bando,
Cumpriria o mandamento:
Não tocar no que é alheio,
Mulher, só no casamento.
Todos os membros que entrassem
Faziam esse juramento.

Roubar era de fato proibido ainda que fosse para servir ao bando. Mesmo entre os violentos existem regras a serem cumpridas. Mas viver à margem da lei e da ordem tem seu preço e com Jesuíno não fora diferente. A perseguição e a espada, a bala e o punhal estavam em seu encalço e por conta da sua rebeldia terminou tombando pelo poder constituído. O Estado só não tem força maior que o povo, pois este, caso queira, poderá desestruturá-lo. Todavia, no caso de Jesuíno era apenas ele o seu bando.
Aqui, Nando Poeta conduz o leitor a conhecer a saga de um dos mais importantes cangaceiros da história. Boa leitura.

Varneci Nascimento
São Paulo – novembro de 2012.
varnecicordel.blogspot.com.br

QUANDO A PREOCUPAÇÃO ERA ENGORDAR

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Pode parecer estranho em uma época onde o padrão de beleza feminino é a Gisele Bündchen (não para mim) e diante da verdadeira epidemia de obesidade que atinge a humanidade (entre eles eu), que houvesse uma época em que os jornais natalense publicavam anúncios de duvidosos remédios que prometiam engordar em tempo recorde.
Realmente no século passado a nossa população se sobressaia pelo excesso de pessoas magras. Na época da Segunda Guerra Mundial está comprovado que muitos dos nossos soldados tinham uma alimentação limitada na vida civil e ganhar uns quilinhos a mais era preciso.
Quem pesquisa jornais antigos encontra com perturbadora frequência a notícia de mulheres que morriam no parto. Logicamente que as más condições da saúde pública e da higiene sanitária nos hospitais explicam muito da razão desta situação, mas também as deficiências alimentares da época ajudaram a ceifar a vida de muitas mães de família.
Naquele tempo, uma mulher sem maior estrutura corporal, muito magra, era tida como “doente”, como não tendo as condições adequadas para procriar, de ser mãe. Visto ser este o papel principal das mulheres de uma época onde o mercado de trabalho feminino era limitadíssimo.
Na nossa sociedade muita coisa mudou para melhor neste tema. Certamente este anúncio publicado no jornal natalense “A República” em 3 de junho de 1939 deverá se tornar bem raro de ser repetido.
Rostand Medeiros

Natal antigo


Igreja São Pedro, Alecrim

NOVO LIVRO – BENJAMIN ABRAHÃO, ENTRE ANJOS E CANGACEIROS

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Autoridade na cultura do Nordeste do Brasil, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos apresenta o livro Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros (Escrituras Editora), que traz a biografia do secretário particular do padre Cícero, do Juazeiro, de 1917 a 1934, além de fotógrafo autorizado do cangaceiro Lampião, tendo acompanhado os diferentes bandos de que este dispunha em sete Estados do Nordeste, no meado de 1936, creditando-se como responsável pela mais completa documentação do cangaço jamais obtida, ao incorporar a imagem cinematográfica às velhas fotografias conhecidas.
A obra é ensaio interdisciplinar que ocupou boa parte da vida do autor, e também um livro de arte, com dezenas de fotografias e de fotogramas históricos da trajetória do sírio Benjamin Abrahão Calil Botto — um “conterrâneo de Jesus”, como se declarava, por conta do nascimento em Belém, na Terra Santa –, que desembarcou no Porto do Recife em 1915, aos 15 anos de idade, fugindo da Grande Guerra, para trilhar uma aventura extraordinária pelos sertões do Brasil setentrional.
No livro, Pernambucano de Mello, reconhecido por Gilberto Freyre, já em 1984, como “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, apresenta pesquisa profunda, feita ao longo de 40 anos. Pela primeira vez, é divulgado o conteúdo da caderneta de campo deixada por Benjamin Abrahão, recolhida pela polícia no momento de seu assassinato com 42 punhaladas, no começo de 1938, no sertão de Pernambuco, aos 37 anos de idade. Cobrindo os anos da missão sobre o cangaço, a caderneta abrange o período 1935-1937, com lançamentos alternados em português e em árabe, assim impusesse a necessidade de sigilo sobre o assunto. O historiador trabalhou por três anos, com dois professores de árabe, traduzindo, ponto a ponto, o conteúdo averbado — muitas vezes resultante de conversas noite adentro com Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros — que são relatos que matam polêmicas e contestam versões atuais sobre fatos e figuras das décadas de 1910, 1920 e 1930, como o polêmico Floro Bartolomeu da Costa e a apregoada amizade entre Lampião e o padre Cícero, além de informações que dizem respeito ao real combate do Batalhão Patriótico à Coluna Prestes, para o qual traz entrevista inédita que fez com Prestes, em 1983, no Recife.
Particularmente importante, pela originalidade, é a revelação da matriz setecentista e estrangeira do pensamento social brasileiro dos anos 1930 sobre o cangaço, presente, sobretudo no chamado romance nordestino, tendente a culpar a sociedade e a desculpar os excessos dos protagonistas do fenômeno. O mesmo se diga sobre a revelação, de todo desconhecida até o presente, dos esforços de apropriação internacional do apelo épico que o tema encerra, por parte das facções travadas em luta de morte ao longo da década aludida: o Reich alemão contra o Soviete russo, Hitler contra Stalin, ao tempo em que Lampião dava as cartas na caatinga.
O livro traz ainda apêndice com a reprodução de importantes documentos, colhidos em pesquisa que contou com o apoio de muitos colaboradores e instituições, como a Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, a Cinemateca Brasileira de São Paulo, os arquivos Renato Casimiro/Daniel Walker, do Juazeiro, e da antiga Aba-Film, de Fortaleza, ambos do Ceará, entre outros.
Frederico Pernambucano
Frederico Pernambucano
FREDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO possui formação em história e direito. Na Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, período em que se especializou no estudo da cultura da região Nordeste do Brasil, tendo publicado os seguintes livros: Rota batida: escritos de lazer e de ofício, Recife, Edições Pirata, 1983; Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil, Recife, Editora Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco, 1985 [ora em 5ª edição pelo selo A Girafa, de São Paulo]; Quem foi Lampião, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1993 [ora em 3ª edição]; A guerra total de Canudos, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1997 [ora em 3ª edição pela A Girafa]; Delmiro Gouveia: desenvolvimento com impulso de preservação ambiental, Recife, Editora Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco-CHESF, 1998; Guararapes: uma visita às origens da Pátria, Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2002; Tragédia dos blindados: a Revolução de 30 no Recife, Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2007; Estrelas de couro: a estética do cangaço, São Paulo, Escrituras Editora, 2010, livro finalista do Prêmio Jabuti de 2011, nas categorias projeto gráfico e ciências humanas.  É membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre, tendo sido curador internacional da Fundação Bienal de São Paulo para a Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 Anos, São Paulo, 2000, e presidente da União Brasileira de Escritores – Seção de Pernambuco.  Na Academia Pernambucana de Letras, ocupa a cadeira 36 desde o ano de 1988. Pela originalidade de seus estudos, pelo volume da obra que produziu, e por se dedicar a aspectos de nossa história considerados ásperos e de pesquisa difícil, tem sido considerado o “historiador do Brasil profundo”, na palavra do professor Nelson Aguilar.
Prefácio: Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes. Texto das orelhas José Nêumanne Pinto
Gênero História/Cangaço e cangaceiros/Usos e costumes/Ensaio interdisciplinar. Formatobrochura, com mais de “97 imagens. Páginas “352
Fonte - http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2012/12/lancada-e-esperando-por-voce.html
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PreçoR$ 45,00 (Quarenta e cinco reais) e com frete já incluso. Onde comprar? Com nosso revendedor oficial Professor Pereira através do E-mailfranpelima@bol.com.br ou pelos tels. (83) 9911 8286 (TIM) – (83) 8706 2819 (OI). Podem comparar a oferta, façam simulações de compra nos demais revendedores na Internet. 
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Do blog Tok de História, do jornalista Rostand Medeiros

UTILIDADE PÚBLICA - ALERTA


ALERTEM A TODOS DE SUA FAMÍLIA, AMIGOS, CONHECIDOS, ETC

Se encontrarem uma criança chorando pela rua com um papel na mão, contendo um endereço, ou mesmo um idoso,
pedindo que você o leve ao endereço indicado, chame imediatamente um policial ou uma viatura através do 190,E NUNCA
O ACOMPANHE ATÉ O ENDEREÇO MENCIONADO MESMO QUE SEJA PERTO!
Este é o novo truque usado para sequestrarem e/ou roubarem pessoas, sendo que a vítima vai ao encontro dos
bandidos, facilitando muito o trabalho deles, principalmente pela total ausência de polícia, deixando a pessoa
completamente à mercê dos meliantes.
Não se sabe ao certo se esta modalidade de crime começou em São Paulo ou Rio de janeiro, mas está se espalhando
rapidamente por todo o país.


‎"Tenho saudades, de um tempo lá atrás.
Daquele onde tudo era tão inocente, tão simples.
Adorava brincar de pega-pega, esconde-esconde e até amarelinha.
Hoje, pega é outra coisa, esconder também, se esconde tudo até a própria verdade.
E amarelinha fico, quando vejo pessoas tão evasivas, fugindo até do próprio destino.
Ai que saudades me dá, do escurinho do cinema, andar de mãos dadas, até com uma amiga querida, já estava valendo.
Saudades do verdadeiro selinho, abraço apertado, rostinho colado.
Dançar em bailinho, passear na praça, namorar no banco.
Tenho saudades mesmo, do bolo com café, da conversa fiada, da louça lavada.
Do cheirinho do lençol, do baby-dool, da vergonha estampada,
Da primeira vez...
Ai que saudades me dá !!!"

G.Fernandes
De: Abra seu coração!!! Voe como as borboletas
"Tenho saudades, de um tempo lá atrás.
Daquele onde tudo era tão inocente, tão simples.
Adorava brincar de pega-pega, esconde-esconde e até amarelinha.
Hoje, pega é outra coisa, esconder também, se esconde tudo até a própria verdade.
E amarelinha fico, quando vejo pessoas tão evasivas, fugindo até do próprio destino.
Ai que saudades me dá, do escurinho do cinema, andar de mãos dadas, até com uma amiga querida, já estava valendo.
Saudades do verdadeiro selinho, abraço apertado, rostinho colado.
Dançar em bailinho, passear na praça, namorar no banco.
Tenho saudades mesmo, do bolo com café, da conversa fiada, da louça lavada.
Do cheirinho do lençol, do baby-dool, da vergonha estampada,
Da primeira vez...
Ai que saudades me dá !!!"

G.Fernandes

‎"Tenho saudades, de um tempo lá atrás.
Daquele onde tudo era tão inocente, tão simples.
Adorava brincar de pega-pega, esconde-esconde e até amarelinha.
Hoje, pega é outra coisa, esconder também, se esconde tudo até a própria verdade.
E amarelinha fico, quando vejo pessoas tão evasivas, fugindo até do próprio destino.
Ai que saudades me dá, do escurinho do cinema, andar de mãos dadas, até com uma amiga querida, já estava valendo.
Saudades do verdadeiro selinho, abraço apertado, rostinho colado.
Dançar em bailinho, passear na praça, namorar no banco.
Tenho saudades mesmo, do bolo com café, da conversa fiada, da louça lavada.
Do cheirinho do lençol, do baby-dool, da vergonha estampada,
Da primeira vez...
Ai que saudades me dá !!!"

G.Fernandes

De: Abra seu coração!!! Voe como as borboletas.

"Tenho saudades, de um tempo lá atrás.
Daquele onde tudo era tão inocente, tão simples.
Adorava brincar de pega-pega, esconde-esconde e até amarelinha.
Hoje, pega é outra coisa, esconder também, se esconde tudo até a própria verdade.
E amarelinha fico, quando vejo pessoas tão evasivas, fugindo até do próprio destino.
Ai que saudades me dá, do escurinho do cinema, andar de mãos dadas, até com uma amiga querida, já estava valendo.
Saudades do verdadeiro selinho, abraço apertado, rostinho colado.
Dançar em bailinho, passear na praça, namorar no banco.
Tenho saudades mesmo, do bolo com café, da conversa fiada, da louça lavada.
Do cheirinho do lençol, do baby-dool, da vergonha estampada,
Da primeira vez...
Ai que saudades me dá !!!"

G.Fernandes

Impasse nos reajustes

Do site Consultor Jurídico     

Reajuste de servidor causa impasse no governo. A dúvida é se os reajustes concedidos aos servidores públicos no ano passado poderão ser pagos em janeiro, já que a peça orçamentária de 2013 ainda não foi aprovada. 

A previsão é que a matéria seja apreciada pelos parlamentares somente em fevereiro, quando acaba o recesso. Diante da confusão, cada poder está fazendo uma leitura diferente da situação. No Executivo e no Ministério Público da União (MPU), a decisão é pagar os salários com reajuste. Já os concursados da Câmara e do Senado deverão esperar a aprovação do Orçamento. 

A tendência é que o Judiciário siga o mesmo entendimento do Legislativo. No Supremo Tribunal Federal, o reajuste não será pago. O mesmo vale para o Tribunal de Contas da União (TCU).

As informações são do jornal Valor Econômico.

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vídeo: Posse do Prefeito Ivan Júnior, vice e Vereadores em Assú

Vídeo: Posse do Prefeito Ivan Júnior, vice e Vereadores em Assú

Música tema Canal 100 - Waldir Calmon - Na Cadencia do Samba (Que Bonito...

A BODEGA DE SEU JAIME

Bem do lado sudoeste do Mercado Público Municipal ficava a tão cantada e decantada bodega. Lembro-me bem da fisionomia do seu proprietário. Era um homem calmo, compreensivo e que sabia conduzir aquela taberna tão do povo.

A mercearia tinha pouca iluminação, um cheiro forte de fumo e muito frequentada tantas vezes por dia. Lá poderíamos encontrar pavios, lamparinas, urupemas, esteiras, vassouras, querosene e cereais.

Entretanto o que fazia a diferença era a variedade de cachaça que o mesmo comercializava. Façamos uma viagem no tempo para lembrarmos dos nomes de algumas delas: Dois tombos, Canta Galo, Chora na Rampa, Língua de Sogra, Olho D'água, Guaru, Pitu, Primeira Cabeçada, essa última preparada por Chico do Enchimento e Chico Paulo, que quando colocava a danada no copo, fazia logo um rosário. Ainda tinha Vinho de Jurubeba, Cinzano, Quinado, São João da Barra e Zinebra (Ginebra de Gato).

Se a bodega era famosa, famosos também eram seus fregueses. Dentre muitos, lembraremos os mais assíduos: Diomedes, Tio Eugênio, Tio João Costa, Chico Xerém, João Costa, a Velha Bola, Nelson e Maria Chica, Manoel Toucinho, Joaquim Rato e Eliza, João Quixá (pai), Capão e seus meninos, Cirilo, Fernando e Júlio, a Velha do Preso, João Rajado, os Miguéis, Fiel, Chico Gasolina, Seu Vicente, Segundo, José Veríssimo, Chico Português, Gregório, Manoel e Pedro Marcelino, João Rosa, José Targino, Cleto, Israel, Chico Duvidoso, Francisquinho, Chico Dantas, Joaquim Braz, Pedro Guarda, Relâmpago, Manoel Mulato, José Tenente, Chico Macaco, O Mudo, José Padre, Pernambuco, Floro, Guachelo, Chico Raposa e muitos outros que me falha a memória.

O mais interessante era a maneira de pedir uma de cana:

-Seu Jaime, bote uma da que matou o guarda!

-Bota uma da que matou tio João Costa!

-Seu Jaime, bote uma de come figo!

-Bote uma de quando não mata aleja!

O nosso grande poeta e saudoso amigo, Hermógenes Tenente, fez umas glosa com a famosa bodega:

'A cachaça de seu Jaime

É ruim de dar pipoco,

Matou a Velha Bola

Deixou Segundo louco,

Floro bem intoxicado

Chico Português bem rouco.



A cachaça era pagã,

Seu Jaime batizou.

Fiel foi o padrinho,

Segundo apresentou.

Chico português anda

Bem prejudicado,

Foi a gripe que apanhou

No dia do batizado.'

E assim durante muitas décadas aquele pequeno mundo foi o ponto de convergências de muitos amigos, que passavam momentos felizes e angustiosos, mas sem nunca ter deixado de ser um ambiente ordeiro e de muita paz.

João Bosco da Silva, professor
Do Mural-facebook do jornalista da UFRN Marcos Calaça

Previdência complementar de servidor federal terá início em fevereiro, diz ministro


O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, confirmou que a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-EXE) vai começar a funcionar em 1º de fevereiro. 

Quem entrar para a União a partir dessa data terá que contribuir para a Funpresp, se quiser receber uma aposentadoria superior ao teto do INSS (R$ 4.159). Segundo Garibaldi, a mudança é necessária para a sobrevivência da previdência pública no Brasil.

Fonte: Jornal Extra



A trova

A trova é uma forma poética - das mais antigas - cantada em quatro versos. É uma pequena quadra de sete sílabas, tem sua música e sua cadência. Agora, eu me lembro de duas trovinhas amorosas que transcrevo, por sinal, muito antigas, de autoria dos poetas Jader Barbalho e Eduardo Toledo, respectivamente. Vejamos para o nosso deleite:

Parece troça, parece,
Mas é verdade patente,
Que a gente nunca se esquece
De quem se esquece da gente.

.....

A saudade se embaraça
E a paixão se intensifica...
Não pelo instante que passa,
Mas pelo instante que fica!
A trova é uma forma poética - das mais antigas - cantada em quatro versos. É uma pequena quadra de sete sílabas, tem sua música e sua cadência. Agora, eu me lembro de duas trovinhas amorosas que transcrevo, por sinal, muito antigas, de autoria dos poetas Jader Barbalho e Eduardo Toledo, respectivamente. Vejamos para o nosso deleite:

Parece troça, parece,
Mas é verdade patente,
Que a gente nunca se esquece
De quem se esquece da gente.

.....

A saudade se embaraça
E a paixão se intensifica...
Não pelo instante que passa,
Mas pelo instante que fica!


TÉCNICO DO DNOCS VÊ AÇUDE DO MENDUBIM COMO ALTERNATIVA PARA ABASTECER ASSÚ

Manutenção da seca este ano pode acarretar no uso da fonte alternativa de abastecimento  (Lunae Parracho/Reuters)ASSÚ - No caso de se confirmarem os prenúncios de agora, projetando que o ano de 2013 poderá significar o prolongamento da estiagem em todo o Nordeste, o técnico da Unidade de Campo do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), em Assú, Paulo Rodrigues, entende que é necessário se pensar em opções a fim de diminuir a demanda hídrica que hoje se concentra na Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves.
Ele enxerga que, apesar do panorama crítico que se verifica por sobre os reservatórios d'água do Rio Grande do Norte, com expressiva perda de capacidade de armazenamento por conta da escassez de chuva, ainda pode se considerar razoável a situação na instância da barragem, que se constitui no principal manancial do gênero no Estado. Indicadores recentes mostram que, hoje, a barragem acumula 52,23% de sua capacidade global.
"A situação é difícil, mas podemos dizer que a barragem ainda mantém uma boa reserva de água", declarou o representante do órgão autárquico regional em Assú. Ele citou que, fora do Vale do Açu, o limite de água dos reservatórios chega a ser desesperador.
"Muitos deles [reservatórios] hoje estão com menos de 40% de sua capacidade", exemplificou. Paulo Rodrigues vê como inadiável que se comece a pensar em alternativas caso a seca se acentue.
A título de sugestão, ele destacou que o açude público de Mendubim, em Assú, hoje pouco acima de 40% de sua capacidade total de acúmulo d'água, pode ser um canal emergencial para abastecer o município do Assú, no caso de ocorrer o agravamento da seca, por consequência, diminuindo a sobrecarga por sobre o volume hídrico que é disperso para suprimento humano através da barragem Armando Ribeiro Gonçalves.  
IDEIA
"O Mendubim está com pouco mais de 40% [da capacidade], mas não é usado para consumo humano urbano e penso que isso poderia ser levado em consideração, principalmente num ano difícil como 2013 pode ser.
É uma reserva que ajudaria de certa forma a barragem Armando Ribeiro Gonçalves", ponderou o técnico do Dnocs. Finalizando, Paulo Rodrigues admitiu que os prognósticos quanto ao inverno sejam ruins, mas torce para que eles não se confirmem. "A chuva vai ser boa para todos", concluiu.


Fonte: O Mossoroense 
  Postado por 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Não importa o quanto às vezes seja difícil,
o quanto às vezes eu me atrapalhe,
o quanto às vezes eu seja a densa nuvem
que esconde o meu próprio sol,
quantas vezes seja preciso recomeçar:
combinei comigo não desistir de mim.

(Ana Jácomo)

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...