CARTAS DE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO A LEDO IVO E CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Maria da Conceição Silva Dantas Monteiro (UERN)
conceicaomonteiro@uern.br
Introdução
O movimento modernista marcou a história cultural do país ao propor um novo modo de ver e de pensar a arte. O projeto modernista – idealizado por Mario de Andrade e seus pares - tinha como foco o retorno às origens. Também pregava o equilíbrio entre o erudito e o popular, por isso trouxe a público discussões sobre temas pouco explorados, até então, pela literatura. Um desses temas foi a cultura popular, com suas inúmeras manifestações, dentre as quais se insere a literatura popular, também chamada de poesia matuta.
No Rio Grande do Norte destacaram-se vários escritores produzindo, especificamente, esse gênero poético. Dentre os que publicaram, alguns poetas mereceram a atenção de Luís da Câmara Cascudo: Zé Praxedi, Newton Navarro e Renato Caldas. Com seu Fulô do Mato, este último, poeta popular açuense tornou-se conhecido e conquistou o direito de ter, na segunda edição de seu livro, cartas escritas por Luís da Câmara Cascudo e enviadas para os poetas Lêdo Ivo e Carlos Drummond de Andrade. Mais tarde, elas foram transcritas para as edições seguintes da obra a qual se referia e, a partir de então, foram tomadas como prefácios. Essa trajetória percorrida pela carta até se transformar em prefácio é o tentamos esclarecer adiante.
1 Carta, prefácio ou carta-prefácio?
O gênero carta foi, por muitos anos, considerado uma das poucas, quiçá a única forma de estabelecer contato com alguém que estivesse distante do alcance da voz, por isso escrever cartas fazia parte daquele contexto. Luís da Câmara Cascudo, fazendo as vezes de articulador do movimento modernista no Rio Grande do Norte, usou essa ferramenta de comunicação com o intuito de trocar experiências com pessoas do mundo todo. E foi por esse motivo que, a partir da década de 20 do século XX, o intelectual potiguar passou a se corresponder com pesquisadores, críticos de arte, poetas e escritores, como Gilberto Freyre (FERREIRA, 2008), Joaquim Inojosa (ARAÚJO, 2012) e Mario de Andrade. A troca de cartas entre os pesquisadores da cultura popular se tornou objeto de estudo e está registrado em uma dissertação de mestrado (Cf. GOMES, 1999).
A carta - por ser um gênero íntimo e particular - carrega como conteúdo informações que deveriam ser compartilhadas apenas pela pessoa que a enviou/recebeu, mas nem sempre é assim; há registros de correspondências que vieram a público e que se tornaram objeto de estudo de pesquisadores, como é o caso dos prefácios em forma de cartas aqui estudados.
O prefácio, cuja função é antecipar informações sobre a obra que será lida a posteriori, e muitas vezes é considerado um texto marginal, tem sua origem no latim praefatio e no grego prólogos. Apresentar uma leitura das cartas, que foram usadas como prefácios, escritas pelo autor de O tempo e eu é o objetivo desse artigo. Serviram como pressupostos teóricos para fundamentar esse estudo as leituras da crítica dialética, corrente de pensamento discutida por Antonio Candido (1980).
Parece-nos estranho tratar de cartas como prefácios sem discutir antes o porquê de elas terem sido tratadas como tal, tendo em vista serem gêneros com funções relativamente diferentes. Com a intenção de esclarecer essa questão, vamos recorrer a outros estudiosos mais experientes. Em seu livro Retórica do silêncio I (1989), obra na qual discute acerca da função do prefácio, Gilberto Mendonça Teles afirma: ... todo texto destinado a recobrir os vários tipos de linguagem que se produz ao lado de uma obra literária, guardando com ela relações simétricas ou assimétricas, uma vez que procura reduplicá-la, explicá-la, reduzi-la ou colocar-se como índice de seu relacionamento com o mundo da literatura ou com as estruturas extraliterárias que a cercaram no momento mesmo de sua criação (TELES, 1989, p. 05).
Em sua tese, o pesquisador Cléber Santos Vieira também trata do mesmo assunto e esclarece:
Denominam-se prefácios todos os discursos liminares produzidos a propósito de determinado texto. Os vínculos sistemáticos, históricos e contextuais com o impresso converteram os prefácios em preciosas fontes de pesquisa da história do livro nos mais variados gêneros da cultura escrita (VIEIRA, 2008, p. 26).
A partir desse ponto de vista, entendemos por que as cartas, que fazem referência à obra e guardam informações sobre ela, podem ser consideradas como prefácios. O ponto de partida da análise dos prefácios cascudianos é a proposição de que a leitura destes viabiliza uma melhor compreensão da história da literatura, da memória cultural e da literatura produzida especificamente no Rio Grande do Norte.
2 Luís da Câmara Cascudo prefaciador
Luís da Câmara Cascudo iniciou sua história como prefaciador em 1921, ao publicar sua primeira obra Alma patrícia. A partir de então, passou a prefaciar obras da literatura mundial como Dom Quixote de La Mancha (1958). “Com Dom Quixote no folclore do Brasil”, é o título do texto de 17 páginas, publicado pela Editora José Olympio em uma coleção de cinco volumes, ainda na década de 1950. Nesse prefácio o escritor estabelece relação entre o folclore brasileiro e aspectos da cultura universal presentes no romance.
Prefaciou também obras da literatura brasileira como Til (1957), do romancista cearense José de Alencar e Cantos populares do Brasil, de Sílvio Romero (1954).
No Rio Grande do Norte prefaciou obras como Livro de poemas, do poeta Jorge Fernandes (1927), O arado, de Zila Mamede (1959) e Os instrumentos do sonho, de Doryan Gray Caldas (1961). Além de obras em prosa como O calvário das secas, de Eloy de Souza (1938) e Patronos e acadêmicos – Academia Norte-Rio-Grandense de Letras: antologia e biografia, de Veríssimo de Melo (1971), etc.
Essa busca pelo original também era uma forma de conhecer para preservar a tradição (literatura oral), mas tudo leva a crer que é por causa dessa tradição e pela
necessidade de mantê-la que Luís da Câmara Cascudo envia as cartas sobre o que se produz no Rio Grande do Norte a seus amigos escritores. Nas cartas, há indícios de que Luís da Câmara Cascudo era assumidamente um articulador do movimento modernista (ou pelo menos atuava como tal). Será que quando ele escrevia as cartas estava apenas apresentando um amigo a outro ou tinha consciência de sua real função?
Poder-se-ia dizer, então, que os modernistas para quem o prefaciador escreveu viam a poesia popular (matuta) como sinônimo de originalidade. Em Fulô do mato percebe-se a sensualidade como temática e o toque de humor. O título da obra remete ao espaço simples, rústico, mas inspirador do poeta.
Renato testou seus poemas, declamando oralmente, antes de publicá-los. Será que a leitura permite ao leitor perceber se há uma tensão estabelecida entre a tradição e a modernidade? O ritmo e a musicalidade prendem o leitor dessa obra, como podemos ver em: TROVA (CALDAS, 1984, p. 108)
Maria da Cunceição
Faça uma boa viagem
E leve meu coração
Dentro da sua bagage.
(...) Maria da Cunceição
Você fez boa viage?
Devolve meu coração
Qui foi na sua bagage.
Ao dissertar sobre o amigo poeta, o prefaciador declara: “Renato é miolo de arueira, não esquecendo ponta de prego que o riscou nem cheiro de flor roçando nas folhas” (CASCUDO apud CALDAS, 1984, p. 155)
O corpus da pesquisa de onde as cartas-prefácios foram retiradas é composto de aproximadamente 70 textos: prefácios, proêmios, apresentações, notas, orelhas, posfácios, cartas-prefácios e outros gêneros usados pelo escritor-prefaciador para apresentar/recomendar/comentar/referendar e/ou analisar as obras.
No conjunto do corpus representado, os textos foram catalogados, digitalizados, lidos, resumidos e previamente analisados, e em seguida separados em dois grupos: de 1920 a 1940; de 1950 a 1980, conforme podemos ver a seguir:
1º Momento 1920 a 1940
Alma patrícia, de Luís da Câmara Cascudo 1921
Versos, de Lourival Açucena 1927
Livro de poemas, de Jorge Fernandes 1927
Ensaios, contos e crônicas, de Afonso Bezerra 1930
O calvário das secas, de Eloy de Souza 1938
Várzea do Açu, de Manoel Rodrigues de Melo 1939
Cana caiana in Catimbó e outros poemas, de Ascenso Ferreira 1939
Várzea do Açu, de Manoel Rodrigues de Melo 1940
Crepúsculo, de Gabriel Gomes Sobrinho 1940
Viagens ao nordeste do Brasil, de Henry Koster 1941
Eu conheci Sesyom, de Francisco Amorim 1942
Fulô do mato, de Renato Caldas 1945
Fulô do mato, de Renato Caldas 1945
2º Momento 1950 a 1980
Natureza e história do Rio Grande do Norte, de João Alves de Melo 1950
Til,de José de Alencar 1951
Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes 1951
Roteiros da zona oeste, de Raimundo Nonato 1951
Natal do meu tempo: crônica da cidade do Natal, de João A. Guimarães 1952
Sertão de espinho e de flôr, de Otoniel Menezes 1952
Meu ideal, de Onel Nunes da Costa 1952
Luiz Gonzaga e outras poesias, de Zé Praxedi 1952
Cavalo de páu, de Manoel Rodrigues de Melo 1953
Depoimentos sobre Tobias Monteiro, de Nestor S. Lima e José Augusto Medeiros 1953
Cantos populares do Brasil, de Sílvio Romero 1954
Zelações, de Antídio de Azevedo 1954
Poesias, de Segundo Wanderley 1955
Sonetos, de Marcolino Dantas 1956
Versos que fiz para você..., de Josué Silva 1956
Danças folclóricas brasileiras, de Maria Amália Correia Giffoni 1956
Chico caboclo: e outros poemas, de Manoel Rodrigues de Melo 1957
Society, de Ellyssosio Guimarães 1957
Memórias de um retirante, de Raimundo Nonato 1957
Populário natalense, de Veríssimo de Melo 1957
Figuras e tradições do nordeste, de Raimundo Nonato 1958
O arado, de Zila Mamede 1959
Cantadores, de Leonardo Mota 1960
O tempo de solidão, de Walflan de Queiroz 1960
Crepúsculo, de Ivory Batista da Costa 1960
Chamas apagadas, de Letícia Galvão 1960
O sertão é assim..., de Zé Praxedi 1960
Os instrumentos do sonho, de Doryan Gray Caldas 1961
Panorama da poesia do Rio Grande do Norte, de Rômulo C. Wanderley 1961
Eu conheci Sesyom, de Francisco Amorim 1961
Estórias da figueira marcada, de M. Calvet Fagundes ( prefácio) 1961
Estórias da figueira marcada, de M. Calvet Fagundes ( notas) 1961
Você sabe por que...?, de Menezes de Oliva 1961
Saudade, teu nome é menina, de Maria Eugênia M. Montenegro 1962
Reminiscências de Natal de outrora, de Silvino Bezerra 1963
Para errar menos, de Severino Bezerra 1963
O pioneiro esquecido, de Augusto Fernandes 1965
Família Wanderley, de Walter Wanderley 1966
Lua qutro vezes sol, de Diógenes da Cunha Lima 1967
Sínteses, de Edinor Avelino 1967
Macau na poesia de Edinor Avelino, de Walter Wanderley 1967
O mar e outras descobertas, de Lucimar Luciano de Oliveira 1968
Dorian Gray: 25 anos de pintura, de Dorian Gray Caldas 1969
Patronos e acadêmicos – Academia Norte-Rio-Grandense de Letras: antologia e biografia, de Veríssimo de Melo 1971
Os olhos do lixo, de Socorro Trindad 1972
Uma tarde na vida das academias, de Walter Wanderley e Raimundo Nonato 1972
Memórias, de Eloy de Souza 1973
Gente da gente, de Walter Wanderley (prefácio) 1973
Gente da gente, de Walter Wanderley (nota) 1973
Instrumento dúctil, de Diógenes da Cunha Lima 1975
Os signos e seu ângulo de pedra, de Doryan Gray Caldas 1976
Natal, USA, de Lenine Pinto 1976
A marcha de Lampião, de Raul Fernandes 1978
À sombra dos tamarindos, de Raimundo Nonato 1978
À sombra dos tamarindos, de Raimundo Nonato 1980
No ritmo da chuva, de Zelma Bezerra Silva 1980
Manual do boi calemba, de Deífilo Gurgel 1980
Uma canção ao entardecer, de Nilson Patriota 1981
Pensamento e ação, de Sylvio Piza Pedrosa 1984
Além das obras já elencadas há outras as quais não possuem referência temporal, mas trazem dedicatórias que podem indicar o ano de sua publicação, são elas: Introitus in Tempos humanos, de R. G. Nunes (1971?) ABC do cantador Clarimundo, de Newton Navarro (1955?), Noturno de Touros, de Nilson Patriota (?)
Partindo do princípio de que “monumento é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação” (LE GOFF, 1994, p. 535), acreditamos serem as cartas-prefácios e os demais textos que compõem o corpus da pesquisa exemplos de “monumentos”, tendo em vista sua relação com o passado (tempo no qual foram escritos) e o presente (período em que foram estudados). Tais textos podem ser considerados, portanto, como “um legado à memória coletiva” (LE GOFF, 1994, p. 536). Eles servirão como referencial para se pensar o valor da literatura, seja ela local ou de qualquer outro lugar. No entanto, a cultura local dever ser considerada um elemento tão importante quanto os outros, na medida em que contribui para a relativização e compreensão de questões mais globais. Ou seja, vivemos em constante relação com os mais diversos contextos culturais, e podemos dinamizar os nossos pontos de vista, na medida em que os colocamos em relação com outros e refletimos sobre eles, pois como assegura Candido (2002):
Trata-se de um caso privilegiado para estudar o papel da literatura num país em formação, que procura a sua identidade através da variação dos termos e da fixação da linguagem, oscilando para isto entre adesão aos modelos europeus e a pesquisa de aspectos locais (2002, p. 86).
Nesse sentido, o crítico literário Antonio Candido (2002, p. 87) sugere que, quando se trata do literário, o dado local “se vai modificando e adaptando, superando as formas mais grosseiras até dar a impressão de que se dissolveu na generalidade dos temas universais”. Isso nos mostra que, na visão do escritor, local e universal devem se harmonizar no contexto da obra literária. E mesmo sabendo que o crítico literário não se referia ao gênero em estudo, percebemos que esse pensamento do estudioso pode ser aplicado a esse contexto.
Em 18 de agosto de 1945, Luís da Câmara Cascudo, por correspondência, apresenta Renato Caldas a Lêdo Ivo. O escritor da carta assim o anuncia:
...tenho toda a alegria em mostrar a você o meu velho camarada e amigo secular Renato Caldas, poeta de letras populares, cheio de verve e de obstinação mental, vivo como um pé de vento (CASCUDO apud CALDAS, 1984, p.155).
Com a certeza de que sua intermediação renderia uma aproximação entre os poetas, o emissor da carta acrescenta: “...eu peço para ele sua amizade natural, nos vários planos de coração e de espírito” (CASCUDO apud CALDAS, 1984, p.155). Ainda por meio de carta Luís da Câmara Cascudo apresenta o poeta popular Renato Caldas ao autor modernista Carlos Drummond de Andrade:
Peço licença para apresentar o meu velho amigo Renato Caldas, poeta, um dos mais conhecidos e amados desse nordeste, fixador de espírito popular, fornecedor anônimo de imagens que se tornaram folclóricas (CASCUDO apud CALDAS, 1984, p.155).
O prefaciador aproveita o ensejo e convida o autor de A rosa do povo para conhecer pessoalmente Renato Caldas e a região nordeste que, segundo Luís da Câmara Cascudo, Drummond de Andrade deveria conhecer.
Conclusão
A partir da leitura destas cartas- prefácios, pudemos observar a preocupação de Luís da Câmara Cascudo em estudar as obras produzidas no Rio Grande do Norte, a fim de organizar e posteriormente construir uma história literária. Por esse motivo, buscamos, neste artigo, analisar o conteúdo dos prefácios e assim consolidar o desejo expressado por ele de transformar os vários estudos sobre a literatura local em fonte de pesquisa sobre a temática. Desejo que ele registra no prefácio da obra Versos, de Lourival Açucena, em 1927.
Em duas breves missivas, o autor de Alma Patrícia apresenta Renato Caldas ao Brasil. Datadas de 18 de agosto de 1945, período no qual o poeta norteriograndense estava lançando uma segunda edição de seu livro Fulô do Mato, as correspondências são endereçadas aos poetas brasileiros Lêdo Ivo e Carlos Drummond de Andrade. Nas cartas constam informações sobre a personalidade do poeta açuense, bem como sobre sua obra, a qual Luís da Câmara Cascudo define como sendo representativa das “letras populares”. O prefaciador não poupa elogios ao poeta e afirma que ele “É um modelo da força espontânea e clara dessa região...” (CASCUDO apud CALDAS, 1984, p. 156).
Luís da Câmara Cascudo não emite sua opinião, não aprecia criticamente a obra, faz apenas o seguinte comentário: “Renato vai publicar o livro dele, a segunda edição, segunda encarnação, mais gorda, ágil e sacudida” ( CASCUDO apud CALDAS, 1984, p. 155).
Luís da Câmara Cascudo não trata da obra, o destaque vai para a pessoa do poeta. Que critérios Luís da Câmara Cascudo utilizou para avaliar a obra de Renato Caldas? Será que ele conseguia estabelecer relação entre poesia popular (matuta) do poeta com o folclore.
Por que a poesia popular é considerada um gênero poético marginal? A leitura crítica dos dois prefácios nos possibilita dizer que é a estreita relação com a cultura popular que a elevou a esse status.
As reflexões feitas ao longo desse artigo não nos conduziram a conclusões, mas sim a outras questões e inquietações para serem pensadas em estudos futuros. Por isso ao invés de afirmar optamos por questionar.
Se o projeto modernista pesquisava sobre as manifestações legítimas e originais, isto é, conhecer para descobrir as tradições. Teria sido isso que levou Luís da Câmara Cascudo a enviar as cartas-prefácios a seus amigos poetas. Seria a obra Fulô do mato uma legítima representante da poesia matuta, dessa “nova” modalidade de literatura, desse “novo” jeito de fazer poesia? Ao enviar as cartas para Lêdo Ivo e Carlos Drummond de Andrade, 1945, estaria Luís da Câmara Cascudo buscando atualizar a discussão iniciada na década de 20, do século XX, por Mário de Andrade sobre cultura popular? Por que a poesia de Renato Caldas atrai a atenção do prefaciador? O que ela apresentava de “novo”? Temas, linguagem, estilo? Seria essa relação com a oralidade que agrada o prefaciador?
Referências
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