domingo, 17 de março de 2013
sábado, 16 de março de 2013
DOENDO
Tudo dói de sede e de fome
Os bichos, o céu, o mato e o roçado,
A esperança, a vida, o cão sem nome,
A ave de rapina, a casa, o gado.
O canto da acauã
Doendo
O aboio do vaqueiro
Doendo
O vôo da ribaçã
Doendo
A seca do sertão
Doendo
O rogo das mulheres em oração,
O clamor sutil dos oratórios,
Suplício no andor da procissão,
A dor oferecida em ofertório.
Currais abandonados, solidão,
A sanha de um tempo de desterro,
Cacimba já em água, humilhação,
E o berro agonizante do bezerro.
A dor que sempre dói fica doendo,
Pelos séculos sem fim no meu Nordeste,
Cinismo nas promessas dos abutres,
Fartura para os poucos que enriquecem.
Chico Morais
Natal, fevereiro de 2013.
Copiado da página de Chico Morais
Tudo dói de sede e de fome
Os bichos, o céu, o mato e o roçado,
A esperança, a vida, o cão sem nome,
A ave de rapina, a casa, o gado.
O canto da acauã
Doendo
O aboio do vaqueiro
Doendo
O vôo da ribaçã
Doendo
A seca do sertão
Doendo
O rogo das mulheres em oração,
O clamor sutil dos oratórios,
Suplício no andor da procissão,
A dor oferecida em ofertório.
Currais abandonados, solidão,
A sanha de um tempo de desterro,
Cacimba já em água, humilhação,
E o berro agonizante do bezerro.
A dor que sempre dói fica doendo,
Pelos séculos sem fim no meu Nordeste,
Cinismo nas promessas dos abutres,
Fartura para os poucos que enriquecem.
Chico Morais
Natal, fevereiro de 2013.
Copiado da página de Chico Morais
sexta-feira, 15 de março de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
PROVOCANDO ONDAS
Lembre-se de que sonhos sem riscos produzem conquistas sem méritos. (Augusto Cury)
Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direção errada. (Augusto Cury)
Às vezes, quando tudo dá errado acontecem coisas tão maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse dado certo.
Onde quer que você veja um negócio de sucesso, pode acreditar que ali houve, um dia, uma decisão corajosa. (Peter Drucker)
Há um ditado popular muito conhecido: “Quem arrisca, não petisca”. Pode ser muito popular, mas guarda em si mesmo uma verdade incontestável: para que algo aconteça temos que agir e agir, muitas vezes, com ousadia e coragem.
No artigo anexo (Provocando ondas) alguns dos que nos leem podem raciocinar que nem sempre devemos arriscar. Consideraríamos correta essa análise se o ato fosse realizado com imprudência, com imaturidade e com possibilidade sérias de danos físicos à integridade e à saúde. Não é o caso em tela. Idealizamos uma possibilidade real de êxito e uma concorrência a que culmine com sucesso a empreitada. Nada fazer pode provocar, sim, letargia, preguiça, acomodação e, porque não, sinais de covardia. Grandes feitos na história da humanidade foram precedidos de inúmeras tentativas e possibilidades reais de fracasso. Graças à tenacidade de homens e mulheres determinados a conseguirem atingir o alvo de sua busca, hoje dispomos de equipamentos, procedimentos e ideias que fizeram valer a pena o esforço, a persistência desses valorosos empreendedores.
Nunca é demais acrescentar que nem sempre pela força e empenho nossos alcançamos sucesso. Por vezes necessitamos de “algo mais” que nos induza a prosseguir adiante. Temos à disposição a mente e a força do Criador de tudo. Sua ajuda é inestimável quando fracassam as nossas tentativas. Entre aqueles a quem nos referimos linhas acima também não poucos provaram dessa experiência e lograram resultado favorável.
Incentivo a que em próxima oportunidade que divisar à sua frente não hesite em recorrer a Deus, simultaneamente à sua resolução em seguir adiante. A companhia divina far-lhe-á bem e o seu íntimo ser-lhe-á grato pelo auxílio a que recorrerá. Comente esse fato nestes dias de lazer que se aproximam com os seus familiares e com amigos. Certamente momentos alegres se seguirão.
Um feliz e apreciável descanso é o que lhe desejamos.
Clênio Lins Caldas
Provocando ondas
"No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele" (Efésios 3:12).
Eu ouvi que, se a neblina impede que o marinheiro de um barco pequeno veja a boia que marca seu percurso, ele gira rapidamente seu barco em pequenos círculos sabendo que as ondas que ele provoca balançará a boia que estiver mais próxima. Então ele para, escuta e repete o procedimento até ouvir o tilintar da boia. Provocando ondas, ele encontra o seu percurso. Muitas vezes o ato de "provocar ondas" implica em correr riscos. O barco que permanece no porto nunca enfrenta perigos, mas, também nunca chega a lugar algum. (The Christophers)
Em nossa caminhada neste mundo, é possível que tenhamos de "provocar ondas" para atingir algum objetivo. Nesse ato de "provocar ondas", podemos enfrentar perigos, podemos contentar e desagradar pessoas, podemos alcançar admiração ou críticas. Temos de estar preparados para tudo e, com perseverança e determinação, confiar que seremos vencedores.
Há pessoas que preferem não se arriscar, que se acomodam em sua insegurança, que se omitem quando alguma coisa depende de ousadia e coragem. Não experimentam decepções, mas, ao mesmo tempo, não saboreiam momentos de conquistas e vitórias.
A nossa vida não pode ficar limitada à covardia. Já houve quem dissesse que o medo de perder impede que uma pessoa vença. Somos filhos de Deus e o Senhor nos conclamou a ter coragem e crer que Ele estaria a nosso lado nas lutas e batalhas. Se temos sonhos, lutemos bravamente por eles. Se queremos chegar a algum lugar, sigamos em frente e contemos com a direção de Deus. Se tememos a neblina que nos obstrui a visão da boia da vitória, façamos o barco de nossa vida girar até atingirmos nossos propósitos. Só não podemos ficar inertes, conformados, sem fé e esperança, ignorando que o nosso Deus é poderoso para cumprir Suas promessas e nos conduzir em segurança.
Você está pronto a, se necessário, provocar ondas ou prefere ficar parado no porto da desilusão?
Pr. Paulo Roberto Barbosa
Eu sou aquele
Eu sou aquele que receia
O amor aceso numa noite escura
Mas que deseja a chama
Ardente dessa sarça que te arde
No peito.
Eu sou aquele que procura
No silêncio
A voz que acende a fantasia
Mas receia o sonho
Que ilumina
Mais do que a luz do dia…
Porque a vida tudo cobra e tudo vigia.
[Emílio Miranda]
Eu sou aquele que receia
O amor aceso numa noite escura
Mas que deseja a chama
Ardente dessa sarça que te arde
No peito.
Eu sou aquele que procura
No silêncio
A voz que acende a fantasia
Mas receia o sonho
Que ilumina
Mais do que a luz do dia…
Porque a vida tudo cobra e tudo vigia.
[Emílio Miranda]
quarta-feira, 13 de março de 2013
Sentença de Juiz
O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha,
ex-promotor de justiça, concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas e ter perguntado ao delegado: 'desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?' O magistrado lavrou então sua sentença em versos: No dia cinco de outubro Do ano ainda fluente Em Carmo da Cachoeira Terra de boa gente Ocorreu um fato inédito Que me deixou descontente. O jovem Alceu da Costa Conhecido por 'Rolinha' Aproveitando a madrugada Resolveu sair da linha Subtraindo de outrem Duas saborosas galinhas. Apanhando um saco plástico Que ali mesmo encontrou O agente muito esperto Escondeu o que furtou Deixando o local do crime Da maneira como entrou. O senhor Gabriel Osório Homem de muito tato Notando que havia sido A vítima do grave ato Procurou a autoridade Para relatar-lhe o fato. Ante a notícia do crime A polícia diligente Tomou as dores de Osório E formou seu contingente Um cabo e dois soldados E quem sabe até um tenente. Assim é que o aparato Da Polícia Militar Atendendo a ordem expressa Do Delegado titular Não pensou em outra coisa Senão em capturar. E depois de algum trabalho O larápio foi encontrado Num bar foi capturado Não esboçou reação Sendo conduzido então À frente do Delegado. Perguntado pelo furto Que havia cometido Respondeu Alceu da Costa Bastante extrovertido Desde quando furto é crime Neste Brasil de bandidos? Ante tão forte argumento Calou-se o delegado Mas por dever do seu cargo O flagrante foi lavrado Recolhendo à cadeia Aquele pobre coitado. E hoje passado um mês De ocorrida a prisão Chega-me às mãos o inquérito Que me parte o coração Solto ou deixo preso Esse mísero ladrão? Soltá-lo é decisão Que a nossa lei refuta Pois todos sabem que a lei É prá pobre, preto e puta... Por isso peço a Deus Que norteie minha conduta. É muito justa a lição Do pai destas Alterosas. Não deve ficar na prisão Quem furtou duas penosas, Se lá também não estão presos Pessoas bem mais charmosas. Afinal não é tão grave Aquilo que Alceu fez Pois nunca foi do governo Nem sequestrou o Martinez E muito menos do gás Participou alguma vez. Desta forma é que concedo A esse homem da simplória Com base no CPP Liberdade provisória Para que volte para casa E passe a viver na glória. Se virar homem honesto E sair dessa sua trilha Permaneça em Cachoeira Ao lado de sua família Devendo, se ao contrário, Mudar-se para Brasília. | ||
terça-feira, 12 de março de 2013
O sonho é partir,
Sem querer, sem saber,
Fechar os olhos e fazer parte desse quadro
Por pintar
Dar uma dentada no sol
E saltar de uma ponte
Em forma de arco íris
Suspensa
E ser-se quem se pensa
Ignorante.
Saber é sofrer
Julgar que se sabe
É pensar que se sofre.
Ignorar
Pintar sem pintar
Uma flor
Um pássaro no céu
Uma laranja de sol a arder,
Barcos que passam riscando o entardecer
E um pobre que pensa na vida
Filósofo sem o saber.
A vida é uma estrada sem destino
Por onde se perdem, vagabundos,
Os que buscam sem saber
E retornam sem ter
Navegantes do sonho.
Navegar o sonho
Sem leme nem mastro;
Sem cais onde aportar
Vaguear sem destino,
Estar dentro da paisagem,
Feito de som e de imagem
Sem saber que fim a haver
Sem haver fim a saber
Marinheiro errante
Ignorante...
Saber é querer estar
Para além do sonhar
Ser mais do que julgar
E nada ser afinal.
Quero ser navegante do sonho
Pintor que nunca pintou
Poema que ninguém acabou
Princípio sem fim,
Metáfora de mim...
Quero mais do que ser
Não ser
Não estar
Ser o sonho de alguém
Ou no sonho navegar.
Navegante do sonho.
Navegar o sonho
Para ser mais do que pó
Mesmo que seja só uma mão estendida
Uma mão mendiga
Aberta
Ao esquecimento.
[Emílio Miranda]
In: Uma Árvore Intemporal - Edium Editores / Abril 2011
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