quinta-feira, 4 de abril de 2013


Ataque à liberdade: jornalista cubana é impedida de ir aos EUA

3ABR
Alexandre Haubrich
418040_10151185966641401_1460267704_n
A tarde desta quarta-feira foi momento de mais um ataque à liberdade nas relações entre Estados Unidos e Cuba. Elaine Díaz Rodrígues, blogueira, jornalista e professora da Universidade de Havana, foi impedida de ir aos EUA para um dos maiores eventos de Ciências Sociais do mundo, o XXXI Congresso Internacional de Estudos Latino-Americanos.
Elaine teve seu trabalho aprovado pela Associação de Estudos Latino-Americanos, organizadora do evento, que também deu a ela uma bolsa para a viagem. Mesmo assim, o governo dos EUA não concedeu o visto a Elaine.
Agora, a jornalista e professora se pergunta quem cerceia a liberdade, Cuba ou os EUA? Por que Yoani Sanchez pode ir aos EUA, mas Elaine não? “Não tive nenhum problema com Cuba para sair, nunca”, disse ela ao Jornalismo B. E completou: “É humilhante que neguem vistos a acadêmicos enquanto recebem de braços abertos a Yoani (Sanchez)”.
Em seu Twitter, Elaine agradeceu aos governos do Brasil e do Quênia por a terem recebido para congressos em 2012, e disse torcer “para que o Congresso mais importante de Ciências Sociais do mundo saia novamente do território estadunidense, só assim se garantirá a presença de todos os cubanos e cubanas aceitos pela Lasa (sigla da organizadora)”.


E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas ...


Mario Quintana
Dul 
De: Doce Mistério
╰♡╮E  sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas ...


 Mario Quintana
Dul ╰♡╮


DESTAQUE NACIONAL

TRATORISTA BOM DE BRIGA

João Fábio Cabral, ator e autor de peças teatrais de Ipanguaçu, chama atenção por uma ponta no novo filme estrelado por Wagner Moura, A Busca, mas já tem muita bagagem nos palcos paulistas.


Larissa Moura - DO NOVO JORNAL

Pouca gente sabe, mas o tratorista que troca sopapos com Wagner Moura em seu mais novo filme é potiguar. João Fábio Cabral tanto bate quanto apanha em A Busca, dirigido por Luciano Moura, que estreou nos cinemas de todo o país no último dia 15 de março. Somente em Natal, mais de 4.500 pessoas haviam assistido ao filme em um dos cinemas da cidade até o último domingo. A conta inclui os familiares de Fábio, que se deslocaram de Ipanguaçu para ver o parente na telona. Faltou o fã número 1, Seu Beruca, o pai do ator, que só viu algumas cenas da produção na TV, e quer combinar outra caravana a Natal para ver o filho em alta definição.

Foto: Arquivo Pessoal.
Arquivo Pessoal
João Fábio Cabral acumula experiências fora do RN

Devoto de umbanda, solteiro e sem filhos, João Fábio Cabral, 39, nasceu no dia 17 de novembro de 1973, sob o signo do Escorpião com ascendente em Escorpião. Filho de pai soldador e mãe auxiliar de serviços, aos 16 anos, após concluir o ensino fundamental, mudou-se de Ipanguaçu para Fortaleza, no Ceará, onde foi perseguir o sonho de ser ator. Morou durante três anos com Ester, sua irmã mais velha. Mais tarde seguiu para São Paulo, onde viveu com a tia, e se formou em teatro pela Escola de Teatro Ewerton de Castro, em 1999.

João conta que o interesse pela dramaturgia surgiu ainda no interior potiguar, por meio da literatura, cinema, circos, e até novelas que via quando adolescente. Como sempre gostou de dançar, seu avô o levava para ver as apresentações dos pastoris no fim do ano. Ele lembra com saudades das novenas típicas do mês de maio, da festa da padroeira da cidade e até da chegada dos circos. Na escola, participava do grupo de teatro e de todas as gincanas, onde se destacava por ser desinibido. “Minha mãe falava que eu ficava imitando os outros”, conta.

Com tantas referências, começou a escrever desde cedo e hoje já contabiliza mais de 50 textos – pelo menos 20 deles encenados em São Paulo e outras praças. Há 20 anos morando na capital paulista, possui um apartamento próprio, com 120 metros quadrados, no Bairro Bela Vista, próximo à conhecida Avenida Paulista. Durante o período na metrópole, chegou a morar com amigos, depois sozinho, e hoje divide o espaço com o irmão Judson Cabral, uma prima de Ipanguaçu e a afilhada Mariana, de três anos.

Mas, apesar de trabalhar na capital, sua residência fixa fica no litoral, em Ubatuba, pois conta que hoje prefere a calmaria à loucura da cidade, aonde vai apenas para compromissos de trabalho. “Hoje prefiro essa tranquilidade da praia, do litoral norte de São Paulo, e encontrei em Ubatuba o lugar perfeito”, explica.

Pai diz que ator puxou ao lado “desenvolvido” dos Cabral 

João Batista Cabral, 65, conhecido como seu Beruca, trabalha como soldador em Ipanguaçu desde 1971. O pai de João Fábio conta que o filho puxou ao lado “desenvolvido” dos Cabral. Intelectual desde criança, Fábio teve boas notas nas três escolas que estudou na cidade e, segundo o pai, sempre quis estudar fora. “Filho só puxa ao pai se ele for cego, porque a minha vida é mexer com ferro e meus dois meninos rumaram para a cultura”, brinca.

Apesar da distância, Beruca afirma que o filho sempre foi presente na família, ajudando sempre que preciso. Em sua última visita a Ipanguaçu, no natal de 2012, todos os filhos se reuniram para a ceia na casa do pai, que hoje mora sozinho com a esposa, dona Maria das Graças. “A gente começa sozinho e termina sozinho. Mas para mim meus filhos são a melhor coisa do mundo”.
A cabeleireira Fabia Cabral, de 41 anos, é uma das irmãs de Fábio. Ela conta que o irmão mais novo foi sempre cheio de astúcia, fazendo teatro, dança e futebol, tudo ao mesmo tempo. E quando Fábio resolveu sair de casa, a irmã lembra que toda a família – principalmente a mãe – não queria permitir, pelo apego familiar. Mas cederam por ser o sonho do jovem que, à época, já queria estudar teatro.

Ela conta que hoje sente muito orgulho de Fábio, no que é acompanhada pelos conterrâneos, que sempre perguntam as novidades sobre o ipanguaçuense famoso. “Na cidade da gente todo mundo é deslumbrado com ele. Todo mundo sempre gostou dele, agora muito mais”, garante.

Como autor, sucesso em montagens em São Paulo
Dentre as peças que o potiguar escreveu, destaca-se “Um verão Familiar” (2012), que rendeu o título de melhor atriz para Lavínia Pannunzio, dado no 25º Prêmio Shell de Teatro, um dos mais tradicionais da cena teatral brasileira. A solenidade foi apresentada pelas atrizes Nicette Bruno e Beth Goulart, mãe e filha. 

Foto: Arquivo Pessoal.
Arquivo Pessoal
Fábio Cabral com o pai Beruca em Ipanguaçu

Antes disso, em 2010, escreveu e dirigiu a peça “Da Marginal para a Rua Augusta”, que tinha como um dos atores o irreverente Luiz Fernando Duarte, mais conhecido como Luiz Thunderbird, VJ da MTV Brasil, que teve com a peça sua estreia no teatro. Segundo João Fábio, a peça surgiu do projeto Satyrianas, que acontece em SP anualmente. “Luiz é uma pessoa fenomenal, um cara muito bacana, nunca tinha feito teatro e quando eu fiz o convite, ele topou de cara”, afirma João Fábio.

Apesar de se identificar mais com o teatro, o cinema vem marcando presença na nova fase da carreira do ator. Antes da participação em A Busca, Fábio atuou no longa Getsêmani (2009), de Mario Bortolotto, filme de baixo orçamento produzido em São Paulo. E ainda neste ano se prepara para estrear Jonas e a Baleia, da LO Politi, sócia da Maria Bonita Filmes, que venceu o Edital de Criação e Desenvolvimento de Roteiro da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

O filme vai contar uma história de amor não convencional, que se passa no estacionamento de carros alegóricos, no Sambódromo, durante o desfile das Escolas de Samba Campeãs de SP. “Faço o pai do protagonista, uma história linda, um personagem fantástico”, afirma Fábio.
E ainda no filme A Busca, Fábio explica que o convite veio através de um teste que fez com o produtor Chico Accioly. Com o resultado positivo, veio muito exercício físico para entrar no jogo que a cena pedia, resultado que conta ter sido do seu agrado. A parceria com o ator Wagner Moura também rendeu bastante experiência para o ator, que o conheceu durante as gravações, em Paulínia (SP). Apesar da pancadaria, ninguém saiu machucado. O ator explica que a luta foi preparada por Ariela Goldman, que é especialista no assunto.

“Meu personagem se chama Tratorista e faz aumentar o desespero do pai em encontrar o filho. Os dois confundem tudo e acabam naquela pancadaria, que pelo que tenho ouvido, é uma das cenas mais comentadas do filme”, relata com satisfação.

PROJETOS 

Hiperativo, Fábio participou de vários projetos independentes durante a sua carreira, dentre os quais, por brincadeiras entre amigos, surgiu o Fuá Cultural, em parceria com Fabiana Carlucci e Rogério Harmitt, que promovia leituras de textos, shows, apresentações de peças, filmes, e exibição de artes plásticas e fotografia. “Sempre gostei de inventar, hoje até sou mais tranquilo com isso, mas gosto de juntar pessoas, fazer coisas, buscar novos universos”.

Além disso, João Fábio realizou um trabalho durante oito anos em escolas do estado de São Paulo, encenando oito peças com jovens de diversas idades, em parceria com Fabiana Carlucci e Fausto Brunini. As apresentações eram feitas no pátio ou até na própria sala de aula, de maneira improvisada. E o projeto era custeado pelos próprios organizadores, sem ajuda governamental. “Foi a coisa mais genial e mais importante que fiz até hoje”, define.

São projetos assim que Fábio revela ter interesse de realizar para o interior potiguar. Segundo ele, nunca houve um convite concreto para que ele participasse de alguma intervenção no estado, mas seu maior sonho é ter apoio para concretizar algum projeto junto ao poder público, que desse a oportunidade aos jovens de ter um contato maior com a cultura. “É um estado cheio de criatividade, um povo feliz, com brilho nos olhos. Alguma hora acontece algum convite e eu irei com felicidade!”

Além do seu novo filme, João Fábio Cabral deve estrear neste ano também como escritor. Até o segundo semestre desse ano, serão editados e lançados dois livros seus com 18 peças em dois volumes pela NVersos Editora, de São Paulo, em comemoração aos seus 13 anos de carreira.

Mas enquanto isso, após dois anos sem descanso, o artista potiguar resolveu se dar férias prolongadas na Europa. Desde o fim de março já conheceu Madrid e Málaga, na Espanha. Ele ainda pretende ir para a Holanda, França e “para onde mais o vento soprar”.

Do aeroporto em São Paulo, antes de partir, ligou para Ipanguaçu onde seu Beruca atendeu: “No final desse ano, se você não vier, eu é que vou viajar”, garantiu o soldador.

terça-feira, 2 de abril de 2013


Botafogo de Nascimento.
Em Pé: Lula de Walter, Rusivan, Chiquinho, Dedinho, Gugu, Santos, Toinho de Oliveira, Inácio e Nazareno. Agachados: Reinaldo, Vitório, Batista de Marieta, Cicero, Chapinha, Arimatéia e Diá.










Botafogo de Nascimento.
Em Pé: Lula de Walter, Rusivan, Chiquinho, Dedinho, Gugu, Santos, Toinho de Oliveira, Inácio e Nazareno. Agachados: Reinaldo, Vitório, Batista de Marieta, Cicero, Chapinha, Arimatéia e Diá.

Foto de: Rádio Princesa do Vale e Lucílio Filho

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Natal é pioneira em avançado exame neurológico


Issac Ribeiro - repórter


Depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, alzheimer e outros distúrbios psíquicos possuem, cada qual, padrões próprios e específicos. Mas não só isso. Cada patologia dessas tem uma imagem própria, uma espécie de fotografia que a diferencia uma das outras. Quer dizer então ser possível fazer um retrato da mente? Pelo menos é o que a Cintilografia de Perfusão Cerebral proporciona. O exame foi desenvolvido pelo médico chileno, naturalizado norte-americano,  Ismael Mena, na Universidade da Califórnia (EUA) e introduzido no Brasil pelo médico potiguar Roberto Jales, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Arquivo TNNatal é pioneira no Brasil na realização da Cintilografia de Perfusão Cerebral, procedimento criado na Califórnia, que distingue doenças psíquicasNatal é pioneira no Brasil na realização da Cintilografia de Perfusão Cerebral, procedimento criado na Califórnia, que distingue doenças psíquicas

O procedimento vem atraindo a Natal pacientes de várias cidades brasileiras, como Curitiba, São Paulo, Fortaleza, de acordo com Roberto Jales, que atende uma média de seis pacientes por semana em sua clínica.

A cintilografia cerebral auxilia psiquiatras e psicólogos a obterem um diagnóstico mais preciso, bem como tomar decisões mais acertadas sobre tratamento e sua eficácia. A opinião sobre a aparente patologia pode variar de um profissional para outro. O que pode ser esquizofrenia para um, pode-se tratar de um transtorno bipolar para outro, ou ainda uma depressão. É aí que entra a Medicina Nuclear e seus exames.

Roberto Jales explica que todo exame de Medicina Nuclear revela, antes de tudo, a função, a fisiologia, a vida. No caso da cintilografia cerebral, é injetada uma substância radioativa no paciente, associada a um fármaco, que aponta a patologia através de cores específicas em determinadas áreas do cérebro — amarelo para normalidade, vermelho para transtorno bipolar, azul para esquizofrenia.

O médico Ismael Mena iniciou os estudos para a criação da cintilografia cerebral em 1980. Foram selecionados 300 pacientes sabidamente esquizofrênicos, 300 bipolares e 300 com outros tipos de distúrbios. Os resultados apontaram padrões de imagens para cada doença, sendo catalogados em um grande banco de dados.

“Neste estudo pioneiro, nós temos o privilégio de ter esse banco de dados. Eu injeto aqui em Natal uma substância absolutamente igual a que Ismael Mena injeta lá. O exame é idêntico, sem nenhuma diferença. Aí, a gente manda as imagens para ele, que vê em qual é o grupo que se enquadra, trabalhamos, discutimos e formalizamos um laudo”, comenta Roberto Jales.

Cintilografia cerebral


o que é

Cintilografia cerebral é um exame realizado a partir da administração de uma substância radioativa no sangue que reage com os neurônios e cria padrões de imagens coloridas, analisadas na tela, especificando patologias específicas da mente.

o que gera
Maior precisão no diagnóstico de doenças psiquiátricas, além de ajudar a tomar decisões mais acertadas sobre tratamento.

Fonte: Tribuna do Norte

SECA

PURGATÓRO




Venha vê seu môço, ói,
O qui é fome no sertão.
Mecê, é lá da cidade,
Nunca tem a infelicidade,
De cunhecê isso não.

Mais é bom sempre qui vêja,
Pru móde me acreditá.
E, pru raiva, ou compaixão.
Dizê aos nossos irmão,
Qui viu o nosso pená.

Mais sertão não é Brasí.
O Brasí, é lá pru sú.
Isso aqui é um purgatóro...
Quem mata a fome, é o sodóro
E a sede é o mandacarú.

Renato Caldas - Poeta assuense. 

O mestre da Terra dos Poetas.

Em tempo:

A escassez de chuvas no Assu e região é preocupante. Os reservatórios estão secando numa rapidez impressionante. Por exemplo, a Lagoa do Piató... Até quando haveremos de admirar este belo por do sol sobre sua lâmina d'água?


Lagoa do Piató - Furna


Lagoa do Piató


Lagoa do Piató


Lagoa do Piató

Fotos: Samuel Fonseca em 31/03/2013.

ANDRÉ, O RABEQUEIRO

ANDRÉ, O RABEQUEIRO 


André de Sapato Novo é um belo samba-choro.
André o Rabequeiro tocava o violino dos pobres e não imagino – ele, usando um pisante novo, muito embora tivesse a sua ribalta em frente a uma sapataria no centro da cidade alta na estreita rua medieval Câmara Cascudo e, André, o seu menestrel. Ha tres anos ele faleceu. Ninguém mais ouve o seu rabecar rouco. Seu olhar vesgo era triste como sua música de repertório composto de clássicos da canção regional nordestina. Toca aí o “Forró do Pé Rapado”, André. Ele que é um dos poucos remanescentes daqueles grandes artistas populares que fazem parte da alma inconsútil das cidades.
Quando alguém importante visita a cidade, André é apresentado como parte do folclore da cidade. Foi assim quando de uma visita do Paulo Moura a Natal e apresentado a André ficou emocionado com a sua música. Retirou todo o dinheiro que tinha no bolso e entregou ao pobre músico André. André cospe. André olha de esguelha, sempre desconfiado deles que não pagam.
Nascido em Santo Antonio do Salto da Onça – no Rio Grande do Norte, André morava numa casinha humilde de Mãe Luíza. Comia quando dava. Tocava sempre para alegrar os transeuntes apressados que compravam mais um sapato. Tudo nele era roto. A caixa embalagem da rabeca. A roupa. O sapato.
André se despediu de décadas tocando para Natal. Eu o conhecia desde muito em feiras, ruas e festas. A cidade alta ficou mais triste. Ainda ouço André tocar mas não sei se quero ir na cidade comprar sapato.
Adeus meu querido André, você que bordou e pespontou as bordas de uma cidade vestida do som de sua bela e triste Rabeca.

damata

"André de Sapato Novo é um belo samba-choro. André o Rabequeiro tocava o violino dos pobres e não imagino – ele, usando um pisante novo, muito embora tivesse a sua ribalta em frente a uma sapataria no centro da cidade alta na estreita rua medieval Câmara Cascudo e, André, o seu menestrel. Ha tres anos ele faleceu. Ninguém mais ouve o seu rabecar rouco. Seu olhar vesgo era triste como sua música de repertório composto de clássicos da canção regional nordestina. Toca aí o “Forró do Pé Rapado”, André. Ele que é um dos poucos remanescentes daqueles grandes artistas populares que fazem parte da alma inconsútil das cidades.
Quando alguém importante visita a cidade, André é apresentado como parte do folclore da cidade. Foi assim quando de uma visita do Paulo Moura a Natal e apresentado a André ficou emocionado com a sua música. Retirou todo o dinheiro que tinha no bolso e entregou ao pobre músico André. André cospe. André olha de esguelha, sempre desconfiado deles que não pagam.
Nascido em Santo Antonio do Salto da Onça – no Rio Grande do Norte, André morava numa casinha humilde de Mãe Luíza. Comia quando dava. Tocava sempre para alegrar os transeuntes apressados que compravam mais um sapato. Tudo nele era roto. A caixa embalagem da rabeca. A roupa. O sapato.
André se despediu de décadas tocando para Natal. Eu o conhecia desde muito em feiras, ruas e festas. A cidade alta ficou mais triste. Ainda ouço André tocar mas não sei se quero ir na cidade comprar sapato.
Adeus meu querido André, você que bordou e pespontou as bordas de uma cidade vestida do som de sua bela e triste Rabeca."

damata


Em tempo: Conheci André ainda nos meus tempos de estudante em Natal, 1974, quando eu frequentava a Confeitaria Atheneu, no bairro de Petrópoles, Natal. E ele sempre com sua Rebeca, o seu Violino, seu intrumento de sobrevivência de vida pobre como sempre viveu.

fernando Caldas
Curtir (desfazer) ·  ·  · há 10 minutos · 
  • V

Por que 1º de abril é o dia da mentira?

A brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX (1560-1574). Desde o começo do século XVI, o ano- novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e animados bailes noite adentro, duravam uma semana, terminando em 1º de abril. Em 1562, porém, o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão - o chamado calendário gregoriano - em que o ano-novo caía em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto papal dois anos depois, em 1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data. Alguns gozadores começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do calendário anterior - apelidados de "bobos de abril" - presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a galhofa firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a Inglaterra e daí para o mundo.
No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

De: Eu Vivi Tudo Isso.
Por que 1º de abril é o dia da mentira?

A brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX (1560-1574). Desde o começo do século XVI, o ano- novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e animados bailes noite adentro, duravam uma semana, terminando em 1º de abril. Em 1562, porém, o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão - o chamado calendário gregoriano - em que o ano-novo caía em 1º de janeiro. O rei francês só seguiu o decreto papal dois anos depois, em 1564, e, mesmo assim, os franceses que resistiram à mudança, ou a ignoraram ou a esqueceram, mantiveram a comemoração na antiga data. Alguns gozadores começaram a ridicularizar esse apego enviando aos conservadores adeptos do calendário anterior - apelidados de "bobos de abril" - presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a galhofa firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a Inglaterra e daí para o mundo.
No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

Curtam @[386374921448572:274:Eu Vivi Tudo Isso.]

sábado, 30 de março de 2013



Imprimindo memórias

Publicação: 29 de Março de 2013 às 00:00

Comentários28

Yuno Silva - repórter

Antes esquecida em gavetas ou empoeirando nas estantes, parte importante da memória do norte-riograndense volta a ganhar o devido registro com a retomada das publicações de livros pela gráfica e editora Manimbu. Desde 2011, as duas novas impressoras off-sets já rodaram cerca de 20 livros e praticamente todo o material gráfico utilizado pela Fundação José Augusto – inclusive impressos coloridos, um feito para quem operou ‘monocromaticamente’ até o início de 2009. Este ano, a meta é materializar mais 18 títulos da Coleção Cultura Potiguar e outros tantos livretos de cordel da Coleção Chico Traíra. Os dois primeiros livros da safra 2013 foram lançados durante o Dia da Poesia: “Um canto conforme a noite”, do jovem poeta Yuri Hícaro; e “Natal, poemas e canções”, do veterano Diógenes da Cunha Lima.
João Maria AlvesSegundo Socorro Soares, a capacidade da Manimbu é de 500 livros de 200 páginas a cada três diasSegundo Socorro Soares, a capacidade da Manimbu é de 500 livros de 200 páginas a cada três dias

As coleções fazem parte da política editorial adotada pelo Governo Estadual, que passou a acolher propostas editoriais através dos editais Cultura Publicações (02/2011) e Chico Traíra (021/2012). Ambos são de fluxo contínuo, abertos permanentemente para autores interessados em passar as ideias para o papel. Vale frisar que os livros devem ser encaminhados devidamente revisados e diagramados, prontos para impressão. “As obras selecionadas tem tiragem inicial de 500 exemplares, impressas sem custo para o autor, sendo 60% destinados à bibliotecas públicas e distribuição gratuita durante eventos específicos”, informou Socorro Soares, designer da Manimbu e atual diretora.

Socorro contou que o espaço físico da gráfica está sendo readequado para acomodar melhor a reserva técnica e os departamentos. “Temos um acervo riquíssimo, algumas raridades dos anos 1970 e 80, mas muitos foram jogados fora por problemas na armazenagem”.

As off-sets coloridas não são top de linha, hoje a capacidade média de produção da gráfica e editora é de 500 livros (com cerca de 200 páginas) a cada três dias, mas são bem mais modernas que o restante do parque gráfico e demais equipamentos: as guilhotinas são manuais e seguem funcionando, mas as rotativas antigas estão paradas porém permanecem na convivência dos cerca de 22 funcionários da Manimbu. O serviço de colagem é terceirizado: “Fazemos da arte da capa e diagramação até a impressão, qualquer serviço extra tem que ser contratado por fora”, explicou a diretora.

Coleção Cultura Potiguar

O conselho editorial da Manimbu estabeleceu cotas para atender a demanda, sendo 10% das publicações destinadas aos novos autores; 20% para obras inéditas de escritores consagrados; 15% para reedições de obras fundamentais da literatura potiguar; 15% de trabalhos e pesquisas; outros 20% paraestudos vinculados ao Centro de Pesquisa Juvenal Lamartine (Cepejul); 10% HQs; e 10% para cordeis.

A tiragem de cada título é de 500 exemplares.

Coleção Chico Traíra

A previsão deste ano é  publicar 12 cordéis, com tiragem de mil exemplares cada, selecionados a partir de edital público. Podem se inscrever autores potiguares e de outros estados, desde de que comprovem residência há pelo menos dois anos no RN. A tiragem é distribuída da seguinte forma: o autor fica com 60% dos exemplares; o xilogravador com 10% e os 30% restantes ficam no arquivo da FJA e do Centro de Pesquisa Juvenal Lamartine (Cepejul).

Vem por aí...


Frankie MarconeFranklin Jorge, escritorFranklin Jorge, escritor
Franklin Jorge: livros de memória e entrevistas

Entre os títulos no prelo da Manimbu, dois são do escritor e jornalista Franklin Jorge: “Assu Mitologias e Vivências”, que resultou de uma série de matérias feitas para a TN, nos anos 1970. “São 200 anos de história que ficaram gravadas no imaginário coletivo", comenta. Já em “Gente de Ouro”, ele reúne conversas com gente simples como parteiras e agricultores. “Escrevo vários livros ao mesmo tempo”.

O centenário da valsa Royal Cinema

No mês de julho, o professor e pesquisador Cláudio Galvão lança título sobre a valsa valsa “Royal Cinema”, de Tonheca Dantas; e em novembro livro com entrevistas concedidas nos anos 1970 à FJA. “As entrevistas fizeram parte de um projeto idealizado por Sanderson Negreiros. Neste volume comento as entrevistas (todas transcritas) de Sílvio Caldas, Paulo Tapajós, Glorinha Oliveira e Grácio Barbalho”.


Alex RégisLeide Câmara e Paulo Tito em homenagem a Luiz GonzagaLeide Câmara e Paulo Tito em homenagem a Luiz Gonzaga
Gonzagão e suas andanças pelo RN

Luiz Gonzaga e suas conexões no RN serão ressaltadas no livro de Leide Câmara, que tece colcha com referências e parcerias colecionadas pelo Rei do Baião em terras potiguares. “Faço um apanhado detalhado dessas conexões, onde abordo o tema de diferentes ângulos. Também terá um capítulo falando sobre biografias, cruzando informações e desfazendo série de controvérsias”, explicou a autora.

Fonte: Tribuna do Norte

quinta-feira, 28 de março de 2013

Fragmentação Histórica


Um fato me chamou atenção neste 28 de Março, data gloriosa e significativa do vizinho municipio de Alto 
do Rodrigues.

 Dando uma repaginada nos eventos comemorativos alusivos a data, observamos que existe um 
ponto marcante e fundamental em seu histórico de autonomia politica e administrativa. 

Todos os acontecimentos comemorativos são exaustivamente festejados por seus governantes, desde 
o primeiro momento até os dias atuais, omitindo, sem ser cobrado por ninguém, alguma 
referência ilustrativa ao seu emancipador: Deputado Olavo Lacerda Montenegro. 

O deputado varzeano teve a responsabilidade parlamentar de criar tres municipios distintos: 
Alto do Rodrigues, Carnaubais e Pureza. 

Fica o registro deste lembrete pra que nos anos seguintes o nosso estimado e prestigiado prefeito 
Abelardo Rodrigues Filho, faça inserir alguma homenagemao homem que deu todo o sentimento de 
liberdade ao seu valente e combativo povo.

O Poder Executivo de Alto do Rodrigues, criado pela Lei nº 2.859, de 28 de março de 1963, 

foi instalado em 14 de abril de 1963, com posse do primeiro prefeito, o senhor Luiz Moreira da 
Silva, nomeado pelo governador Aluízio Alves, que administrou até 31 de janeiro de 1965, 
até que assumisse o primeiro prefeito constitucional referendado pelo o voto popular.


Joaquim Rodrigues Ferreira- Fundador de Alto do Rodrigues

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0a954BentFD2Hu22sBgUqkvUMCQB5sogS7iFRUS_JsRF62Wg9_Tno7JBj0-PojXmT1LGhI3am6Xc2N7dS7JS6I03Sv4Bf2b_GNGvo93KsAFdV1inhjHhVWxcRWlAsaZ1wLFrN3nFwYQo/s1600/01%20JOAQUIM.jpg 
Joaquim Rodrigues Ferreira era filho do português Manoel Rodrigues Ferreira e da Brasileira norte rio-grandense Isabel Rodrigues Ferreira.  Nasceu na fazenda Boa Vista, do município de Pendências, a 26 de outubro de 1827. Casou-se, em primeiras núpcias, com Generosa Rodrigues da Silveira, em 15 de setembro de 1857.  Desse consórcio, houve 06 filhos, Enviuvando em 15 de maio de 1869, contraiu casamento, pela segunda vez, com Ricardina Rodrigues Cavalcante, em 21 de outubro de 1873, havendo ainda 16 filhos.
Fazendeiro e agricultor, dedicou-se particularmente ao comércio, no qual fez fortuna e conquistou amizades.
Político, militou sempre ao lado do Partido Conservador, periodo monárquico, tendo como chefe o padre João Manoel de Carvalho.
A sua influência política estendia-se da cidade de Macau ao Baixo-Açu, onde contava com grande número de amigos e correligionários.  Coronel da Guarda- Nacional, exerceu o cargo de Administrador da Mesa de Rendas Estaduais de Macau, sendo ainda nomeado, em 1871, terceiro suplente de Juiz Municipal do Termo de Angicos, cargo que não ocupou por não ter solicitado em tempo o respectivo título.  
A sua fisionomia era calma, serena e sossegada.  Era realmente um homem na legítima recepção do termo.
Faleceu em 23 de março de 1904, e sua fazenda "Alto do Rodrigues" e foi sepultado no dia seguinte, no cemitério público esta cidade.  Joaquim Rodrigues faleceu com 77 anos de idade.

A SEXTA GERAÇÃO DOS RODRIGUES.
Segunda geração dos Rodrigues
Dos 22 filhos de Joaquim Rodrigues Ferreira, os mais conhecidos são Rosa Rodrigues, Francisco Rodrigues Ferreira e Álvaro Rodrigues Ferreira, este último foi pai de Abelardo Rodrigues, que por sua fez teve dez filhos, entre eles o mais conhecido e que leva seu nome e muitas lições de vida. Abelardo Rodrigues Filho, prefeito desse município por cinco mandatos.

(Terceira geração dos Rodrigues) Homem do "sim, sim", "não, não", Abelardo Rodrigues chegou a ser um dos mais ricos da região.

(Quarta geração dos Rodrigues) Governou o Alto do Rodrigues quatro vezes, e agora no seu quinto mandato,  Abelardo Rodrigues Filho.


(Quinta geração) Abelardo Neto é jornalista, apaixonado por política e bisneto de Álvaro Rodrigues.
(sexta geração) Abelardo Rodrigues Bisneto, tataraneto de Álvaro Rodrigues.
Texto baseado no livro de Gilberto Freire de Melo "Alto do Rodrigues, uma história de amor e de Progresso".


"Casa de Câmara Cascudo: atração obrigatória em Natal para quem gosta de cultura.

Luis da Câmara Cascudo é um dos mais respeitados pesquisadores do folclore e da etnografia do Brasil e o principal nome intelectual do estado do Rio Grande do Norte.

Filho de um coronel e de uma dona de casa, de família abastada, Luís da Câmara Cascudo estudou no Externato Coração de Jesus, um colégio feminino dirigido por religiosas. Teve professores particulares e depois, por vontade do pai, transferiu-se para o Colégio Santo Antonio.Durante a adolescência, teve fama de namorador, mas acabou apaixonando-se por uma moça de dezesseis anos, Dália, com quem se casou em 1929. Tiveram dois filhos, Fernando Luís e Ana Maria Cascudo.
 

Câmara Cascudo exerceu várias funções públicas, entre as quais professor, diretor de escola, secretário do Tribunal de Justiça e consultor jurídico do Estado. Como jornalista, assinou uma crônica diária no jornal "A República" e colaborou para vários outros órgãos de imprensa do Recife e de outras capitais.

Na política, foi divulgador da ideologia integralista (uma adaptação brasileira do fascismo), exercendo militância na imprensa. Em 1951 tornou-se professor de direito internacional público na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.Três anos mais tarde, lançou a sua obra mais importante como folclorista, o "Dicionário do Folclore Brasileiro", obra de referência no mundo inteiro.

No campo da etnografia, publicou vários livros importantes como "Rede de Dormir", em 1959, "História da Alimentação no Brasil", em 1967, e "Nomes da Terra", em 1968. Publicou depois, entre outros, "Geografia dos Mitos Brasileiros", com o qual recebeu o prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras.1965, Câmara Cascudo escreveu uma obra definitiva, "História do Rio Grande do Norte", coligindo pesquisa sobre sua terra natal, da qual jamais se desligou. 

Sua obra completa, densa e vastíssima, engloba mais de 150 volumes. O pesquisador trabalhou até seus últimos anos e foi agraciado com dezenas de honrarias e prêmios. Morreu aos 87 anos."

Visitação

Funcionamento: 3ª a Sábado, das 9 às 17h.
Bilheteria: fecha às 16:30h.
Não abre para visitação aos domingos e segundas-feiras.
Preço do Ingresso: R$ 2,00 (dois reais)

Estudantes com carteira pagam meia-entrada.

O ingresso só pode ser pago em dinheiro, não havendo venda antecipada de ingresso.
Endereço:
 

Avenida Câmara Cascudo, 377, Cidade Alta
Natal, RN, CEP: 59025-280
Fone: (84) 3222-3293 e (84) 3221-0131

 
De: Hotel Enseada de Ponta Negra.

EU...TU Eu sou doçura, Mas o mel és tu A imagem é minha, Mas a cor é dada por ti A flor sou eu, Mas tu és a fragrância Eu sou felicidade, Ma...