sábado, 21 de abril de 2012

OS VRSOS QUE TE FFIZ


De: Florbela Espanca, poetisa sonetista, uma das maiores vozes da poesia luzitana

Deixe dizer-te os lindos versos raros
... Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolencia de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que em te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.

ASSU DE TELHA E POESIA!!!

Cabôcô, meu lugar é coberto de beleza e parece que foi criado com toda delicadeza, e apreciando a paisagem pensa logo que é visagem o truque da natureza.
Na posição geográfica o meu ASSÚ está bem localizado, tem um povo inteligente o solo previlegiado, o nosso barro de rebolo, lider até de tijolo...que engrandece o nosso estado.
O nosso povo lhe convida pra vc nos visitar, pra beber da nossa água, pra gente palavriar, vá lá montado ou a pé, pra nós tomar um café amigo, lá num lugar...
Tu vai ver as antigas moradias, nossos belos carnavais, e um grande São João, e vai sentir alegria, tu vai sentir mais novo quando conhecer o povo da terra da poesia...

POETA GAGO
Eu toda vida fui gago mais não gosto de confusão, e vou lhe contar um causo que se deu lá em ASSÚ, perto da igreja de São João, eu tava me apresentando, umas poesias falando, meu pensamento eu mudei, e comecei a gaguejar...aí mais que de repente pedi desculpas aos presentes, eu ia continuar...
Nisso veio lá do salão uma grande confusão, um cabocô embriagado, desses dessa fala fina, com jeito de minina, era iscritinho um viado...
Já chegou e foi falando, dando xilique e gritando, eu nem tinha convidado.
Esse poeta pra mim não presta, e me chamou de safado...Ê dotô...como eu já disse, que eu não sou muito assombrado, não me assusto com homem e muito menos com viado.Eu disse a ele sem ter luta...Óia aqui seu filha da puta que eu não sou igual a tu, se tu me viu aqui gaguejando, aqui estou recitando, sou poeta de ASSÚ, faço qualquer sacrifício, mais num tenho esse seu vício de levar coisas no cú...

(
Do Orkut: Poeta Paulo Varela - de Assu)

sexta-feira, 20 de abril de 2012


17º INTERIORANO DE XADREZ

Dias 5 e 6 de maio

Em João Câmara - RN

INSCRIÇÕES

AQUI!


17º CAMPEONATO POTIGUAR
INTERIORANO DE XADREZ

Local: João Câmara/RN, IFRN – Campus João Câmara.
Data: 05 a 06 de maio de 2012


GRUPOS
Interiorano Absoluto
Interiorano Feminino
Interiorano Sub 18 Misto
Interiorano Sub 14 Misto

TAXA DE INSCRIÇÃO
Adulto R$ 10,00
Estudante R$ 5,00


INFORMAÇÕES
IFRN-JC, Pré-inscrição e alojamento:
francisco.quaranta@ifrn.edu.br

Seridó:
fky.andre@hotmail.com

Mossoró:
hel3@bol.com.br

Açu:
cleandocortez@bol.com.br




‎"Conhecer o amor dos que amamos é o fogo que alimenta a vida."

PABLO NERUDA


quarta-feira, 18 de abril de 2012

UM POEMA AINDA MUINTO ATUAL NO NORDESTE BRASILEIRO, DO POETA MATUTO POTIGUAR RENATO CALDAS



 (Renato Caldas era um poeta potiguar que escrevia em linguagem genuinamente matuta. Além dos seus poemas irreverentes, amorosos, engraçados, produzia versos retratando as calamidades que Afetam (como hoje ainda), o Nordeste Brasileiro como, por exemplo, a seca maldita. Um dia, na sua angustia, escreveu esse bardo assuense (discípulode Catulo da Paixão Cearense), que o Brasil consagrou, conforme adiante:

MINHA DÔ

Meu patrão, mecê pergunta,

Pula vida do sertão?
Eu num sei cuma cumece!..:
Mecê, tarvez desconhece
Nossa dô, nossa afrição.

Proque é qui vós mecê,
Que ôvi minha dô falá?
Que que descasque a ferida,
Qui tenho narma iscundida
E véve sempre a sangrá?

Apois bem, vou lhe dizê,
Vou lhe contá meu patrão,
A história mais repetida,
Passada in todas as vida
Dos fio do meu sertão.

Vivemos naquelas terras,
Cuma outro bicho quarqué,
Nós só tem uma deferença,
Qui Deus dá pru recompensa:
A cumpanheira, a muié.

Além da nossa muié,
A nossa satisfação:
É uma noite inluarada,
Um prato bom de cuiaiáda
E um cusido de feijão

Mas, quando a sêca malina,
Se alasta pilo sertão...
Rio, cacimba secando,
Esturricando, lascando,
Tudo, tudo meu patrão!

O póbe de sertanejo,
Vê tudo seu se acabá.
Dia e noite nas estradas,
Vão passando as retiradas
Sem sabê  onde escapá.

Quantas vez, nessa viage,
Num perde um fio, ou muié...
Quantas vez, pulas estradas,
Se encontra uma cruz infincada,
Sem sabê de quem é?

- Eu já sofri tudo isso!
Sofri mais qui outo quarqué.
- Sei que mecê acredita -
Pois vi, a fome mardita,
Sucumbí minha muié.

E, à sombra duma oiticica,
Pejada de fruta e frô:
Deixei uma cruz infincada,
Trez parmo abaixo, interrada,
Minha muié! Meu amô.

Patrão, a história é cumprida,
Mas, num posso aterminá...
Fui descascá a ferida,
Qui tenho n'arma escundida...
Deixe a dô apalacá.

(Se você é Nordestino, compartilhe!)

Antigo Projeto Camarão à margem esquerda do Rio Potengi, iniciativa da gestão do governador Cortez Pereira (1971-1975). Todas as reaçõ